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Neste texto, irei fazer algumas considerações sobre como é lidar uma pessoa com o
Transtorno de personalidade Borderline, bem como a convivência e seus
relacionamentos.
Uma criança, por volta dos 18 meses a dois anos de idade, busca sua independência
e mostra que não precisa de ajuda. Geralmente, ela é rebelde, responde aos seus
pais, sai correndo, cai, chora, mas logo se desespera por se ver sozinho e vulnerável e
volta em busca do colo dos pais.
Podem oscilar também entre os extremos de amor e ódio; idealizam demais alguém
e, diante de mínimas frustrações, os odeiam e desvalorizam extremamente o
vínculo, pois apresentam dificuldade em tolerar a diferenças das relações. São
rancorosos e não sabem perdoar ou reparar os conflitos.
Além disso, apresentam dificuldade de perceber a si mesmos e seus estados
emocionais internos. As coisas que não toleram em si, projetam e buscam no outro.
Para isso, usam o mecanismo de defesa que se chama “Identificação Projetiva”. Este
comportamento se mostra da seguinte forma: sentem inveja e não reconhecem o
sentimento em si mesmo. Acusam o outro de ser invejoso (projeção), e precisam ver
a inveja manifesta nele. Então, provocam a pessoa até ela mostrar mínimos sinais de
inveja (identificação) e, assim, se libertam dessa emoção desagradável.
Todas essas ações são manifestadas sem pensar e geram grande sofrimento por
viver um intenso e constante caos interior que prejudica e abala suas relações de
forma recorrente.
Pensando nisso, separei 6 dicas de como conviver com pessoas que apresentam o
transtorno. Veja abaixo:
Ou seja, ao sentir algum tipo de angústia que nega em si, a pessoa com o transtorno
tende a projetar esse sentimento no outro ao ponto de provocar esse outro até que
de fato o veja expressar o que lhe foi projetado.
Assim, o outro se tornar um “depósito” acusações de tudo que a pessoa com
Transtorno de personalidade Borderline nega internamente, como raiva,
inveja, ciúmes, etc.
E conscientes dessas ações, nossa reação ou de quem convive com uma pessoa com
transtorno é de não “sintonizar” com sentimentos projetados, não reagir ao que está
sendo provocado. Essa não é uma tarefa fácil principalmente em relações
vulneráveis.
2) Integrar as partes
Geralmente, a pessoa com esse tipo de transtorno tende a valorizar e idealizar o
outro de forma extrema ao ser gratificado e, desvalorizar totalmente, quando
frustrado.
Este tipo de atitude pode prejudicar a relação. Dessa forma, ao ser alvo de desse
extremo entre amor e ódio, sempre sinalize que você tem pontos positivos e
negativos.
Ou seja, uma simples falta de resposta pode ser vista como abandono.
Então, estimule a pessoa a sempre a refletir e falar sobre seus sentimentos e dos
outros de forma a ajudá-la a reparar interpretações distorcidas.
É importante saber que esses limites são testados se são confiáveis. Contudo, não
viole as regras estabelecidas.
Ao manter um posicionamento firme, você é um modelo de estabilidade a ser
introjetado.
Por fim, apresentei de forma sucinta algumas orientações de como lidar com
pessoas que sofrem esse tipo de transtorno. Porém, é indicado uma avaliação
rigorosa e apoio psicológico para que familiares, amigos e companheiros se
fortaleçam, sejam capazes de ajudar no tratamento e manter um equilíbrio
emocional diante a esse transtorno tão complexo.
O que é o Transtorno de
Personalidade Borderline?
Transtorno de Personalidade Borderline é o nome do transtorno de saúde mental dado a
pessoas que possuam um padrão de comportamento permeado pela impulsividade,
instabilidade emocional, medo da rejeição e tendências autodepreciativas.
Pessoas com esse transtorno tendem a ter uma visão distorcida de si mesmos e de seus
afetos. Como consequência disso, vivem ‘nas bordas’ ou ‘ nos limites’ da neurose (sentimentos
mais relacionados à ansiedade e obsessão) e da psicose (sintomas de distorção da realidade)
daí o sentido da palavra inglesa ‘borderline’.
