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FACULDADE EVANGÉLICA DE GOIANÉSIA – FACEG

PSICOLOGIA

LARISSA DE LIMA BRAZ

RELATÓRIO DE TESTES PSICOLÓGICOS

Goianésia – GO
2023
LARISSA DE LIMA BRAZ

RELATÓRIO DE TESTES PSICOLÓGICOS

Trabalho de Técnicas de Avaliação Psicológica do


Bacharelado em Psicologia da Faculdade
Evangélica de Goianésia - FACEG - Apresentado a
Professora: Amanda Pontes.

Orientador (a): Amanda Pontes

Goianésia – GO
2023
Sumário
1.INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 1

2.BATERIA FATORIAL DE ATENÇÃO – BPA ............................................................ 3

2.1.Fundamentação Teórica:....................................................................................... 3

2.2.Resultados ............................................................................................................ 4

2.3.Análise dos Resultados ......................................................................................... 4

3.ESCALA DOS PILARES DA RESILIÊNCIA – EPR .................................................. 6

3.1.Fundamentação Teórica:....................................................................................... 6

3.2.Resultados ............................................................................................................ 6

3.3.Análise dos Resultados: ........................................................................................ 8

4.ESCALA DO TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE –


ETDAH 11

4.1.Fundamentação Teórica:..................................................................................... 11

4.2.Resultados: ......................................................................................................... 11

4.3.Análise dos Resultados: ...................................................................................... 12

5.INVENTARIO FATORIAL DE PERSONALIDADE – IFP II ..................................... 14

5.1.Fundamentação Teórica:..................................................................................... 14

5.2.Resultados: ......................................................................................................... 14

5.3.Análise dos Resultados: ...................................................................................... 16

6.TÉCNICA PROJETIVA DE DESENHO – HOUSE, TREE, PERSON – HTP .......... 18

6.1.Fundamentação Teórica:..................................................................................... 18

6.2.Resultados: ......................................................................................................... 18

6.3.Análise dos Resultados: ...................................................................................... 21

7.CONCLUSÃO......................................................................................................... 22

8.BIBLIOGRAFIA ...................................................................................................... 24
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1. INTRODUÇÃO

Este trabalho tem como objetivo explorar a relação entre a atenção


concentrada, dividida e alternada, o ETDAH-AD, o IFP-II e o Protocolo de
Interpretação H-T-P. Através da revisão da literatura e da análise de estudos
empíricos, buscaremos compreender melhor a influência desses aspectos na
psicologia e no diagnóstico clínico. Espera-se que esse estudo contribua para a
ampliação do conhecimento nessa área e auxilie profissionais de saúde mental no
processo de avaliação e intervenção terapêutica.

Dentre as diversas áreas de investigação nesse campo, destacam-se a


atenção concentrada, dividida e alternada, o Transtorno de Déficit de Atenção e
Hiperatividade do tipo Desatento (ETDAH-AD), o Inventário Fatorial de Personalidade
(IFP-II) e o Protocolo de Interpretação H-T-P.

A atenção é uma função cognitiva fundamental que desempenha um papel


crucial em nossa capacidade de processar informações e realizar tarefas. A atenção
concentrada refere-se à capacidade de focalizar a mente em um estímulo específico,
ignorando as distrações ao redor. Já a atenção dividida envolve a habilidade de
distribuir a atenção entre múltiplas tarefas simultaneamente. Por fim, a atenção
alternada diz respeito à capacidade de alternar rapidamente entre diferentes estímulos
ou tarefas.

Um dos transtornos relacionados à atenção é o ETDAH-AD, que afeta


crianças e adultos, caracterizando-se por dificuldades persistentes na atenção,
impulsividade e desatenção. Compreender os mecanismos subjacentes a esse
transtorno é fundamental para o diagnóstico precoce e intervenção eficaz.

O IFP-II é um instrumento psicométrico amplamente utilizado para avaliar


a personalidade. Ele se baseia em uma estrutura fatorial que busca identificar os
traços de personalidade mais relevantes e sua organização. Por meio desse
inventário, é possível obter uma compreensão mais profunda dos padrões
comportamentais e emocionais de um indivíduo.
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Por fim, o Protocolo de Interpretação H-T-P é uma ferramenta projetiva que


consiste em solicitar que os indivíduos desenhem uma casa (H), uma árvore (T) e uma
pessoa (P). A análise desses desenhos permite inferir aspectos da personalidade,
emoções, conflitos internos e outras informações psicológicas.
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2. BATERIA FATORIAL DE ATENÇÃO – BPA

2.1. Fundamentação Teórica:

A Bateria Fatorial de Atenção (BPA) é um instrumento psicométrico


utilizado para avaliar diferentes aspectos da atenção de um indivíduo. Ela foi
desenvolvida com o objetivo de fornecer uma análise abrangente das habilidades
atencionais e seus componentes específicos.

