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Sumário

Introdução 3
Capítulo 1: Descomplicando e entendendo a autoestima 5
Como a baixa autoestima pode prejudicar sua vida em diversas situações 7
Capítulo 2: Autoestima e ansiedade 10
A distância entre a realidade e os nossos pensamentos 12
Baixa autoestima e a origem da carência afetiva 13
Capítulo 3: Relacionamentos tóxicos e autoestima - Como reconhecer
uma relação abusiva e sair dela 17
Capítulo 4: Padrões impostos pela sociedade 21
Padrões de beleza 21
Padrões de consumo 25
Capítulo 5: Aprender a gerenciar nossos pensamentos é a base de tudo 28
O que é Inteligência Emocional e como desenvolvê-la 31
Você é incrível 37
Conhecendo o seu valor 39
Capítulo 6: Teste seu nível de autoestima 42
Cronograma da Autoestima: tornando-se uma pessoa confiante e feliz em
10 passos 46
1. Pratique o autoconhecimento 46
2. Aprenda a gerenciar pensamentos irreais 49
3. Abuse do poder das auto afirmações positivas 52
4. Invista em você 55
5. Pratique atividades e exercícios físicos 59
6. A importância de ter um hobby 60
7. Perdoe o seu passado 63
8. Defina objetivos e metas realistas e celebre as pequenas conquistas 66
9. Aprenda a viver o momento presente (o agora) 69
10. Faça terapia 72
Leia esse texto sempre que estiver com a autoestima baixa 76
Conclusão 79
3

Introdução

Neste ebook vamos viajar um pouco pelos fantásticos,


complexos e inseparáveis mundos da mente e das
emoções humanas para entender conceitos e quebrar
tabus relacionados à autoestima.
Vamos falar sobre as perdas geradas quando mantemos
um estado de baixa autoestima ao longo do tempo e
mostrar a você, sob vários aspectos, o porquê desse
estado psicológico ser injustificável e totalmente
dispensável a sua vida.
É claro que transtornos psíquicos como depressão,
síndrome do pânico, entre outros, precisam ser tratados
com o especialista clínico apropriado, como um psicólogo
ou psicoterapeuta. Entretanto, especialmente na era
moderna que vivemos hoje, a maioria das pessoas sofre
com o peso de angústias, medos e bloqueios sem saber
que não precisa ser nem metade do que a sociedade
“aparentemente” cobra.
Essas distorções têm lugar em nossas vidas por causa das
diversas influências que sofremos ao longo do dia e das
nossas vidas. Vivemos observando e interpretando os
eventos e pessoas do nosso presente com o olhar das
nossas experiências passadas e com isso, não apenas
acabamos nos limitando e perdendo grandes
oportunidades mas também, acabamos machucando
pessoas e dificultando relacionamentos.
Achamos que estamos sempre acertando baseados no que
“conhecemos” do mundo à nossa volta quando na
realidade, ao manter sempre os mesmos posicionamentos
e crenças, terminamos errando mais do que acertando.
4

Vamos ajudar você a entender porque não precisa sofrer


com carência afetiva e a identificar relacionamentos
abusivos e tóxicos e mostrar o quanto eles destroem a sua
autoestima.
Você não precisa atender com perfeição aos padrões de
beleza vigentes e nem consumir toda a novidade
mercadológica e tecnológica que chega a você por meios
digitais e convencionais para ser realizado e feliz. Até
porque ao pensar assim e realizar consumos desregrados,
você está na verdade realizando os sonhos e objetivos de
outras pessoas, quando precisa descobrir e concretizar os
seus e nós vamos falar sobre isso.
Temos ainda um teste onde você poderá medir seu nível
de autoestima e ao final, um cronograma imbatível que
quando praticado, além de levar a sua autoestima a níveis
que você nunca imaginou antes, libertará a sua mente e o
seu coração de dores e tristezas que você não merece e
que não deveriam sequer existir.
Vamo lá? Acredito que essa aventura será uma das mais
importantes da sua vida.
5

Capítulo 1: Descomplicando e entendendo a


autoestima

A autoestima diz respeito ao grau de percepção positiva


que temos de nós mesmos. Nossas experiências
passadas, crenças que nos são orientadas, autoimagem ou
nível de consciência dela e compreensão dos que estão ao
nosso redor formam a base onde a autoestima é
construída.
Neste cenário, a autoimagem física e mental que
desenvolvemos sobre nós mesmos e a forma como
escolhemos lidar com diferentes problemas e alegrias que
se intercalam na nossa vida e os desafios do dia a dia
formam uma base muito sólida que tem influência direta em
nosso equilíbrio emocional.
Caso a percepção de nós mesmos venha a tender para o
negativismo, mesmo sendo a auto estima uma base sólida
construída ao longo de nossas vidas, de modo que por
vezes não consigamos perceber com facilidade o tamanho
dos pesos emocionais que carregamos, temos uma
capacidade intrínseca de “nos trazermos de volta” para
uma visão mais positiva da vida de nós mesmos.
A análise da nossa autoestima é fundamental a partir do
momento que entendemos o quanto os nossos
comportamentos hoje, diretamente subordinados a ela, são
determinantes do nosso futuro.
De acordo com a psicanálise, a autoestima está
diretamente relacionada ao desenvolvimento do ego. Já a
psicoterapia encerra 4 enfoques para a autoestima, sendo
eles a auto aceitação e a autoconfiança a nível intrapessoal
e a competência social e rede social, a nível interpessoal.
6

A auto aceitação corresponde a auto satisfação do


indivíduo nos aspectos físico e mental, e a autoconfiança
refere-se a conscientização do aproveitamento de suas
aptidões no melhor nível possível.
A competência social e a rede social falam sobre a nossa
capacidade de conviver de forma pacífica em sociedade,
diante das diferenças e diversidade de pensamentos e
experiências daqueles que nos rodeiam. Aqui nos
atentamos para os fatores empatia, comunicação, limites e
expressão de nossos sentimentos e emoções.
Se você quer saber se a sua autoestima está tendendo
para a positividade, ou seja, se ela está alta, verifique os
pontos abaixo e tique (✔) aqueles onde você se encaixa.
Se o seu resultado estiver acima de 6 pontos, isso quer
dizer que você está num bom caminho no que diz respeito
ao cuidado com a sua autoestima.
Após esse teste, independente do resultado, peço a você
que me acompanhe até o final deste ebook, pois sei que
ainda que você não se encaixe em nenhum dos
comportamentos abaixo, ao final da nossa jornada estará
praticando todos eles sem perceber, e será uma nova
pessoa!
- Autocuidado. Busca por alimentação saudável, prática de
atividades físicas e cuidados com o corpo.
- Confiança. Não se abala com os julgamentos de outras
pessoas e absorve somente as opiniões e críticas que
objetivam o seu crescimento.
- Boa convivência com pontos fracos. Quando identifica
fraquezas ou deficiências, procura aprender coisas novas,
vendo esses pontos como obstáculos que, ao serem
ultrapassados, levam ao crescimento.
7

- Flexibilidade para mudanças. Evita o convívio com


pessoas ou ambientes negativos, desagradáveis, tóxicos.
- Independência e desapego. Lidam bem com a solidão e
não se sentem presos a relações desgastadas ou sofrem
com o seu fim.
- Segurança. Uma vez que se sente satisfeito consigo
mesmo, não busca se autopromover quanto a suas
qualidades ou ações.
- Equilíbrio entre a humildade e a soberba. Não se coloca
como inferior nem superior às outras pessoas.
- Pessoa de ação. Não costuma ficar “em cima do muro” ou
prolongar demasiadamente uma indecisão quanto ao
caminho a ser seguido.
- Dizer não nas horas certas. Não tem receio em negar algo
a alguém de modo prudente, tendo como parâmetro o que
é correto em cada momento.
- Saber fazer networking. Sente-se tranquilo e hábil para
comunicar-se bem com diversas pessoas, sendo
ponderado e flexível no trato social.

Como a baixa autoestima pode prejudicar sua vida em


diversas situações
Indo além do teste anterior, uma vez que a percepção que
você tem de si mesmo tende ao negativismo e você se
sente desprotegido e vulnerável, existe uma grande
possibilidade de você está sofrendo com baixa autoestima.
Conforme falamos, o nível da sua autoestima não tem
influência apenas nos seus pensamentos, mas determina o
seu futuro, na medida que interfere diretamente na sua
autoconfiança e nos seus relacionamentos.
8

As consequências de se acomodar num estado mental de


negatividade se manifestam inicialmente como um estado
de descrença nas próprias capacidades pessoais, o que
reduz ou aniquila o senso de persistência do indivíduo,
fator essencial para o crescimento e evolução de qualquer
pessoa. A partir deste ponto, os conflitos interiores podem
se agravar para auto críticas severas com relação a
aparência - especialmente para as mulheres - e distúrbios
psicológicos.
Quem tem baixa autoestima tem em sua mente que não é
“tão bom” quanto os outros e que por isso sua vida é mais
complicada que as outras e que tampouco estão à altura de
conquistarem grandes coisas e felicidade plena.
Se você sente que está acima do peso, pode chegar a
abandonar ambientes sociais, deixar de sair com as
amigas, não namorar, deixar de fazer atividades físicas e
até desenvolver distúrbios como ansiedade, depressão,
bulimia ou anorexia. À medida que você se afunda neste
isolamento mental, pois vive um drama interno e que não
pode compartilhar plenamente com ninguém, sente sua
vida cada vez mais sem sentido, banal, infeliz, o que pode
desencadear consequências ainda mais graves, como
violência contra si mesmo ou outras pessoas.
Quando o assunto é beleza e aparência, a comparação
com atrizes, modelos famosas, musas fitness, ou mesmo
com outras amigas suas não é uma prática nada saudável.
Você deve se comparar consigo mesma no passado e
perceber pontos onde a cada dia pode se melhorar mais
pois você tem todo o tempo para isso.
A baixa autoestima não é uma doença, mas está presente
no diagnóstico de diversos problemas psíquicos. Os
pensamentos frequentes de desesperança e culpa, por
exemplo, constituem um dos sintomas da depressão.
9

A baixa autoestima também costuma ser um efeito colateral


comum de transtornos onde você não se sente no controle
de suas oscilações emocionais, e consequentemente, de
suas ações, a exemplo do Transtorno de Personalidade
Borderline, Transtorno Bipolar e Síndrome do Pânico.
Pessoas com baixa autoestima também têm uma enorme
tendência a se acomodarem em relacionamentos abusivos
ou destrutivos, permitindo-os, pelo simples motivo de
acreditarem que não são capazes de encontrar alguém
melhor, de despertar o interesses de outros parceiros ou
apenas, por não quererem passar por uma rejeição.
A maior sujeição a abusos também pode ocorrer no
ambiente de trabalho, devido à falta de autoconfiança e a
descrença no reconhecimento de suas habilidades.
O medo do desconhecido e as preocupações sem
justificativa também acompanham o indivíduo com baixa
autoestima, uma vez que este acredita que não terá
condições de lidar bem com novos desafios e riscos e
muito menos, frustrações.
Por fim, outro comportamento nocivo de quem sofre com
baixa autoestima é a ânsia por agradar e até mesmo
surpreender com gestos ou gratificações inesperadas das
pessoas ao redor, na busca por aceitação, integração em
grupos ou um relacionamento. As pessoas que têm baixa
autoestima costumam basear suas decisões nessas ações
e podem chegar a colocar a vida em risco para mostrar o
quanto são sociáveis ou capazes.
10

