Aula 9 - Avaliação Diagnóstica Dalgalarrondo

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Aula 9
● Avaliação do paciente em psicopatologia Dalgalarrondo

AVALIAÇÃO DO PACIENTE EM PSICOPATOLOGIA
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1 - AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA
2 - PSICODIAGNÓSTICO
3 - AVALIAÇÃO EM PSICOPATOLOGIA
DALGALARRONDO, PAULO. Psicopatologia e Semiologia dos Transtornos Mentais. Artmed. Porto Alegre, 2019.
AVALIAÇÃO DO PACIENTE EM PSICOPATOLOGIA: ENTREVISTA DIAGNÓSTICA
A avaliação do paciente em psicopatologia é feita basicamente com

entrevistata clínica.
● A entrevista clínica é o principal instrumento diagnóstico da

psicopatologia.
● Algumas funções psíquicas (como atenção e memória) podem ser

testadas, mas o uso de testes não é obrigatório.
● Entrevista clínica é vista por Dalgalarrondo como arte e técnica.
Principais aspectos da avaliação:
● Anamnese: histórico dos sinais e sintomas que o indivíduo apresenta

ao longo de sua vida, antecedentes pessoais, familiares, dados
relevantes da infância e da adolescência.
● Exame psíquico ou exame do estado mental atual.
Entrevista com o paciente:
● Clínico como perito do campo das relações interpessoais, ou seja,

habilidade de realizar entrevista e extrair informações úteis para o
diagnóstico e condução do tratamento.
● Habilidade, em parte, é aprendida e estudada e, em parte, é feeling,

sensibilidade e empatia do profissional. A experiência conta muito.
● Perguntas bem formuladas.
● Entrevista estruturada.
MACKINNON & MICHELS, 2008. A Entrevista Psiquiátrica Na Prática Clínica 2A Edição. Porto Alegre. Artmed, 2017.
The Clinical Interview. Othmer & Othmer. 1998.
● Sempre perguntas abertas: evite perguntas fechadas.
● Dar espaço para o paciente falar é muito importante, já que é preciso

avaliar sinais e sintomas.
● Também é preciso observar o comportamento não verbal do

paciente, como expressão de emoções, gestos, postura.
● Estabelecer conexão, vínculo e empatia.
● Anotar todas as informações não é o mais importante.
● Acolha o sofrimento.
● Respeite os limites e não seja invasivo.
● Falar mais ou menos vai depender de vários fatores: do paciente, da

sua personalidade e do seu estado mental, do contexto, dos objetivos
da entrevista e da personalidade do entrevistador.
● Não é a quantidade de tempo que faz uma boa entrevista. É a

qualidade da atenção.
Evitar:
● Posturas rígidas;
● Neutralidade e frieza;
● Reações exageradamente emotivas ou artificiais;
● Comentários valorativos ou julgamentos;
● Polaridade emocional (pena ou compaixão excessiva);
● Hostilidade ou agressividade;
● Prolixidade;
● Fazer muitas anotações, ficar de cabeça baixa;
● Viés de confirmação (sintomas e sinais, evitar inferir, descrever o que
se observa e o que é exposto pelo paciente).
MACKINNON & MICHELS, 2008. A Entrevista Psiquiatrica Na Pratica Clinica 2A Edição. Porto Alegre. Artmed, 2017.
Três regras de ouro da entrevista em saúde mental
Primeira regra:
● Pacientes organizados mentalmente: realizar entrevista sem

padronização, permitindo que falem e se expressem de maneira mais
fluente e espontânea.
Segunda regra:
● Pacientes desorganizados, com nível intelectual baixo, em estado

psicótico ou paranóide, rígidos: devem ser entrevistados de forma mais
estruturada.
• O entrevistador fala mais, faz perguntas simples e dirigidas (fáceis de

serem compreendidas e respondidas).
Terceira regra:
● Nos primeiros contatos com pacientes muito tímidos ou paranóides:

deve-se fazer perguntas neutras (nome, endereço, estado civil, etc.) para
depois gradativamente formular perguntas mais “quentes” (às vezes
constrangedoras para esse tipo de paciente). Exemplo: “O que está
acontecendo? Por que veio aqui? Em que posso te ajudar?”
Dados fornecidos por um informante (membros da família ou pessoa

próxima)
● Simulação e dissimulação;
● O problema da "verdade" na entrevista em psicopatologia: é verdade
ou parte do quadro?
● Crítica e insight do paciente em relação ao seu problema;
● Adesão ao tratamento e desejo de ser ajudado.
● Perspectiva longitudinal da entrevista (histórica, temporal).
● Perspectiva transversal da entrevista (momentânea, atual).
● A entrevista não estruturada também é necessária (perguntas

gerais/abertas):
● Exemplo: “Fale um pouco de você, o que te traz aqui? Me conte um

pouco da sua história, como tem se sentido? Quais as suas
dificuldades? Em que eu posso te ajudar? A que atribui seus
problemas atuais?”
Entrevistas padronizadas:
● M.I.N.I Plus (Mini international Neuropsychiatric interview Plus);
● SCID-CV (Structured Clinical Interview for DSM- Clinical Version).
Pontos a observar:
● Paciente psiquiátrico (pode ser mais sensível, mais

desconfiado/paranóico);
● Evite escrever demais;
● Evite movimentos bruscos;
● Evite olhar no relógio ou celular;
● Foque no vínculo: de nada adianta uma anamnese perfeita se o
paciente não voltar;
● Evite elementos “comprometedores” no local de atendimento e na sua
vestimenta;
● Lembre-se: é um paciente "especial”.