A BPA é composta por diferentes subtestes que abordam aspectos como


atenção concentrada, atenção dividida, atenção alternada e atenção geral. Cada
subteste envolve a realização de tarefas específicas que exigem diferentes níveis de
concentração, capacidade de alternar o foco e resistência à distração.

Durante a aplicação da BPA, o indivíduo realiza as tarefas propostas, e seu


desempenho é avaliado com base em critérios predefinidos. Os resultados são então
pontuados e comparados com normas de referência, como percentis por faixa etária
e escolaridade, para determinar a posição relativa do indivíduo em relação à
população geral.

A BPA é amplamente utilizada em contextos clínicos, educacionais e de


pesquisa. No contexto clínico, ela pode auxiliar na identificação e diagnóstico de
transtornos relacionados à atenção, como o Transtorno do Déficit de Atenção e
Hiperatividade (TDAH), além de fornecer informações importantes para o
planejamento do tratamento e acompanhamento da evolução do indivíduo.

Na área educacional, a BPA pode ser aplicada para identificar dificuldades


específicas de atenção em estudantes, auxiliando no desenvolvimento de estratégias
de intervenção e adaptações curriculares. Em pesquisa, a BPA é frequentemente
utilizada para investigar a relação entre a atenção e outros aspectos cognitivos,
comportamentais e emocionais, bem como avaliar a eficácia de intervenções ou
tratamentos direcionados à atenção.
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2.2. Resultados:

Atenção Concentrada:
Pontuação: 73 pontos.
Percentil por faixa etária: 10%.
Percentil por escolaridade: inferior.

Atenção Dividida:
Pontuação: 64 pontos.
Percentil por faixa etária: 10%.
Percentil por escolaridade: inferior.

Atenção Alternada:
Pontuação: 120 pontos.
Percentil por faixa etária: 90%.
Percentil por escolaridade: superior.

Atenção Geral:
Pontuação: 257 pontos.
Percentil por faixa etária: 25%
Percentil por escolaridade: Médio inferior.

2.3. Análise dos Resultados:

A pontuação obtida na Atenção Concentrada indica um desempenho


abaixo da média. O indivíduo pode apresentar dificuldades em manter o foco e a
concentração em tarefas que requerem atenção prolongada. O percentil por faixa
etária de 10% sugere que o desempenho em relação à população da mesma faixa
etária é inferior. O percentil por escolaridade inferior indica um desempenho abaixo
da média em relação a indivíduos com a mesma escolaridade.
A pontuação na Atenção Dividida também indica um desempenho abaixo
da média. O indivíduo pode ter dificuldades em dividir a atenção entre múltiplas tarefas
ou estímulos simultaneamente. O percentil por faixa etária de 10% sugere que o
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desempenho é inferior em comparação com a população da mesma faixa etária. O


percentil por escolaridade inferior indica um desempenho abaixo da média em
comparação com indivíduos com a mesma escolaridade.
A pontuação obtida na Atenção Alternada indica um desempenho acima da
média. O indivíduo demonstra habilidade em alternar entre diferentes estímulos ou
tarefas, apresentando boa flexibilidade atencional. O percentil por faixa etária de 90%
sugere que o desempenho é superior em relação à população da mesma faixa etária.
O percentil por escolaridade superior indica um desempenho acima da média em
comparação com indivíduos com a mesma escolaridade.
A pontuação na Atenção Geral, que é a somatória dos pontos dos três tipos
de atenção, indica um desempenho mediano inferior. Embora a pontuação na Atenção
Alternada seja alta, as pontuações abaixo da média nas outras áreas de atenção
(Concentrada e Dividida) afetam o desempenho geral. O percentil por faixa etária de
25% sugere um desempenho mediano inferior em relação à população da mesma
faixa etária. O percentil por escolaridade de Médio inferior indica um desempenho
abaixo da média em comparação com indivíduos com a mesma escolaridade.
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3. ESCALA DOS PILARES DA RESILIÊNCIA – EPR