Capítulo 2: Autoestima e ansiedade

Conforme já conversamos, as pessoas que enfrentam


baixa autoestima se desgastam tanto com o temor acerca
das opiniões alheias que chegam a cometer exageros para
serem aceitas pelas outras pessoas e não ter que lidar com
rejeições, colocando os desejos dos outros acima dos
seus.
Comportamentos assim geram danos mentais e físicos, o
que inclui a ansiedade. A baixa autoestima somada a
ansiedade podem conduzir o indivíduo a fobias e angústias
profundas, e a pensamentos aprisionados ao passado e ao
futuro, que o fazem deixar de viver boa parte de seu
presente, o que acaba por deteriorar gradativamente a
saúde mental.
Quando desenvolvemos a baixa autoestima, não sabemos
impor limites às outras pessoas ou ser objetivos no que
precisamos e desejamos. Por vezes, o indivíduo não sabe
se comunicar de maneira assertiva com as pessoas ao seu
redor, podendo ser passiva demais ou agressiva demais.
Essa dificuldade em termos de comunicação é
potencialmente prejudicial aos nossos relacionamentos.
No trabalho, nos sentimos inseguros, nos auto sabotamos
e não conseguimos nos sentir livres e independentes,
apresentando inclusive dificuldades em aperfeiçoar nossas
atividades ou nos levando a procrastinação.
A baixa autoestima pode se manifestar de diferentes
formas e com maior intensidade a depender da situação.
Ao identificar os momentos em que ela se manifesta com
maior força, você pode adotar as seguintes medidas para ir
aos poucos, contornando esse conflito interior.
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- Aprimore seu autoconhecimento, buscando saber do que


gosta e do que não gosta, o que sente como certo e o que
sente como errado. Isso irá melhorar sua autoconfiança e
suas habilidades de comunicação.
- Ao conhecer-se melhor, você também se aceita. Você
precisa entender que é único do jeito que é, e por isso é
especial. Ao compreender isso, você deixará
automaticamente de levar tanto em consideração a opinião
dos outros sobre você.
- Saiba que o seu valor é maior do que imagina. Se ame e
se respeite. Ao fazer isso, você será capaz de reconhecer o
que realmente é bom para você e o que vale a pena.
Buscará também se associar a pessoas e estar em grupos
que te fazem bem.
- No trabalho, procure qualificar-se continuamente,
desenvolvendo opinião própria. A seguir, envolva-se em
projetos mais desafiadores, o que lhe fará se sentir
empoderada e reforçará a sua autoconfiante.
Todos nós somos acometidos pela ansiedade em certos
momentos da vida, e ela tem sua importância, ao nos
preparar para ameaças externas e situações desafiadoras.
Entretanto, ao estimularmos esse estado emocional com
frequência, ela se torna um problema. Precisamos nos
desapegar mais e direcionar preocupações ao menor
número de circunstâncias possíveis em nossa vida.
Se os seus níveis de ansiedade estão prejudicando sua
paz interior e seus relacionamentos, veja a seguir um
conjunto de técnicas que irão te ajudar a lidar com essa
emoção.
- A ansiedade é um estado emocional transitório. Então,
quando estiver ansioso, aceite esse sentimento e saiba que
ele vai embora em algum momento, afinal, você não é a
12

sua ansiedade, você é muito mais do que algo tão


pequeno.
- Não ignore seus sentimentos, avalie-os, pois eles existem
para te dizer algo. Cuide do seu interior.
- Busque viver o momento presente o máximo possível, o
aqui e agora. Este precisa ser o foco principal da sua vida,
afinal, não sabemos nem se estaremos vivos amanhã, que
dirá de todas as mudanças que vão acontecer em nossas
vidas e dos problemas que, depois, saberemos que nem
precisaríamos fazer algo para resolver.
- Por falar em problemas, uma boa tática é reservar um
hora no seu dia para pensar sobre eles. Pensar neles o
tempo inteiro não os resolverá e, como viemos falando, irá
lhe trazer mais problemas ao prejudicar sua saúde mental e
física.
- Você tem exercitado o seu corpo? Atividades físicas são
excelentes na amenização da ansiedade e do estresse.
- Procure se organizar e planejar. A gestão do seu tempo é
mais um fator que promove a autoconfiança.
- Não despreze o seu tempo para lazer. Atividades
relaxantes são essenciais à redução da ansiedade.
Meditações, inclusive as guiadas, também são uma ótima
pedida.

A distância entre a realidade e os nossos pensamentos


Infelizmente acabamos acostumados, em inúmeras
ocasiões ao longo da nossa vida, a confundir fantasia com
realidade. Quando ficamos ansiosos, os nossos
pensamentos negativos – que distorcem nossas
percepções - elevam a intensidade dessa emoção e das
13

outras que a acompanham, como medo, preocupação e


desespero.
O que é preciso fazer nesses momentos é basear nossa
lógica em fatos concretos e evidências, antes das
emoções. Quando você sentir ansiedade e achar que algo
ruim irá ocorrer, busque evidências que comprovem isso ou
não. Se faça perguntas como:
- Quais as possibilidades do que estou temendo acontecer?
- Tenho dados concretos que me permitem “prever o
futuro”?
- Estou conseguindo separar dados concretos dos meus
pensamentos e sentimentos?
Após responder a essas perguntas, avalie o seu nível de
ansiedade atual e a sua autoestima. Se você verificar que
tem estado muito ansioso com certa frequência e
convivendo com baixa autoestima, é aconselhada a busca
de um tratamento psicoterapêutico com profissional
especializado. Este apoio irá te ajudar a reduzir o seu
sofrimento e encontrar formas mais saudáveis e
inteligentes de lidar com seus problemas.

Baixa autoestima e a origem da carência afetiva


A carência afetiva é um sentimento comum que nos
alcança em diversos momentos. Ao longo de nossas vidas,
buscamos por carinho, atenção, segurança e aprovação
em nossas relações familiares, amorosas, sociais e no
trabalho, e por vezes, nos sentimos insatisfeitos e
frustrados por não sentirmos essas necessidades
plenamente supridas.
A princípio, isto não configura um problema emocional, mas
pode atingir uma manifestação excessiva, à medida que
14

leva angústias, perturbações, depressão e outros


problemas de ordem psíquica. Neste cenário, um estado de
dependência emocional foi estabelecido.
O estado de dependência emocional também se
desenvolve juntamente com comportamentos destrutivos e
comorbidades de outras psicopatologias de ordem tanto
emocional como fisiológica, como transtornos de
ansiedade, transtornos alimentares, somatizações,
alcoolismo e depressão.
Fatores familiares, culturais, psicológicos e neurológicos
estão na origem da carência afetiva. O apego, por exemplo,
constitui-se na maior realização social do início da infância.
O famoso psiquiatra e psicanalista britânico Edward Bowlby
formulou a Teoria do Apego, onde explica os apegos que
crianças e adultos têm com relação a certas figuras e como
esse apego se comporta. Quando temos apego a alguém
queremos a todo custo estar próximos e íntimos a essa
pessoa, especialmente em momentos de vulnerabilidade e
doença. Todo esse comportamento visa a proteção.
O comportamento de apego começa a se firmar por volta
dos 6 meses de idade, quando o bebê adquire consciência
da mãe. Entretanto, ser apegado não é o mesmo que ser
dependente. O apego é um vínculo afetivo que se
estabelece entre o bebê e os pais ou cuidadores, que lhe
são familiares a atendem às suas necessidades básicas de
carinho, conforto e alimentação.
Uma vez que essas necessidades não são devidamente
atendidas, a criança pode se desenvolver ansiosa e
retraída. Assim, a qualidade desse apego inicial tem
influência direta na estruturação da personalidade e nos
relacionamentos futuros.
15

À medida que crescemos, o apego inicial diminui e


começamos a nos aventurar mundo afora. É então que os
efeitos do convívio familiar nos conduzem a
relacionamentos saudáveis ou com dependência
emocional, e crianças que receberam amor, conforto e
segurança caminham pela vida com muito mais facilidade,
sociabilidade e independência.
Normalmente, crianças que desfrutam de boa autoestima e
autoconfiança tiveram uma criação onde os pais exerceram
sua autoridade permitindo que seus filhos desenvolvessem
um bom senso de controle.
Quando os cuidados requeridos pela criança são precários
e ela percebe que o acesso a figura principal de vinculação
(materna/ paterna) é ameaçado - por razões como rejeição,
ausência temporária dos pais, ameaças de abandono entre
outras que afetem o emocional em tão tenra idade - esta
não é prontamente atendida em suas necessidades e
aquela figura passa a não ser entendida como sua base de
apoio. Como resultado, é desenvolvido no indivíduo em
desenvolvimento um apego inseguro e ansioso, que o
levará a viver com medo de perder sua figura de
vinculação.
Por outro lado, se os cuidados cedidos a criança são
excessivos, bloqueando sua busca por independência e
autonomia, uma relação de superproteção é desenvolvida,
onde o indivíduo ora se sente seguro por entender que tem
com quem contar e ora completamente inseguro pelo medo
de perder a figura de apego.
Os estudos e diagnósticos decorrentes têm sua importância
fundamental na categorização e ordenação dos problemas
psíquicos, a fim de poder-se identificá-los e tratá-los com o
desenvolvimento de terapias e outros tratamentos.
Entretanto, é interessante notar que cada pessoa dispõe de
16

mecanismos variados para interação e organização frente a


estímulos similares.
Não temos como mudar o que já se concretizou em nossa
história desde o início de nosso desenvolvimento, mas
podemos e devemos pensar em como construir o nosso
futuro, que nos espera com inúmeros caminhos e
possibilidades. Para todos, esta vida é um enorme
laboratório de experiências e não podemos perder a
enorme oportunidade de aprender, experimentar e crescer.
17

Capítulo 3: Relacionamentos tóxicos e autoestima -


Como reconhecer uma relação abusiva e sair dela

Por experiência, sabemos que por vezes na vida acabamos


nos relacionando com pessoas que nos fazem mais mal do
que bem. Quando isso se aplica ao relacionamento a dois,
as consequências costumam ser mais profundas e
destrutivas.
Nessas relações, não existem apenas aspectos ruins,
afinal, se assim fosse, a relação não se desenvolveria. No
entanto, quem vivencia um relacionamento tóxico precisa
entender que esse tipo de relacionamento não é
absolutamente natural e jamais deve ser incentivado.
Como principais características dos relacionamento tóxicos
temos:
- desvalorização do parceiro
- proferir ofensa
- desrespeito às necessidades e desejos do outro
- ações egoísticas e ausência de reflexão
- comportamento grosseiro e mesquinho
- desconsideração das regras estabelecidas na relação
Infelizmente, nem todas as pessoas conseguem perceber
com facilidade que estão em um relacionamento doentio
que não lhes acrescenta, mas desvaloriza, lhes causando
mais mal do que bem.
Algumas pessoas, entretanto, são donas de um perfil
psicológico que lhes impele a buscar relacionamentos
tóxicos onde se permitem serem desvalorizadas, por vezes
sofrendo abuso físico e moral. Elas têm características
como baixa autoestima; medo de ficar sozinhas com apego
18

ao status de “ter um relacionamento”; tendência a


submissão; não saber dizer não; dificuldade em se impor e
dificuldade em respeitar seus próprios limites com
propensão a acabar cedendo à vontade dos outros. Ao se
relacionarem com pessoas de personalidade forte ou
negativa, ocorre o choque que dá origem à relação tóxica.
As pessoas que encontram dificuldades em criar uma
autoimagem positiva de si mesmas normalmente não se
conhecem profundamente e menos ainda as habilidades
que tem, não recebem atenção e afeto no meio familiar e
almejam habilidades que não tem, passando a não
reconhecer as que têm.
Quanto ao parceiro que desempenha o papel de “agressor”
na relação tóxica, este costuma deter o domínio de toda a
situação e da relação como um todo, manipulando-a. Este
por sua vez, muitas vezes está reproduzindo traumas que
viveu na infância.
A primeira opção para sair de um relacionamento tóxico é o
afastamento do agressor. No entanto, existem outras
formas de quebrar esse ciclo tóxico, são elas:
- compreender o que se quer
- aprender a se autovalorizar
- aprender a se impor
- respeitar a si mesmo e ao próximo reconhecendo limites
- aprender a gostar de si mesmo e de quem está ao seu
lado
Pessoas com um melhor equilíbrio emocional conseguem
sair mais rapidamente de uma relação abusiva. Quem tem
baixa autoestima não tem a mesma facilidade, e enfrenta
um enorme conflito interno, uma vez que após o abuso, o
agressor sente culpa e procura “compensar” sua vítima
19

com atenção e carinho redobrado, levando-a a uma dúvida


sem fim sobre a real natureza dessa relação, se é benéfica
ou não.
Para se proteger de relacionamentos tóxicos precisamos,
da nossa parte:
- avaliar nosso relacionamentos familiares no presente e no
passado buscando aprender com elas lições que nos
conduzam ao crescimento pessoal
- desenvolver a autovalorização
- reconhecer nossas aptidões e trabalhar a melhoria dos
pontos fracos.
- sinta-se confortável enquanto solteiro ou solteira,
usufruindo das diversas benesses da vida de solteiro, como
ter mais liberdade para fazer o que quiser, onde e com
quem quiser. Essa experiência também é muito gostosa e
costumamos só lembrar disso quando terminamos
relacionamentos
E quanto ao parceiro ou parceira:
- escolher parceiros flexíveis com os quais possamos
compartilhar abertamente nossos pensamentos,
sentimentos e desejos, sem receio de julgamos
- procure parceiros que te aceitem como você é e te elogie
e incentive a fazer coisas que são do seu interesse
- observe seu o seu parceiro é alguém confiável, ou seja,
se existe consistência entre o que ele fala e faz
- observe se o seu parceiro prioriza a você e aos planos de
ambos na vida dele
- prefira um parceiro que inclua você no círculo social dele
Por fim, NÃO ACEITE MENOS DO QUE AQUILO QUE
VOCÊ SENTE QUE MERECE! Quando você investe num
20

relacionamento onde compromete boa parte dos seus


desejos e prazeres, somente perderá tempo, pois o futuro
deste tipo de relacionamento normalmente é o fracasso.
Escolha uma relação na qual você possa compartilhar e
aproveitar plenamente a vida e aprofundar o seu amor no
decorrer do tempo.
Portanto, redesenhe a relação com o seu parceiro ou, caso
isso não seja possível, parta para uma nova relação onde
você se sinta realmente pleno e feliz.
21

