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BIBLIOGRAFIA 52
PROFª ANA VANESSA
APRESENTAÇÃO
A Profissão de Psicólogo foi legalmente instituída no país a partir da publicação da Lei n° 4.119/62,
que estabelece as normas para a oferta de cursos para a concessão do grau de psicólogo, bem
como dispõe sobre os direitos destes profissionais. Dentre as prerrogativas cabíveis ao profissional
psicólogo destacam-se a competência para colaborar com outras ciências em assuntos
psicológicos, bem como a função privativa do psicólogo de utilização de métodos e técnicas
psicológicas com os seguintes objetivos (Art. 13):
a) diagnóstico psicológico;
c) orientação psicopedagógica;
A partir da publicação da Lei 5.766/71 e do Decreto 79.822/77 foram criados o Conselho Federal
e os Conselhos Regionais de Psicologia, dotados de personalidade jurídica de direito público,
autonomia administrativa e financeira, constituindo, em seu conjunto, uma autarquia, destinados
a orientar, disciplinar e fiscalizar o exercício da profissão de Psicólogo e zelar pela fiel observância
dos princípios de ética e disciplina da classe.
Com a criação dos conselhos, o exercício da profissão de Psicólogo, nas suas diferentes categorias,
em todo o território nacional, passou a ser permitido apenas ao portador de Carteira de Identidade
Profissional, expedida pelo Conselho Regional de Psicologia da respectiva jurisdição.
Entende-se por ética profissional o conjunto de normas morais pelas quais um indivíduo deve
orientar seu comportamento profissional. Tendo em vista a busca pelo adequado exercício
profissional, atendendo às demandas sociais e norteado por elevados padrões técnicos, visando à
adequação às normas éticas que asseguram a apropriada relação de cada profissional com seus
pares e com a sociedade como um todo, coube ao CFP elaborar o Código de Ética Profissional
do Psicólogo.
O código de ética atualmente vigente é a terceira formulação e foi aprovado em 2005, a partir
de um amplo processo de discussão e construção coletiva, que ocorreu sob a forte influencia
do processo de abertura democrática que vinha sendo vivenciado no país desde 1988 com a
promulgação da atual Carta Magna (CF/88).
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Ética Profissional e Resoluções do CFP
Além de conhecer o Código de Ética, cabe ao profissional manter-se em dias com a edição das
resoluções e cartilhas editadas pelo CFP. Conforme será possível averiguar do decorrer da leitura,
as Resoluções editadas pelo Conselho Federal de Psicologia são fortemente fundamentadas
em critérios técnico-científicos e amparadas pelos fundamentos jurídicos vigentes no país, seja
através da própria Constituição Federal (CF/1988), seja em conformidade com Leis e Decretos ou
ainda em atenção a recomendações formuladas por importantes entidades internacionais como
a Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Recomendamos dedicação no estudo deste tema, tendo em vista que é um dos tópicos mais
cobrados em certames para o cargo de psicólogo. O conhecimento apurado da legislação,
associado à capacidade de resolução de questões, é, sem dúvida, a mais bem sucedida fórmula
para o sucesso em concursos que exijam o domínio deste conteúdo.
O estudo da legislação a partir da letra original tal qual foi publicada - “lei seca” - é reconhecidamente
a melhor maneira de memorizar seu conteúdo, por esta razão, apresentaremos a legislação em
sua íntegra, comentando os tópicos mais relevantes para a resolução das questões do concurso.
Não há outra maneira de estudar legislação: LEIA, ENTENDA e MEMORIZE !!! Mas não tema,
pois destacaremos e explicaremos para você os artigos, parágrafos e incisos mais ALTAMENTE
CONCURSÁVEIS!
Durante a leitura mantenha-se atento aos negritos e grifos e ao símbolo da Metodologia Direto ao
Ponto, pois é garantia de excelentes dicas para seu estudo!
CONSIDERANDO que a forma como cada um vive sua sexualidade faz parte da identidade do
sujeito, a qual deve ser compreendida na sua totalidade;
CONSIDERANDO que a homossexualidade não constitui doença, nem distúrbio e nem perversão;
CONSIDERANDO que há, na sociedade, uma inquietação em torno de práticas sexuais desviantes
da norma estabelecida sócio-culturalmente;
CONSIDERANDO que a Psicologia pode e deve contribuir com seu conhecimento para o
esclarecimento sobre as questões da sexualidade, permitindo a superação de preconceitos e
discriminações;
RESOLVE:
Art. 2° - Os psicólogos deverão contribuir, com seu conhecimento, para uma reflexão sobre o
preconceito e o desaparecimento de discriminações e estigmatizações contra aqueles que
apresentam comportamentos ou práticas homoeróticas.
Parágrafo único - Os psicólogos não colaborarão com eventos e serviços que proponham
tratamento e cura das homossexualidades.
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Ética Profissional e Resoluções do CFP
A resolução CFP n.º 018/2002 Estabelece normas de atuação para os psicólogos em relação ao
preconceito e à discriminação racial.
O CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, no uso de suas atribuições legais e regimentais, que lhe
são conferidas pela Lei n.º 5.766, de 20 de dezembro de 1971 e pelo Decreto 79.822;
CONSIDERANDO a Declaração Universal dos Direitos Humanos, onde se lê: “todas as pessoas
nascem livres e iguais em dignidade humana” e a “Declaração de Durban”, adotada em 8 de
setembro de 2001, que reafirma o princípio de igualdade e de não discriminação;
CONSIDERANDO que o racismo é crime inafiançável e imprescritível conforme o art. 5º, XLII da
Constituição Federal de 1988;
Art. VII – O Psicólogo, no exercício de sua profissão, completará a definição de suas responsabilidades,
direitos e deveres de acordo com os princípios estabelecidos na Declaração Universal dos Direitos
Humanos, aprovada em 10/12/1948 pela Assembleia Geral das Nações Unidas;”
CONSIDERANDO que o art. 27 do Código de Ética do Psicólogo prevê a quebra do sigilo quando se
tratar de fato delituoso cujo conhecimento for obtido através do exercício da atividade profissional;
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Ética Profissional e Resoluções do CFP
RESOLVE:
Art. 1º - Os psicólogos atuarão segundo os princípios éticos da profissão contribuindo com o seu
conhecimento para uma reflexão sobre o preconceito e para a eliminação do racismo.
Art. 2º - Os psicólogos não exercerão qualquer ação que favoreça a discriminação ou preconceito
de raça ou etnia.
Art. 3º - Os psicólogos, no exercício profissional, não serão coniventes e nem se omitirão perante
o crime do racismo.
Art. 5º - Os psicólogos não colaborarão com eventos ou serviços que sejam de natureza
discriminatória ou contribuam para o desenvolvimento de culturas institucionais discriminatórias.
ELABORAÇÃO DE DOCUMENTOS
DECORRENTES DE AVALIAÇÃO
PSICOLÓGICA
Segundo Guzzo e Pasquali (2001), deve-se evitar a sua devolução oral, porque pode ser facilmente
distorcida. Esse documento deve ser conclusivo e se restringir às informações estritamente
necessárias à solicitação (objetivo da avaliação), com a intenção de preservar a privacidade do
examinando.
Como todo documento, deve ser subsidiado em dados colhidos e analisados, à luz de um
instrumental técnico (entrevistas, dinâmicas, testes psicológicos, observação, exame psíquico,
intervenção verbal), consubstanciado em referencial técnico-filosófico e científico adotado pelo
psicólogo.
Dados de identificação - para ter uma visão imediata da inserção do indivíduo em seu
mundo microssocial;
Histórico de vida - resumindo os aspectos relevantes para conhecer seu processo evolutivo
e estado em que se encontra no presente;
Síntese diagnostica - o que o psicólogo pôde perceber e integrar no contexto como sendo
sua compreensão global do paciente;
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Ética Profissional e Resoluções do CFP
O processo de avaliação psicológica considera que os objetos deste procedimento (as questões
de ordem psicológica) têm determinações históricas, sociais, econômicas e políticas, sendo as
mesmas elementos constitutivos no processo de subjetivação. O documento, portanto, deve
considerar a natureza dinâmica, não definitiva e não cristalizada do seu objeto de estudo.
Os documentos produzidos por psicólogos que atuam na Justiça devem manter o rigor técnico
e ético. Em seu relatório, o psicólogo apresentará indicativos pertinentes à sua investigação que
possam diretamente subsidiar o Juiz na solicitação realizada, reconhecendo os limites legais
de sua atuação profissional, sem adentrar nas decisões que são exclusivas das atribuições dos
magistrados (Resolução CFP n° 008/2010).
Havendo quesitos formulados pelo solicitante (instituição, juiz, advogado, médico), devem ser
respondidos da forma mais clara possível, sem prejuízo de que o perito venha a expor sobre
demais questões que considerar importantes para a melhor solução do caso exposto. Não
havendo quesitos, o perito deve se manifestar de forma clara sobre o que entender ser o ponto
central da questão.
Na elaboração de laudo pericial, devem ser incluídos apenas os dados relevantes para a matéria
legal, e a entrega dos resultados deverá ser feita a quem solicitou a avaliação, cabendo ao juiz
informar ao periciando sobre os resultados durante a audiência (Rovinski, 2007).
A seguir estudaremos a RESOLUÇÃO CFP N° 007/2003, que institui o modelo dos laudos, pareceres
e relatórios psicológicos. Durante a leitura mantenha-se atento aos negritos, grifos e quadros com
dicas, pois irão garantir um indiscutível diferencial para seu estudo!
O CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, no uso de suas atribuições legais e regimentais, que lhe
são conferidas pela Lei no 5.766, de 20 de dezembro de 1971;
CONSIDERANDO que o psicólogo, no seu exercício profissional, tem sido solicitado a apresentar
informações documentais com objetivos diversos;
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Ética Profissional e Resoluções do CFP
1. Princípios norteadores;
2. Modalidades de documentos;
Art. 3° - Toda e qualquer comunicação por escrito decorrente de avaliação psicológica deverá
seguir as diretrizes descritas neste manual.
Parágrafo único - A não observância da presente norma constitui falta ético-disciplinar, passível
de capitulação nos dispositivos referentes ao exercício profissional do Código de Ética Profissional
do Psicólogo, sem prejuízo de outros que possam ser arguidos.
Considerações Iniciais
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Ética Profissional e Resoluções do CFP
O documento deve, na linguagem escrita, apresentar uma redação bem estruturada e definida,
expressando o que se quer comunicar. Deve ter uma ordenação que possibilite a compreensão
por quem o lê, o que é fornecido pela estrutura, composição de parágrafos ou frases, além da
correção gramatical pela estrutura, composição de parágrafos ou frases, além da correção
gramatical.
O emprego de frases e termos deve ser compatível com as expressões próprias da linguagem
profissional, garantindo a precisão da comunicação, evitando a diversidade de significações da
linguagem popular, considerando a quem o documento será destinado.
A clareza se traduz, na estrutura frasal, pela sequência ou ordenamento adequado dos conteúdos,
pela explicitação da natureza e função de cada parte na construção do todo.
Princípios Éticos
Enfatizamos aqui os cuidados em relação aos deveres do psicólogo nas suas relações com a
pessoa atendida, ao sigilo profissional, às relações com a justiça e ao alcance das informações –
identificando riscos e compromissos em relação à utilização das informações presentes nos
documentos em sua dimensão de relações de poder.
Torna-se imperativo a recusa, sob toda e qualquer condição, do uso dos instrumentos, técnicas
psicológicas e da experiência profissional da Psicologia na sustentação de modelos institucionais
e ideológicos de perpetuação da segregação aos diferentes modos de subjetivação.
Sempre que o trabalho exigir, sugere-se uma intervenção sobre a própria demanda e a construção
de um projeto de trabalho que aponte para a reformulação dos condicionantes que provoquem
o sofrimento psíquico, a violação dos direitos humanos e a manutenção das estruturas de poder
que sustentam condições de dominação e segregação.
Dessa forma, a demanda, tal como é formulada, deve ser compreendida como efeito de uma
situação de grande complexidade.
Princípios Técnicos
O processo de avaliação psicológica deve considerar que os objetos deste procedimento (as
questões de ordem psicológica) têm determinações históricas, sociais, econômicas e políticas,
sendo as mesmas elementos constitutivos no processo de subjetivação.
O DOCUMENTO, portanto, deve considerar a natureza dinâmica, não definitiva e não cristalizada
do seu objeto de estudo.
A linguagem nos documentos deve ser precisa, clara, inteligível e concisa, ou seja, deve-se
restringir pontualmente às informações que se fizerem necessárias, recusando qualquer tipo de
consideração que não tenha relação com a finalidade do documento específico.
Deve-se rubricar as laudas, desde a primeira até a penúltima, considerando que a última estará
assinada, em toda e qualquer modalidade de documento.
1. Declaração *
2. Atestado psicológico
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4. Parecer psicológico *
DECLARAÇÃO
Neste documento não deve ser feito o registro de sintomas, situações ou estados psicológicos.
Estrutura da declaração
ATESTADO PSICOLÓGICO
É um documento expedido pelo psicólogo que certifica uma determinada situação ou estado
psicológico, tendo como finalidade afirmar sobre as condições psicológicas de quem, por
requerimento, o solicita, com fins de:
2. Justificar estar apto ou não para atividades específicas, após realização de um processo
de avaliação psicológica, dentro do rigor técnico e ético que subscreve esta Resolução;
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Estrutura do atestado
b) Finalidade do documento;
e) Registro do nome completo do psicólogo, sua inscrição no CRP e/ou carimbo com as
mesmas informações;
Os registros deverão estar transcritos de forma corrida, ou seja, separados apenas pela
pontuação, sem parágrafos, evitando, com isso, riscos de adulterações. No caso em que seja
necessária a utilização de parágrafos, o psicólogo deverá preencher esses espaços com traços.
O atestado emitido com a finalidade expressa no item 2.1, alínea b, deverá guardar relatório
correspondente ao processo de avaliação psicológica realizado, nos arquivos profissionais do
psicólogo, pelo prazo estipulado nesta resolução, item V.
RELATÓRIO PSICOLÓGICO
Como todo DOCUMENTO, deve ser subsidiado em dados colhidos e analisados, à luz de um
instrumental técnico (entrevistas, dinâmicas, testes psicológicos, observação, exame psíquico,
intervenção verbal), consubstanciado em referencial técnico-filosófico e científico adotado pelo
psicólogo.