3.1. Fundamentação Teórica:

A Escala dos Pilares da Resiliência (EPR) é um instrumento de avaliação


psicológica que tem como objetivo medir e analisar os diferentes pilares da resiliência
de um indivíduo. A resiliência é a capacidade de enfrentar adversidades, superar
desafios e se adaptar positivamente diante de situações de estresse e adversidades.
A EPR é composta por diferentes dimensões que representam aspectos
importantes da resiliência. Essas dimensões podem variar de acordo com a escala
utilizada, mas geralmente incluem pilares como aceitação positiva da mudança,
autoconfiança, autoeficácia, bom humor, controle emocional, empatia, independência,
orientação positiva para o futuro, reflexão, sociabilidade e valores positivos.
Cada dimensão da EPR é avaliada por meio de itens ou declarações às
quais o indivíduo deve responder de acordo com seu nível de concordância ou
frequência. Com base nas respostas, são atribuídas pontuações que permitem
analisar o nível de cada pilar de resiliência do indivíduo.
A EPR é amplamente utilizada em contextos clínicos, de pesquisa e em
intervenções psicológicas. Ela oferece uma visão abrangente dos aspectos que
compõem a resiliência e permite identificar pontos fortes e áreas de melhoria em
termos de enfrentamento e adaptação a situações adversas. Com base nos resultados
da EPR, profissionais da área da saúde mental podem direcionar intervenções e
estratégias específicas para fortalecer a resiliência e promover o bem-estar
psicológico dos indivíduos.
É importante ressaltar que a EPR é apenas uma ferramenta de avaliação e
que a resiliência é um construto complexo e multifacetado. Portanto, os resultados da
EPR devem ser interpretados de forma cuidadosa, considerando o contexto individual
e outros aspectos relevantes da vida do indivíduo.

3.2. Resultados:

Aceitação positiva da mudança (APM):


Pontuação: 14 pontos.
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Percentil: 20%.
Classificação: Muito baixa.

Autoconfiança (AC):
Pontuação: 42 pontos.
Percentil: 20%.
Classificação: Muito baixa.

Autoeficácia (AE):
Pontuação: 67 pontos.
Percentil: 60%.
Classificação: Média

Bom humor (BH):


Pontuação: 18 pontos.
Percentil: 60%.
Classificação: Média.

Controle emocional (CE):


Pontuação: 36 pontos.
Percentil: 20%.
Classificação: Muito baixa.

Empatia (E):
Pontuação: 17 pontos.
Percentil: 70%.
Classificação: Alta

Independência (I):
Pontuação: 17 pontos.
Percentil: 90%.
Classificação: Muito alta.

Orientação positiva para o futuro (OPF):


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Pontuação: 54 pontos.
Percentil: 90%.
Classificação: Muito alta.

Reflexão (R):
Pontuação: 27 pontos.
Percentil: 40%.
Classificação: Baixa.

Sociabilidade (S):
Pontuação: 20 pontos.
Percentil: 99%.
Classificação: Muito alta.

Valores positivos:
Pontuação: 28 pontos.
Percentil: 80%.
Classificação: Alta.