Capítulo 4: Padrões impostos pela sociedade

Padrões de beleza
Os padrões de beleza são como normas que ditam os
parâmetros do que é considerado ideal e belo em termos
de aparência. Atualmente, este conceito está mais inclusivo
e diversificado. Mesmo assim, esses parâmetros estão
sendo sempre estreitados e a busca por se encaixar
nesses padrões por vezes gera consequências negativas
que podem se tornar muito graves.
No decorrer dos séculos e transformações nas sociedades,
os padrões de beleza mudaram bastante e hoje em dia,
com a influência das redes sociais, milhares de
influenciadoras e influenciadoras vendem seus corpos e
rostos “perfeitos” num nível “global”, reforçando uma
padronização de beleza, guardadas algumas variações
regionais entre as sociedades.
No Brasil, por exemplo, as modelos fitness dominam o
instagram, mas se a mesma rede social já existisse nos
anos 80, esse posto seria ocupado pelas magérrimas
“supermodelos”. Em suma, os padrões de beleza
correspondem a uma construção da cultura, estando
sujeitos a mudanças consecutivas.
Quando supervalorizados, esses padrões podem trazer
consequências severas na forma insatisfação, alterações
radicais do corpo, dor e problemas de saúde mental
especialmente para as mulheres, que são as maiores
consumidoras dessas tendências.
A aparência de estilo de vida saudável e mundo perfeito
das influenciadoras ilude rapidamente as mulheres quanto
ao padrão de beleza a ser alcançado a tal ponto de fazê-las
22

realizar transformações drásticas no corpo que, ao invés de


ser zelado como a maior expressão de sua identidade
única, se torna um mero objeto de avaliação coletiva.
Quando falamos em transformações drásticas no corpo
você pode pensar no primeiro momento em cirurgias
plásticas mas, na realidade, quando pensamos no número
exorbitante de academias e salões de beleza no Brasil,
quando comparado a outros países, é notório o quanto a
preocupação estética está enraizada no nosso dia a dia
numa tendência crescente.
As principais consequências dessa busca desregrada por
atender a um estereótipo são:
Distúrbios Alimentares. Representados especialmente pela
anorexia nervosa e bulimia, essas doenças têm início
sobretudo na adolescência, desencadeadas por situações
de bullying e influência de representações midiáticas de
corpos inatingíveis.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS)
hoje, em torno de 70 milhões de pessoas no mundo sofrem
com distúrbios alimentares, e adivinhe onde a incidência é
maior? Entre as mulheres, que como dissemos, são as
maiores vítimas dos padrões de beleza impostos pela
sociedade. Elas correspondem entre 85% e 90% das
vítimas desses distúrbios.
Terapias psicológicas aliadas a tratamentos pedagógicos
ou psiquiátricos são indicadas para esses problemas.
Padrão Fitness e Gordofobia. Estamos tão acostumados
com pessoas desde dedo nos “aconselhando” a emagrecer
e “ser mais saudável”, que não percebemos a opressão
presente nos parâmetros usados para identificar uma
pessoa como gorda e portanto, fora do corpo ideal.
23

Esses parâmetros pressionam as pessoas por esforços que


por vezes excedem as pré-disposições de cada um,
enquanto afetam a psiquê ao fazer-nos acreditar que
estamos fora do padrão, que somos inferiores e até
“preguiçosos”, levando a baixa autoestima e a dores como
angústia, ansiedade, pânico e depressão.
Se em meio ao turbilhão de dicas, dietas e exercícios
orientados por tantos influenciadores fitness hoje em dia
você ainda não sabe, entenda o seguinte: o conceito de
beleza fitness e corpo de fisiculturista como sinônimo de
vida saudável é uma mentira. As altas quantidades de
suplementos alimentares, hormônios e esteróides que
visam o aumento de músculos e as substâncias diuréticas
que aceleram o metabolismo indicadas têm o potencial de
gerar graves danos ao organismo humano.
Ou seja, quando vemos os corpos definidos dos
influenciadores e influenciadoras nas redes sociais, isso
não significa que ele seja de fato saudável. E por outro
lado, é possível ser gordinho e saudável. O que precisamos
para sermos saudáveis é o acompanhamento de
nutricionistas e endocrinologistas para a compreensão do
nosso corpo.
A obesidade é sim um problema de saúde pública, mas a
pressão do corpo perfeito e seus efeitos na saúde mental
constituem um problema igual ou maior. É comum vermos
casos de pessoas que deixam seu círculo social, se
afastando também de familiares, para evitar conviver com
comentários e por se sentirem inconvenientes.
Descriminação “Estética”. Desde pequenos, sabemos que
os padrões de beleza impostos envolvem fortemente a
questão racial. No cinema, na televisão, nas capas de
revistas ou nas passarelas verificamos sempre presente a
maioria “branca”, não apenas ocupando a maior parte dos
24

papéis mas também os protagonistas das produções do


show business em mais de 90% dos casos.
Nas novelas brasileiras por exemplo, pudemos ver na
última década artistas como Taís Araújo, Camila Pitanga,
Lázaro Ramos ocuparem a posição de protagonistas, o que
já expressa um avanço contra o que é também chamado
hoje de “racismo estético”, porém muito pequeno.
A representatividade revela-se como o meio mais
importante no combate a essa forma de padrão. Mesmo
com a valorização do cabelo afro natural e dreads nos dias
atuais, muitas mulheres negras ainda se sentem impelidas,
quando não são coagidas, a “alisar” seus cachos ou
cabelos crespos para atender a padrão absolutamente
criado pelos poderosos da mídia, na busca por maior
aceitação.
Mercado de Cirurgias Plásticas. Tendo seu início após a
Primeira Guerra Mundial, o mercado de cirurgias plásticas
vem ganhando maior impulso nos últimos 20 anos. Basta
notar o número de programas hoje abordando temas de
intervenção cirúrgica na busca pelo corpo escultural, como
rinoplastia, lifting facial, lipoaspiração, preenchimento labial,
aplicação de botox e muitos outros, além das intervenções
estéticas não cirúrgicas, como a famosa do momento
“harmonização facial”, influenciando milhares de pessoas.
De você acha que nosso país é um dos donos de maiores
índices de cirurgias plásticas e procedimentos estéticos no
mundo você se enganou. O Brasil é hoje o país com
maior número intervenções estéticas do mundo! Entre
os anos de 2016 e 2018, a Sociedade Brasileira de
Cirurgiões Plásticos (SBCP) informou um aumento de 25%
nessas intervenções. Essa realidade é mais um fruto da
busca pelo condicionamento estético estabelecido nos
padrões sociais vigentes.
25

Sexualidade e Beleza. Falamos a pouco sobre


intervenções estéticas comuns em partes do corpo que
normalmente expomos no dia a dia ou na praia, ocasião em
que estamos com o mínimo de trajes aceitos em público.
Mas agora vou falar de intervenções cirúrgicas de cunho
sexual, tais como redução de lábios vaginais, reconstrução
de hímen e perinoplastia. Muitas vezes, estas medidas
estão relacionadas a pornografia.
Outro ponto a ser observado é o desejo de muitos homens
por uma vulva rosa e depilada, o que revela concepções
racistas e machistas. Por outro lado, estes sonham com o
advento de cirurgias para aumento e embelezamento
peniano, enquanto as mulheres demonstram poucas
exigências quanto à aparência desse membro. Mas essa
menor exigência não acontece por acaso, ela é resultado
da menor rigidez de estereótipos requeridos aos homens.
O mundo hoje tem aproximadamente 7,89 milhões de
habitantes. Destes, 7 bilhões não correspondem aos
padrões de beleza estabelecidos. Aliás, mesmo as mais
exuberantes modelos de passarelas possuem imperfeições
no corpo, de acordo com os padrões estabelecidos.
A elevação da sua autoestima, autoconfiança, autocuidado
e acompanhamento da saúde mental são muito mais
importantes na construção de uma autoimagem saudável
do que o feed e photoshoposgens do seu instagram ou
facebook.

Padrões de consumo
O consumismo que vivenciamos há décadas na sociedade
capitalista moderna caracteriza-se como um impulso a
compras em excesso e sem necessidade, onde somos
impulsionados acima de tudo pelo “desejo de ter”. Esse
26

comportamento é em si mesmo autodestrutivo por impactar


diversos aspectos da vida e rotina dos indivíduos,
conduzindo muitos a compulsão, ao vício, às dívidas e
comprometimento da renda familiar.
Esses padrões estão relacionados a indústria cultural e o
marketing e a publicidade existem para atender as
demandas de vendas das empresas que lucram milhões e
bilhões a cada ano.
Assim somos a todo momento bombardeados com
anúncios que relacionam a compra de um produto a
felicidade e autoestima, ou seja, nos dizendo que nosso
vazios e insatisfações serão suplantados por bens de
consumo, o que é uma enorme ilusão. Afinal, quando
compramos algo que apreciamos ou desejamos sentimos
alegria naquele momento, é verdade, como também é o
fato de que essa emoção, ou euforia, é sempre passageira.
Os estudos do Serviço de Proteção ao Crédito ( SPC)
apontam que 36% dos brasileiros fazem compras para
aliviar o stress do cotidiano e 47,7% - quase metade da
população – realizam compras para se sentirem bem. Isso
sem falar que 3 a cada 10 brasileiros acreditam que o ato
de comprar melhora o humor.
O mesmo órgão aponta ainda 46% dos consumidores com
o “nome sujo” admitiram ter podido evitar a dívida
contraída, e que 59% dos brasileiros tem por hábito
aproveitar as atuais facilidades de concessão de crédito
para realizar compras dispensáveis.
Mas o que seria da indústria cultural sem a estratégia da
obsolescência programada?! Você acha mesmo que de
tempos em tempos é convencido a comprar um celular
mais moderno ou, se sente estado de glória –
especialmente os homens – quando adquire um caro zero
27

quilometro de última geração porque a tecnologia é


fantástica e “os caras” querem que você se sinta
“poderoso” e “inabalável”?!
Complicado... O objetivo da referida estratégia é
desenvolver produtos que uma hora irão parar de funcionar
ou se tornar obsoletos num curto espaço de tempo para
que você na posição de consumidor seja levado a adquirir
versões mais novas do bem ou serviço em questão.
E quando esse processo porventura não acontece – a
obsolescência técnica - o consumidor é constantemente
influenciado a “ficar insatisfeito” com sua mercadoria ao ser
bombardeado com novos lançamentos do produto -
obsolescência psicológica . Voltando aos celulares,
podemos exemplificar com o lançamento do Ipad 4 da
Apple, apenas sete meses após o lançamento do Ipad 3.
Portanto, temos aqui um círculo vicioso onde o grande
beneficiado, na verdade, não é você, e a sua busca por
elevar a autoestima – que é um direito nato - é a presa
manipulada.
28

Capítulo 5: Aprender a gerenciar nossos pensamentos


é a base de tudo

Você se sente capaz de controlar o que pensa ou focar


apenas no que precisa pensar a qualquer momento?
O controle do que pensamos e sentimos é realmente difícil,
mas temos ampla capacidade de aprender a gerenciar
pensamentos e sentimentos. Isso porque a mente humana
é complexa e maravilhosa, e como tal, um universo onde
ainda temos muito o que desvendar.
A neurociência estuda o funcionamento do sistema nervoso
a níveis estrutural e funcional, a neurociência cognitiva
estuda a linguagem e a memória e a psicologia se debruça
sobre os pensamentos e comportamentos. Essas
vertentes, resultantes de décadas de pesquisas e
experimentações, já tem muito a nos ajudar, mas outras
linhas de estudo da mente e transformação, a exemplo da
fascinante PNL dos consultores americanos Richard
Bandler e John Grinder e da Teoria da Inteligência
Multifocal do renomado psiquiatra e escritor brasileiro
Augusto Cury, compõem técnicas que nos levam ainda
mais além.
O termo PNL, que significa Programação Neurolinguística,
refere-se a reprogramação do cérebro por meio da
linguagem, modelando-a. Ou seja, redesenhando a forma
como cada indivíduo compreende o mundo e como as
informações que ele absorve são processadas na sua
psiquê.
Já a Teoria da Inteligência Multifocal busca entender o
processo de interpretação, os fenômenos inconscientes, os
papéis da memória e o desenvolvimento das funções mais
29

importantes da inteligência com a finalidade de melhor


ingerência das nossas emoções e pensamentos.
Estamos tão acostumados com certas circunstâncias da
nossa rotina e da nossa vida que viramos portadores
automáticos de inúmeras concepções errôneas. Neste
cenário, entender como se dá a formação dos nossos
pensamentos é o que permite trabalhar conflitos internos e
filtrar nossas relações com as outras pessoas.
Ao mesmo tempo que enfrentamos conflitos, decepções,
pressões, rejeições, disputas realmente predatórias entre
tantas outras situações que abalam a nossa autoestima
desencadeando fobias, pensamento mórbidos, sofrimentos
por antecipação, impulsividade, insegurança, agressividade
e diversas crenças limitantes, experimentamos um mundo
onde novas oportunidades e esclarecimentos surgem dia
após dia.
Quando não ordenamos os nossos pensamentos e somos
invadidos pela baixa autoestima, é uma questão de tempo
adoecermos mental, emocional e fisicamente. Nesse
cenário, criamos cárceres interiores onde os únicos
prisioneiros somos nós mesmos.
Uma metáfora interessante sobre pensamentos é a do
cachorro preto.
Pense num cachorro preto, apenas um cachorro preto.
Você consegue?
Ao pensarmos inicialmente num simples cachorro preto,
dificilmente nossa mente para por aí. Em poucos segundos,
acionamos nossos próprios “complementos”.
“Poxa, esse parece o cachorro do meu ex. Sinto falta de
quando a gente viajava. Queria voltar com ele. Minha vida
não faz muito sentido sem ele, estou num vazio agora...”
30

