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Elaboração de Documentos Psicológicos

Resolução 007/2003
 Conselho Federal de Psicologia (CFP)
 Elaborou a Resoluçã o n° 30/2001
 Revogada pela Resoluçã o n° 17/2002
 Revogada pela Resoluçã o n° 007/2003

 Institui o Manual de Elaboraçã o de Documentos Escritos


produzidos pelo psicó logo, decorrentes de avaliaçã o psicoló gica
 Surge em decorrência das frequentes representaçõ es éticas decorrentes da falta
de qualidade dos documentos decorrentes de avaliaçã o psicoló gica
Resolução 007/2003

 Objetivo do Manual
 Orientar o psicó logo na confecçã o de documentos decorrentes das
avaliaçõ es psicoló gicas

 Fornecer os subsídios éticos e técnicos necessá rios para a


elaboraçã o qualificada da comunicaçã o escrita
Resolução 007/2003
 Art. 3. - Toda e qualquer comunicaçã o por escrito, decorrente de
avaliaçã o psicoló gica deverá seguir as diretrizes descritas no
manual
 Pará grafo ú nico – A nã o observâ ncia da presente norma constitui
falta ético-disciplinar, passível de capitulaçã o nos dispositivos
referentes ao exercício profissional do Có digo de É tica Disciplinar
do Psicó logo
Resolução 007/2003
 Apresenta
 Princípios norteadores à produçã o dos documentos
 Modalidades de documentos (declaraçã o, atestado, laudo e
parecer)
 Conceito / finalidade / estrutura
 Validade dos documentos
 Guarda dos documentos
Resolução 007/2003 - Princípios Norteadores na
Elaboração de Documentos
 O psicó logo, na elaboraçã o de seus documentos, deverá
considerar:
 Técnicas da linguagem escrita

Princípios éticos, técnicos e científicos da profissã o

Frases e termos devem ser compatíveis com a linguagem
profissional, garantindo a precisã o da comunicaçã o
Resolução 007/2003 - Princípios Norteadores na
Elaboração de Documentos
 A comunicaçã o deve apresentar:

Clareza: sequência ou ordenamento adequado dos conteú dos

Concisã o: emprego da linguagem adequada, da palavra exata e
necessá ria (evitar redaçã o lacô nica ou prolixa)

Harmonia: correlaçã o adequada das frases, no aspecto sonoro e
na ausência de cacofonias
Resolução 007/2003 – Princípios Éticos e Técnicos
 Basear informaçõ es nos princípios e dispositivos do Có digo de
É tica Profissional do Psicó logo:

Sigilo profissional


Alcance das informaçõ es: identificar riscos e compromissos em
relaçã o ao uso das informaçõ es presentes nos documentos
Resolução 007/2003 – Princípios Éticos e Técnicos
 Considerar e analisar a influência de aspectos histó ricos e sociais
sobre o psiquismo e os comportamentos do indivíduo

 A linguagem nos documentos deve ser precisa, clara, inteligível e


concisa, ou seja, deve-se restringir pontualmente à s informaçõ es
que se fizerem necessá rias, recusando qualquer tipo de
consideraçã o que nã o tenha relaçã o com a finalidade do
documento específico
Resolução 007/2003 – Princípios Éticos e Técnicos
 O documento deve considerar a natureza dinâ mica, nã o definitiva
e nã o cristalizada do seu objeto de estudo
 O profissional de psicologia deve se basear, exclusivamente, nos
instrumentais técnicos que se configuram como métodos e
técnicas psicoló gicas para a coleta de dados
 Esses instrumentais técnicos devem obedecer à s condiçõ es
mínimas de qualidade, devendo ser adequados ao que se propõ em
a investigar
Validade dos Documentos
 O prazo de validade do conteú do dos documentos escritos,
decorrentes das avaliaçõ es psicoló gicas, deverá considerar a
legislaçã o vigente nos casos já definidos. Nã o havendo definiçã o
legal, o psicó logo indicará o prazo de validade do conteú do emitido
no documento em funçã o das características avaliadas, das
informaçõ es obtidas e dos objetivos da avaliaçã o.
 Ao definir o prazo, o psicó logo deve dispor dos fundamentos para
a indicaçã o, devendo apresentá -los sempre que solicitado.
Guarda dos Documentos
 Os documentos decorrentes de avaliaçã o psicoló gica, bem como
todo o material que os fundamentou, deverã o ser guardados pelo
prazo mínimo de 5 anos, observando-se a responsabilidade por
eles tanto do psicó logo quanto da instituiçã o em que ocorreu a
avaliaçã o psicoló gica.
Guarda dos Documentos
 Esse prazo poderá ser ampliado nos casos previstos em lei, por
determinaçã o judicial, ou ainda em casos específicos em que seja
necessá ria a manutençã o da guarda por maior tempo.

