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UNIVERSIDADE NILTON LINS

ELZANIRA CORRÊA GARCIA


PSI082
PORTIFÓLIO – PSICODIAGNÓSTICO

INTRODUÇÃO DO PSICODIAGNÓSTICO
A construção de sentidos é basilar de toda e qualquer ação dos indivíduos.
O homem, por si mesmo, é inquieto e sempre questionará todas as coisas que
estão à sua volta. Quando se trata de si próprio, o sujeito não descansa enquanto
não decodifica os mistérios de sua existência encontrando assim, explicações
para seus anseios, desejos e labutas.
No campo da Psicologia, esse anseio humano se apresenta de diversas
formas, o que justifica as diversas abordagens dessa ciência, mas é, sem dúvida,
no campo do psicodiagnóstico, que a busca pela classificação se mostra mais
premente, o que exige atitude de vigilância, postura crítica e estudo aprofundado
das questões para não incorrer em exageros, rotulações desnecessárias e
patologizações massivas.
Insta mencionar que, saúde e doença vêm sendo compreendidas de
formas diferentes ao longo do tempo, sendo que as mudanças no modo de
entendê-las acompanham a evolução da ciência e da sociedade. Assim é que,
na Idade Média, a relação do homem com o mundo era marcada pela vida
coletiva, assentada nas tradições
e na crença de entidades poderosas que exigiam submissão, pois eram donas
do destino. Já no Renascimento, com as descobertas e a ampliação do
comércio, a multiplicidade de possibilidades traz consigo a sensação de
desamparo e incertezas quanto ao destino.
Nesse contexto, o psicodiagnóstico é de fundamental importância como
possibilitador de instrumentais capazes de dar sustentabilidade às ações dos
profissionais da Psicologia, diminuindo os riscos de enganos e contribuindo para
um conhecimento mais acurado a respeito da pessoa humana e, de modo
particular, dos pacientes/clientes que procuram os serviços da Psicologia.
As intervenções no Psicodiagnóstico Interventivo se caracterizam por
propostas devolutivas ao longo do processo, acerca do mundo interno do cliente.
São assinalamentos, pontuações, clarificações, que permitem ao cliente buscar
novos significados para suas experiências, apropriar-se de algo sobre si mesmo
e ressignificar suas experiências anteriores.
De acordo com Arzeno (1995) “a primeira e principal finalidade de um
estudo psicodiagnóstico é a de estabelecer um diagnóstico” (p.6) o que não
equivale, segundo ela, a “colocar um rótulo’, mas a explicar o que ocorre além
do que o paciente pode descrever conscientemente.”
Mesmo que, ao final de um processo psicodiagnóstico, o profissional
chegue a uma conclusão que implique em identificar possíveis psicopatologias
e, até mesmo, a descrevê-las, o objetivo maior de todo o processo diagnóstico,
é utilizar os instrumentais da Psicologia para compreender a pessoa e,
sobretudo, contribuir com a autocompreensão por parte da mesma.
Ainda cabe destacar, que no caso do psicodiagnóstico infantil, esse
processo pressupõe a implicação da família na problemática, atribuída à criança,
na queixa. Parte da ideia de que, se a criança apresenta um comportamento que
atinge os pais, mobilizando-os a procurar por um psicólogo, a família está, de
algum modo, envolvida no problema.
Por fim, sabe-se que saúde e doença não podem ser vistas de forma
dicotômica, e sim como parte de um único processo no qual saúde não é o
simples fato de não ter doença ou vice-versa. Assim, a “doença mental” pode
passar a ser pensada como a construção de “outros modos de existência”, diante
da dificuldade de responder, de maneira “habilidosa”, aos fatos do existir.

