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EBOOK

TRATAMENTO PARA

CARÊNCIA
AFETIVA
E SEUS SINTOMAS
A CARÊNCIA AFETIVA É PARTE
DE NOSSAS VIDAS MAS PODE
SE TORNAR DISFUNCIONAL E
NECESSITAR DE AJUDA
PROFISSIONAL. CONHEÇA
SEUS SINTOMAS E COMO
CONSEGUIR AJUDA.
INTRODUÇÃO

01 OAFETIVA?
QUE É CARÊNCIA

02 QUANDO A CARÊNCIA AFETIVA


SE TORNA UM PROBLEMA

03 CONSEQUÊNCIAS
CARÊNCIA AFETIVA
DA

04 AS CONSEQUÊNCIAS DA
CARÊNCIA AFETIVA NA INFÂNCIA

05 QUAIS SÃO OS SINTOMAS DE


CARÊNCIA AFETIVA?

06 COMO SUPERAR A
CARÊNCIA AFETIVA
ÍNDICE
07 COMO TRATAR CARÊNCIA
AFETIVA?

08 AJUDA PARA LIDAR COM


CARÊNCIA AFETIVA
INTRODUÇÃO
Todos nós experimentamos algum nível de carência
afetiva.

Em alguns momentos ela pode ser maior devido a


alguma situação externa como uma mudança de
residência ou a morte de uma pessoa próxima e
significativa.

Outros períodos podem nos trazer uma sensação


interna de vazio mais pungente sem relação com
nosso ambiente imediato.

E apesar dessa carência afetiva seguimos adiante, mais


ou menos saudáveis, nos adaptando e buscando o
melhor para nós.

Porém, alguns de nós podem sentir uma carência


afetiva tão forte que afeta negativamente nossas vidas.

Quando a carência emocional atinge esse nível é como


se nosso futuro fosse sequestrado por uma
necessidade constante de confirmação e validação
externa.

E em alguns casos é preciso auxílio de um psicólogo


para sairmos de um ciclo de abusos nos
relacionamentos interpessoais, ou na nossa relação
conosco mesmos.
O QUE É CARÊNCIA
AFETIVA?
A carência afetiva diz respeito, especialmente, à
maneira como nos comportamos e nos sentimos em
relacionamentos.

Quando vivemos uma relação assim, alimentados por


essa carência emocional, o outro pode se tornar o
foco de nossos sentimentos e ações.

Esse sentimento pode ser passageiro, como num


momento de tristeza onde nos sentimos
desamparados por algum motivo temporário.
Mas, às vezes, a carência afetiva pode fazer parte de
nossa identidade, de certa forma.

Quando sentimos que não temos amor, atenção, e


carinho suficientes podemos estar vivenciando um
período de carência afetiva.

Isso não significa que será sempre ruim sentir falta de


afeto ou atenção, muitas vezes é um sinal de que sua
percepção e instinto de autopreservação está afiado.

Porém, quando ela é frequente pode nos trazer


problemas.
QUANDO A CARÊNCIA
AFETIVA SE TORNA
UM PROBLEMA
A carência afetiva se torna um problema quando se
torna um obstáculo à nossa realização pessoal.

Quando frequentemente agimos a partir de uma


posição carente de atenção, de afeto, podemos
começar a nos rebaixar e aceitar qualquer tipo de
interação como se fosse desejável.
Por conta de uma insegurança pessoal podemos nos
apoiar no outro para, de certo modo, validar nossa
opinião, nossas decisões, enfim, nossa própria vida.

E quando você passa a contar com uma outra pessoa


para fazer escolhas por você, mesmo que ela tenha as
melhores intenções, ela não saberá o que é melhor
para você, de fato.

A carência afetiva pode deixar a pessoa à mercê de


uma relação de dependência emocional, que pode ser
definida por quatro elementos: motivacional, afetivo,
comportamental e cognitivo.

Assim, existe a motivação de suporte e validação do


outro, que mantém uma sensação de ansiedade
quando se precisa agir sozinho, alimentando uma
constante busca por outra pessoa para se apoiar
devido a sua crença de ser impotente, ou “inútil”.

Viver também significa fazer escolhas, e elas carregam


suas consequências. E entre elas está o fato de que
você sempre deixará uma possibilidade de lado
CONSEQUÊNCIAS DA
CARÊNCIA AFETIVA
A carência afetiva pode atingir nossa autoestima e
trazer questionamentos sobre o nosso valor pessoal.
A dependência afetiva é uma das consequências
diretas mais perceptíveis da carência afetiva.