 Em caso de extinçã o de serviço psicoló gico, o destino dos


documentos deverá seguir as orientaçõ es definidas no Có digo de
É tica do Psicó logo.
Cuidados gerais

 Rubricar todos as laudas até a penú ltima


 Linguagem clara, precisa e concisa, em 3ª pessoa
 Princípios éticos
 Base em instrumental técnico
 Entrevista devolutiva
 Material a ser guardado por 5 anos no mínimo
Cuidados gerais

 Obrigató rio que o psicó logo mantenha protocolo de entrega de


documentos, com assinatura do solicitante, comprovando que este
efetivamente o recebeu e que se responsabiliza pelo uso e sigilo
das informaçõ es contidas no documento
 Prazo de validade do conteú do do documento escrito, decorrente
da prestaçã o de serviços psicoló gicos, deverá ser indicado no
ú ltimo pará grafo do documento.
Cuidados gerais

 Obrigató rio que o psicó logo mantenha protocolo de entrega de


documentos, com assinatura do solicitante, comprovando que este
efetivamente o recebeu e que se responsabiliza pelo uso e sigilo
das informaçõ es contidas no documento
 Prazo de validade do conteú do do documento escrito, decorrente
da prestaçã o de serviços psicoló gicos, deverá ser indicado no
ú ltimo pará grafo do documento.
Problemas da escrita de documentos

(Lago et al, 2016)


Problemas da escrita de documentos

(Lago et al, 2016)


Problemas da escrita de documentos

(Lago et al, 2016)


Problemas da escrita de documentos

(Lago et al, 2016)


Problemas da escrita de documentos

(Lago et al, 2016)


Checklist para redação de documentos
Indicadores de qualidade Verificação
Presença dos tópicos obrigatórios (identificação, descrição da demanda, procedimentos, analise e conclusão)
Bom encadeamento de ideias
Linguagem objetiva, coerente e consistente
Erros gramaticais/ortográficos
Ausência de juízo de valor e afirmações dogmáticas
Relação entre objetivo (queixa inicial), método utilizado e resultados obtidos
Linguagem apropriada ao destinatário
Ausência de informações taxativas, definitivas e imutáveis
Ausência de informações irrelevantes que não contribuem para compreender a queixa principal
Presença das informações necessárias para responder (compreender) a queixa principal
Resultados respaldados por instrumentais técnicos reconhecidos pela Psicologia
Presença dos tópicos obrigatórios (identificação, descrição da demanda, procedimentos, análise e conclusão)
Ausência de escores, números, gráficos sem explicação ou contextualização
Conclusão retoma e responde de forma clara a pergunta inicial (demanda da avaliação)
Ausência de linguagem não-técnica, de senso comum, coloquial ou sem fundamentação
Elaboração de Documentos Escritos

 Declaraçã o
 Atestado Psicoló gico
 Relató rio
 Psicoló gico
 Multiprofissional
 Laudo Psicoló gico
 Parecer Psicoló gico
Declaração

 Conceito
 Documento que visa a informar a ocorrência de fatos ou situaçõ es
objetivas relacionados ao atendimento psicoló gico.
Declaração

 Finalidade de declarar:

a) Comparecimentos do atendido e/ou do seu acompanhante,
quando necessá rio.

b) Acompanhamento psicoló gico do atendido.

c) Informaçõ es sobre as condiçõ es do atendimento (tempo de
acompanhamento, dias ou horá rios).
Declaração