Estrutura
O relatório psicológico é uma peça de natureza e valor científicos, devendo conter narrativa
detalhada e didática, com clareza, precisão e harmonia, tornando-se acessível e compreensível
ao destinatário. Os termos técnicos devem, portanto, estar acompanhados das explicações e/ou
conceituação retiradas dos fundamentos teórico- filosóficos que os sustentam.
1. Identificação
2. Descrição da demanda
3. Procedimento
4. Análise
5. Conclusão
1. Identificação
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No identificador AUTOR/RELATOR, deverá ser colocado o(s) nome(s) do(s) psicólogo(s) que
realizará(ão) a avaliação, com a(s) respectiva(s) inscrição(ões) no Conselho Regional.
2. Descrição da demanda
3. Procedimento
4. Análise
É a parte do documento na qual o psicólogo faz uma exposição descritiva de forma metódica,
objetiva e fiel dos dados colhidos e das situações vividas relacionados à demanda em sua
complexidade.
Como apresentado nos princípios técnicos, “O processo de avaliação psicológica deve considerar
que os objetos deste procedimento (as questões de ordem psicológica) têm determinações
históricas, sociais, econômicas e políticas, sendo as mesmas elementos constitutivos no
processo de subjetivação.
O DOCUMENTO, portanto, deve considerar a natureza dinâmica, não definitiva e não cristalizada
do seu objeto de estudo”.
O psicólogo, ainda nesta parte, não deve fazer afirmações sem sustentação em fatos e/ou teorias,
devendo ter linguagem precisa, especialmente quando se referir a dados de natureza subjetiva,
expressando-se de maneira clara e exata.
5. Conclusão
Após a narração conclusiva, o documento é encerrado, com indicação do local, data de emissão,
assinatura do psicólogo e o seu número de inscrição no CRP.
PARECER
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Quem solicita o parecer pode ser o juiz, um médico, qualquer profissional / instituição
que necessite da opinião especializada de um psicólogo sobre uma situação específica.
Estrutura
1. Identificação
2. Exposição de motivos
3. Análise
4. Conclusão
1. Identificação
2. Exposição de Motivos
3. Análise
4. Conclusão
Não havendo definição legal, o psicólogo, onde for possível, indicará o prazo de validade do
conteúdo emitido no documento em função das características avaliadas, das informações
obtidas e dos objetivos da avaliação.
Ao definir o prazo, o psicólogo deve dispor dos fundamentos para a indicação, devendo apresentá-
los sempre que solicitado.
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Ética Profissional e Resoluções do CFP
Esse prazo poderá ser ampliado nos casos previstos em lei, por determinação judicial, ou ainda
em casos específicos em que seja necessária a manutenção da guarda por maior tempo.
ACERTE O ALVO: O prazo de guarda do material é de, NO MÍNIMO, 5anos. Fique atento
a outro detalhe: É necessário guardar os documentos escritos decorrentes da avaliação
e TAMBÉM todo o material que o fundamentou – psicotestes, anamnese, registros de
entrevistas e observações, etc.
CONSIDERANDO o disposto no Art. 6°, letra “e”, da Lei n° 5.766 de 20/12/1971, e o Art. 6°, inciso VII,
do Decreto n° 79.822 de 17/6/1977;
CONSIDERANDO decisão deste Plenário em reunião realizada no dia 21 de julho de 2005; RESOLVE:
APRESENTAÇÃO
Toda profissão define-se a partir de um corpo de práticas que busca atender demandas sociais,
norteado por elevados padrões técnicos e pela existência de normas éticas que garantam a
adequada relação de cada profissional com seus pares e com a sociedade como um todo.
Códigos de Ética expressam sempre uma concepção de homem e de sociedade que determina
a direção das relações entre os indivíduos. Traduzem-se em princípios e normas que devem se
pautar pelo respeito ao sujeito humano e seus direitos fundamentais.
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Ética Profissional e Resoluções do CFP
Por constituir a expressão de valores universais, tais como os constantes na Declaração Universal
dos Direitos Humanos; socioculturais, que refletem a realidade do país; e de valores que estruturam
uma profissão, um código de ética não pode ser visto como um conjunto fixo de normas e imutável
no tempo.
As sociedades mudam, as profissões transformam-se e isso exige, também, uma reflexão contínua
sobre o próprio código de ética que nos orienta.
Este Código de Ética dos Psicólogos é reflexo da necessidade, sentida pela categoria e suas
entidades representativas, de atender à evolução do contexto institucional-legal do país,
marcadamente a partir da promulgação da denominada Constituição Cidadã, em 1988, e das
legislações dela decorrentes.
Consoante com a conjuntura democrática vigente, o presente Código foi construído a partir de
múltiplos espaços de discussão sobre a ética da profissão, suas responsabilidades e compromissos
com a promoção da cidadania. O processo ocorreu ao longo de três anos, em todo o país, com a
participação direta dos psicólogos e aberto à sociedade.
