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• Para trabalhar com o conteúdo das histórias, o método que recomendamos é o de analisar
cada evento sucessivo com relação (1) à força ou às forças provenientes do herói; e (2) à
força ou às forças provenientes do meio. A força daí originária é designada pressão.
1. Execução da tarefa;
Quando a pessoa produz uma estória com facilidade é porque a temática não é geradora de ansiedade, ou seja, não está
vinculada às dificuldades emocionais do sujeito. Entretanto, quando falta um segmento, ou não se sabe o início da estória ou
o final, ocorre o contrário: o impasse diante do desenvolvimento da temática é sempre de ordem emocional, especialmente
se houve facilidade no desenvolvimento das demais pranchas.
Descrições objetivas do tema indicam que a pessoa está se defendendo, evitando se envolver com a temática proposta.
O aplicador sabe se o aplicando está organizando adequadamente os pensamentos segundo sua formação, pois a aplicação
do teste sempre ocorre após entrevistas, que conferem ao aplicador informações sobre a história de vida do indivíduo e
permitem a avaliação de sua inteligência divergente (criatividade) e convergente (lógica), da sua capacidade de produzir
insights, etc.
O completamento da tarefa exige que a estória contada apresente início, meio e fim. Quando isso acontece, conclui-se que
aquele estímulo não provoca ansiedade desorganizadora.
2 . Adequação da estória à prancha.
Deve haver uma coerência entre estória e lâmina. O avaliando deve ter
uma percepção objetiva, enxergar o que de fato se mostra. Quando
isso não acontece é porque ocorre uma distorção da realidade; a
prancha evoca o envolvimento com os conteúdos internos. Devemos
sempre lembrar que a percepção é uma propriedade subjetiva.
• Quando o desfecho ou uma parte não tem coerência com o restante da estória,
quando o final não tem nada a ver com o conflito (a figura trouxe uma
determinada situação da qual ele foge porque não consegue resolver – usa um
mecanismo de fuga. Podemos estar próximos de tocar em uma “ferida” da pessoa).
5. Acréscimo ou omissão de elementos.
Sempre que contamos uma estória, ela apresenta um elemento central, a principal figura da trama –
O Herói. O herói não é necessariamente bom. O narrador costuma atribuir ao herói suas
características pessoais.
1. Identificação do herói.
b. De modo geral, o herói é um dos personagens do mesmo sexo do narrador, da mesma idade, com
características similares.
Uma vez identificado o herói , é preciso conhecer o que ele sente, como se percebe, e que necessidades
ele tem.
2. Sentimentos e estados emocionais. Qual o estado emocional do herói?
• Depois de identificado o herói, precisamos verificar o que ele sente, como se percebe, que
necessidades ele tem. Ou seja, as necessidades e pressões que se manifestam na conduta do herói
(vide lista das necessidades e pressões de Murray).
• Toda vez que o herói estiver mais próximo do sujeito, fica mais fácil reconhecer o material. Se o herói
for um objeto (violino) é sinal que a temática é muito significativa a ponto de não conseguir trazer os
conteúdos.
3. Nível de conduta do Herói (necessidades que se manifestam na conduta do
herói).
• Pré-motor: o herói planeja programas de ação, porém os rejeita ou abandona antes da execução;
• Motor: o herói executa seus planos e suas reações para os outros que se acham em um nível
manifesto.
4.Pressão Ambiental - Normalmente o herói está interagindo com outros elementos da
cena. Esta ação do meio sobre o herói é conhecida como pressão ambiental.
• Este dado pode ser inferido das ações e emoções dos demais personagens da história.
• O herói normalmente não está sozinho, está em interação com o meio social. Os outros
elementos da cena exercem algum tipo de ação sobre o herói. Essa ação do meio sobre
ele é chamada de “pressão ambiental”.
• É comum que se estabeleça um conflito entre o herói e o meio. Temos que identificar a
maneira que o herói consegue resolver o conflito.
• Convém anotar:
• se as influências do meio são favoráveis ou desfavoráveis para o herói;
• provém-se de personagens do mesmo sexo ou de sexo diferente;
• figuras maternas ou paternas, etc.
O herói forte é aquele que através de sua ação faz com que a estória tenha um final
feliz, o que indica pessoas bem organizadas. O final é feliz quando as
necessidades do narrador são atendidas.
“Era uma vez uma mulher desesperada. Durante muito tempo ele pensou em viver sozinha,
cuidando da própria vida. Entretanto, agora que saiu de casa e viu que o mundo não era tão
bom quanto esperava, voltou arrasada. Já não sabe o que fazer: se enfrenta a vida sozinha ou
se volta para casa e continua a viver com a fiscalização dos pais.”
Análise formal:
. Realização da tarefa – checa se houve descrição, alegoria ou narrativa. Verifica se a estória foi
completa – início, meio e fim. Houve realização da tarefa, de forma adequada, com início,
meio e sem fim.
. Estilo da narrativa – claro e objetivo. Pensamento organizado.
. Adequação do tema – diferentes ideias encadeadas em etapas compatíveis à narrativa adequada.
. Inclusão/exclusão de objetos – houve inclusão dos pais como objetos maus.
Análise de conteúdo:
Análise Formal:
. Realização da tarefa: história completa.
. Estilo: pensamento organizado, claro e objetivo.
. Adequação do tema: adequado, sentimentos persecutórios.
. Inclusão/ exclusão de objetos: “ela”, e a mãe.
Análise de conteúdo:
. Herói: “Ela”.