OBJETIVOS E ETAPAS DO PROCESSO PSICODIAGNÓSTICO


Em sala de aula foi explanado o capítulo do 2, Arzeno, o qual consiste nos
objetivos e etapas do processo psicodiagnóstico, dentre os quais, cabe destacar
que o Psicodiagnóstico é um processo científico, limitado no tempo, que utiliza
técnicas e testes psicológicos, em nível individual ou não, seja para entender
problemas à luz de pressupostos teóricos, identificar e avaliar aspectos
específicos, seja para classificar o caso e prever seu curso possível,
comunicando os resultados, na base dos quais são propostas soluções, se for o
caso.
Durante muito tempo, o psicodiagnóstico foi entendido como um processo
que se desenvolvia a partir de um levantamento de dados do cliente (queixa,
história de vida pregressa e atual, funcionamento psíquico etc.), cabendo ao
psicólogo analisar esses dados com base na nosologia psicopatológica e dar o
encaminhamento possível para o caso. Evitavam-se, nesse processo,
estabelecer vínculo com o paciente e fazer intervenção, sendo esses
procedimentos delegados aos processos psicoterápicos.
Diante disso, cabe destacar que o psicodiagnóstico é considerado como
um processo científico, pois deve partir de um levantamento prévio de hipóteses
que serão confirmadas ou informadas através de passos predeterminados e com
objetivos precisos.
No que concerne aos objetivos, insta mencionar pode ter um ou vários
objetivos, dependendo dos motivos alegados ou reais do encaminhamento e/ou
da consulta, que norteiam o elenco de hipóteses inicialmente formuladas, e
delimitam o escopo da avaliação. Portanto, relacionam-se essencialmente com
as questões propostas e com as necessidades da fonte de solicitação e
“determinam o nível de inferências que deve ser alcançado na comunicação com
o receptor”.

PSICODIAGNÓSTICO: AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA INFANTIL


Quando se trata do trabalho com crianças, o psicodiagnóstico, em seu
método, não difere muito da prática do psicodiagnóstico com adultos, tendo na
entrevista clínica e, possivelmente, na administração de testes psicológicos, seu
ponto fundamental. No entanto, ao considerar as especificidades do modo de ser
e viver das crianças, faz-se mister destacar que, o trabalho com as mesmas,
precisa ser mais delicado no tocante às técnicas, a fim de, se lograr êxito nas
tarefas.
Nesse sentido, Arzeno postula a respeito da Hora do Jogo Diagnóstico e
das entrevistas vinculares como meios apropriados para compreender a criança
em seu contexto e assim, chegar a conclusões diagnósticas adequadas.
O primeiro passo é estabelecer a relação profícua entre a criança e o seu
mundo e o processo psicodiagnóstico e, para isso, há de se possibilitar à criança
um ambiente propício à sua expressividade, que seja próximo à sua realidade
infantil, com brinquedos e, sobretudo, liberdade de ação.
Assim, ao profissional, cabe uma atenção flutuante “para registrar a
mensagem da criança, seja esta qual for” sem ficar, conforme a autora,
“enclausurado” em ideias pré-concebidas, mas atento aos conteúdos que
possam emergir do comportamento da criança, estabelecendo relações entre os
mesmos, considerando sempre as hipóteses levantadas na entrevista inicial que,
necessariamente, deve ter sido feita com um adulto responsável pela criança.

TESTES E AVALIAÇÃO PSICODINÂMICA


A avaliação psicológica não é, nem deve ser, um processo mecânico em
que o psicólogo é visto como tendo um papel passivo de examinador ou técnico
de laboratório, entende-se que o psicólogo é o consultor que pode ou não utilizar
testes psicológicos no processo de avaliação, mas que é o profissional que
deverá ajudar a decidir o que fazer.
Desta forma, a avaliação psicológica serve para responder a uma ou mais
questões que são colocadas sobre um indivíduo ou sobre um grupo de
indivíduos. Quando o psicólogo avalia, seja em que contexto aplicado for, avalia,
ou pelo menos, deveria avaliar, sempre, para responder a uma ou mais
questões.
Por fim, a avaliação psicológica implica sempre na tomada de decisão e
juízo clínico. Implica ir além dos dados, ver para além do óbvio, implica um olhar
treinado, como os olhos de um radiologista quando vêem numa imagem algo
que para os outros não passa de sombras e tonalidades de cinzento-branco. O
psicólogo deverá confiar, na sua intuição e competência clínica como um
instrumento válido de avaliação.