3.3. Análise dos Resultados:

A pontuação obtida na APM indica uma dificuldade significativa na


aceitação e adaptação positiva diante das mudanças. O percentil de 20% indica um
desempenho muito abaixo da média em relação à população. Isso sugere que a
pessoa pode ter dificuldade em lidar com a incerteza e resistência a mudanças, o que
pode impactar sua capacidade de se adaptar a novas situações.
A pontuação na AC também é considerada muito baixa, indicando uma falta
de confiança em si mesma. O percentil de 20% sugere que o nível de autoconfiança
está muito abaixo da média em relação à população. Isso pode resultar em
dificuldades para enfrentar desafios, tomar decisões e confiar em suas próprias
habilidades.
A pontuação na AE é considerada média, indicando um nível moderado de
confiança nas próprias habilidades e competências. O percentil de 60% sugere que o
desempenho está próximo da média em relação à população. Isso indica que a pessoa
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tem uma autoavaliação razoável de suas capacidades, o que pode contribuir para sua
resiliência.
A pontuação no pilar do bom humor é considerada média, indicando um
nível moderado de senso de humor e capacidade de lidar com situações difíceis de
forma mais leve. O percentil de 60% sugere que o desempenho está próximo da média
em relação à população. Ter um bom humor adequado pode ajudar a pessoa a
enfrentar adversidades com uma perspectiva mais positiva.
A pontuação no controle emocional é classificada como muito baixa,
indicando uma dificuldade significativa em regular e lidar com as emoções. O percentil
de 20% sugere que o desempenho está muito abaixo da média em relação à
população. Isso pode resultar em uma maior vulnerabilidade a estresses emocionais
e dificuldades em lidar com situações desafiadoras.
A pontuação na empatia é classificada como alta, indicando uma
capacidade desenvolvida de compreender e se colocar no lugar dos outros. O
percentil de 70% sugere que o desempenho está acima da média em relação à
população. A capacidade de empatia pode contribuir para a resiliência ao permitir que
a pessoa compreenda melhor as necessidades e emoções dos outros, facilitando a
construção de relacionamentos saudáveis.
A pontuação na independência é classificada como muito alta, indicando
uma grande autonomia e capacidade de tomar decisões por si mesma. O percentil de
90% sugere que o desempenho está muito acima da média em relação à população.
Ter um alto nível de independência pode ser um fator protetor na resiliência,
permitindo que a pessoa tome ações e responsabilidades por suas próprias vidas.
A pontuação na orientação positiva para o futuro é classificada como muito
alta, indicando uma perspectiva otimista e esperançosa em relação ao futuro. O
percentil de 90% sugere que o desempenho está muito acima da média em relação à
população. Ter uma orientação positiva para o futuro é um fator importante na
resiliência, pois pode ajudar a pessoa a encontrar motivação e enfrentar desafios com
determinação.
A pontuação na reflexão é considerada baixa, indicando uma menor
tendência a refletir e analisar suas próprias experiências e aprendizados. O percentil
de 40% sugere que o desempenho está abaixo da média em relação à população. A
reflexão pode desempenhar um papel importante na resiliência, permitindo que a
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pessoa aprenda com as experiências passadas e se adapte a situações futuras de


forma mais eficaz.
A pontuação na sociabilidade é classificada como muito alta, indicando uma
tendência a buscar e manter conexões sociais significativas. O percentil de 99%
sugere que o desempenho está muito acima da média em relação à população. Ter
uma sociabilidade elevada pode contribuir para a resiliência, proporcionando suporte
social e recursos emocionais durante momentos desafiadores.
A pontuação nos valores positivos é classificada como alta, indicando uma
forte aderência a princípios e ideais que promovem o bem-estar e a resiliência. O
percentil de 80% sugere que o desempenho está acima da média em relação à
população. Ter valores positivos pode fornecer uma base sólida para lidar com
adversidades e guiar as ações em direção ao crescimento pessoal.
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4. ESCALA DO TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE


– ETDAH

4.1. Fundamentação Teórica:

A Escala do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (ETDAH) é um


instrumento de avaliação utilizado para identificar e avaliar os sintomas e
comportamentos associados ao Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade
(TDAH). O TDAH é um transtorno neurobiológico que afeta crianças, adolescentes e
adultos, caracterizado por dificuldades persistentes de atenção, hiperatividade e
impulsividade.
A ETDAH consiste em um conjunto de itens que abordam os sintomas-chave
do TDAH. Esses itens são respondidos pelo indivíduo ou por um informante próximo,
como pais, cuidadores ou professores, dependendo da faixa etária do avaliado. A
escala geralmente abrange áreas como inatenção, hiperatividade e impulsividade,
além de considerar a presença desses sintomas em diferentes contextos, como em
casa, na escola e em situações sociais.
A pontuação obtida na ETDAH fornece informações sobre a gravidade dos
sintomas de TDAH e ajuda a determinar se o indivíduo se enquadra nos critérios
diagnósticos estabelecidos pelos manuais de classificação, como o DSM-5 (Manual
Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais) ou o CID-10 (Classificação
Internacional de Doenças). No entanto, é importante destacar que a ETDAH é apenas
uma ferramenta de triagem e não substitui uma avaliação clínica completa realizada
por um profissional de saúde mental qualificado.

4.2. Resultados:

Desatenção (D):
Pontuação: 78 pontos.
Percentil: 99%.
Classificação: Superior.
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Impulsividade (I):
Pontuação: 90 pontos.
Percentil: 99%.
Classificação: Superior

Aspectos Emocionais (AE):


Pontuação: 07 pontos.
Percentil: 70%
Classificação: Média superior.