Isso significa se submeter aos gostos e vontades de


uma outra pessoa, geralmente um parceiro numa
relação afetiva amorosa.
Você pode fazer más escolhas inspirado pelo desejo
de agradar outra pessoa com quem você se relaciona,
seja no trabalho, na família, ou numa relação amorosa.
Isso pode trazer efeitos financeiros, emocionais, físicos
e psicológicos.

Isso pode trazer efeitos financeiros, emocionais, físicos


e psicológicos.

Uma pessoa pode comprar compulsivamente para


lidar com sua baixa autoestima, numa tentativa de
suprir esse vazio interno criado pela carência afetiva.

Outra pessoa pode alimentar ciúmes excessivos na


tentativa de controlar e manter próxima a pessoa
querida, que parece trazer equilíbrio à vida, mas que
paradoxalmente é afastada cada vez mais até o fim do
relacionamento.

Um relacionamento afetivo tingido pelas cores da


carência afetiva pode sustentar um clima de
insegurança para ambos os parceiros.

Nunca se confia no outro e, do mesmo modo, ninguém


confia em si mesmo.

Manter-se disponível constantemente ao escrutínio e


aprovação de outra pessoa pode gerar muita
ansiedade.

E muita ansiedade, em termos de duração e/ou


intensidade, pode levar a um quadro de depressão.
Sentir-se privado de carinho, e de demonstrações de
afeto em geral, pode ocasionar sentimento de solidão,
episódios de depressão, e menor satisfação com
relacionamentos.

Além disso, a carência afetiva também pode agravar


transtornos de personalidade, como o transtorno de
personalidade borderline, ou limítrofe, e transtornos de
humor, como o transtorno bipolar.

Tudo isso pode ter início na primeira infância.

Viver uma intensa carência afetiva na infância pode


deixar uma marca profunda que move a pessoa no
futuro, mesmo em sua vida adulta, a buscar o carinho e
atenção que nunca teve.

A infância é um período de intensa vinculação afetiva


entre mãe e filho e que pode sofrer em qualidade e
quantidade de afeto.
AS CONSEQUÊNCIAS
DA CARÊNCIA
AFETIVA NA INFÂNCIA
O eminente psicanalista René Spitz é uma das
referências mundiais em desenvolvimento infantil e
doenças ligadas a carência afetiva e relações entre
mãe e criança.

Ele começou sua pesquisa nos anos 50 do século


passado e ajudou a revolucionar o atendimento e
percepção da afetividade em crianças na área da
saúde em geral.

Segundo ele, a rejeição da maternidade pela mãe, ou


cuidador, traz consequências negativas para o bebê.

A dificuldade em estabelecer um vínculo com seu filho,


ou manter uma relação inadequada, do ponto de vista
afetivo, com a criança, pode promover o que se
chamou de “doenças psicotóxicas da primeira infância”
.
A rejeição da mãe pode promover um tipo tão grave de
reação como a morte do bebê.

Já uma privação afetiva parcial pode criar um quadro


de depressão anaclítica na criança.

Esse tipo de depressão ocorre em crianças pequenas,


entre 6 e 18 meses de idade, é causada por uma
separação prolongada da mãe.

Esse quadro também pode ocorrer na adolescência e


na vida adulta.

Os sintomas pioram se não houver outra pessoa


cuidadora que possa suprir esse vínculo no período de
ausência da mãe.

Na criança com depressão anaclítica podemos notar


sintomas como perda da capacidade de se expressar
por meio dos gestos, falta de apetite, problemas para
dormir e atraso no seu desenvolvimento psicomotor
global.
Tal situação pode se agravar ao ponto da pessoa
deixar de protestar ou se lamentar e escalar até o
ponto do suicidio, inclusive em crianças.

Temos que citar também John Bowlby, psicanalista e


importante pesquisador, contemporâneo de Spitz e
que também fala do vínculo e sua importância em sua
Teoria do Apego.

Graças ao trabalho desses e outros pesquisadores,


ficou evidente que o vínculo afetivo com crianças era
tão importante quanto a alimentação e cuidados
básicos com a saúde física.
QUAIS SÃO OS
SINTOMAS DE
CARÊNCIA AFETIVA?
Para uma criança os principais sintomas de carência
afetiva são o medo e a sensação de abandono.