Este Código de Ética pautou-se pelo princípio geral de aproximar-se mais de um instrumento de
reflexão do que de um conjunto de normas a serem seguidas pelo psicólogo. Para tanto, na sua
construção buscou-se:
a) Valorizar os princípios fundamentais como grandes eixos que devem orientar a relação
do psicólogo com a sociedade, a profissão, as entidades profissionais e a ciência, pois esses
eixos atravessam todas as práticas e estas demandam uma contínua reflexão sobre o contexto
social e institucional.
b) Abrir espaço para a discussão, pelo psicólogo, dos limites e interseções relativos aos
direitos individuais e coletivos, questão crucial para as relações que estabelece com a
sociedade, os colegas de profissão e os usuários ou beneficiários dos seus serviços.
d) Estimular reflexões que considerem a profissão como um todo e não em suas práticas
particulares, uma vez que os principais dilemas éticos não se restringem a práticas específicas
e surgem em quaisquer contextos de atuação.
Ao aprovar e divulgar o Código de Ética Profissional do Psicólogo, a expectativa é de que ele seja
um instrumento capaz de delinear para a sociedade as responsabilidades e deveres do psicólogo,
oferecer diretrizes para a sua formação e balizar os julgamentos das suas ações, contribuindo para
o fortalecimento e ampliação do significado social da profissão.
ACERTE O ALVO: Na alínea a, o texto deixa claro que este Código de Ética pauta-se
nos Princípios Fundamentais apresentados nos incisos a seguir. Este conhecimento
é essencial para a resolução das questões, pois, quando a banca apresentar uma
alternativa que contrarie os Princípios Fundamentais, então, considere-a errada!
Fique atento!
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
II. O psicólogo trabalhará visando promover a saúde e a qualidade de vida das pessoas
e das coletividades e contribuirá para a eliminação de quaisquer formas de negligência,
discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
VI. O psicólogo zelará para que o exercício profissional seja efetuado com dignidade,
rejeitando situações em que a Psicologia esteja sendo aviltada.
VII. O psicólogo considerará as relações de poder nos contextos em que atua e os impactos
dessas relações sobre as suas atividades profissionais, posicionando-se de forma crítica e
em consonância com os demais princípios deste Código.
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Ética Profissional e Resoluções do CFP
ACERTE O ALVO: Preste atenção na alínea a. Está explícito neste texto que é dever do
psicólogo conhecer o Código de Ética, ou seja, caso incorra em falta ética, o profissional
jamais poderá argumentar que não conhecia seus deveres, pois todo psicólogo tem o
dever de conhecer a legislação que regulamenta a profissão. Além de conhecer o código,
é dever profissional divulgá-lo e zelar pelo seu cumprimento.
ACERTE O ALVO: Este é outro inciso muitíssimo cobrado em provas. Deve ficar
muito claro para você que o psicólogo somente poderá assumir responsabilidades
profissionais em atividades para as quais esteja capacitado pessoal, teórica e
tecnicamente. Assim, caso o psicólogo seja chamado a prestar um serviço para o qual
não esteja capacitado, deverá recusar-se tendo como argumento o dever previsto no
Art 1°b do Código de Ética Profissional do Psicólogo. ALTAMENTE CONCURSÁVEL!
j) Ter, para com o trabalho dos psicólogos e de outros profissionais, respeito, consideração
e solidariedade, e, quando solicitado, colaborar com estes, salvo impedimento por motivo
relevante;
k) Sugerir serviços de outros psicólogos, sempre que, por motivos justificáveis, não puderem
ser continuados pelo profissional que os assumiu inicialmente, fornecendo ao seu substituto
as informações necessárias à continuidade do trabalho;
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Ética Profissional e Resoluções do CFP
a) Praticar ou ser conivente com quaisquer atos que caracterizem negligência, discriminação,
exploração, violência, crueldade ou opressão;
e) Ser conivente com erros, faltas éticas, violação de direitos, crimes ou contravenções
penais praticados por psicólogos na prestação de serviços profissionais;
j) Estabelecer com a pessoa atendida, familiar ou terceiro, que tenha vínculo com o atendido,
relação que possa interferir negativamente nos objetivos do serviço prestado;
k) Ser perito, avaliador ou parecerista em situações nas quais seus vínculos pessoais ou
profissionais, atuais ou anteriores, possam afetar a qualidade do trabalho a ser realizado ou a
fidelidade aos resultados da avaliação;
l) Desviar para serviço particular ou de outra instituição, visando benefício próprio, pessoas
ou organizações atendidas por instituição com a qual mantenha qualquer tipo de vínculo
profissional;
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Art. 7° - O psicólogo poderá intervir na prestação de serviços psicológicos que estejam sendo
efetuados por outro profissional, nas seguintes situações:
Art. 8° - Para realizar atendimento não eventual de criança, adolescente ou interdito, o psicólogo
deverá obter autorização de ao menos um de seus responsáveis, observadas as determinações
da legislação vigente:
§1° – No caso de não se apresentar um responsável legal o atendimento deverá ser efetuado
e comunicado às autoridades competentes;
ACERTE O ALVO: O Art.8º e seus dois parágrafos versam sobre tópico ALTAMENTE
CONCURSÁVEL, principalmente em certames dos Tribunais de Justiça. Fique atento!