Autorregulação da Atenção, da Motivação e da Ação (AAMA):


Pontuação: 18 pontos.
Percentil: 50%.
Classificação: Média.

Hiperatividade (H):
Pontuação: 20 pontos.
Percentil: 85%.
Classificação: Superior

4.3. Análise dos Resultados:

A pontuação na Desatenção indica uma presença significativa de sintomas


relacionados à dificuldade de manter a atenção em tarefas e atividades. Essa
pontuação está classificada como superior, sugerindo que o indivíduo apresenta uma
alta tendência para distração, falta de foco e dificuldade em manter a atenção em uma
única tarefa. É importante considerar a possibilidade de um transtorno de déficit de
atenção e hiperatividade (TDAH) e buscar uma avaliação mais aprofundada.
A pontuação na Impulsividade indica a presença de comportamentos
impulsivos e dificuldade em controlar impulsos imediatos. Esse resultado superior
sugere que o indivíduo apresenta uma tendência a agir sem pensar nas
consequências e pode ter dificuldades em inibir respostas impulsivas. Isso pode afetar
seu funcionamento cotidiano e suas relações interpessoais. É importante considerar
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a avaliação de um possível TDAH, pois a impulsividade é um dos sintomas-chave


desse transtorno.
A pontuação nos Aspectos Emocionais indica um nível médio superior de
envolvimento emocional nas atividades e tarefas. Isso sugere que o indivíduo tende a
se envolver emocionalmente no que faz, demonstrando interesse e motivação. No
entanto, é importante observar se os aspectos emocionais estão contribuindo para a
dificuldade de atenção e impulsividade, ou se estão relacionados a outros fatores.
A pontuação na Autorregulação da Atenção, da Motivação e da Ação indica
um nível médio de capacidade para autorregular a atenção, a motivação e o
comportamento. O indivíduo pode apresentar um equilíbrio moderado na capacidade
de direcionar e regular sua atenção, bem como de se manter motivado e controlar
suas ações. É importante considerar se essa pontuação está adequada ao contexto e
às demandas do indivíduo.
A pontuação na Hiperatividade indica uma presença significativa de
sintomas relacionados à hiperatividade e agitação motora. Essa pontuação está
classificada como superior, sugerindo que o indivíduo apresenta uma alta tendência
para agitação física, inquietação e dificuldade em ficar parado. Esses sintomas podem
interferir em seu desempenho acadêmico, profissional e nas relações interpessoais.
É importante considerar a possibilidade de um diagnóstico de TDAH, especialmente
quando combinado com os sintomas de desatenção e impulsividade.
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5. INVENTARIO FATORIAL DE PERSONALIDADE – IFP II

5.1. Fundamentação Teórica:

O Inventário Fatorial de Personalidade (IFP II) é um instrumento de avaliação


psicológica utilizado para mensurar traços e características da personalidade de um
indivíduo. Ele é baseado em modelos teóricos de personalidade e busca uma
descrição abrangente dos padrões comportamentais, emocionais e cognitivos que
compõem a personalidade de uma pessoa.
O IFP II é composto por um conjunto de itens ou perguntas que abordam
diferentes aspectos da personalidade, como extroversão, neuroticismo, abertura para
experiências, amabilidade e conscienciosidade. Esses itens são respondidos pelo
próprio indivíduo por meio de escalas de concordância ou frequência, indicando o
quanto cada afirmação se aplica a ele.
Com base nas respostas fornecidas, o IFP II gera uma pontuação para cada
um dos traços de personalidade avaliados. Essas pontuações permitem uma
compreensão mais aprofundada dos padrões de personalidade do indivíduo e podem
ser utilizadas para identificar características dominantes, potenciais pontos fortes e
áreas de desenvolvimento.
O IFP II é amplamente utilizado em contextos clínicos, de pesquisa e
organizacionais. No contexto clínico, ele pode auxiliar no diagnóstico de transtornos
de personalidade e fornecer insights sobre fatores de risco e tratamento. Na área de
pesquisa, o IFP II é utilizado para estudar a relação entre traços de personalidade e
diversos aspectos da vida, como saúde mental, relacionamentos, desempenho
acadêmico e profissional, entre outros. Nas organizações, o IFP II é aplicado em
processos de seleção e avaliação de pessoal, auxiliando na identificação de
características relevantes para o desempenho em determinadas funções.