ATIVIDADE PSICODIAGNÓSTICO
A partir dos slides enviados e conteúdos vistos e mais o Cap. 7 da
ARZENO, usar como ponto de partida o filme que já foi solicitado a algumas
semanas que assistissem sob a ótica psicodiagnóstica: DIVERTIDA MENTE
Trabalho INDIVIDUAL SEM CÓPIA DA INTERNET SOB PENA DE ANULAR A
NOTA.
Enviar até quarta-feira para meu e-mail em PDF, na próxima aula, haverá
apresentação e discussão em sala de aula PRESENCIAL.
Usar a personagem principal como paciente e ESCOLHER DUAS OU TRÊS
EMOÇÕES, como sintomas e a partir de então formular:

CASO
a. Queixa passiva
Paciente apresentou autocuidado, mostrou-se desajeitada, apática,
discurso aflito, monótono e com tempo de reação lento, humor triste,
autodepreciativo, choroso, gravemente deprimido, congruente com o humor,
estado de memória preservado, ausência de alterações senso-perceptivas,
integração das funções psicomotoras, insight emocional verdadeiro e inteligência
aparentemente dentro da média clínica, paralelamente apresentou sentimento
de alegria, satisfação interior, bem-estar, disposição, positividade, extroversão,
capacidade para o relacionamento e autoestima.
b. Questões que faria para tornar ativa
c. História (pequena, a partir do filme)
Riley é uma garota divertida de 11 anos de idade, que enfrentou
mudanças importantes em sua vida de forma interna e externa, sendo
respectivamente a transição da fase da infância para adolescência e quando
seus pais decidiram deixar a sua cidade natal. Desde então, Riley passa a
conviver várias emoções diferentes, como a Alegria e tristeza.
d. Planejamento do psicodiagnóstico
Planejamento de avaliação, seleção dos intrumentos diagnósticos e aplicação
de testes.
e. Testes (é preciso definir o que os testes avaliam) a serem usados e com
quais objetivos foram selecionados.
Aplicação de teste projetivo H-T-P, com a função de avaliar a
personalidade e de suas integrações com o ambiente. Visando coletar
informações de como uma pessoa experiência a sua individualidade em relação
ao ambiente do lar e em relação a outras pessoas estimulando a projeção de
elementos da personalidade de áreas de conflitos. Após o término do teste, será
apresentado à paciente a família terapêutica para brincar de forma livre para que
dessa forma a criança expresse suas fantasias, desejos e experiências de forma
simbólica, através dos jogos e brinquedos. Em outro momento, será realizada a
aplicação do teste das fábulas, tendo em vista que, através dessa técnica é
possível explorar histórias incompletas como estímulo para investigar conflitos
inconscientes, assim, ao completar as histórias, a criança projeta suas atitudes,
motivações, conflitos, esquemas de reações pessoais.
f. Devolutiva para os pais e para a criança
Devolutiva aos pais: Apresentou-se aos pais que a filha: é portadora do
Transtorno depressivo persistente (distimia) grave, com episódio depressivo
maior persistente e com características melancólicas, que podem vir a ser
superadas com ajuda contínua da família e amigos e profissional da psicologia.
Para tanto se indicou o encaminhamento psicológico, para que possam ser
trabalhados seus medos e bloqueios emocionais, principalmente de autoestima.
Ademais, se deu o encaminhamento para que a examinanda fosse indicada para
psicoterapia de orientação cognitiva-comportamental, apontada como
extremamente eficaz para manejo de sentimentos e emoções provenientes de
eventos traumáticos e perdas não vivenciadas (Habigzang, et. al, 2009). A
terapia cognitiva comportamental visa a resolução de problemas, a colaboração
entre terapeuta-paciente, qual juntos atuam como uma equipe e tem por objetivo
auxiliar o paciente a ser seu próprio terapeuta, aprendendo habilidades
especificas para serem usadas durante a vida do paciente.
Devolutiva para criança: Foi utilizada história infantil para facilitar a
comunicação com a paciente, tendo em vista trata-se de uma criança em fase
de transição para adolescência, a história foi realizada a partir dos dados trazidos
pela criança e sua família, com o objetivo de integrá-los. Elas apresentam os
principais conflitos e medos. Pode-se perceber que paciente reagiu de diferentes
formas no momento de ouvir a história. O que demonstra indícios do quanto à
criança se reconheceu na história e em sua família.
Na história que lhe foi contada, havia uma menina que se viu obrigada a
mudar de cidade com os pais e o seu processo de adaptação na vida nova
envolveu as emoções (Alegria, Tristeza, Medo, Raiva e Nojinho) que moldavam
o seu comportamento. Foi demonstrado através de personagens lúdicos o
funcionamento cerebral da personagem principal e como ela se comporta
socialmente. Dessa forma, ao final a paciente disse que parecia com ela a
personagem da história contada.