 Neste documento nã o deve ser feito diagnó stico ou registro de


sintomas, situaçõ es ou estados psicoló gicos
Declaração
 Estrutura:

a) Papel timbrado ou com carimbo, em que conste nome e
sobrenome do psicó logo, acrescido de sua inscriçã o profissional
(“Nome do psicó logo / N.º da inscriçã o”)

b) A declaraçã o deve expor:

Registro do nome e sobrenome do solicitante

Finalidade do documento (por exemplo, para fins de
comprovaçã o)
Declaração

 Comparecimento do atendido ou acompanhante


 Acompanhamento psicoló gico
 Informaçõ es sobre tempo de acompanhamento, dias e horá rios
 VEDADO registrar sintomas, situaçõ es ou estados psicoló gicos
Declaração

 Nome completo/social do solicitante


 Finalidade (e.g., fins de comprovaçã o)
 Registro de informaçõ es solicitadas
 Local e data da emissã o
 [Nome completo do psicó logo, nº da inscriçã o, carimbo e
assinatura (papel timbrado)]  Finaliza todos os documentos
elaborados pelo psicó logo
Declaração
(Nome Completo do(a) avaliador(a)), psicólogo(a),
(Nome Completo do(a) avaliador(a)), psicólogo(a),
registrado(a) no Conselho Regional de Psicologia sob
registrado(a) no Conselho Regional de Psicologia sob
número (XXX) solicitada pelo(a) (Nome do Requerente),
número (XXX) solicitada pelo(a) (Nome do Requerente),
para fins de (finalidade do documento).
para fins de (finalidade do documento).
 
 
 
 
Declaro que (Nome do Requerente), compareceu ao
Declaro que (Nome do Requerente), compareceu ao
(local de atendimento), no (data), às (horário), para
(local de atendimento), no (data), às (horário), para
sessão de avaliação psicológica, permanecendo no local
sessão de avaliação psicológica, permanecendo no local
por 1(uma) hora.
por 1(uma) hora.
 
 
  
  
Local e data.
Local e data.
  _______________
  _______________
Assinatura
Assinatura
Nome Completo
Nome Completo
Psicóloga
Psicóloga
Número CRP
Número CRP
Atestado Psicológico

 Conceito:
 Certifica determinada situaçã o ou estado psicoló gico, tendo como
finalidade afirmar sobre as condiçõ es psicoló gicas do solicitante.
Atestado Psicológico
 Finalidade:

Justificar faltas e/ou impedimentos do solicitante.

Atestar aptidã o ou nã o-aptidã o para atividades específicas, apó s
avaliaçã o psicoló gica.

Solicitar afastamento e/ou dispensa do solicitante.
Atestado Psicológico
 Estrutura:

A formulaçã o do atestado deve restringir-se à informaçã o
solicitada pelo requerente, contendo expressamente o fato
constatado

Deve ser emitido em papel timbrado ou apresentar na
subscriçã o do documento o carimbo, em que conste o nome e
sobrenome do psicó logo, acrescido de sua inscriçã o profissional
(“Nome do psicó logo / N.º da inscriçã o”)
Atestado Psicológico

 Texto corrido, sem pará grafos


 Registro do nome completo/social
 Identificaçã o do solicitante
 Finalidade do documento
 Registro da informaçã o do sintoma, situaçã o ou condiçõ es
psicoló gicas (CID/DSM opcional)
 Guardar relató rio correspondente
Atestado Psicológico
Atesto, para fins de [FINALIDADE DA COMPROVAÇÃO] que o Senhor [NOME E SOBRENOME DO
SOLICITANTE] apresenta sintomas de tristeza, irritabilidade ,desmotivação, diminuição da capacidade de
concentração, problemas do sono e diminuição do apetite, corroborando para o quadro de Episódio Depressivo
Moderado (CID F32.1). Assim sendo, o requerente necessita de duas semanas de afastamento de suas
atividades laborais para [ACOMPANHAMENTO, REPOUSO, etc.].
 