Nós não precisamos tentar conter os nossos pensamentos,


mas sim observá-los e deixá-los fluir, vendo como eles vêm
e vão e não persegui-los ou alimentá-los com mais
conteúdo, deixá-los ir... A compaixão é um sentimento que
nos ajuda a desacelerar a intensidade das emoções
negativas que nos invadem quando enfrentamos
adversidades.
Nossos pensamentos se resumem a esta palavra:
pensamento. Por isso a interpretação que eu tenho do
mundo por vezes será totalmente diferente da interpretação
do outro. Evitar julgamentos nos permite desenvolver uma
visão mais abrangente e tranquila do mundo, que levará ao
nosso próprio crescimento.
Quando passamos por situações insalubres e fazemos uma
interpretação dos fatos puramente baseada nas nossas
emoções, viramos presas fáceis de distorções que não
podem nos conduzir a soluções justas e verdadeiras.
Nossos pensamentos automáticos negativos não podem
ser “parados” do dia para a noite por serem produtos de
distorções cognitivas. Entretanto, podemos identificá-los e
entender seu funcionamento a fim de reduzir e eliminar
muitas emoções e comportamentos disfuncionais.
Nossos problemas não são mais que ilusões. O que
pensamos ser problemas são apenas situações que
precisam ser enfrentadas ou que devem ser aceitas até sua
mudança ou resolução. Crescer com nossas experiências
significa deixá-las nos guiar rumo a evolução da nossa
consciência.
Segundo Augusto Cury, uma das melhores técnicas para
desintoxicar pensamentos e sentimentos ruins é a que ele
chama de DCD: Duvidar, Criticar e Determinar.
31

- a arte de duvidar (princípio filosófico). Primeiramente,


devemos colocar em dúvida nossas crenças habituais,
diante da possibilidade de serem falsas. Você acha que
não consegue superar seus conflitos? Duvide. Você acha
que passa por dificuldades e desafios intransponíveis?
Duvide! Esses PENSAMENTOS NÃO são mais fortes que
você.
- a arte de criticar (princípio psicológico). A cada novo
pensamento negativo, angustiante ou depressivo, que
reduza a sua autoestima, critique. Quando esses
pensamentos levarem você a sentir tristeza, medo, raiva,
ódio ou inveja, critique. Quando bater a ansiedade, alguma
perturbação mental, ganância ou vaidade, critique! Você O
ÚNICO juiz da sua vida.
- a arte de determinar (princípio da área de recursos
humanos). Você quer viver livre de conflitos? Quer lutar
pelos seus sonhos? Quer ter uma mente sadia? Determine
isso. Quer viver um belo romance com a sua própria
história, aprendendo e crescendo a cada dia com as
diversas circunstâncias da vida? Determine isso. Sua vida
está em SUAS MÃOS!
Você pode praticar o CDC todos os dias e fazer-se autor da
sua própria história.

O que é Inteligência Emocional e como desenvolvê-la


Por toda a nossa vida, costumamos ouvir que precisamos
nos preparar acadêmica e profissionalmente para ganhar
dinheiro e atingir uma melhor posição social, trabalhando
disciplina e foco. Mas o que muitos passam a vida sem
saber – e passam por sofrimentos redobrados com isso – é
que existe uma base para tanto a nossa vida profissional
como outras esferas da nossa vida alcancem o brilhantismo
32

tão sonhado. Essa base se chama Inteligência


Emocional.
Quando somos crianças, costumamos pensar que os
adultos são responsáveis e sabem o certo e o errado.
Quando chegamos na idade deles, entretanto, percebemos
o quanto precisamos aprender a gerenciar nossos
pensamentos, sentimentos e ações para nos relacionar e
comunicar bem com quem está à nossa volta, que é tão
diferente de nós. Outros pensamentos, outros sentimentos,
outras preferências, outra vida familiar, outra rotina, outra
história...
A inteligência emocional é desenvolvida quando passamos
a conhecer melhor a nós mesmos e as outras pessoas.
Esses esclarecimentos são necessários ao equilíbrio de
razão e emoção capazes de nos conduzir a
relacionamentos pessoais e profissionais harmoniosos e ao
nosso bem estar físico e mental.
Inteligência Emocional é um conceito do ramo da psicologia
amplamente difundido pelo psicólogo americano Daniel
Goleman, que apresenta o indivíduo como alguém capaz
de compreender e trabalhar melhor seus sentimentos e
emoções por meio do desenvolvimento de certas
habilidades.
O uso da inteligência emocional eleva a nossa autoestima,
nos deixando longe de transtornos psicológicos e distúrbios
psicossomáticos, a exemplo de doenças cardíacas, câncer,
diabetes, infertilidade e herpes.
Em suas relações, pessoas que desenvolvem inteligência
emocional são sempre mais valorizadas, por saberem
reconhecer suas próprias limitações e serem mais
benevolentes com as falhas do outro. Ou seja, essas
pessoas sabem administrar bem suas cobranças internas e
33

externas, e desenvolver esse poder requer uma tomada de


consciência de si mesmo e um zelo constante por lidar com
as adversidades da melhor forma possível.
Veja agora como desenvolver sua inteligência emocional
em 5 passos.
1. Perceba e analise seu comportamento e domine suas
emoções.
Observe suas emoções, sensações e pensamentos quando
estes forem instigados. Depois, analise os sentimentos
decorrentes, que podem ser positivos ou negativos e
busque entender o que desencadeou um ou outro. Avalie
os impactos desses sentimentos e das suas ações e
reações no cotidiano e relacionamentos. Quando você
percebe que os resultados foram negativos, pode iniciar
mudanças.
Desde os primórdios da humanidade, o ser humano tem
uma tendência a agir sem pensar, uma forma de defesa
que está gravada em seu subconsciente. Mas precisamos
compreender que alcançamos um novo estágio evolutivo e
que ações precipitadas podem resultar em desconfortos e
consequências não tão facilmente revertidas.
Portanto, nos dias de hoje, precisamos aprender a dominar
nossos impulsos antes de falar e agir, buscando calma e
ponderação. Práticas como caminhadas ou atividades
físicas de modo geral com regularidade, meditação ou
pilates são ótimas na condução do nosso autocontrole e
equilíbrio.
2. Trabalhe suas emoções negativas e eleve sua
autoconfiança.
Lidar com emoções negativas na vida é algo inevitável, e
quanto mais intensas essas emoções forem ou quanto
mais tempo permanecerem em nosso interior, mais
34

instabilidade elas nos trarão. Portanto, quando estivermos


contaminados pela raiva, o medo, a insegurança e a
tristeza, precisamos aprender a dominar esses estados e
não nos permitir ser controlados por eles.
Para alcançar nossos objetivos na vida, faz-se necessário
reconhecer nossos pontos fortes e fracos, a fim de
podermos trabalhar para nos melhorarmos e aprimorarmos.
O meio que temos para realizarmos isso é a autoconfiança,
pelo reconhecimento do potencial do cérebro humano, que
é gigantesco.
Infelizmente, na sociedade competitiva que vivemos,
somos levados a acreditar que as certas intempéries da
nossa vida são intransponíveis, o que não é verdade.
Todos temos capacidade de gerenciar os momentos de
crise e vencer as dificuldades, e muitas vezes o que está
faltando é tão somente a busca por boas soluções ainda
desconhecidas por nós, que estão aos montes por aí. O
mundo e as possibilidades vão além do que chega até nós
de graça através de nossos familiares, amigos ou meio
social.
3. Aprenda a lidar com a pressão e perca o medo de se
expressar.
No mundo atual é inevitável conviver diariamente com
questões diversas que exigem rápidas soluções, sobretudo
no trabalho. Sofremos pressões internas e externas, ou
seja, de nossos chefes e de nós mesmos.
No entanto, para priorizar o que é mais importante e não
sucumbir a ansiedade podemos elaborar por exemplo uma
lista com as nossas atividades diárias em ordem de
urgência, sem menosprezar nossa saúde, bem estar e
lazer. Essa organização nos ajuda a controlar os
sentimentos negativos desencadeados pela pressão.
35

Dominar nossas emoções não quer dizer “não demonstrá-


las”. Devemos expor o que sentimos e expressar a nossa
opinião para convivermos em equilíbrio com as outras
pessoas, pois é natural julgarmos alguém por uma ideia ou
ação que somente conseguimos compreender após a
explicação da pessoa.
Se expressar é o melhor antídoto anticonflitos. O diálogo e
a sinceridade são os melhores meios para esclarecimentos
de pontos de vista e debate sobre questões complexas, na
medida que minimiza as chances de mal-entendidos.
4. Desenvolva a empatia e coloque em prática a
resiliência.
A empatia é uma das maiores habilidades dos maiores
líderes mundiais, e isso se deve a preocupação genuína
que eles têm com suas equipes. Esses líderes sabem os
nomes de seus funcionários, conhecem suas histórias de
vida e são complacentes quando necessário. Ser solidário
com o outro é colocar-se no lugar dele, o que nos permite
entender suas ações e ser mais tolerantes e
compreensivos.
Assim como nós, as pessoas ao nosso redor tem defeitos,
qualidades, falhas e limitações. O autoconhecimento nos
dá uma maior consciência dos nossos sentimentos, o que
nos ajuda a entender melhor as emoções alheias. Quando
desenvolvemos empatia pelo próximo, o respeito mútuo é
uma consequência.
A resiliência consiste na capacidade em lidar com os
problemas do dia a dia com maior tranquilidade e
flexibilidade, mantendo o foco e a solidez, por saber que
todos os problemas tem uma solução plena ou parcial, e
tudo bem. Precisamos compreender que a melhor maneira
de conviver com a adversidade é aceitar o
36

amadurecimento, errar e aprender. Isso é a vida. Os frutos


são sempre maravilhosos.
Conhecer nossas emoções e os seus efeitos na nossa
mente e corpo nos permite canalizar nossos potenciais e
cumprir a nossa maior missão, evoluir como seres
humanos.
5. Ao invés de reagir, responda. Conheça seus limites.
Segundo Goleman, nós temos na verdade dois cérebros, o
racional e o emocional. Pensando sobre nossas
impressões e reações, não é difícil entender que o nosso
cérebro emocional é o primeiro a ser afetado pelos
acontecimentos ao nosso redor. Ao reagirmos aos eventos
que nos incomodam, estamos nos deixando levar
inconscientemente pelo nosso cérebro emocional e
instintivo e usando de pouca inteligência emocional.
Já o cérebro racional trabalha no sentido de avaliar todo o
contexto de um acontecimento e definir a melhor forma de
se comportar no momento. Quem trabalha a inteligência
emocional prioriza o uso desse cérebro e não costuma agir
no piloto aromático, se apropriando de desfechos
infinitamente melhores em quase todas as situações.
À medida que avançamos em nosso autoconhecimento,
além de defeitos e qualidades, nossos limites também
ficam claros para nós. Muitas vezes as pessoas vêem
limitações como incapacidades, mas aí está um grande
erro. Todos temos fraquezas, o que é mais do que natural.
Praticamente todos nós já vivenciamos situações onde
concordamos em fazer algo que não queríamos ou não
podíamos. Mas a partir do momento que passamos a ter
mais discernimentos das nossas limitações conseguimos
dizer NÃO sem culpa e aceitar que há coisas que não
temos condições de fazer.
37

Conhecer seus limites é respeitar a si mesmo e ter o poder


de proteger sua saúde emocional, ao recusar-se a ações
que poderiam levar a perturbações ou arrependimentos
severos.