. Sentimentos e estados emocionais: invasão, perseguição, abandono.
. Necessidades: reflexão, isolamento, privacidade, proteção. Necessidade de se isolar e se preservar.
. Pressões ambientais: fiscalização invasora, pressão agressiva.
. Desfecho: isolamento – ir embora. É um desfecho negativo porque envolve a desistência.
. Atitude para o desfecho: fuga.
. Catexia: Mãe – catexia ambivalente. Empregada – catexia negativa. Pode estar ocorrendo o deslocamento
da catexia negativa da figura da mãe para a da empregada.
. Tema: Conflito em vivenciar relações invasoras.
Catexia (significado): concentração de todas as energias mentais sobre uma representação bem
precisa, um conteúdo de memória, uma sequência de pensamentos ou encadeamento de atos;
catexe
• Após a análise das estórias, partimos para a 3a etapa: a interpretação dos resultados.
• Com certeza haverá algumas estórias tratando do mesmo tema. O TAT fala de relacionamentos – do sujeito com ele mesmo, com as
figuras parentais ou substitutos, com o grupo de iguais, com o grupo hetero-afetivo-sexual.
• Inicialmente são reunidas as estórias que tratam do mesmo tema. Elas serão interpretadas juntas.
• O herói e tudo aquilo que se refere ao herói serão reportados ao narrador – o que está falando sobre si mesmo. Por exemplo: se essas
duas estórias fossem do mesmo narrador, poderia se concluir que este herói está abatido, frustrado. Quanto mais diferenciado for o
herói da estória do narrador, mais significativo é o conteúdo, pois há a revelação de conteúdos reprimidos.
• Sempre devemos nos lembrar que a narrativa é a forma com que o narrador significa. O que caracteriza a saúde ou o transtorno não é a
presença de conflitos, mas os recursos mobilizados para solucioná-los. Para o ego mediar a solução dos conflitos é necessário que o
narrador participe de modo ativo e coordenado com a solução e o desfecho. Quando isso ocorre diz-se que o ego do narrador está bem
estruturado.
Quando o ego delega a terceiros a resolução das questões, percebe-se
que este ego não dispõe de recursos para fazer a mediação.
Quando o herói é destruído ou morre, o meio é agressivo. Nesse caso há
um grande componente destrutivo, desintegrativo.
Prancha 1 : Ele tá pensando para que serve o violino. Ele achou numa lata de
lixo na rua. Ele tava jogando futebol e a bola caiu ali dentro. E ele viu isso. Ele
trouxe para a casa dele para ver para que servia. Ele não sabe tocar, mas vai Ter
um dia que ele vai aprender isso.
Prancha 6 : Ele tava com a mãe dele no apartamento e ele tava pedindo desculpas
por Ter sumido por anos e ela fingia que nem escutava. No final a mãe dele
mandou ele sair daquele apartamento. Ela não tinha dinheiro para sustentar e
ele foi embora. Ela não o perdoou.
A. Análise Formal Prancha 1 Prancha 3 Prancha 6
1. Realização da Sim Sim Sim
Tarefa
Clara, simples, Clara, simples, Clara, simples,
2. Narrativa conclusiva, conclusiva, conclusiva,
pensamentos pensamentos pensamentos
organizados organizados organizados
3. Adequação do Tema trabalhado com Tema trabalhado com Tema trabalhado com
Tema adequação adequação adequação
4. Inclusão/Exclusão Bola, lata de lixo Meninos da escola, -
de objetos mãe, professores
B. Análise de
Conteúdo
1. Herói “Ele” “um garoto” “Ele”
Tristeza, rejeição, Despreza,
2. Sentimentos e Reflexivo, curioso, dependência da mãe, desamparo, culpa,
Estados Emocionais confiante, esperança de que ela abandono,
esperançoso resolva seus impotência.
problemas, incapaz
de confrontação
Proteção, amparo
Domínio, reconhecimento, Acolhimento, perdão,
3. Necessidades experimentação necessidade de redenção, ser ouvido,
mediação e independência.
interferência
4. Pressão ambiental - Implicância, medo da Desprezo e
mãe intransigência da
mãe.
Adequado. Final Final Feliz (-):
5. Desfecho da Feliz (+): Empenho dependência da Final Infeliz:
História atitude de terceiros abandono
(mãe)
Negativa/ exposição à
6. Atitude do Herói Positiva/empenho Negativa/dependênci humilhação e à
a confirmação do
desamparo
Violino – catexia Mãe : positiva Mãe: positiva
7. Catexias positiva Professor: Dinheiro: negativa
ambivalente
Meninos: negativa
8. Tema Domínio Dependência Humilhação
TAT – TESTE DE APERCEPÇÃO TEMÁTICA
• Autor: MURRAY A. HENRY ( 1943 – 1ª. Ed. Em inglês)
• Material: aplicado em duas vezes. Cada uma 10 imagens
diferentes. Dezenove quadros e um em branco.
• Descrição das pranchas: apenas números sem restrições
R – rapazes – meninos;
M – meninas;
H – homens acima de quatorze anos;
F – mulheres acima de quatorze anos;
RH – meninos e homens em geral ;
MF – meninas e mulheres;
1-
2
3 - RH
3 - MF
4
5
6 RH
6 - MF
7 - RH
7 - MF
8 - MF
8 - RH
9 - RH
9 - MF
10
11
12 - F
12 - H
12 - RM
13 - R
13 - HF
13 - M
14
15
16 – PRANCHA EM BRANCO
17 - RH
17 - MF
18 - RH
18 - MF
19
20