Cidade, dia, mês, ano

  
Local e data.
 __________________
Assinatura
Nome Completo
Profissional de Psicologia
Número CRP
Diferenças da Declaração e do Atestado Psicológico
 Declaração
 Uma empresa solicita um documento com o objetivo de justificar o
afastamento a falta de um funcioná rio que se ausentou para
realizar uma avaliaçã o psicoló gica.
 Atestado
 Uma empresa solicita um documento com o objetivo de justificar a
necessidade de afastamento de um funcioná rio que encontra-se
em sofrimento psíquico.
Relatório Psicológico

 Conceito
 Descriçã o das situaçõ es e/ou condiçõ es psicoló gicas e suas determinaçõ es
histó ricas, sociais, políticas e culturais, pesquisadas no processo de avaliaçã o
psicoló gica.
 Deve ser subsidiado nos dados coletados, à luz de um instrumental técnico
(entrevistas, dinâ micas, testes psicoló gicos, observaçã o, exame psíquico,
intervençã o verbal), consubstanciado em referencial té cnico e científico da
Psicologia
Relatório Psicológico

 Finalidade
 Visa a apresentar os procedimentos e conclusõ es gerados pelo processo da
avaliaçã o psicoló gica, relatando sobre:

Intervençõ es

Diagnó stico

Prognó stico e evoluçã o do caso

Orientaçã o e sugestã o de projeto terapêutico
Relatório Psicológico

 Apresentaçã o descritiva de situaçõ es e/ou condiçõ es psicoló gicas


e suas determinaçõ es
 Gerar orientaçõ es, encaminhamento, intervençõ es e
recomendaçõ es
 Nã o tem como finalidade produzir diagnó stico psicoló gico
Relatório Psicológico

 Apresentaçã o descritiva de situaçõ es e/ou condiçõ es psicoló gicas


e suas determinaçõ es
 Gerar orientaçõ es, encaminhamento, intervençõ es e
recomendaçõ es
 Nã o tem como finalidade produzir diagnó stico psicoló gico
Relatório Psicológico

 Componentes estruturais
 Identificaçã o
 Descriçã o da demanda
 Procedimento
 Aná lise
 Conclusã o
Relatório Psicológico

 Identificaçã o
 Pessoa ou instituiçã o atendida
 Solicitante
 Finalidade
 Autor
 Descriçã o da demanda
Relatório Psicológico

 Procedimento
 Recursos técnico-científicos
 Referencial teó rico-metodoló gico
 Aná lise
 Fundamentada teó rico e tecnicamente
 Conclusã o
 Síntese
Relatório Psicológico

 Estrutura

Narrativa detalhada e didá tica, com clareza, precisã o e harmonia,
tornando-se acessível e compreensível ao destinatá rio

Termos técnicos devem ser teoricamente fundamentados

É o documento mais completo e mais complexo
Relatório Psicológico

 O relató rio psicoló gico deve conter, no mínimo, cinco itens:



Identificaçã o (quem para que para quem)

Descriçã o da demanda (por quê?)

Procedimento (como?)

Aná lise (o quê?)

Conclusã o
Relatório Psicológico

 Identificaçã o

Parte superior do documento. Deve conter:

O autor/relator (quem elabora)

O interessado (quem solicita)

O assunto/finalidade (motivo da avaliaçã o)
Relatório Psicológico

 Descriçã o da demanda

Narraçã o das informaçõ es referentes aos motivos, razõ es e
expectativas referentes ao processo

Justificativa quanto ao procedimento adotado
Relatório Psicológico

 Procedimento

Consiste na descriçã o dos recursos e instrumentos técnicos
utilizados para coletar as informaçõ es (nú mero de sessõ es,
pessoas entrevistadas, etc.)

O procedimento adotado deve ser coerente com a complexidade
da demanda
Relatório Psicológico
 Aná lise

Exposiçã o descritiva, metó dica, objetiva e fiel dos dados colhidos e
das situaçõ es vividas relacionados à demanda

Deve-se respeitar a fundamentaçã o teó rica que sustenta o
instrumental técnico utilizado, bem como os princípios éticos e as
questõ es relativas ao sigilo das informaçõ es

Somente deve ser relatado o que for necessá rio para o
esclarecimento do encaminhamento
Relatório Psicológico
 O psicó logo nã o deve fazer afirmaçõ es sem sustentaçã o em fatos
e/ou teorias.
 Deve apresentar linguagem precisa, especialmente quando se
referir a dados de natureza subjetiva, expressando-se de maneira
clara e pontual.
 Considerar a natureza dinâ mica e nã o-definitiva dos dados.
Relatório Psicológico
 Conclusã o

Expor resultados e consideraçõ es resultantes da investigaçã o, a
partir das referências que subsidiaram o trabalho.