Art. 9° - É dever do psicólogo respeitar o sigilo profissional a fim de proteger, por meio da
confidencialidade, a intimidade das pessoas, grupos ou organizações, a que tenha acesso no
exercício profissional.
Art. 10 - Nas situações em que se configure conflito entre as exigências decorrentes do disposto
no Art. 9° e as afirmações dos princípios fundamentais deste Código, excetuando-se os casos
previstos em lei, o psicólogo poderá decidir pela quebra de sigilo, baseando sua decisão na
busca do menor prejuízo.
Art. 15 - Em caso de interrupção do trabalho do psicólogo, por quaisquer motivos, ele deverá zelar
pelo destino dos seus arquivos confidenciais.
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a) Avaliará os riscos envolvidos, tanto pelos procedimentos, como pela divulgação dos
resultados, com o objetivo de proteger as pessoas, grupos, organizações e comunidades
envolvidas;
d) Garantirá o acesso das pessoas, grupos ou organizações aos resultados das pesquisas
ou estudos, após seu encerramento, sempre que assim o desejarem.
Art. 17 - Caberá aos psicólogos docentes ou supervisores esclarecer, informar, orientar e exigir dos
estudantes a observância dos princípios e normas contidas neste Código.
Art. 18 - O psicólogo não divulgará, ensinará, cederá, emprestará ou venderá a leigos instrumentos
e técnicas psicológicas que permitam ou facilitem o exercício ilegal da profissão.
Art. 20 - O psicólogo, ao promover publicamente seus serviços, por quaisquer meios, individual ou
coletivamente:
g) Não proporá atividades que sejam atribuições privativas de outras categorias profissionais;
Art. 21 - As transgressões dos preceitos deste Código constituem infração disciplinar com a
aplicação das seguintes penalidades, na forma dos dispositivos legais ou regimentais:
Advertência;
Multa;
Censura pública;
Art. 22 - As dúvidas na observância deste Código e os casos omissos serão resolvidos pelos
Conselhos Regionais de Psicologia, ad referendum do Conselho Federal de Psicologia.
Art. 23 - Competirá ao Conselho Federal de Psicologia firmar jurisprudência quanto aos casos
omissos e fazê-la incorporar a este Código.
Art. 24 - O presente Código poderá ser alterado pelo Conselho Federal de Psicologia, por iniciativa
própria ou da categoria, ouvidos os Conselhos Regionais de Psicologia.
Este Código de Ética Profissional é fruto de amplos debates ocorridos entre os anos de 2003 e
2005, envolvendo:
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O CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, no uso de suas atribuições legais e regimentais, que lhe
são conferidas pela Lei nº 5.766, de 20 de dezembro de 1971 e;
CONSIDERANDO que o registro documental, além de valioso para o psicólogo e para quem recebe
atendimento e, ainda, para as instituições envolvidas, é também instrumento útil à produção e ao
acúmulo de conhecimento científico, à pesquisa, ao ensino, como meio de prova idônea para
instruir processos disciplinares e à defesa legal;
RESOLVE:
CAPÍTULO I
DOS REGISTROS DOCUMENTAIS
Art. 1º. Tornar obrigatório o registro documental sobre a prestação de serviços psicológicos que
não puder ser mantido prioritariamente sob a forma de prontuário psicológico, por razões que
envolvam a restrição do compartilhamento de informações com o usuário e/ou beneficiário do
serviço prestado.
§ 2º. Deve ser mantido permanentemente atualizado e organizado pelo psicólogo que acompanha
o procedimento.
Art. 2°. Os documentos agrupados nos registros do trabalho realizado devem contemplar:
I. identificação do usuário/instituição;
Parágrafo único. O supervisor técnico deve solicitar do estagiário registro de todas as atividades
e acontecimentos que ocorrerem com os usuários do serviço psicológico prestado.
§ 1.° O período de guarda deve ser de no mínimo 05 anos, podendo ser ampliado nos casos
previstos em lei, por determinação judicial, ou ainda em casos específicos em que seja necessária
a manutenção da guarda por maior tempo.
§ 2º. O registro documental deve ser mantido em local que garanta sigilo e privacidade e mantenha-
se à disposição dos Conselhos de Psicologia para orientação e fiscalização, de modo que sirva
como meio de prova idônea para instruir processos disciplinares e à defesa legal.
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CAPÍTULO II
DOS PRONTUÁRIOS
Art. 5º. Na hipótese de o registro documental de que trata o art. 1º desta Resolução ser realizado
na forma de prontuário, o seguinte deve ser observado:
I. as informações a ser registradas pelo psicólogo são as previstas nos incisos I a V do art. 2º
desta Resolução;
III. para atendimento em grupo não eventual, o psicólogo deve manter, além dos registros
dos atendimentos, a documentação individual referente a cada usuário;
Art. 6º. Quando em serviço multiprofissional, o registro deve ser realizado em prontuário único.