5.2. Resultados:

Assistência:
Pontuação: 50 pontos.
Percentil: 75%.
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Intracepção:
Pontuação: 44 pontos.
Percentil: 90%.

Afago:
Pontuação: 49 pontos.
Percentil: 100%

Deferência:
Pontuação: 55 pontos.
Percentil: 85%.

Afiliação:
Pontuação: 57 pontos.
Percentil: 70%

Dominância:
Pontuação: 32 pontos.
Percentil: 75%.

Desempenho:
Pontuação: 52 pontos.
Percentil: 55%.

Exibição:
Pontuação: 44 pontos.
Percentil: 90%

Agressão:
Pontuação: 18 pontos.
Percentil: 90%.
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Ordem:
Pontuação: 29 pontos.
Percentil: 10%.

Persistência:
Pontuação: 36 pontos.
Percentil: 10%.

Mudança:
Pontuação: 33 pontos.
Percentil: 30%.

Autonomia:
Pontuação: 43 pontos.
Percentil: 75%.

5.3. Análise dos Resultados:

Assistência: Com uma pontuação de 50 pontos e um percentil de 75%,


indica-se um nível moderado de tendência a prestar assistência ou apoio aos outros.
Intracepção: Com uma pontuação de 44 pontos e um percentil de 90%,
indica-se uma tendência elevada para refletir sobre os próprios pensamentos,
sentimentos e motivações.
Afago: Com uma pontuação de 49 pontos e um percentil de 100%, indica-
se uma forte tendência a buscar carinho, apoio e afeição dos outros.
Deferência: Com uma pontuação de 55 pontos e um percentil de 85%,
indica-se uma inclinação moderada para mostrar respeito e consideração pelos
outros.
Afiliação: Com uma pontuação de 57 pontos e um percentil de 70%, indica-
se uma tendência moderada a buscar interações e pertencimento social.
Dominância: Com uma pontuação de 32 pontos e um percentil de 75%,
indica-se uma inclinação moderada para assumir papéis de liderança ou influenciar
os outros.
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Desempenho: Com uma pontuação de 52 pontos e um percentil de 55%,


indica-se uma tendência moderada a buscar realizações e sucesso em tarefas ou
metas.
Exibição: Com uma pontuação de 44 pontos e um percentil de 90%, indica-
se uma inclinação elevada para buscar atenção e reconhecimento dos outros.
Agressão: Com uma pontuação de 18 pontos e um percentil de 90%, indica-
se uma tendência baixa em exibir comportamentos agressivos ou confrontacionais.
Ordem: Com uma pontuação de 29 pontos e um percentil de 10%, indica-
se uma tendência baixa em buscar organização ou estrutura em ambientes ou tarefas.
Persistência: Com uma pontuação de 36 pontos e um percentil de 10%,
indica-se uma tendência baixa em persistir diante de obstáculos ou dificuldades.
Mudança: Com uma pontuação de 33 pontos e um percentil de 30%, indica-
se uma tendência moderada em lidar com mudanças ou adaptar-se a novas situações.
Autonomia: Com uma pontuação de 43 pontos e um percentil de 75%,
indica-se uma tendência moderada a buscar independência e autonomia em decisões
e ações.
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6. TÉCNICA PROJETIVA DE DESENHO – HOUSE, TREE, PERSON – HTP

6.1. Fundamentação Teórica:

O Teste de HTP (House-Tree-Person) é um instrumento projetivo amplamente


utilizado na psicologia e na psicoterapia para avaliar a personalidade, os aspectos
emocionais e os processos cognitivos de um indivíduo. Foi desenvolvido por John N.
Buck em 1948.
O teste consiste em três partes principais: a casa (House), a árvore (Tree) e a
pessoa (Person). O examinando é solicitado a desenhar cada um desses elementos
em uma folha de papel em branco. Após a conclusão dos desenhos, o examinador
conduz uma entrevista com o indivíduo, na qual são explorados diferentes aspectos
relacionados aos desenhos realizados.
A interpretação do Teste de HTP é baseada na análise dos detalhes,
características, proporções, conteúdos simbólicos e estilo geral dos desenhos. Essa
interpretação é realizada pelo examinador com base em teorias e referências da
psicologia, considerando o contexto individual do avaliado.
O teste é considerado projetivo porque, por meio dos desenhos, espera-se que
o indivíduo projete aspectos inconscientes, emoções reprimidas, conflitos internos e
outras características pessoais. Portanto, o teste pode fornecer insights sobre a
personalidade, os padrões de relacionamento, os sentimentos de autoestima, o
funcionamento emocional e outros aspectos relevantes para a compreensão
psicológica do indivíduo.