INTERLOCUÇÕES ENTRE A CLÍNICA PSICOLÓGICA E A ESCOLA NO


PSICODIAGNÓSTICO INTERVENTIVO
A partir do conteúdo ministrado em sala de aula, percebeu-se que Grande
parte das queixas apresentadas no encaminhamento das crianças para
atendimento psicológico está relacionada a dificuldades e/ou problemas na
aprendizagem. São queixas que, independentemente de surgirem na escola a
partir das avaliações ou em casa, o que ocorre em relação à frustração da
expectativa dos pais, por exemplo, aparecem relacionadas com o ambiente
escolar.
O psicodiagnóstico interventivo tem como pressuposto compreender a
criança no seu contexto, do qual faz parte a escola. Propomos a inclusão desse
contexto não só como parte do processo de avaliação, mas também como objeto
de nossa intervenção, através de devolutivas e orientações em relação à queixa
apresentada.
Cabe destacar que para que a visita escolar contribua efetivamente para
uma melhor compreensão da criança, é preciso tomar alguns cuidados: ela deve
ser marcada após o primeiro contato com a criança, e tanto ela como seus pais
e a escola precisam ser esclarecidos quanto aos seus objetivos, além de
concordarem com a sua realização.
VISITA DOMICILIAR: A DIMENSÃO PSICOLÓGICA DO ESPAÇO HABITADO
A partir do conteúdo ministrado compreende-se que a maioria do
doutrinadores, colocam a necessidade das visitas em face das diversas
impossibilidades de o paciente comparecer ao consultório, como no caso de
consultas médicas, de reabilitação fisioterápica ou de pacientes que tiveram a
sua mobilidade física comprometida após acidentes traumáticos, ou ainda que,
diante destes, passaram a necessitar de acompanhamento psicoterápico.
Contudo, no que concerne à Psicologia, encontram-se relatos de
psicoterapeutas que vão ao encontro de seus pacientes em hospitais ou nas
residências destes, em função de suas dificuldades para se dirigir ao consultório.
No entanto, apesar de estas situações apresentarem-se como excepcionais para
a reflexão da prática clínica, tornam-se casos isolados, em que o profissional que
se vê no exercício desta prática deixa de registrar o seu atendimento na literatura
da área, até mesmo por receio de críticas da sua classe profissional,
principalmente por tratar-se de prática clínica diferente da comumente adotada
por aqueles que trabalham em consultórios, com alterações do setting
terapêutico.
É mister esclarecer, que alguns psicólogos que atuam na área de terapia
familiar consideram o espaço residencial um elemento a mais para a
compreensão da dinâmica da família que está em processo psicoterapêutico,
tendo em vista que a casa é o primeiro nicho da identidade, e o espaço
residencial da família reflete, através de suas configurações, disposição,
orientações, divisões e organização, um psiquismo grupal.
Vale ressaltar ainda, que o espaço negociado na coexistência das
relações familiares revela a experiência afetiva daqueles que o habitam. O
ambiente familiar concretiza, de certa maneira, o corpo familiar e a organização
das ocupações cotidianas, e atualiza o modo de estar em família.
Por fim, a função da visita é observar os padrões de interação familiar e a
adaptação ao papel familiar. Tem ainda um interesse especial no clima
emocional da casa, na identidade psicossocial da família e na sua expressão em
um ambiente definido. Ela “é apenas um meio de avaliar a família e deve ser
integrada a outros achados”.
Dessa forma, a partir dos estudos realizados entende-se que a visita a
casa deve ser informal e pode durar de duas a três horas, pois, o profissional
que realiza tal visita deve fazer seu relatório de memória, uma vez que fazer
anotações na hora poderia prejudicar a espontaneidade da experiência; porém,
ela deve ter em mente os dados que compõem um roteiro com direcionamentos
para as observações a serem realizadas, o que, neste caso, configuraria uma
visita semiestruturada.