Você é incrível
Quando pequenos, somos orientados a atender as
expectativas de nossos familiares e professores e nos
adaptar a esse mundo tal como ele já estava antes de
chegarmos. Interessante é perceber, à medida que vamos
avançando na linha da vida, o quanto essas expectativas e
pressão por adaptações - agora no trabalho e nos meios
sociais - nos acompanham, se renovando e muitas vezes
se intensificando. A liberdade que desejamos e esperamos
desde cedo se mostra constantemente condicionada e
nunca plena.
Vivemos nos auto reduzindo para compor moldes sociais,
anulando nossos sentimentos, personalidade e sanidade
mental. Nossa realidade é ditada por números, índices,
relatórios, protocolos e posturas se quisermos ganhar
dinheiro, manter as contas em dia e ainda seguir os
padrões de beleza e consumo que abordamos no capítulo
4. Portanto, somos praticamente destinados a trabalhar,
trabalhar e atender a exigências sociais saturantes.
Primeiramente, essas pressões externas nos invadem e
passamos a nos cobrar demais de um lado, e a querer
demais de outro a fim extravasar, num descompasso
emocional consequente de ser coagidos o tempo toda a
funcionar quase como máquinas ou robôs, no ritmo que o
ambiente social espera.
Em seguida, a baixa autoestima nos invade e começamos
a pensar que NÃO vai dar certo, NÃO tenho capacidade,
38

NÃO tenho certeza, NÃO acredito em mim mesmo, NÃO


sou bonita, NÃO sou convincente e por aí vai.
Assim, construímos verdades pessoais em cima das
expectativas dos outros e vamos perdendo as mesmas ao
longo da vida por causa das cobranças e julgamentos dos
outros. Se pararmos para pensar, esse processo não faz
sentido algum.
Como fruto da pós-modernidade, o mundo vem
funcionando a um ritmo cada vez mais insano e que
consegue nos levar à auto sabotagem, ao nos
convencermos de incapacidades que podem ser superadas
e nos questionarmos se temos condições de chegar longe
na vida!
Neste cenário, quando vemos alguém tendo facilidade em
fazer algo onde somos criticados, já bate aquele misto de
insatisfação, nervosismo e inveja, quando deveríamos nos
perguntar algo como... “Será que essa pessoa que realiza o
que eu não consigo com qualidade e esmero hoje sofreu e
enfrentou superações para chegar nesse nível?!” Ou, mais
importante ainda... “Preciso mesmo ter aquela habilidade
ou descobrir e desenvolver meus próprios talentos?!”
A resposta para esse conflito interno é o ponto que venho
falando repetidas vezes ao longo deste ebook:
autoconhecimento. A partir daí, precisamos encontrar mais
espaço para sermos nós mesmos do que aquilo que o meio
deseja, de modo que possamos nos sentir livres para
desenvolver a nossa autoestima mais e mais.
Como um ser social que somos, também precisamos
respeitar os limites do próximo e buscar desenvolver
sempre relações harmônicas para o benefício e
crescimento de todos MAS ao mesmo tempo, sendo os
únicos donos da nossa experiência de vida e lutando pelo
39

que verdadeiramente nos faz feliz. Somente o


autoconhecimento nos permite enxergar o quanto somos
incríveis e únicos.
Nossas impressões digitais, íris, vozes, sorrisos, entre
outras características, são comprovadamente únicas em
cada ser humano. Ou seja, você é único no mundo e isso
vai muito além de um nome e uma raiz familiar, porque
você tem qualidades que são somente suas e muito a se
orgulhar.
A verdade é que podemos ser o que quisermos e fazer o
que quisermos do nosso jeitinho.

Conhecendo o seu valor


Como vimos, a autoestima diz respeito ao grau de
percepção positiva que temos de nós mesmos. Quem tem
boa autoestima reconhece o seu valor pessoal, se aceita e
tem maior autoconfiança.
Reconhecer seu valor pessoal é se amar, aceitar suas
dores, fraquezas e fragilidades, saber que tem qualidades e
que pode expandi-las ainda mais, entender que não é
perfeito e se dispor a aprender.
Os sentimentos que desenvolvemos sobre nós mesmos
são resultado do que pensamos a nosso próprio respeito -
autoconceito. Porque será que desenvolvemos
autoconceitos negativos que abalam a nossa autoestima?
Uma das respostas para essa pergunta está nas
experiências vividas na infância e no meio familiar desde
cedo, lembra do apego inicial? Mas porque depois de já
adultos, continuamos sendo tão suscetíveis a esses
sentimentos e pensamentos?
40

Carl Jung traz uma reflexão que resume muito bem essa
resposta:
“Eu não sou o que aconteceu comigo, eu sou o que
escolho me tornar.”
Hábitos que adquirimos como a comparação com o outro, a
busca por uma referência externa do que é bom ou correto,
como nossos pais, amigos, chefes, companheiros devem
ser revistos, uma vez que as vezes o que desejamos é
apenas nos guiar por estímulos externos e não
encontrando um modelo de comportamento que de fato nos
completa e realiza.
E aqui voltamos ao trabalho de autoconhecimento.
Somente através dele conseguimos assumir o que somos
com autenticidade, sem disfarces e ficar nos preocupando
em agradar os outros. Podemos então aprimorar nossos
talentos e descobrir quem somos, o que inevitavelmente
nos levará a dar menos importância às opiniões, críticas,
julgamentos e até mesmo elogios alheios.
O autoconhecimento nos permite expressarmos com mais
objetividade, posicionarmos sobre o que gostamos e
queremos e dizer não sem maiores explicações, quando
necessário. Passamos a tomar decisões e colocar projetos
e ideias em prática acreditando nas nossas capacidades.
Ao reconhecer e valorizar nossas conquistas, por menores
que sejam, ganhamos mais autoconfiança. O auto desafio
nos dá a chance de superar nossos próprios limites e
elevar o nosso valor. Nem é preciso dizer o quanto esse
processo impulsiona a nossa autoestima.
Claro que no meio do caminho, ainda cometeremos erros e
fracassos e frustrações podem acontecer. Mas então o que
precisamos fazer? Aproveitar para aprender e crescer.
Falhas e equívocos não definem quem somos.
41

Diante das situações difíceis, precisamos exercer o papel


de observadores impessoais, como se estivéssemos do
lado de fora, com um novo olhar compreendendo o que não
pode ser mudado, aproveitando as oportunidades de
mudança, aprimorando-nos e praticando o auto perdão
pelos erros cometidos ao longo do caminho.
A partir daí, além de promovermos relacionamentos
saudáveis com o outro com nós mesmos, devemos semear
o otimismo e a gratidão. O equilíbrio do trabalho e lazer,
bem como os cuidados com a aparência e bem estar
fortalecem o nosso amor próprio.
Por fim, ao sonharmos e traçarmos objetivos para as
diversas áreas da nossa vida - amorosa, profissional,
social, etc - faz-se necessário apenas o questionamento
sobre os passos indispensáveis ao alcance das metas
desenhadas, em alinhamento com nossos princípios e
valores. E então, mão na massa!
Nossa voz interior é uma excelente conselheira.
42

Capítulo 6: Teste seu nível de autoestima

No capítulo 1 fizemos um teste simples onde, se você se


encaixasse em 6 de 10 características comuns as pessoas
com autoestima elevada, isso significava que você estava
cuidando bem da sua autoestima. Então se você marcou a
partir de 6 pontos, parabéns!
Mas agora que passamos da metade deste ebook, venho
fazer um teste mais completo com você com o objetivo de
te preparar para o Cronograma da Autoestima que você
verá a seguir, um apanhado de tudo o que vimos até aqui e
mais alguns pontos que ficaram de fora.
O teste a seguir é uma adaptação da Escala de Autoestima
de Rosemberg (EAR) extraída do site
https://www.sexcoachbrasil.com. Este é o método mais
conhecido hoje na psicologia para indicar se a sua
autoestima está baixa, média ou alta.

1. Quando você acorda, qual o primeiro pensamento que


vem à cabeça?
a) Que lindo dia, hoje é um dia pra ser feliz
b) Se estiver chovendo, vou dormir mais uns minutos, não
ligo de chegar atrasada(o) no trabalho
c) Tenho que levantar, que droga de vida

2. Quando você se olha no espelho logo após acordar,


você pensa:
a) Como estou me sentindo saudável e até mais jovem hoje
b) Eu estou bem pra idade
43

c) Nossa, como estou envelhecida, e gorda, ou magra


demais

3) Quando você sente fome:


a) Pensa no que vai preparar pra comer
b) Come a primeira coisa que tem na geladeira
c) A comida está pronta mas você faz questão de ir no
mercado comprar uma besteira

4) Quando você conversa com alguém:


a) Ouve mais e só fala quando alguém lhe pergunta qual é
a sua opinião sobre o assunto
b) Sente que precisa falar mais que todo mundo porque
precisa expor as suas ideias
c) Sempre quando fala encontra formas de se colocar como
uma pessoa burra ou feia

5) Sobre amigos, você se considera:


a) Que não tem amigos mas não liga de estar sempre
sozinho
b) Como Roberto Carlos, com um milhão de amigos...
c) Tem 1 melhor amigo

6) Sobre organização, você:


a) é uma pessoa que desenvolveu habilidades de
organização e atinge boa parte das metas que se propõe
durante o seu dia
b) consegue lidar com afazeres simples do dia-a-dia
44

c) vive em um momento tão desorganizado que nem não


sabe nem por onde começar o seu dia

7) Na sua família, você acha que:


a) Eles admiram você pelas suas conquistas e pelo que
quer ainda conquistar
b) Eles pensam que você é uma pessoa fracassada
c) Eles querem mais que você se dê mal na vida

8) No trabalho e nos estudos, você se considera:


a) Uma pessoa bem-sucedida e que ainda tem muitos
sonhos pela frente
b) Não gosta do seu trabalho ou do que está estudando
mas não sabe se é capaz de mudar de profissão
c) Tem faltado ao trabalho ou às aulas por não conseguir
encarar o dia

9) Sobre suas emoções, você:


a) Pensa sobre elas e sempre reflete sobre o porquê de
sentir aquela emoção
b) Quando vem uma emoção de irritabilidade, raiva ou
medo, não consegue se controlar e explode com quem
estiver mais próximo
c) Se sente um lixo toda vez que vem o sentimento de
tristeza ou culpa e fica remoendo esse sentimento todo o
tempo

10) Sobre a opinião dos outros, você:


a) Se preocupa com o que as pessoas falam de você
45

b) Vive de aparência e sempre precisa mostrar uma vida


feliz porque vive em função do que vão dizer
c) Acredita somente nas coisas ruins que falam de você

Resultado:
Para cada letra A respondida, some 1 ponto.
Para cada letra B respondida, some 2 pontos.
Para cada letra C respondida, some 3 pontos.

Se o seu resultado ficou entre 10 e 13, significa que sua


autoestima está entre média e elevada.
Você é alguém que persegue a realização pessoal e o
autoaprimoramento. Entende as mudanças como um
desafio e não se deixa abalar por elas.

Se o seu resultado ficou entre 14 e 23, sua autoestima


está entre média e baixa.
Você tem alguma estima por si mesmo, mas ainda
conserva um certo nível de insegurança. Não tem
confiança nas próprias capacidades, o que o leva recorrer
ou esperar o reconhecimento das pessoas o tempo todo.
Apesar de ter um potencial considerável, deixa de avançar
o bastante por medo de não ser capaz de concluir o que
começou ou atender a expectativas.

Se o seu resultado ficou acima de 24, sua autoestima


está muito baixa...
Você AINDA tem fortes problemas de confiança e não dá
crédito às suas capacidades pessoais e não tem
46

flexibilidade com si mesmo. Pensa que precisaria ser


melhor do que as outras pessoas para merecer boas
coisas, se cobra num nível absurdo por acreditar que
deveria ter superpoderes e nunca falhar. Inclusive, você já
pode estar sofrendo com transtornos de ansiedade e
depressão.

Cronograma da Autoestima: tornando-se uma pessoa


confiante e feliz em 10 passos

Eu poderia dizer a você que em 10 dias é possível elevar a


sua autoestima a um nível que nunca imaginou. Mas
acredito que você consegue antes disso.
Ao usar o termo “cronograma” desejo fixar na sua mente
um passo-a-passo infalível que fará você ver a vida de
outro jeito talvez, numa tarde. Depois disso, você pode
praticar 2 passos no dia seguinte, e incrementar mais 3 no
segundo, como quiser.
Uma mudança de mentalidade no sentido da verdade da
vida é o caminho mais sereno e fluído na busca pela paz
interior, satisfação pessoal e sucesso.