Sobre a verdade:
● Trabalhe com a informação que o paciente traz;

● Acolha, escute, compreenda o universo que o paciente traz;
● Sem julgamentos do que é verdadeiro ou falso;
● Se necessário, coletar informações de pessoas próximas
posteriormente;
● Esteja ali inteiro(a) para o paciente.
Sugestões de leitura:
1. Terapia Centrada no Cliente - Carl Rogers

2. Tornar-se Pessoa - Carl Rogers
Resumo de exame do estado mental:
● Aspecto geral e comunicação não verbal (cuidado pessoal, higiene,

trajes, postura, atitude global);
● Nível de consciência;
● Orientação alo e autopsíquica;
● Atenção;
● Memória (fixação e evocação);
● Sensopercepção;
● Pensamento (curso, forma e conteúdo);
● Linguagem;
● Inteligência.
Resumo de exame do estado mental:
● Juízo de realidade (presença de delírios, ideias prevalentes);

● Vida afetiva (estado de humor basal, emoções);
● Volição;
● Psicomotricidade;
● Consciência e valoração do Eu;
● Vivência do tempo e do espaço;
● Personalidade;
● Sentimentos do entrevistador;
● Crítica em relação aos sintomas e problemas;
● Desejo de ajuda.

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AVALIAÇÃO DO PACIENTE EM PSICOPATOLOGIA

AVALIAÇÃO DO PACIENTE EM PSICOPATOLOGIA: ENTREVISTA DIAGNÓSTICA

A avaliação do paciente em psicopatologia é feita basicamente com

● A entrevista clínica é o principal instrumento diagnóstico da

● Algumas funções psíquicas (como atenção e memória) podem ser

● Entrevista clínica é vista por Dalgalarrondo como arte e técnica.

AVALIAÇÃO DO PACIENTE EM PSICOPATOLOGIA: ENTREVISTA DIAGNÓSTICA

Principais aspectos da avaliação:

● Anamnese: histórico dos sinais e sintomas que o indivíduo apresenta

● Exame psíquico ou exame do estado mental atual.

AVALIAÇÃO DO PACIENTE EM PSICOPATOLOGIA: ENTREVISTA DIAGNÓSTICA

Entrevista com o paciente:

● Clínico como perito do campo das relações interpessoais, ou seja,

● Habilidade, em parte, é aprendida e estudada e, em parte, é feeling,

● Perguntas bem formuladas.

AVALIAÇÃO DO PACIENTE EM PSICOPATOLOGIA: ENTREVISTA DIAGNÓSTICA

Entrevista com o paciente:

● Sempre perguntas abertas: evite perguntas fechadas.

● Dar espaço para o paciente falar é muito importante, já que é preciso

● Também é preciso observar o comportamento não verbal do

● Estabelecer conexão, vínculo e empatia.

AVALIAÇÃO DO PACIENTE EM PSICOPATOLOGIA: ENTREVISTA DIAGNÓSTICA

Entrevista com o paciente:

● Anotar todas as informações não é o mais importante.

● Respeite os limites e não seja invasivo.

● Falar mais ou menos vai depender de vários fatores: do paciente, da

● Não é a quantidade de tempo que faz uma boa entrevista. É a

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Três regras de ouro da entrevista em saúde mental

● Pacientes organizados mentalmente: realizar entrevista sem

AVALIAÇÃO DO PACIENTE EM PSICOPATOLOGIA: ENTREVISTA DIAGNÓSTICA

● Pacientes desorganizados, com nível intelectual baixo, em estado

• O entrevistador fala mais, faz perguntas simples e dirigidas (fáceis de

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● Nos primeiros contatos com pacientes muito tímidos ou paranóides:

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Dados fornecidos por um informante (membros da família ou pessoa

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● Perspectiva longitudinal da entrevista (histórica, temporal).

● Perspectiva transversal da entrevista (momentânea, atual).

● A entrevista não estruturada também é necessária (perguntas

● Exemplo: “Fale um pouco de você, o que te traz aqui? Me conte um

AVALIAÇÃO DO PACIENTE EM PSICOPATOLOGIA: ENTREVISTA DIAGNÓSTICA

● M.I.N.I Plus (Mini international Neuropsychiatric interview Plus);

● SCID-CV (Structured Clinical Interview for DSM- Clinical Version).

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● Paciente psiquiátrico (pode ser mais sensível, mais

The Clinical Interview. Othmer & Othmer. 1998.

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● Trabalhe com a informação que o paciente traz;

1. Terapia Centrada no Cliente - Carl Rogers

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Resumo de exame do estado mental:

● Aspecto geral e comunicação não verbal (cuidado pessoal, higiene,

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Resumo de exame do estado mental:

● Juízo de realidade (presença de delírios, ideias prevalentes);

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