METÁFORA E DEVOLUÇÃO: O LIVRO DE HISTÓRIA NO PROCESSO DE


PSICODIAGNÓSTICO INTERVENTIVO
A metáfora e a devolução, são abarcadas por diversos autores com
distintos enfoques teóricos, os quais reconhecem as narrativas como vitais para
a evolução da humanidade e para a formação da identidade do ser humano, na
medida em que espelham conteúdos intrínsecos ao próprio ser.
Logo, as narrativas na forma de mitos, fábulas e contos de fada têm sua
origem em épocas remotas, ou seja, são as primeiras formas de literatura de que
se tem notícia. Existem diferenças e semelhanças entre as três formas de
narrativas. Os mitos e as fábulas são derivados dos contos, sendo estes
considerados como a forma mais primitiva de contar histórias.
Assim, o mito e a fábula são narrativas que têm frequentemente uma
origem anônima e popular, mas divergem quanto a seus propósitos. O que
diferencia o mito da fábula é seu caráter coletivo e sua origem, fundamentada
em questões espirituais e acontecimentos históricos.
Essas experiências foram dramatizadas, romanceadas, fantasiadas pela
imaginação humana, que também buscou dar sentido aos fenômenos inusitados,
de natureza espiritual ou sobrenatural, que carecem de explicação. Desse modo,
os mitos não obedecem ao princípio da razão, transmitindo um conhecimento,
uma realidade não racional.
Dessa forma, é importante frisar a relevância dos mitos enquanto
narrativa, pois, deve ser considerada uma forma de transmissão oral de
conhecimentos relativos a uma cosmogonia, possibilitando, desse modo, ao
homem conhecer sua origem e a origem do mundo, inserindo-se neste. Assim,
o mito designa uma história verdadeira e, ademais, extremamente preciosa por
seu caráter sagrado, exemplar e significativo, sendo de grande valia essas
narrativas, uma vez que são úteis aos psicólogos tanto na compreensão do
psiquismo quanto no atendimento a clientes.
Contudo, cabe esclarecer que o livro de história é elaborado com a
finalidade de devolução diagnóstica à criança, tal como temos feito em nossa
prática clínica e usado como metáfora no psicodiagnóstico, aproxima-se dos
contos de fada em alguns aspectos e difere em outros.
Quanto às semelhanças, os contos de fada e o livro de história como
devolutiva têm por objetivo a transmissão de algum conhecimento, como o
conhecimento de si, da sua história, de seus conflitos, ou o conhecimento de
alguma situação peculiar ao existir humano.
Dessa forma, os contos de fada atingem diferentes camadas da psique e
o livro de história também, na medida em que contempla a trajetória de vida e os
conflitos da criança através de metáforas, analogias e imagens visuais que
favorecem uma apreensão adequada às suas possibilidades de consciência.
Com relação aos fundamentos, é mister esclarecer que há três décadas,
surgiram em nosso meio os primeiros trabalhos sistematizados acerca dos
fundamentos teóricos, da técnica de devolução de informação psicodiagnóstica
ao paciente, uma vez que entende-se que a devolução é realizada em uma ou
duas entrevistas no final do processo psicodiagnóstico, e é necessária para que
o paciente possa integrar aspectos de sua identidade que estão dissociados.
Cumpre destacar que, a devolutiva funciona, portanto, como mecanismo
de reintrojeção, sobretudo da identidade latente do paciente, contribuindo
também para diminuir fantasias de doença, incurabilidade e loucura,
possibilitando perceber-se com critérios mais próximos da realidade, com menos
distorções idealizadoras ou depreciativas. Isso é possível na medida em que o
paciente pode resgatar aspectos próprios que ele depositou no psicólogo
durante o processo, tanto aqueles desvalorizados e temidos, como outros,
enriquecedores e adaptativos.

ATIVIDADE
Para compor o Portfólio/2020 Turma Psi 082
Responda e comente se entender que seja importante.
1. Quanto a avaliação psicológica/ Psicodiagnóstico, indique a
importância sobre:
Saber comunicar os resultados ao cliente/paciente de maneira
compreensível.
o Não importante
o Pouco importante
o Muito importante
2. Indique o seu grau de confiança/ domínio sobre: comunicar resultados
ao cliente/paciente de maneira compreensível.
o Nenhum domínio
o Pouco domínio
o Domínio completo
3. Quanto ao ensino sobre instrumentos na graduação você considera
importante, indique o quanto:
o Muito pouco
o Importante
o Muito importante
4. Para a sua formação profissional, você considera importante o
conhecimento dos testes e sua aplicação?
o Sim
o Não
o Muito
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ADRADOS, I. Manual de Psicodiagnóstico e Diagnóstico Diferencial. Petrópolis:
Vozes, 1980.
ANCONA-LOPES, M. Contexto geral do diagnóstico psicológico. In: TRINCA, W.
Diagnóstico Psicológico. São Paulo: EPU, 1984.
ARZENO, M. E. G. Psicodiagnóstico Clínico: novas contribuições. Porto Alegre:
Artes Médicas, 1995.

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