Sugere-se apresentar sugestõ es de encaminhamentos (possíveis!)

Conclui-se o documento com indicaçã o do local, data de emissã o,
assinatura do psicó logo e o seu nú mero de inscriçã o no CRP.
Laudo Psicológico

 Conceito
 Descriçã o das situaçõ es e/ou condiçõ es psicoló gicas e suas determinaçõ es
histó ricas, sociais, políticas e culturais, pesquisadas no processo de avaliaçã o
psicoló gica.
 Deve ser subsidiado nos dados coletados, à luz de um instrumental técnico
(entrevistas, dinâ micas, testes psicoló gicos, observaçã o, exame psíquico,
intervençã o verbal), consubstanciado em referencial té cnico e científico da
Psicologia
Laudo Psicológico

 Finalidade
 Visa a apresentar os procedimentos e conclusõ es gerados pelo processo da
avaliaçã o psicoló gica, relatando sobre:

Intervençõ es

Diagnó stico

Prognó stico e evoluçã o do caso

Orientaçã o e sugestã o de projeto terapêutico
Laudo Psicológico

 Resultado de um processo de avaliaçã o psicoló gica


 Encaminhamento, intervençõ es, hipó tese diagnó stica, diagnó stico,
prognó stico, evoluçã o do caso, orientaçã o e sugestã o de projeto
terapêutico
 Condicionantes histó ricos e sociais
Laudo Psicológico

 Componentes estruturais
 Identificaçã o
 Descriçã o da demanda
 Procedimento
 Aná lise
 Conclusã o
 Referências
Laudo Psicológico

 Identificaçã o
 Pessoa ou instituiçã o atendida
 Solicitante
 Finalidade
 Autor
 Descriçã o da demanda
Laudo Psicológico

 Procedimento
 Recursos técnico-científicos
 Referencial teó rico-metodoló gico
 Aná lise
 Fundamentada teó rico e tecnicamente
 Conclusã o
 Referências
Parecer Psicológico

 Conceito

Documento fundamentado e resumido sobre uma questão
focal do campo psicológico cujo resultado pode ser indicativo
ou conclusivo.
Parecer Psicológico

 Finalidade

Tem a finalidade de apresentar resposta esclarecedora, no
campo do conhecimento psicológico, através de uma
avaliação especializada, de uma “questão-problema”.

É semelhante ao relatório, porém mais reduzido e pontual.
Parecer Psicológico
 Estrutura
 O psicó logo deve realizar a aná lise do problema apresentado,
destacando os aspectos relevantes, considerando os quesitos
apontados e com fundamento em referencial teó rico-científico.
 Havendo quesitos, o psicó logo deve respondê-los de forma
sintética e convincente, nã o deixando questõ es sem resposta.
 Quando nã o houver dados para a resposta, pode-se utilizar a
expressã o “sem elementos de convicçã o”
Parecer Psicológico

 Componentes estruturais
 Identificaçã o
 Descriçã o da demanda
 Aná lise
 Conclusã o
 Referências
Parecer Psicológico
 Identificaçã o

Identificar o nome e titulaçã o do parecerista, o nome do autor da
solicitaçã o e sua titulaçã o.
 Exposiçã o de Motivos

Destina-se à transcriçã o do objetivo da consulta e dos quesitos ou à
apresentaçã o das dú vidas levantadas pelo solicitante. Deve-se
apresentar a questã o em tese, nã o sendo necessá ria a descriçã o
detalhada dos procedimentos, como os dados colhidos ou o nome dos
envolvidos.
Parecer Psicológico
 Aná lise

A discussã o se constitui na aná lise minuciosa da questã o
explanada e argumentada com base nos fundamentos necessá rios,
seja na ética, na técnica ou no corpo conceitual da ciência
psicoló gica. Deve-se respeitar as normas de referências de
trabalhos científicos para suas citaçõ es e informaçõ es.
Parecer Psicológico
 Conclusã o