1. Pratique o autoconhecimento

Ao longo deste ebook, falamos diversas vezes sobre


autoconhecimento, que é a busca pela compreensão mais
profunda de nossas emoções, pensamentos, crenças,
medo, e tudo o mais relacionado ao nosso eu interior.
47

Através do autoconhecimento podemos entender também


como somos vistos pelas outras pessoas e nosso lugar no
mundo.
Praticar o autoconhecimento nos ajuda a conhecer mais
sobre nossas forças e fraquezas, preferências, bloqueios e
valores e desenvolverá relacionamentos melhores e mais
profundos, maior inteligência emocional, resiliência, saúde,
autoestima e estabilidade emocional.
Vamos ver agora como praticar o autoconhecimento em
alguns pontos.
Primeiramente, você deve começar a se questionar sobre o
que te faz bem, o que você gosta, o que quer, o que te
motiva e como pode melhorar, etc. Identificar esses pontos
ajuda você a tomar decisões mais conscientes e como
consequência, a reduzir consideravelmente o peso de
influências externas. Para facilitar esse processo, que é
profundo, você pode ainda procurar o auxílio de um coach.
Após isso, é preciso perder o medo de dizer “não” pelo
receio de ficar sozinha ou decepcionar as outras pessoas.
Desenvolver essa capacidade é muito importante.
Precisamos ser compreensivos e generosos, mas
colocando limites que não permitam a desconsideração ou
desvalorização dos nossos desejos e necessidades. Além
disso, pessoas que sempre dizem sim e nunca questionam
frequentemente são vistas como sem determinação ou
desinteressantes, seja no trabalho ou em seu ambiente
social. Um “não” para o outro às vezes é um importante
“sim” para nós mesmos.
Explorar atividades e experiências novas como, como
mudar de aparência ou viajar são importantes na promoção
do autodesenvolvimento e autoconhecimento. Em contato
48

com algo novo, descobrimos novos gostos e aprendemos a


lidar com mudanças e diferenças.
Se permitir ao novo também envolve se abrir a mudanças
de opinião, o que envolve crescimento, reflexão e
maturidade. Reavaliar conceitos já estabelecidos e ser
flexível a novos pontos de vista são excelentes exercícios
de pensamento e autoconhecimento.
Nos mantemos fortes quando temos saúde física e mental.
Para isso, separar um tempo para cuidar de si mesmo é
essencial. Por meio do silêncio podemos ouvir a nossa
intuição e nos reconectar ao nosso interior mais sensível.
Uma boa dica é ficar off-line de vez em quando. É comum
hoje as pessoas saírem do trabalho ao final do dia mas não
conseguirem deixar o trabalho sair delas. Chegando em
casa relaxe, silencie o seu celular, relaxe, leia um bom
livro, assista a série que você gosta ou saia com seus
amigos.
Também é indicado fazer exercícios, cuidar de sua saúde
física e fazer exames de rotina. Não deixe a agonia do seu
dia-a-dia fazer você esquecer que é sua maior prioridade.
Você só precisa organizar o seu tempo.
Para conseguir o foco necessário à realização de suas
metas e sonhos, também é valioso o auxílio de um coach.
Ao entender melhor os seus sonhos, você amplia a sua
capacidade em definir os passos e as ações necessárias
para alcançá-los.
A meditação e a ioga geram benefícios físicos e
psicológicos que auxiliam o funcionamento do sistema
imunológico e a redução de dores e tensões, além de
elevar a produção de serotonina no corpo, regulando a
ansiedade e o estresse. A auto concentração desenvolvida
com o uso de uma dessas práticas estimula a criatividade,
49

a intuição e a clareza mental, fatores que contribuem para


a conquista do autoconhecimento.
Escrever é mais uma atividade que estimula a criatividade
e a organização dos pensamentos, além de ser
empoderadora. Ao escrever você se conecta ao seu
subconsciente, reencontrando respostas adormecidas ou
esquecidas. Você pode usar um diário, um aplicativo para
anotações ou mesmo desenvolver um blog.
Descobrir as nossas limitações é um processo essencial à
nossa superação, mas ao mesmo tempo, não podemos
esquecer o que já conquistamos. Ao nos depararmos com
adversidades, às vezes é difícil observar as boas coisas
que estão ao nosso redor, como nossa família, nossos
amigos, habilidades, dificuldades que já superamos.
Chegamos aqui ao conceito de gratidão.
Um exercício para desenvolver esse sentimento é anotar
ao final do dia todas as coisas boas que nos aconteceram,
das coisas mais simples as maiores. Os resultados são o
aumento na percepção das suas capacidades pessoais e
empoderamento.

2. Aprenda a gerenciar pensamentos irreais

Quando pensamentos negativos deixam de ser


passageiros e se tornam uma obsessão, começam a
prejudicar nossa vida pessoal e relações com amigos e
familiares, podendo nos conduzir a um isolamento.
Pensamentos irreais ou “intrusivos” são pensamentos
causadores de ansiedade e baixa autoestima, que
desgastam a autoconfiança levando a instabilidade
emocional e inquietação. Neste estado, o indivíduo
desenvolve pensamentos sombrios recorrentes podendo
50

entrar em estado de psicose, conjecturando maus


acontecimentos e desconfiando até mesmo de pessoas
próximas.
A pessoa que convive com pensamentos intrusivos
acumula angústias e medos constantes nas suas
interações com outras pessoas e diante de situações
diversas. Seu crescimento pessoal e profissional
normalmente é muito prejudicado.
Se você está enfrentando esse tipo de problema, existem
mecanismos que você pode adotar para cuidar desse
estado emocional e psicológico.
Em primeiro lugar, você deve procurar a causa dessas
ideias, que por vezes podem estar relacionadas a
problemas e transtornos mentais dos quais não temos
consciência, tais como ansiedade, depressão, bipolaridade,
síndrome do pânico, transtorno de personalidade
borderline, entre outros.
Se você está vivenciando uma evolução veloz e intensa
desse estado, é recomendada a busca pela ajuda
especializada de psicólogos ou psiquiatras. Estes, ao
identificar a raiz do seu problema, poderão indicar o
tratamento adequado que lhe levará a resistir ou eliminar
gradativamente tais pensamentos.
À medida que ganham forma na nossa mente, os
pensamentos intrusivos se tornam cada vez mais irreais.
Desse modo, quando eles surgirem, você pode se
perguntar coisas como: Isso de fato faz sentido? Entre 0 e
10, qual é a chance real que tenho de vivenciar isto?
Parece pouca coisa mas, esse autoquestionamento ganha
cada vez mais força diante dos pensamentos intrusivos à
medida que lhe fazem perceber o quanto os seus medos
51

são irreais e tem pouquíssimas chances ou nenhuma de se


concretizar.
Às vezes nos deparamos com problemas que podem ser
facilmente contornados ou solucionados, mas inicialmente,
temos uma reação de medo ou desespero até por falta de
conhecimento ou experiência anterior. Nessas
circunstâncias, um pensamento ruim pode puxar outro, e
outros, e chegarmos ao ponto de pensar que o pior vai
acontecer.
O fato é que, todo o sofrimento gerado por essas
interpretações advém do desconhecimento de que, tudo
em nossa mente tem o peso e a proporção que nós
mesmos atribuímos. Assim, quando uma ideia aterradora
desponta e toma conta de nós, é sinal de que já estamos
alimentando ideias negativas há algum tempo. Entretanto,
se ao sermos invadidos por esse pensamento damos a ele
sua devida importância e tamanho, podemos combatê-lo e
deixá-lo ir com maior facilidade.
Outra técnica interessante de combate aos pensamentos
intrusivos é o uso de um gatilho positivo, que consiste em
pensar em coisas que te façam sentir bem e feliz, assim
que esses aqueles pensamentos vierem.
Você pode pensar ou lembrar de alguém, algum
acontecimento ou experiência boa que te deixou sensações
positivas. Esse procedimento também te ajuda a afastar
pensamentos negativos e torturantes gradativamente.
Por fim, salientamos aqui também como fundamental o
exercício do autoconhecimento e da autoconfiança, da qual
falamos bastante ao longo deste ebook, especialmente nos
capítulos 4 e 5. As práticas de yoga e meditação também
são recomendadas.
52

3. Abuse do poder das auto afirmações positivas

As afirmações positivas são frases que ao fazermos uso


repetindo-as com frequência para nós mesmos na forma de
autossugestão, fortalecemos nossa autoconfiança,
autoestima e desenvolvemos pensamentos melhores,
afastando os negativos.
Alguns exemplos são:
“Tenho plena capacidade de alcançar meus objetivos.”
“Tenho talentos maravilhosos e só preciso usá-los”
“Sou uma pessoa tranquila e tenho o poder de manter a
calma em todas as situações.”
A melhor forma de praticar é repetir as frases diariamente.
Com o tempo, nosso cérebro começa a se condicionar e
acreditar nas coisas que estamos afirmando. Conseguimos
modificar nossos hábitos e comportamentos no sentido de
uma vida melhor.
O nosso subconsciente absorve como verdadeiro o que
repetimos e atrai circunstâncias compatíveis para a nossa
vida. Isso sem falar nos estudos que comprovam que
pessoas otimistas e positivas têm mais saúde.
Do mesmo modo, se ficarmos repetindo para nós mesmos
coisas como “Eu não vou conseguir”, “Vou falhar” ou “Eu
não mereço” não conseguiremos acreditar em nós mesmos
e muito provavelmente, não conseguiremos realizar nosso
desejos, além de ficarmos mais suscetíveis a eventos
negativos.
Quanto mais você repete uma afirmação positiva, mais esta
fará parte do que você é e mais influência ela terá sobre
53

suas atitudes. Não é à toa que muitas vezes notamos


técnicos dizendo a suas equipes coisas como “Mais rápido,
você consegue! Isso!”. Esses incentivos são fundamentais.
O esporte é um excelente exemplo que mostra como
palavras de motivação ajudam pessoas a se superarem.
Por isso, em fases decisivas de grandes competições,
consultores motivacionais ou coachs são convidados a
palestrar para os atletas.
No entanto, quando dizemos afirmações positivas para nós
mesmos, ou seja, de nós para nós mesmos, existe um
poder adicional que vem da melhor origem, você, o que
torna o processo mais poderoso ainda. Por mais difícil que
seja a meta, devemos sempre repetir “Eu vou conseguir”,
“Eu posso fazer”.
Sabemos que com o tempo as circunstâncias da vida
mudam, e às vezes, coisas antes consideradas inatingíveis
podem até mesmo cair na nossa mão. De um modo geral,
pelo menos novos caminhos ou facilidades surgem.
Quando desenvolvemos pensamentos negativos, criamos
crenças limitantes que nos atrapalham muito quanto a
tomada de decisões assertivas. Pessoas que abusam
emocionalmente de outras fazem uso do recurso das
afirmações negativas proferindo ao outro coisas como
“Você não serve para nada” ou “Ninguém se importa com
você”.
Ao ouvirmos essas coisas reiteradamente, acabamos
dando crédito a elas, tendo nossa autoestima abalada e
ficando mais suscetível ao domínio do abusador. Esse tipo
de situação é especialmente nociva para crianças, e por
isso o bullying é tão condenado hoje.
Escolha bem os seus pensamentos e não pratique bullying
contra você mesmo. Nossas ações são resultados de
54

nossos pensamentos e essas atitudes constroem quem nós


somos.
Entretanto, um ponto importante deve ser observado.
Estudos mostraram que o uso de afirmações positivas não
razoáveis como, olhar para o seu corpo com um quilinhos a
mais e dizer “eu aceito meu corpo do jeito que ele é”
podem desencadear pensamentos contraditórios com um
efeito contrário, pois reforçarão o negativo. Então, é
importante cuidar para não mentir para si mesmo.
Um outro exemplo é uma afirmação bem conhecida que diz
“o dinheiro vem para mim em abundância com pouco
esforço”. Isso é uma grande mentira, o dinheiro não vem
com pouco esforço, e ficar repetindo isso para si mesmo
fará você não batalhar por ele e não ganha-lo. Agir para
mudar a realidade é indispensável.
A nossa mente sabe quando estamos mentindo, e o conflito
interior decorrente disso fará você se sentir pior ainda com
o tempo ou confiar que já alcançou o seu objetivo e desistir
de tentar emagrecer por exemplo, quando repete para si
“eu sou magro e tenho um físico saudável” tendo 130 kg.
O objetivo das afirmações positivas é nos fazer melhorar,
progredir. Assim, devemos escolher aquelas que fazem
sentido para nós e não gerem conflitos internos, tendo uma
função encorajadora. Essas sim são poderosas e nos
ajudam a crescer e transformar problemas e situações de
vida.
Em lugar da afirmação anterior você pode dizer-se por
exemplo “eu tenho força e determinação para prosseguir
com a minha dieta e praticar exercícios físicos”. Ainda que
você perca um dia ou outro de dieta ou exercício, ao se
empenhar a maior parte do tempo, você estará cumprindo
55

a afirmação positiva que irá lhe ajudar a manter-se nesse


caminho com menores desvios.