Parágrafo único. Devem ser registradas apenas as informações necessárias ao cumprimento dos
objetivos do trabalho.
A resolução CFP n° 008/2010 dispõe sobre a atuação do psicólogo como Perito e Assistente
Técnico no Poder Judiciário.
O CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, no uso de suas atribuições legais e regimentais, que lhe
são conferidas pela Lei no 5.766, de 20 de dezembro de 1971; pelo Código de Ética Profissional e
pela Resolução CFP n° 07/2003:
CONSIDERANDO que o psicólogo considerará as relações de poder nos contextos em que atua e
os impactos dessas relações sobre suas atividades profissionais, posicionando-se de forma crítica
e em consonância com os demais princípios do Código de Ética Profissional, conforme disposto
no princípio fundamental VII, do Código de Ética Profissional;
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CONSIDERANDO que é dever fundamental do psicólogo ter, para com o trabalho dos psicólogos
e de outros profissionais, respeito, consideração e solidariedade, colaborando, quando solicitado
por aqueles, salvo impedimento por motivo relevante;
CONSIDERANDO que é vedado ao psicólogo ser perito, avaliador ou parecerista em situações nas
quais seus vínculos pessoais ou profissionais, atuais ou anteriores, possam afetar a qualidade do
trabalho a ser realizado ou a fidelidade aos resultados da avaliação;
RESOLVE:
CAPÍTULO I
REALIZAÇÃO DA PERÍCIA
Art. 1° - O Psicólogo Perito e o psicólogo assistente técnico devem evitar qualquer tipo de
interferência durante a avaliação que possa prejudicar o princípio da autonomia teórico- técnica e
ético-profissional, e que possa constranger o periciando durante o atendimento.
Art. 2° - O psicólogo assistente técnico não deve estar presente durante a realização dos
procedimentos metodológicos que norteiam o atendimento do psicólogo perito e vice-versa,
para que não haja interferência na dinâmica e qualidade do serviço realizado.
Parágrafo Único - A relação entre os profissionais deve se pautar no respeito e colaboração, cada
qual exercendo suas competências, podendo o assistente técnico formular quesitos ao psicólogo
perito.
Art. 4° - A realização da perícia exige espaço físico apropriado que zele pela privacidade do
atendido, bem como pela qualidade dos recursos técnicos utilizados.
Art. 5° - O psicólogo perito poderá atuar em equipe multiprofissional desde que preserve sua
especificidade e limite de intervenção, não se subordinando técnica e profissionalmente a outras
áreas.
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CAPÍTULO II
PRODUÇÃO E ANÁLISE DE DOCUMENTOS
Art. 6° - Os documentos produzidos por psicólogos que atuam na Justiça devem manter o rigor
técnico e ético exigido na Resolução CFP n° 07/2003, que institui o Manual de Elaboração de
Documentos Escritos produzidos pelo psicólogo, decorrentes da avaliação psicológica.
Art. 7° - Em seu relatório, o psicólogo perito apresentará indicativos pertinentes à sua investigação
que possam diretamente subsidiar o Juiz na solicitação realizada, reconhecendo os limites legais
de sua atuação profissional, sem adentrar nas decisões, que são exclusivas às atribuições dos
magistrados.
Parágrafo Único - Para desenvolver sua função, o assistente técnico poderá ouvir pessoas
envolvidas, solicitar documentos em poder das partes, entre outros meios (Art. 429, Código de
Processo Civil).
CAPÍTULO III
TERMO DE COMPROMISSO DO ASSISTENTE TÉCNICO
Art. 9° - Recomenda-se que antes do início dos trabalhos o psicólogo assistente técnico formalize
sua prestação de serviço mediante Termo de Compromisso firmado em cartório onde está
tramitando o processo, em que conste sua ciência e atividade a ser exercidas, com anuência da
parte contratante.
Parágrafo Único - O Termo conterá nome das partes do processo, número do processo, data de
início dos trabalhos e o objetivo do trabalho a ser realizado.
CAPÍTULO IV
O PSICÓLOGO QUE ATUA COMO PSICOTERAPEUTA DAS PARTES
- Atuar como perito ou assistente técnico de pessoas atendidas por ele e/ou de terceiros envolvidos
na mesma situação litigiosa;
DISPOSIÇÕES FINAIS
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A resolução CFP nº 012/2011 regulamenta a atuação da (o) psicóloga (o) no âmbito do sistema
prisional.
O CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, no uso de suas atribuições legais e regimentais, que lhe
são conferidas pela Lei n° 5.766, de 20/12/1971;
CONSIDERANDO o disposto no Art. 6º, letra “c”, da Lei n° 5.766 de 20/12/1971, e o Art. 6º, inciso V,
do Decreto n° 79.822 de 17/6/1977;
CONSIDERANDO que a Constituição Federal, em seu Art. 196, bem como os princípios e diretrizes
preconizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), definem que a saúde é direito de todos e dever
do Estado;
CONSIDERANDO que as (os) psicólogas (os) atuarão segundo os princípios do seu Código de Ética
Profissional, notadamente aqueles que se fundamentam no respeito e na promoção da liberdade,
da dignidade, da igualdade e da integridade do ser humano, conforme a Declaração Universal dos
Direitos Humanos;
RESOLVE:
Art. 1º. Em todas as práticas no âmbito do sistema prisional, a (o) psicóloga (o) deverá respeitar e
promover:
d) A construção de estratégias que visem ao fortalecimento dos laços sociais e uma
participação maior dos sujeitos por meio de projetos interdisciplinares que tenham por
objetivo o resgate da cidadania e a inserção na sociedade extramuros.
ATENÇÃO: O art. 2º traz DEVERES do psicólogo que atua no âmbito do sistema prisional
diretamente no atendimento da população em privação de liberdade ou em medida
de segurança (Hospitais de Custódia).
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Parágrafo Único: É vedado à (ao) psicóloga (o) participar de procedimentos que envolvam as
práticas de caráter punitivo e disciplinar, notadamente os de apuração de faltas disciplinares.
Art. 3º. Em relação à atuação como gestor, a (o) psicóloga (o) deverá:
ATENÇÃO: O art. 3º traz DEVERES do psicólogo que atua no âmbito do sistema prisional
como GESTOR.
Art. 4º. Em relação à elaboração de documentos escritos para subsidiar a decisão judicial na
execução das penas e das medidas de segurança:
ACERTE O ALVO: O art. 4º é o tópico mais concursável desta resolução !!! LEIA,
ENTENDA, ESQUEMATIZE, MEMORIZE !!!
§ 1º. Na perícia psicológica realizada no contexto da execução penal ficam vedadas a elaboração
de prognóstico criminológico de reincidência, a aferição de periculosidade e o estabelecimento
de nexo causal a partir do binômio delito-delinquente.
§ 2º. Cabe à (ao) psicóloga (o) que atuará como perita (o) respeitar o direito ao contraditório da pes-
soa em cumprimento de pena ou medida de segurança.
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Art. 5º. Na atuação com outros segmentos ou áreas, a (o) psicóloga (o) deverá:
Art. 6º. Toda e qualquer atividade psicológica no âmbito do sistema prisional deverá seguir os
itens determinados nesta resolução.
Parágrafo Único – A não observância da presente norma constitui falta ético- disciplinar, passível
de capitulação nos dispositivos referentes ao exercício profissional do Código de Ética Profissional
do Psicólogo, sem prejuízo de outros que possam ser arguidos.
A resolução CFP n° 017/2012 dispõe sobre a atuação do psicólogo como Perito nos diversos
contextos.
ACERTE O ALVO: Fique atento a todos os grifos e negritos ao longo desta resolução,
pois os fizemos para destacar para você os aspectos mais importantes !!!
O CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA no uso de suas atribuições legais e regimentais, que lhe
são conferidas pela Lei n° 5.766 de 20 de dezembro de 1971, pelo Código de Ética Profissional e
pela Resolução CFP n. 07/2003:
RESOLVE:
CAPITULO I
REALIZAÇÃO DA PERÍCIA
Art.l° - A atuação do psicólogo como perito consiste em uma avaliação direcionada a responder
demandas específicas, originada no contexto pericial.
Art.2° - O Psicólogo Perito deve evitar qualquer tipo de interferência durante a avaliação que
possa prejudicar o princípio da autonomia teórico-técnica e ético-profissional, e que possa
constranger o periciando durante o atendimento.
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Ética Profissional e Resoluções do CFP
Art. 4o - O periciado deve ser informado acerca dos motivos, das técnicas utilizadas, datas e local
da avaliação pericial psicológica.
Parágrafo único: Quando a pessoa atendida for criança, adolescente ou interdito, é necessária a
apresentação de consentimento formal a ser dado por pelo menos um dos responsáveis legais.
Art. 5o - O psicólogo perito poderá atuar em equipe multiprofissional desde que preserve sua
especificidade e limite de intervenção, não se subordinando técnica e profissionalmente a outras
áreas.
Parágrafo único: A relação entre os profissionais envolvidos no contexto da perícia deve se pautar
no respeito e colaboração, cada qual exercendo suas competências, respeitadas as atribuições
privativas de cada categoria profissional.
CAPÍTULO II
PRODUÇÃO A ANÁLISE DE DOCUMENTOS
Art. 8o - Em seu parecer, o psicólogo perito apresentará indicativos pertinentes à sua investigação
que possam diretamente subsidiar a decisão da Administração Pública, de entidade de natureza
privada ou de pessoa natural na solicitação realizada, reconhecendo os limites legais de sua
atuação profissional.
CAPÍTULO III
DISPOSIÇÕES FINAIS
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BIBLIOGRAFIA