Na parte final, o psicó logo apresentará seu posicionamento,
respondendo a questã o levantada. Em seguida, informa o local e
data em que foi elaborado e assina o documento.
Exemplos
Declaração
 Declaro, para os fins que se fizeram necessá rios, que o Sr. (Nome
do Solicitante) faz acompanhamento psicoló gico no (ambulató rio
ou consultó rio), desde janeiro de 2001, sob meus cuidados
profissionais.
 Cidade, dia, mês, ano
 Nome completo do profissional de psicologia
 Nº de inscriçã o no CRP
Atestado Psicológico
 Atesto, para fins de comprovaçã o junto a (nome a quem se destina),
que o Sr. (Nome do Solicitante), apresenta sintomas relativos a
angú stia, insô nia, ansiedade e irritabilidade, necessitando, no
momento, de 3 (três) dias de afastamento de suas atividades laborais
para acompanhamento ...* (ou para repouso, ou indicar a razã o).
 Cidade, dia, mês, ano
 Nome do psicó logo
 Nº de inscriçã o no CRP
Relatório Psicológico
Relatório Psicológico
 Introduçã o
 O presente Relató rio tem como objetivo cumprir regra da UNISAÚ DE referente ao benefício
de Psicoterapia. Para a 1a . consulta, nã o se faz necessá ria a autorizaçã o prévia da
entidade; entretanto, para o acompanhamento psicoló gico é necessá rio a autorizaçã o, que
será concedida mediante apresentaçã o de Relató rio Psicoló gico, contendo diagnó stico e
justificativa que fundamentem a necessidade da Psicoterapia. Assim sendo, em
cumprimento à norma, solicita-se autorizaçã o de Acompanhamento Psicoló gico, mediante
justificativas apresentadas neste Relató rio, para a Sra. (Nome do avaliado), beneficiá ria
deste convênio, registrada sob o nº 00 / 00, que compareceu em primeira entrevista no dia
tanto de tanto de 2000.
Relatório Psicológico
 (Continuaçã o da Introduçã o)
 A Sra. (Nome do avaliado), ao ser solicitada na primeira entrevista, a falar do motivo que
desencadeou sua ida a um psicó logo, teve inicialmente dificuldade de responder, parecia
“tensa”, gaguejava, apertava as mã os, e dizia nã o saber por onde começar. O psicó logo deu
retorno à cliente de que ela parecia nã o estar se sentido à vontade e assim deu-se início ao
processo da escuta. No desenrolar da entrevista, percebeu-se que a referida senhora
retomou o ritmo normal da fala, deixou de gaguejar e passou a narrar os seguintes
sintomas: tem tido, em vá rias situaçõ es, uma sensaçã o de medo intenso que a deixa “como
paralisada”, sente falta de ar, sensaçã o de desmaio, palpitaçã o, desarranjo intestinal e um
“sofrimento” acentuado acerca do medo; diz que acha nã o ter razã o de sentir “tanto
medo”e que, todavia, este medo está comprometendo seu desempenho profissional.
Relatório Psicológico
 (Continuaçã o da Introduçã o)
 A seguir, relatou situaçõ es em que este quadro se apresenta, tendo se referido a
algumas avaliaçõ es de seus superiores sobre seu desempenho. Diz ser uma pessoa
extremamente ansiosa, que sempre que pode “escapa de compromissos”. Num
dado momento da entrevista, a Sra (Nome do avaliado), chorando, disse que “nã o
suporto mais esse desgaste, nã o tenho encontrado saída”. Diante dos dados
colhidos nessa primeira entrevista é possível apresentar uma hipó tese diagnó stica
de que a Sra. (Nome do avaliado), apresenta distú rbio de ansiedade, hipó tese que
será demonstrada nas conclusõ es desse Relató rio para justificativa da necessidade
de acompanhamento psicoterá pico.
Relatório Psicológico
 Descriçã o
 Os dados coletados na primeira entrevista, fornecidos pela descriçã o dos
sintomas (medo intenso, falta de ar, sensaçã o de desmaio, palpitaçã o,
desarranjo intestinal, consciência da irracionalidade do medo,
comportamento evitante de certas situaçõ es ou sofrimento demasiado
quando enfrenta a situaçã o), a postura corporal observada (gagueira,
inquietaçã o, tremor nas mã os) e as conseqü ências negativas (isolamento
social, avaliaçõ es negativas na empresa onde trabalha) indicam que o
distú rbio de ansiedade vivido pela Sra. (Nome do avaliado), assumiu
proporçõ es impeditivas na sua vida.
Relatório Psicológico
 (Continuaçã o da Descriçã o)
 Estudos recentes apresentados em vá rias publicaçõ es têm indicado serem
os distú rbios de ansiedade os mais freqü entemente encontrados na
populaçã o em geral. De acordo com algumas características, eles sã o
classificados como quadro patoló gico, cuja evoluçã o, comprometimento e
complicaçõ es ensejam busca de tratamento medicamentoso e/ou
psicoló gico.
Relatório Psicológico
 (Continuaçã o da Descriçã o)
 De acordo com o Manual de Diagnó stico e Estatística de Distú rbios Mentais,
especialmente no capítulo que trata dos Distú rbios de Ansiedade, os
sintomas apresentados pela Sra. (Nome do avaliado) caracterizam um
quadro compatível com a descriçã o de Fobia Social, cujo diagnó stico referido
no Có digo Internacional de Doenças (CID) recebe a sigla 300.23. A evoluçã o
deste distú rbio tem sido habitualmente crô nica, sendo exacerbado quando a
pessoa enfrenta as situaçõ es que desencadeiam o medo. Em muitos casos,
em funçã o do evitamento da situaçã o, ele chega a interferir nas relaçõ es
sociais e no avanço profissional, comprometendo assim o paciente.
Relatório Psicológico
 (Continuaçã o da Descriçã o)
 A psicoterapia tem se tornado uma terapêutica que possibilita ao paciente
descobrir a origem dos sintomas, o enfrentamento deles, a consciência dos
conflitos ou medo geradores da ansiedade e que, dependendo da
cronicidade do quadro, é possível, ao final do processo, o alívio do
sofrimento vivido pelo paciente, seja pela supressã o total do foco gerador
dos sintomas, seja pela supressã o parcial dos sintomas, fornecendo assim,
uma qualidade de vida mais satisfató ria que a vivida anteriormente ao
Processo Psicoterá pico.
Relatório Psicológico
 Conclusã o
 Diante dos dados colhidos na primeira entrevista com a Sra. (Nome do avaliado), e,
considerando que os sintomas relatados levam a referida Sra. a vivência de sofrimentos
subjetivos e considerando que os mesmos estã o comprometendo sua qualidade de vida
pessoal e profissional, apontando para a possibilidade de complicaçõ es maiores, inclusive
predisposiçã o a um distú rbio depressivo, conclui- se, como terapêutica preventiva dessa
evoluçã o para remissã o total ou parcial dos sintomas, a necessidade urgente de
Acompanhamento Psicoló gico.
 Cidade, dia, mês, ano
 Nome do Profissional de Psicologia
 CRP N.º /
Laudo Psicológico