6.2. Resultados:

Casa:

No texto da paciente Larissa Lima começamos pela casa, a proporção da casa é


pequena, sugere insegurança, retraimento, descontentamento, regressão, temos as
portas muito pequenas, que acaba retratando sentimentos de inadequação do
indivíduo e a relutância em fazer contatos, uma janela sem vidraça, que é desenhada
por pessoas com tendências negativistas, também possui uma interação com o
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ambiente conscientemente controlada, que é acompanhada por alguma ansiedade.


Arbustos representam uma necessidade de erguer barreiras defensivas do ego ou de
estabelecer contato com os outros de alguma maneira. Tulipas ou flores semelhantes
a margaridas são, às vezes, desenhadas nas proximidades da casa, por indivíduos
esquizoides ou crianças. As nuvens indicam ansiedade generalizada. Um quarto de
andar superior escolhido, assim o indivíduo pode olhar para fora mais facilmente. A
paciente diz que a casa aparenta estar longe, e isso sugere luta ou sentimento de
rejeição, ou ambos.
O paciente disse que a casa está desocupada, pode-se supor que existe
uma extraordinária falta de defesa do ego, a casa de Larissa tem dois andares,
sugerindo uma compartimentalização indesejada da personalidade com ênfase
somática das sombras desenhadas espontaneamente representando uma situação
na qual a ansiedade e vivida no nível consciente da pessoa.

Árvore:

No desenho da árvore podemos observar uma arvore muito pequena que sugere
fortes sentimentos de inadequação para lidar com o ambiente, um tronco com uma
base larga, mas que se torna muito fino a uma pequena distância acima da base
implica um ambiente anterior sem estimulação calorosa e saudável. Uma linha de solo
em formado de arco convexo aponta dependência materna, com sentimentos de
isolamento e desemparo. A proporção pequena da árvore indica insegurança,
retraimento, descontentamento, regressão.
Vento soprando, pressão ambiental, também tem ênfase na casca da
árvore, ansiedade, depressão, meticulosidade, obsessividade compulsiva. Raízes
omitidas indica insegurança, também tem frutas que indica dependência.
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Pessoa:

Por fim temos o desenho da cabeça com alguns significados bem interessante como
a cabeça desproporcional com o corpo (grande) significando indivíduos desajustados
que colocam ênfase indevida na inteligência ou na fantasia como uma fonte de
satisfação. Olhos pequenos conotam um desejo de ver o mínimo possível, pescoço
fino sugere características esquizoides. Tronco desproporcionalmente, implica a
presença de muitos impulsos insatisfeitos que o indivíduo pode sentir intensamente.
Mãos pequenas sugerem uma relutância para estabelecer contatos mais íntimos e
refinados na convivência psicossocial. Pés desproporcionalmente pequenos implicam
constrição e dependência.
A pessoa foi desenhada totalmente de frente com os braços
completamente estendidos em ângulos retos com o tronco implicando que o indivíduo
e essencialmente rígido e intransigente e que, entretanto, apresenta uma profunda
necessidade de ocultar sentimentos de inadequação e insegurança com uma
sugestão de prontidão para enfrentar tudo direta e firmemente. Ao mesmo tempo
temos uma pessoa desenhada em perfil completo sem nenhuma sugestão de que
existe um outro lado implicando forte retraimento e tendências oposicionistas. Em
como os pés apontados em direção opostas podendo revelar sentimentos ambivalente
Olhos desenhados com buracos ocos sem nenhuma tentativa de indicar a
íris ou a pupila implicam uma forte evitação de estímulos visuais retardados bem
ajustados, juntamente com a omissão da orelha podendo indicar a presença de
alucinações auditivas e, contudo, o pescoço unido a cabeça e indicando uma
coordenação entre a cabeça e o corpo.
A ausência do tronco implica a negação de impulsos corporais, uma “figura
palito” unidimensional, às vezes, é desenhada por indivíduos deficientes mentalmente
ou com lesões orgânicas.
Proporção pequena, relevando insegurança e retraimento, assimetria,
revelando inadequação física. Localização do desenho na página central representa
rigidez, apresenta também linha de solo, que significa uma necessidade de
segurança, ansiedade. Falta em detalhes, retraimento.
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6.3. Análise dos Resultados:

A análise dos desenhos da casa, árvore e pessoa de Larissa revela um padrão


consistente de sentimentos de inadequação, insegurança e retraimento. A proporção
pequena da casa e da árvore sugere uma falta de confiança no ambiente e uma
tendência a se recolher. A presença de portas e janelas pequenas na casa indica uma
relutância em fazer contatos e uma sensação de inadequação social. As nuvens
representam ansiedade generalizada, enquanto os arbustos sugerem a necessidade
de proteção e barreiras defensivas.
O desenho da árvore com um tronco largo que se estreita rapidamente indica
uma falta de estímulo e suporte emocional na infância. A linha de solo em formato de
arco convexo sugere dependência materna e sentimentos de isolamento e
desamparo. O vento soprando e a ênfase na casca da árvore indicam ansiedade,
depressão e obsessividade compulsiva. A omissão das raízes representa insegurança
e a presença de frutas aponta para uma dependência emocional.
No desenho da pessoa, a cabeça desproporcionalmente grande em relação ao
corpo sugere uma valorização excessiva da inteligência ou da fantasia como fonte de
satisfação. Os olhos pequenos e a omissão da íris e pupila indicam uma relutância em
se expor e uma preferência por evitar estímulos visuais. O pescoço fino aponta para
características esquizoides, enquanto as mãos pequenas revelam dificuldade em
estabelecer contatos íntimos. Os pés pequenos representam restrição e dependência.
Em geral, os desenhos de Larissa refletem uma tendência ao retraimento,
insegurança e falta de confiança nas relações interpessoais. Há sinais de ansiedade,
depressão e possíveis traços obsessivos-compulsivos. Esses resultados indicam a
necessidade de explorar e trabalhar questões relacionadas à autoestima,
autoconfiança, socialização e desenvolvimento de habilidades de enfrentamento.
22

7. CONCLUSÃO

Com base nas informações analisadas, podemos concluir que Larissa


apresenta um desempenho abaixo da média nas áreas de atenção concentrada,
atenção dividida e controle emocional. Isso indica dificuldades em manter o foco,
dividir a atenção entre tarefas e lidar com as emoções de forma adequada. Por outro
lado, seu desempenho na atenção alternada é acima da média, demonstrando
habilidade em alternar entre estímulos ou tarefas.
No aspecto emocional e de resiliência, Larissa apresenta uma baixa pontuação
no controle emocional, o que sugere dificuldade em regular as emoções, e uma alta
pontuação na empatia, indicando uma capacidade desenvolvida de compreender as
emoções dos outros. Sua pontuação na orientação positiva para o futuro é muito alta,
refletindo uma perspectiva otimista e esperançosa em relação ao futuro.
No que se refere aos traços de personalidade, Larissa apresenta uma
inclinação moderada para prestar assistência aos outros e uma forte tendência a
buscar carinho e apoio. Ela também demonstra uma inclinação moderada para
mostrar respeito pelos outros, uma tendência moderada a buscar interações sociais e
uma inclinação moderada para assumir papéis de liderança ou influenciar os outros.
No entanto, Larissa apresenta uma pontuação baixa na reflexão, indicando uma
menor tendência a refletir sobre suas próprias experiências e aprendizados. Além
disso, ela demonstra uma baixa tendência em buscar organização ou estrutura em
ambientes ou tarefas, bem como uma baixa tendência em persistir diante de
obstáculos ou dificuldades.
Ao analisar os desenhos da casa, árvore e pessoa de Larissa, observa-se um
padrão consistente de sentimentos de inadequação, insegurança e retraimento. Os
elementos presentes nos desenhos indicam ansiedade, depressão, dependência
emocional e dificuldade em estabelecer contatos íntimos.
Essas informações sugerem que Larissa pode se beneficiar de intervenções
que visem fortalecer sua atenção concentrada, atenção dividida, controle emocional,
reflexão e habilidades de enfrentamento. Além disso, é importante explorar questões
relacionadas à autoestima, autoconfiança e habilidades sociais. Uma avaliação mais
23

aprofundada também pode ser recomendada para investigar a possibilidade de


transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) devido aos sintomas de
desatenção e impulsividade apresentados.
24

8. BIBLIOGRAFIA

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25

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