4. Invista em você

Mesmo desmistificando linhas de pensamentos dos nossos


ambientes sociais e nosso que atrapalham o
desenvolvimento da nossa autoestima, crescimento e
felicidade, investir no seu crescimento pessoal é um ponto
que não pode ser esquecido.
Os investimentos mais importantes que temos a fazer em
nós mesmos são em conhecimento e imagem pessoal, o
que inclui a aparência. Esses investimentos nos conduzem
inevitavelmente a mais oportunidades e conquistas, à
medida que ampliam a nossa liberdade de pensamento e
ação e a forma como somos percebidos pelos que estão à
nossa volta.
Primeiramente, vou listar aqui pelo menos 5 grandes
vantagens de se investir em conhecimento.
1. Liberdade e proteção
Talvez você já tenha ouvido a frase “o conhecimento
liberta”. Essa frase não refere-se a algo subjetivo, é uma
verdade literal. Quando adquirimos conhecimento nos
tornamos capazes de filtrar as informações que recebemos,
ganhamos maior autonomia para as nossas decisões e
podemos direcionar nossa vida no sentido do que
realmente é bom para nós, e não no que as outras pessoas
acham.
Quanto menos conhecimento temos, mais vulneráveis
estamos e nosso poder de argumentação e decisão
diminui. Quando investimos em bons livros e cursos, o
56

conhecimento adquirido se torna um verdadeiro escudo


diante das “armadilhas” que estão por toda a parte na
nossa vida pessoal e jornada profissional.
2. Consciência e cultura
Ao trocarmos informações com conhecedores ou
especialistas de outras áreas ampliamos nossa gama de
informações, contactamos novos padrões, temos a chance
de diversificar nossas experiências e obter novos pontos de
vista. Com a aquisição de maior consciência e cultura nos
tornamos mais preparados e fortes diante dos nossos
desafios pessoais e profissionais.
3. Ganho de propósito
Quase todas as pessoas já se sentiram desanimadas e
carentes de novidades em suas vidas, sem muita
perspectiva de futuro, mesmo depois de verem alcançados
seus objetivos iniciais de vida. O fato é que enquanto
vivermos, não devemos deixar de projetar novos sonhos e
objetivos à medida que seguimos conquistando nossos
desejos.
No momento que começamos a explorar novas
informações, novos mundos se abrem à nossa frente e
adquirimos a confiança necessária à criação e
planejamento de novas metas de vida.
4. Abertura a oportunidades profissionais
Todos os anos vemos os noticiários falarem dos altos
índices de desemprego no Brasil. O que ocorre na
realidade é que existem muitas oportunidades de emprego
não preenchidas, uma vez que há um enorme déficit de
profissionais qualificados para ocupar tais vagas.
Portanto, ao investir em cursos, graduações e
especializações e conhecimento técnico, o seu currículo
57

melhora e você se torna apto para concorrer a um leque


maior de oportunidades, o que inclui oportunidades
melhores.
5. Satisfação pessoal
Trabalhando na iniciativa privada ou no funcionalismo
público, com o tempo nos deparamos com rotinas
repetitivas e entediantes e passamos a cumprir tarefas de
forma tão automática, que parece que nem estamos mais
ali. Você sabia que isso é bastante prejudicial à nossa
mente a longo prazo?
O nosso cérebro tem a necessidade de ser instigado e
resolver problemas, superar entraves e passar a novas
etapas. Isso é o que nos dá vida, satisfação e a nossa
querida autoconfiança, pois superar desafios nos dá um
gás enorme. Manter a mente estimulada através da leitura
e do estudo é o que mais nos ajuda nesse ponto.
Nosso cérebro segue curioso e ativo e como resultado nos
sentimos mais felizes. Ao mesmo tempo, começamos a nos
importar menos com problemas banais do dia a dia. A
autoestima então, é beneficiada demais.

Agora, vamos falar dos 3 passos essenciais ao cuidado da


sua imagem pessoal e seus ganhos com isso.
1. Cuidado básico e higiene pessoal
Ao contrário do que a mídia quer nos fazer acreditar,
conforme conversamos no capítulo 4, cuidar bem da
aparência não demanda tratamentos estéticos ou se
encaixar em padrões de beleza. Essas ações são
meramente adicionais.
Cuidar da sua imagem é algo que vai além da estética. É
zelar pela sua saúde física e mental, pelo seu bem estar,
58

tomar banho diariamente, cuidar do cabelo, da barba, usar


um bom antitranspirante para problemas com transpiração
excessiva, dar preferência ao uso roupas confortáveis,
inclusive para ir trabalhar, entre outras medidas. O cuidado
básico consigo mesmo e a higiene pessoal se refletem de
forma positiva no seu meio social e profissional, inclusive
na atenção quanto a sua produtividade, pois gera uma boa
primeira impressão e respeito.
2. Vestimenta e postura
As melhores vestimentas e adereços para você não vem
das maiores marcas e grifes. O que vale aqui é bom gosto
e conforto. Do mesmo modo, estudos confirmam que 55%
da nossa comunicação interpessoal está na linguagem
corporal e expressão facial. Nosso corpo fala antes mesmo
da nossa boca.
A vestimenta adequada à circunstância social, somada a
posturas e gestos transmitem mensagens mais claras e
convincentes do que aquilo que estamos falando. Estudos
e cursos nessa área também são recomendados porque
além de ensinar a como melhorar nossa comunicação,
facilitam os nossos relacionamentos e nos colocam muito à
frente de outras pessoas, na medida que passamos a
entender mais os indivíduos e perceber suas reais
intenções.
3. Organização pessoal
Nossa organização pessoal é indispensável ao bom
andamento das nossas atividades diárias, o que influi
diretamente na nossa imagem pessoal perante colegas e
superiores. Além de influenciar no nosso humor e
rendimento das tarefas, a organização dos nossos horários
e ambiente de trabalho nos leva a incorrer em menos erros
59

e nos permite estar prontos para atender a demandas


emergenciais que possam surgir.

5. Pratique atividades e exercícios físicos

Bem estar e confiança são fazem muita diferença não


somente na nossa vida mas também, daqueles que estão à
nossa volta. Mas o estilo de vida acelerado de hoje, acaba
nos fazendo deixar o lado pessoal para depois e não nos
atentar para o poder e a importância da atividade física no
processo de autocuidado a níveis físico e mental e
manutenção da nossa autoestima.
Existe uma diferença entre atividade física e exercício
físico. A atividade física corresponde a todo e qualquer
movimento feito pelo nosso corpo, como cozinhar ou correr.
O exercício físico é organizado, de modo que procuramos
fazê-lo de acordo com um planejamento que visa objetivos,
como bem estar ou emagrecimento.
Caminhadas regulares de 30 minutos por dia, por exemplo,
são consideradas exercícios físicos, devido ao
planejamento e meta. Se você caminhar de segunda a
sexta-feira por exemplo, terá 150 minutos de exercício
físico semanal e uma considerável melhora de aptidão
física em pouco tempo.
Fazer caminhadas, academia, musculação, pedalar, nadar
ou dançar são exercícios que melhoram muito a sua
disposição para a realização de outras atividades diárias,
equilíbrio emocional, bem estar social e melhora do humor,
funcionamento dos sistemas cardiorrespiratório e muscular,
além de reduzir o estresse.
Quem pratica exercícios físicos e não cai no sedentarismo
consegue elevar consideravelmente a autoestima. A razão
60

disso não está apenas na sensação de zelo pela estética,


mas com a sensação revigorante de alegria e relaxamento
que obtemos ao exercitar o corpo devido a liberação de
endorfina, serotonina e outros hormônios que beneficiam
todos os órgãos do corpo.
Para começar, o ideal é começar aos poucos e escolher
uma atividade que você goste para não desistir no meio do
caminho. Reorganize sua rotina e procure manter a
frequência.
Além de reduzir ou controlar peso e índices de gordura no
sangue, quem é fisicamente ativo consegue, especialmente
quando aliado a uma alimentação de qualidade, prevenir
doenças cardíacas, hipertensão, diabetes, AVCs, câncer,
osteoporose, entre outras doenças. Outros impactos
positivos são o controle do nível de glicose no sangue e de
transtornos psicossociais como depressão e ansiedade.
A prática regular de exercícios físicos reduz ainda a
carência por medicamentos para pressão alta e diabetes
tipo 2, regula taxas de colesterol LDL (colesterol ruim) e
HDL (colesterol bom), promove o aumento da resistência,
motivação para o trabalho, melhorias nas relações
interpessoais e na autoimagem, redução de dores e alívio
às tensões. Postura, flexibilidade e conservação óssea
também são trabalhadas.

6. A importância de ter um hobby

A fim de mantermos a saúde mental, é importante saber


administrar nossa vida social, espiritual, financeira e
profissional sem cobranças exageradas. Nossa vida é feita
de alegrias e superações as vezes diárias e para manter
um equilíbrio psíquico e emocional é importante incluir
61

atividades prazerosas na nossa rotina, o que muitas vezes


cometemos o erro de ir “empurrando para frente ou para
depois” enquanto suportamos as pressões familiares e
profissionais ao longo do tempo.
Os hábitos que que desenvolvemos, pessoas que
deixamos participar da nossa vida, habilidades e novos
conhecimentos que adquirimos com o tempo se relacionam
diretamente com nossa autoestima e hobbies. Você precisa
separar momentos só para você.
De acordo com psicólogos, a prática de atividades
prazerosas, sozinho ou na companhia de amigos ou
pessoas que compartilhem os mesmos hobbies, nos leva a
um estado menos ansioso e minimiza as divagações
mentais sem objetivo. Com isso, o stress diário tem uma
queda relevante.
Ter um hobby gera efeitos em nós muito diferentes de uma
atividade obrigatória, com o trabalho. Mesmo quando
amamos o que fazemos, temos compromissos periódicos,
mensais e diários e paralelo a isso o gerenciamento de
relacionamentos com os nossos colegas de profissão.
Esses dois pontos nem sempre fluem com tranquilidade e
quando enfrentamos impasses e dificuldades prolongadas
começamos a ficar desanimados e saturados. Assim,
redirecionar a nossa atenção para projetos divertidos ao
final do dia ou da semana libera as tensões em nosso
corpo e mente, além de nos afastar de pensamentos inúteis
e paranoicos.
Quando não temos uma atividade que nos proporciona
alegria e relaxamento, nos tornamos naturalmente mais
mau humorados e irritadiços por não termos como
“descarregar” experiências estressantes e fatigantes. A
62

influência desse estado mental em nossas relações dentro


e fora do trabalho não demora a produzir frutos negativos.
Interessante é pensar ainda que o seu hobby pode se
tornar um negócio lucrativo. Já pensou? Não são poucos
os que já seguiram esse caminho com sucesso e seus
rendimentos dependerão apenas do seu interesse e
empenho.
Profissionais insatisfeitos têm toda a liberdade para criar e
desenvolver habilidades para agradar apenas clientes e
não mais superiores numa estrutura corporativa e todo o
potencial para atingir realização profissional mais cedo ou
mais tarde. Além disso, essa é também uma excelente
opção para amenizar o descontentamento no trabalho
enquanto uma oportunidade melhor não surge.
Vejamos agora alguns hobbies básicos que vão dar uma
nova cor a sua vida e elevar a sua autoestima rapidinho.
- Pintar
- Ler
- Escrever
- Produzir trabalhos criativos como vídeos para youtube ou
outra plataforma de streaming
- Cozinhar
- Dançar
- Nadar
- Surfar
- Jogar golfe ou tênis
- Aprender a tocar um instrumento musical
- Artesanato/ Trabalhos manuais
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- Praticar exercícios físicos


- Jogos de computador/ celular
- Fotografia
- Praticar esportes radicais, como canoagem ou bungee
jump
- Realizar trabalhos como voluntário em instituições e
associações
- Participar de um grupo de grupos para debater assuntos
de seu interesse, como livros, política, cinema, projetos
sociais, etc

7. Perdoe o seu passado

Através de uma auto análise que nos permita ganhar maior


consciência das nossas ações e das consequências
destas, ora positivas e ora negativas. Optar por uma
mudança de comportamento que nos permita não mais
repetir erros do passado e perdoar a nós mesmos é um
ponto importante à manutenção de nossa saúde mental e
continuidade das nossas atividades habituais.
Perdoar a si mesmo não implica esquecer ou omitir um
erro, mas envolve assumir a responsabilidade de ter
causado dor a outras pessoas, passando a nos colocar no
lugar delas e buscar na medida do possível reparar a
situação gerada, nem que o máximo a ser feito seja um
pedido de perdão. Somente por meio desse tipo de
introspecção podemos melhorar os nossos
relacionamentos e vida em sociedade como um todo.
Normalmente, não conseguimos nos perdoar pelas
seguintes razões:
64

- quando temos uma perda ou ruptura de uma relação, seja


amorosa ou de amizade, ou ainda por desfechos mais
graves como morte de alguém ou encerramento de algum
evento.
- quando temos um ego muito grande ou não nos
permitimos cometer falhas.
- quando somos constantemente lembrados e julgados por
outras pessoas pelo ocorrido.
As pessoas que conseguem se perdoar possuem um
elevado nível de autoestima e satisfação com a sua vida.
São pessoas mais sociáveis, amigáveis e com maior
facilidade em perdoar as outras pessoas.
Já aqueles que não conseguem se auto perdoar costumam
apresentar baixa autoestima, excesso de culpa, vergonha,
ansiedade, depressão e pouca satisfação pessoal.
Perdoar os outros pelo sofrimento que nos causaram e
pedir perdão por nossos atos com consequências
negativas são ações importantes ao nosso crescimento e
evolução como ser humano, uma vez que o que dá sentido
às nossas vidas são os valores que criamos.
Já está comprovado cientificamente por meio de vários
estudos, que apenas as boas emoções podem contribuir
para o nosso bem estar e melhora da saúde de modo geral.
Emoções e sentimentos como rancores, ódios e desejos de
vingança, quando mantidos ao longo do tempo são
propulsores de diversas doenças além daquelas
relacionadas a transtornos psíquicos, como doenças
autoimunes, doenças cardíacas, hipertensão, gastrite,
diabetes, obesidade, enfisema, asma, bronquite, herpes
entre outras.
65