 1. Identificaçã o
 Nome:
 Data de nascimento: Idade:
 Estado civil:
 Escolaridade: Profissã o:
 Filiaçã o: Responsável:
 Solicitante: Finalidade:
Laudo Psicológico
 2. Descriçã o da Demanda
 Em decorrência de dificuldade de adaptaçã o à s regras e normas escolares de
déficit de atençã o, falta de estímulo, reprovaçõ es subsequentes, falta de
socializaçã o, atitudes suicidas impulsivas, excessiva agressividade,
acusaçõ es de furtos e danos materiais a patrimô nio da escola e de
professores, bem como experiência de expulsã o em vá rias escolas, o
adolescente (Nome do adolescente) foi submetido à avaliaçã o psicoló gica
como condiçã o necessá ria à sua permanê ncia na atual escola onde estuda.
Laudo Psicológico
 (Continuaçã o da Descriçã o da Demanda)
 A família tem total conhecimento do comportamento do
adolescente, afirmando que desde pequeno o mesmo
apresentava dificuldade no seu desenvolvimento social.
Gostava de ficar isolado, de quebrar seus brinquedos e atear
fogo em objetos. Nã o conseguia se envolver emocionalmente
com os membros da família, parecendo distante de todos.
Laudo Psicológico
 (Continuaçã o da Descriçã o da Demanda)
 Ainda em relaçã o à família, particularmente em relaçã o aos genitores,
detectou-se na figura paterna dificuldades de se impor, tendo o mesmo
histó ria de dependê ncia alcó olica. Na figura materna, observou- se uma
excessiva autoridade, bem como comportamento ambivalentes nos métodos
disciplinares utilizados com o filho, ora se mostrando indiferente,
negligenciando nas condiçõ es essenciais de desenvolvimento, ora abusando
do seu poder, com castigos físicos exagerados, ficando evidenciado o cará ter
conflituoso na interaçã o familiar.
Laudo Psicológico
 3. Métodos e Técnicas
 Nas primeiras sessõ es de avaliaçã o, o examinado demonstrou
excessiva tensã o, irritabilidade, agitaçã o, ansiedade, auto estima
negativa, pensamento auto destrutivo e revolta em relaçã o à sua
mã e. Passado o período de comprometimento emocional,
procedeu-se à aplicaçã o dos testes buscando a investigaçã o dos
campos de percepçã o familiar, personalidade, inteligência e
memó ria.
Laudo Psicológico
 (Continuaçã o dos Métodos e Técnicas)
 No teste de percepçã o familiar, demonstrou desarmonia
familiar, insegurança, introversã o e sentimento de
inferioridade. Foi observado distanciamento entre os
familiares, rejeiçã o ou desvalorizaçã o dos membros. No
interrogató rio, os conteú dos apresentados demonstraram
bastante desinteresse pela vida.
Laudo Psicológico
 (Continuaçã o dos Métodos e Técnicas)
A avaliaçã o de personalidade foi realizada através da observaçã o
e da aplicaçã o dos Testes Casa, Á rvore, Pessoa (HTP). Os
principais traços encontrados foram: introversã o, imaturidade,
insegurança, agressividade, imprudência, insatisfaçã o com as
normas e regras sociais.
Laudo Psicológico
 4 –Conclusã o:
 Através dos dados analisados no psicodiagnó stico foram
observadas dificuldades de ordem social e afetiva, piromania,
fixaçã o por objetos, obsessã o, pensamento auto-destrutivo e
oscilaçã o de humor.
 Encaminhado para tratamento psicoterá pico e acompanhamento
psiquiá trico.
Parecer Psicológico

