Você está na página 1de 2

CURSO DE PSICOLOGIA

AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA E PRÁTICAS INTEGRATIVAS II


PROFA. DRA. TÁTILA BRITO

PRÁTICA DE TESTAGEM COM WISC-IV

Parte I - Entrevista semiestruturada com adolescente (13 a 16 anos)

Orientações gerais de planejamento da entrevista (TAVARES, 2000):

• Aplicadores (as) devem apresentar atitude acolhedora para o


estabelecimento do rapport; utilizar uma fala fluida e não mecanizada;
evitar o uso de expressões que demonstrem espanto ou empolgação
diante do que o adolescente relata; buscar adotar uma postura neutra e
serena durante toda a sessão.
• Abordar 4 eixos: Familiar (com quem mora, como é a relação com a
família); Social (como é a relação com amigos, se tem melhores amigos,
se tem muitos ou poucos amigos); Intelectual (perguntar sobre escola,
série que está cursando e matérias que mais gosta e menos gosta, se faz
algum curso ou se interessa por algum assunto fora do ambiente escolar);
e Orgânico (perguntar sobre doenças, sobre como está se sentindo no
dia e aspectos de hábitos/rotina; se utiliza lentes de contato ou algum
aparelho auditivo; se possui alguma dificuldade motora; se é destro ou
canhoto). Perguntar a data de nascimento com dia, mês e ano para
análise dos resultados do teste*.
• As perguntas ou tópicos (roteiro de entrevista) podem sofrer alterações
durante a entrevista a partir dos temas de interesse trazidos pelo
adolescente e que se relacionem com o objetivo da prática.
• Questionar se o adolescente já teve contato anteriormente com algum (a)
psicólogo (a) ou estudante de psicologia e esclarecer (enquadre) quais
são os objetivos do que irão fazer (exercícios que parecem tarefas e jogos
verbais e não verbais); deixar evidente que os fins são apenas de
aprendizagem e não há realização de diagnóstico, apenas para que os
estudantes adquiram as habilidades necessárias para utilizar o
instrumento.

Justificativa da ausência de anamnese

Com adolescentes, a primeira entrevista é realizada diretamente com o


adolescente (por isso a ausência de anamnese prévia). Orienta-se que a
anamnese com os pais deverá ocorrer em outra data, após o primeiro contato
com o adolescente. Deve-se informar o adolescente sobre essa conversa com
os pais, após esclarecer o motivo a ele, marcar a entrevista de anamnese com
os pais. O adolescente precisa sentir-se como principal responsável pelo
processo de avaliação (SERAFINI, 2016).

Referências

SERAFINI, Adriana Jung. Entrevista psicológica no psicodiagnóstico. In


HUTZ, Claudio Simon et al. Psicodiagnóstico: Avaliação Psicológica. Artmed
Editora, 2016.

TAVARES, Marcelo. A entrevista clínica. In CUNHA, Jurema Alcides.


Fundamentos do psicodiagnóstico. Porto Alegre, RS: Artmed, 2000.

Você também pode gostar