O Transtorno de Borderline faz com que a pessoa sinta tudo de forma muito intensa e
instável, tanto os sentimentos positivos quanto negativos e é mais comum nas mulheres, mas
também pode atingir homens.
Possui um diagnóstico delicado, sendo necessária bastante atenção aos sintomas para
orientação do tratamento correto.
Os sintomas do Transtorno de
Personalidade Borderline
As pessoas com o Transtorno de Borderline operam sempre nos extremos das emoções,
sendo capazes de demonstrar o maior amor do mundo quando estão bem ou de agir de forma
bastante impulsiva prejudicando alguém quando se sentem rejeitados ou menosprezados.
Para exemplificar melhor, podemos apresentar o Transtorno de Borderline em 4
pilares:
• Instabilidade: a pessoa pode ter grandes variaçoes de humor no mesmo dia, por
que costuma sentir, portanto, faz de tudo para evitar ser rejeitada. Impulsividade: as
atitudes podem ser de um amor exacerbado quando estao bem, podendo estar muito
dispostas e ate gastar demais para agradar alguem. Por outro lado, podem armar
enxergue suas reais qualidades e pense que nao e merecedora de nada. Esse
• Angustia de abandono
• Sentimentos polarizados
• Impaciencia
• Raiva
• Autolesao
• Pensamentos suicidas
diferenciação correta de outros, como o transtorno bipolar, que pode ser facilmente
confundido por leigos.
Veja também:
Entenda o que é o Transtorno Afetivo Bipolar
O critério utilizado pelo DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais)
para diagnosticar o Transtorno Borderline é o seguinte:
“Um padrão difuso de instabilidade das relações interpessoais, da autoimagem e dos afetos e de
impulsividade acentuada que surge no início da vida adulta e está presente em vários contextos,
conforme indicado por cinco (ou mais) dos seguintes:
• Esforços desesperados para evitar abandono real ou imaginado; Nota: Não incluir
percepçao de si mesmo;
automutilante;
O tratamento do Transtorno
Borderline
O Transtorno Borderline deve ser tratado pelo profissional da saúde mental, em geral a
melhor opção é um trabalho conjunto do psiquiatra e do psicólogo. Ambos são capazes de
realizar o diagnóstico do transtorno e fornecer a orientação adequada ao tratamento.
Junto a isso, a psicoterapia é indicada, pois ela ajuda o paciente a ter noção do seu
comportamento e a buscar métodos de encará-lo de forma a domá-lo e mitigar os prejuízos
pessoais e sociais que tal comportamento possa causar.
O Transtorno Borderline não tem cura, mas o paciente que for diagnosticado e realizar o
tratamento da forma correta, tem condições de viver plenamente a sua vida, manter relações
saudáveis e não amargar prejuízos à vida pessoal, profissional e afetiva.
Além do mais, os sintomas costumam se amenizar com o passar dos anos Controlando o
borderline no dia a dia
Quem tem o Transtorno Borderline, além de realizar o tratamento psiquiátrico e o
acompanhamento psicoterápico, precisa implementar alguns hábitos à rotina para conviver
Eles podem ser amantes maravilhosos, amigos super divertidos e pessoas com as quais você
pode contar, mas também podem apresentar suas sombras dependendo as situações.
Veja algumas dicas sobre como lidar com uma pessoa com Transtorno Borderline:
Demonstre que você se importa
A pessoa com borderline tem verdadeiro pânico da rejeição. Por isso, para ela é importante
que as pessoas que estão a sua volta se importem com ela. Perguntar como foi o dia, se precisa
de ajuda ou simplesmente mandar uma mensagem para saber como ela está já é algo benéfico
para esse tipo de personalidade.
Também é importante salientar que se você gosta ou ama alguém com este transtorno, tutelá-
lo e colocar-se como a solução de seus problemas não é saudável para você. A sua
contribuição é importante, mas a pessoa também precisa buscar e aceitar ajuda