 PARECERISTA: Nome do profissional de psicologia, CRP Nº


 SOLICITANTE: Mm. Sr. Juiz Dr. Da Varada Comarca
 ASSUNTO: Validade de Avaliaçã o Psicoló gica.
Parecer Psicológico
 I. EXPOSIÇÃ O DE MOTIVOS
 O presente Parecer trata de solicitaçã o do Mm. Sr. Juiz Dr. , da
Vara Familiar, da Comarca_______, sobre a validade de Avaliaçã o
Psicoló gica. A Avaliaçã o Psicoló gica, que se encontra nos Autos do
Processo Nº 000/2001 de Separaçã o Judicial, é peça utilizada por
uma das partes como prova alegada de incapacidade emocional
da parte que ficou com a guarda dos filhos quando da separaçã o,
motivo pelo qual requer do juiz a “revisã o de guarda”.
Parecer Psicológico
 (Continuaçã o da exposiçã o de motivos)
 A parte, agora contestando, solicita a invalidaçã o da Avaliaçã o
Psicoló gica alegando que o documento nã o tem respaldo ético legal,
vez que o psicó logo era muito amigo da parte que está pleiteando a
guarda. Diz ainda que aquela avaliaçã o nã o está isenta da neutralidade
necessá ria, pois o psicó logo deu informaçõ es baseadas na versã o do
“amigo” e que consigo só falou uma vez, apresentando interpretaçõ es
pessoais e deturpadas. Requer, portanto, o Mm. Juiz, Parecer sobre a
validade da contestada Avaliaçã o Psicoló gica.

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