Uma percepção de rejeição pelos pais ou cuidadores


pode atingir a criança de tal forma que ela pode
reagir com medo diante de qualquer gesto, mesmo
carinhoso em sua direção.
O retraimento que se instala é muitas vezes resultado
de negligência, consciente ou não dos cuidadores.

Muito trabalho, e de modo geral, falta de tempo para


dedicar aos filhos pode levar a uma rotina que não
envolva tempo para dar atenção aos pequenos.

Seja como for, sintomas como ansiedade, falta de


atenção, raiva e atitudes violentas, baixa autoestima,
dificuldade em lidar com sentimentos entre outros
podem estar presentes em crianças que experimentam
carência afetiva.

Em adultos o sentimento de inferioridade, ciúme


excessivo, medo de desagradar as pessoas e
submissão aos outros são alguns dos sinais
relacionados à carência emocional.

Mas talvez o sintoma mais evidente da carência afetiva


se dê realmente nos seus relacionamentos sob a forma
de uma submissão quase sem limites à outra pessoa.
Não conseguir planejar o próprio futuro e ter medo da
solidão também são parte da carência afetiva
disfuncional.

Criar perspectivas futuras é possível quando estamos


cientes de nossa própria história, habilidades e
avaliação do nosso potencial.

Tudo isso fica impedido quando tudo que fazemos e


pensamos tem o obstáculo de uma aprovação externa
a nós.
COMO SUPERAR A
CARÊNCIA AFETIVA
O autoconhecimento é uma das melhores
ferramentas para superar a carência afetiva.

Conhecer suas qualidades através de uma


observação honesta e corajosa de si mesmo é uma
das práticas recomendadas para lidar com as
consequências da carência emocional.

Porém essa tarefa não é tão fácil de se executar


quanto é falar sobre ela.
Alguém que passou muito tempo se subestimando e
desse modo se guiando por outros desejos, vontades e
sentidos, provavelmente terá dificuldade em conseguir
se avaliar com qualidade.

Conhecer suas limitações individuais também é


valorizar suas virtudes.

Nossos limites devem ser reconhecidos e


questionados, não em nome de uma ideia de
superação vazia, mas a serviço de uma evolução
pessoal que faça sentido.

Observar outras relações em sua vida também pode


trazer clareza o bastante para perceber se de fato você
se valoriza ou é valorizado em outros espaços.
Conseguir se afastar das situações no tempo e no
espaço que provocam sentimentos de carência aguda
pode ajudar a promover esse processo de
autoconhecimento.

Se você se reconhecer como um carente afetivo mas


não souber o que fazer para sair das situações que
esse sentimento traz você pode buscar ajuda
profissional.
Autoestima e carência
afetiva
A autoestima está diretamente ligada à carência
afetiva.

O julgamento sobre seu valor como pessoa, a


confiança em suas habilidades, em si mesmo, o
respeito e autoaceitação fazem parte da autoestima.

A carência afetiva deposita a responsabilidade desses


juízos em outras pessoas, afetando negativamente a
autoestima, que sempre depende da aprovação e
veredito de terceiros.

Isso provoca uma oscilação interna desafiadora, já que


é necessário se curvar a diferentes desejos em
variados momentos, quiçá num mesmo dia!

Manter um propósito na vida alinhado a seus valores


pessoais, e que seja realista, em relação a desejos-
sobre os quais se cria um planejamento objetivo- pode
ser uma poderosa âncora que sustenta você diante das
tormentas da carência afetiva.
COMO TRATAR
CARÊNCIA AFETIVA?
A psicologia pode oferecer diversas soluções
terapêuticas para tratar carência afetiva.

Comportamentos compensatórios que levam ao


endividamento pessoal, transtornos alimentares,
dependência emocional, além de outros distúrbios
do humor, comportamento e personalidade, que
podem estar ligados à carência emocional.

E o tratamento psicológico pode focar nesses


comportamentos enquanto sintomas desse vazio
interior para chegar às suas origens e criar soluções ao
lado do cliente.

Não só as ações, mas também pensamentos e atitudes


podem ser foco das reflexões e intervenções da
psicologia num processo terapêutico.

Carência afetiva para a


psicologia
Como vimos acima, a carência afetiva pode ser uma
manifestação de uma vinculação pobre entre a criança
e seus cuidadores, desde a mais tenra idade.

