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em um hospital geral
07/10/2012
4654Palavras
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PROJETO DE IMPLANTAÇÃO DO TRABALHO PSICOLÓGICO EM UM
HOSPITAL GERAL
A Psicologia Hospitalar surge para proporcionar o entendimento e tratamento dos
aspectos psicológicos que envolvem o adoecer do ser humano. A hospitalização
pode ser vivida como um dos momentos mais difíceis do adoecer. Nesse cenário,
o papel do psicólogo torna-se fundamental para auxiliar a tríade de ação
hospitalar, ,a saber, os pacientes, a família e a equipe do hospital na travessia do
tratamento. A prática da Psicologia Hospitalar tem também como foco de ação,
entender a subjetividade do que é falado pelo paciente. O psicólogo hospitalar
deve se atentar ao significado da doença para cada paciente, pois cada indivíduo
possui uma atitude diante a doença de maneira subjetiva, sendo assim, toda
doença tem um significado psíquico, e o psicólogo utiliza de duas técnicas, a
escuta analítica e manejo situacional, para compreendê-los.
A função do psicólogo no hospital pode ser primária, porém é centrada nos
âmbitos secundário (atividades assistenciais) e terciário (capacidade resolutiva dos
casos mais complexos do sistema, hospitais especializados e de especialidades)
de atenção à saúde. Atua em instituições de saúde realizando atividades como:
atendimento psicoterapêutico; grupos psicoterapêuticos; grupos de psicoprofilaxia;
atendimentos em ambulatório e unidade de terapia intensiva; pronto atendimento;
enfermarias em geral; psicomotricidade no contexto hospitalar; avaliação
diagnóstica; psicodiagnóstico; consultoria e inter consultoria.
Rodriguez, Marín (2003) sintetiza as seis tarefas básicas do psicólogo que trabalha
em hospital:
1)Função de coordenação: relativa às atividades com os funcionários do hospital;
2) Função de ajuda à adaptação: em que o psicólogo intervém na qualidade do
processo de adaptação e recuperação do paciente internado;
3) Função de inter consulta: atua como consultor, ajudando outros profissionais a
lidarem com o paciente;
4) Função de enlace: intervenção, através do delineamento e execução de
programas junto com outros profissionais, para modificar ou instalar
comportamentos adequados dos pacientes;
5) Função assistencial direta: atua diretamente com o paciente;
6) Função de gestão de recursos humanos: para aprimorar os serviços dos
profissionais da organização.
Para elaborar um projeto de implantação do trabalho psicológico em um hospital
geral deve haver conhecimento dos aspectos conceituais da psicologia hospitalar,
conhecendo as particularidades geográficas e culturais do local de implantação,
assim buscando suprir a real necessidade da saúde local.
1. IDENTIFICAÇÃO.
1.1. Identificar as condições essenciais para garantir a boa atuação do profissional
da psicologia de modo que as intervenções psicológicas se tornem acessíveis e
efetivas.
1.2. Identificar formas em que as normas e procedimentos de atendimento podem
ser melhorados, garantindo pronto atendimento, tornando mais imediato e eficaz
as intervenções psicológicas.
1.3. Deve-se ter em mente que o estudo e pesquisa sobre a população atendida
precisa ser constante e não tem fim, pois a cultura é mutável e sendo assim, o
atendimento deve buscar adaptar-se constantemente.
1.4. O Psicólogo hospitalar deve manter a postura de um investigador dos
fenômenos, tornando possível no presente a atuação de forma preventiva e não
apenas recorrente Para obter sucesso como um investigador, é preciso extrair os
problemas da própria prática e realidade em que se atua, visando, desse modo, o
aprimoramento da prática.
REFERÊNCIAS
Baldissarella, L. G. (2006). No limite entre a vida e a morte: um olhar clínico sobre
a relação pais⁄bebê numa UTI neonatal. Trabalho de conclusão do Curso de
Especialização em Psicologia Hospitalar apresentado à Universidade Federal do
Rio Grande do Sul. Instituto de Psicologia.
Lago, P. M., Garros, D., & Piva, J. P. (2007). Terminalidade e condutas de final de
vida em unidades de terapia intensiva. Revista Brasileira de Terapia Intensiva.
19(3), 359-363.
Trindade, E. S., Azambuja, L. E. O., Andrade, J. P., & Garrafa, V. (2006). O médico
frente ao diagnóstico e prognóstico do câncer avançado. Revista da Associação
Médica Brasileira. 53(1), 68-74