Além disso, a carência afetiva disfuncional pode ser


fruto de um período particularmente difícil na vida de
alguém.

Muitas mudanças e desafios percebidos num curto


espaço de tempo podem nos desestabilizar a ponto de
criar essa forte necessidade de carinho e atenção
externa.

A necessidade de carinho e atenção sem fim também


podem fazer parte dos sintomas do transtorno
borderline, esse é outro motivo pelo qual um
diagnóstico com um profissional pode ajudar.

Pensamentos negativos sobre si também fazem parte


dos sinais indicativos de um quadro depressivo, bem
como ideias suicidas.
Quando o ciúme parece doentio e a imagem de ser
abandonado é inconcebível pode ser o momento de se
questionar se os comportamentos e ideias associados
ao parceiro são saudáveis.

E todos esses quadros podem fazer parte das


manifestações da carência afetiva. Tudo depende de
como ela se construiu individualmente.

Psicoterapia para carência


afetiva
A psicologia oferece a psicoterapia como principal
recurso para lidar com a carência afetiva.

Focada em promover autoconhecimento e autonomia,


a psicologia pode auxiliar a pessoa a criar maior
resiliência e se apropriar das suas potencialidades.

Acredita-se que a resiliência pode ser promovida


através de três aspectos:

Modelo de desafio – a pessoa compreende a


dimensão do problema, reconhece as
possibilidades de enfrentamento, e é capaz de
estabelecer metas para sua resolução;
Vínculos afetivos – aceitação incondicional de suas
características individuais, enquanto pessoa única e
válida, principalmente pela sua família;
Sentido de propósito no futuro – estabelecimento
de metas, criação de objetivos, fé num futuro
melhor.
A resiliência seria a palavra-chave para promover uma
autoestima saudável.

Nesse sentido, a psicoterapia pode oferecer diferentes


direcionamentos, práticas e cenários a depender da
teoria em que se baseia para facilitar a emergência
dessa autoestima e outros fatores contra a carência
afetiva disfuncional.

A imagem tradicional do analista atrás do divã fazendo


anotações num caderninho enquanto a pessoa fala
livremente sobre seus problemas não condiz
inteiramente com a realidade do consultório
psicológico.

Podemos lembrar, por exemplo, que no contexto da


pandemia da COVID-19 os teleatendimentos ganharam
força em diferentes frentes, inclusive na saúde mental.
Isso trouxe diversos desafios para clientes e
profissionais que ressoam ainda hoje no cotidiano de
clínicas e hospitais.

Porém, se pensarmos para além dessa especificidade


veremos que temos à nossa disposição a psicoterapia
psicodinâmica, a terapia cognitiva comportamental, as
abordagens humanistas e outras.

Todas baseadas em anos de pesquisa e prática que


qualificam inúmeros profissionais a lidar com questões
como a carência emocional disfuncional.

O importante é buscar um psicólogo e estar disposto a


enfrentar juntos os problemas trazidos por um distúrbio
como a carência afetiva.
AJUDA PARA LIDAR
COM CARÊNCIA
AFETIVA
O apoio da família e amigos pode ser muito
importante quando se enfrenta a carência afetiva.

Os primeiros passos rumo à autonomia e


empoderamento pessoal são os mais difíceis.

Reconhecer que se espera demais dos outros e que


em si a sensação de vazio e a demanda por carinho
parecem infinitas é um desses primeiros passos.
Claro que pessoas próximas podem ajudar, mas muitas
vezes também se tornam vítimas da carência ou
dependência emocional de si próprias.

Saiba que não é preciso passar por isso sozinho, você


pode dispor de auxílio qualificado na figura de um
psicólogo.

Entre em contato e comece sua jornada rumo a uma


vida com mais bem-estar.
REFERÊNCIAS

BUTION, Denise Catricala; WECHSLER, Amanda Muglia.


Dependência emocional: uma revisão sistemática da literatura.
Estudos Interdisciplinares Em Psicologia, v. 7, n. 1, p. 77-101,
2016.

SPITZ, René A. O primeiro ano de vida. WMF Martins Fontes.


2013.

FONTELES, Lívia Arcanjo; CAMPOS, Victor Emídio. Resiliência


como recurso para a saúde emocional. ID on line REVISTA DE
PSICOLOGIA, v. 4, n. 12, p. 16-20, 2010.
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