Se você tem dificuldade em se perdoar, pode seguir as


técnicas a seguir:
1. Analise o que pode ter levado ao seu comportamento ou
da pessoa por quem você se sentiu prejudicada, como
comportamento impulsivo, vingança, etc.
2. Entender o que queríamos por trás da nossa atitude ou o
que o outro desejava. Por trás de toda atitude há uma
intenção ou necessidade.
3. Não recorra à desculpas ou se esconda, aceite e
respeite as consequências dos seus atos. Reconhecer e se
responsabilizar pelos seus atos faz de você uma pessoa
corajosa e é o primeiro passo para a mudança.
4. Faça uma lista com as coisas que te impedem de
perdoar a si mesmo e as coisas que você pode fazer para
se perdoar. Esse exercício dará a você uma melhor visão
do que precisa fazer para facilitar o auto perdão.
5. Peça perdão pela conduta equivocada e busque
remediar a situação de forma respeitosa e consciente.
6. Existe uma filosofia havaiana muito interessante
chamada ho’oponopono que visa a resolução de conflitos e
cura espiritual onde é trabalhada a compreensão, o
arrependimento, o perdão e o amor.
7. A chamada terapia do perdão, de cunho psicológico, é
um trabalho feito com as pessoas envolvidas num conflito.
Através dessa terapia podemos perdoar, pedir perdão e
nos libertar de culpas com maior facilidade.
Neste ponto, aconselhamos a você que converse com um
profissional de psicologia para cuidar do seu caso em
particular. Os passos que compõem essa terapia em linhas
gerais são:
- reconhecimento do dano causado pelas nossas ações
66

- sentir a dor que geramos


- análise do comportamento que nos levou a tomar certas
atitudes
- buscar respostas para o erro a fim de não deixar que ele
volte a acontecer
- pedir perdão às pessoas machucadas
- restituir o dano gerado com a nossa mudança de
comportamento
Também precisamos lembrar aqui do crescimento e
experiência obtidos com as adversidades que
constantemente enfrentamos na vida. Precisamos aprender
a avançar, e não recuar, diante dos obstáculos e
intempéries.
Quando alguém nos prejudica ou machuca muitas vezes
não tem plena compreensão do que está fazendo, pois
agimos conforme pontos de vista que mudam com o
decorrer de nossa vida. Por isso, a maioria das pessoas de
60 anos comete menos erros que alguém de 30. O ser
humano costuma agir se limitando ao conhecimento e
experiência que tem no momento.
Perdoar não é esquecer, porque isso é impossível. Perdoar
é mais do que isso. É deixar o passado ir, compreender,
aprender e seguir adiante. Perdoar a si mesmo e aos
outros é se libertar.

8. Defina objetivos e metas realistas e celebre as pequenas


conquistas

Entre os nossos sonhos ao longo da vida estão o sucesso


profissional, viagens para vários lugares, construir uma
67

família, compra de bens móveis e imóveis, entre outros.


Para concretizar esses desejos e deixar sua autoestima lá
em cima é fundamental estabelecer objetivos e metas.
Para começar vamos entender a diferença entre objetivos e
metas, que ao contrário do que muitos pensam, não são
sinônimos. Ao fazer essa diferenciação, você saberá o que
fazer para alcançar seus objetivos com maior facilidade e
rapidez.
Chamamos de objetivo o equivalente a um propósito, a
determinação de um ponto ou posição onde se quer
chegar. O objetivo nos dá a direção a ser seguida para a
realização do nosso sonho.
Objetivo é sinônimo de desejo e como exemplos temos a
vontade de viajar pela América Latina, deixar seu emprego
e abrir um negócio próprio ou comprar um carro melhor, ou
o seu primeiro carro, entre outros. O objetivo nos faz focar
nossa energia em prol da realização dos anseios pessoais
e profissionais.
Já a meta refere-se ao nosso plano de ação, as tarefas que
decidimos realizar, com regularidade e disciplina, para
atingir os objetivos. Metas normalmente estão relacionadas
a prazos com ações que precisam ser realizadas
diariamente ou semanalmente, etc, ou seja, a ideia de
organização.
Se você deseja por exemplo juntar um montante X ao longo
de Y anos de trabalho como assalariado para abrir uma
microempresa e desenvolver o projeto dos seus sonhos,
além de não ter mais que trabalhar para os outros, o ideal
será manter esse trabalho desempenhando-o bem,
economizar o X e também pesquisar e estudar o suficiente,
ou fazer o network necessário, a execução do seu projeto.
68

Somente assim você fará o seu sonho sair do mundo das


ideias e virar realidade.
Para te ajudar a desenvolver suas metas e alcançar seus
objetivos destacarei alguns pontos fundamentais.
1. Foco. Foco significa compromisso. Estar comprometido
dificulta a nossa distração com assuntos paralelos que te
desviem do objetivo final. Claro que ao estabelecer uma
meta como juntar dinheiro num tempo X para realizar o seu
sonho de negócio, você não vai viver dia e noite pensando
nisso e procurando cumprir metas.
Como falamos a pouco, ter um hobby é fundamental para a
nossa saúde física e mental, o que nos permite inclusive o
estado de tranquilidade e alegria necessários ao
surgimento de novas ideias. Esforço, determinação e
dedicação são indispensáveis à sustentação da disciplina
que nos mantém “na linha” dos nossos propósitos.
2. Acompanhamento. Você deve fixar indicadores que te
permitirão saber se suas metas estão sendo cumpridas,
fazendo um acompanhamento constante destes. Assim
você poderá constatar se os passos escolhidos estão
trazendo o retorno esperado e deixando você cada dia
mais próximo do seu objetivo ou te afastando dele, e nesse
caso uma reavaliação estratégica precisaria ser feita.
3. Resiliência. Se os passos que você definiu não estão te
conduzindo ao seu objetivo conforme você esperava, você
deve compreender que isso é natural e faz parte do
processo. Não é uma questão de pouca inteligência
cometer erros em análises ou avaliações, especialmente no
mundo mais dinâmico que vivemos hoje em dia, onde
certas coisas que funcionam de um jeito hoje, mudarão
radicalmente daqui a 6 meses.
69

Na verdade, é necessário até mesmo nos sentirmos gratos


pelos equívocos cometidos, uma vez que eles nos deixam
aprendizados que somente a experiência nos dá e depois,
ninguém nos tirará. Então, seja resiliente, flexível e não
recue ou pense que o seu sonho é difícil por causa de um
ou dois tombos.
Existem muitos e muitos casos na sociedade de
profissionais, artistas, empreendedores, etc, que não
desistiram mesmo depois de anos e até décadas
recebendo “nãos” ou tendo prejuízos em suas empreitadas.
E o ponto final destas jornadas foi o sucesso e o
reconhecimento, que vieram cedo ou tarde.

9. Aprenda a viver o momento presente (o agora)

Viver o momento presente pode ser muito complicado nos


dias atuais, quando nossa mente vive buscando
experiências do passado e projetando o que precisamos
fazer, o que está pendente ou o que desejamos para o
futuro o tempo todo. Infelizmente, as sociedades modernas
parecem ter perdido o sabor de viver o agora.
Da mesma forma que nos acostumamos a nos concentrar
constantemente no passado ou no presente, podemos nos
reacostumar a viver o agora. Uma mudança de hábito é
sempre árdua no início, mas em pouco tempo de
persistência e paciência, conseguimos obter resultados
maiores do que imaginávamos. Afinal, é como diz aquele
ditado “tudo é difícil antes de se tornar fácil”.
Algumas práticas simples podem redirecionar a sua mente
aos poucos para o momento presente de forma natural,
inclusive sem prejudicar as atividades que você já realiza
70

no dia a dia. Mas antes, vamos entender porque é


importante para a nossa autoestima viver o presente.
Viver em meio a preocupações e expectativas nos faz
reféns dos nossos pensamentos e nesse ritmo, ao nos
deparar com a realidade presente e darmos um “pause”
nesse verdadeiro ruído mental, nos vemos sozinhos ou
despreparados. Para viver o momento presente precisamos
aprender a “sair” da nossa mente.
Uma técnica interessante para você começar a se
concentrar no agora é a meditação budista também
chamada de “mindfulness”, que consiste em sentar, parar e
deixar nossos pensamentos fluírem indo e vindo sem tentar
contê-los.
Ao adquirir esse desprendimento, aos poucos, começamos
a nos concentrar no aqui e agora naturalmente. Mas
podemos também adotar as seguintes práticas.
- Já falamos sobre a importância de ter objetivos e
desenvolver metas em nossa vida. No entanto, não
podemos esquecer de viver as coisas agradáveis do dia a
dia, usufruir de pequenas coisas como o prazer de andar
na rua e sentir o vento fresco no nosso rosto, aproveitar os
bons momentos com nossos amigos e familiares e dar
afeto aqueles que amamos, etc ao longo da nossa
caminhada.
- No desenvolvimento das suas metas ou na decisão por
novos projetos, foque no que você precisa fazer hoje. Se
algo não deu certo no passado, não se apegue a isso.
Você precisa apenas analisar, identificar e corrigir ou
eliminar os pontos que estão atrapalhando ou sobrando no
cumprimento das metas rumo a realização do seu objetivo.
- Uma prática maravilhosa e muito prazerosa é voltar a
atenção totalmente para o seu corpo. Você pode sair do
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“piloto automático” com maior facilidade quando estiver por


exemplo tomando banho, ouvindo música, se alimentando,
etc.
Se você estiver no banho, sinta o toque da água na sua
pele e a temperatura do seu corpo. Ao ouvir música, se
atente ao som entrando nos seus ouvidos e a influência
dessa frequência na vibração do seu corpo. Quando estiver
se alimentando, sinta ao máximo o sabor da comida e a
sensação de saciedade crescente.
- Ao interagir com outras pessoas, foque sua atenção no
que ela está te dizendo, nas duas emoções e linguagem
corporal. Não desvie os seus pensamentos para outras
coisas. Ouça alguém da forma como você gostaria de ser
ouvido.
Agindo assim, além de estar treinando a concentração no
momento presente, você conseguirá melhorar muito o seu
relacionamento com as pessoas transmitindo respeito e
empatia.
- Quando estiver realizando alguma atividade, não se deixe
distrair com assuntos paralelos. No trabalho, nos estudos
ou nas tarefas domésticas, decida que só deixará de
pensar nela ao concluí-la. No começo vai ser um pouco
difícil, mas com o tempo de prática, você vai se
surpreender com o resultado.
- Reserve um tempo no seu dia para a prática de yoga.
Pode ser meia hora, ou 15 minutos, o tempo que você
puder disponibilizar. Além de cuidar do corpo, mente e
espírito, a yoga ensina seus praticantes a se concentrarem
e sentirem o momento presente.
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10. Faça terapia

Muitas pessoas ainda costumam pensar que procurar ajuda


psicológica ou uma terapia é algo para pessoas fracas,
fúteis ou problemáticas. Eu mesmo, já vi pessoas
aparentemente “cultas” desmerecendo o trabalhos dos
profissionais de saúde mental, como argumentos como “a
gente toma porrada na vida para crescer e isso é natural”, “
eu tive esse problema e não fiquei deprimido não, beltrano
é mimado, não tem personalidade forte” ou ainda “ os
psicólogos dizem coisas que você já sabe mais não lembra,
ou seja, eles não são necessários”. Acho que a última
afirmação é uma das “ideias” mais loucas que já ouvi.
Eu não sou psicólogo, mas penso o seguinte: se estamos
sofrendo porque esquecemos de coisas importantes que
nos tirariam dessa dor, coisas que nos mostrariam como
temos mais a agradecer do que nos sentir vítimas do
mundo, ou que nos fariam perceber que escolhemos um
ponto de vista demasiado distorcido para lidar com
determinado acontecimento na nossa vida, essa ajuda é
MAIS do que necessária.
O autoconhecimento é um processo que muitos passam
pela vida sem ouvir falar ou entender o que realmente
significa. Muitas feridas ficam abertas e doenças psíquicas
são desenvolvidas por não sabermos e nem ter quem nos
diga que nossos problemas tem uma solução sim. Expandir
nossos conhecimentos e desenvolver melhores
relacionamentos são coisas praticamente indispensáveis à
nossa própria sobrevivência em determinados momentos
da nossa vida.
Na sociedade de hoje, além das cobranças relacionadas a
competitividade no mercado de trabalho que acaba
prejudicando os relacionamentos interpessoais pela falta
73

de tempo para a dedicação à cônjuges, filhos, etc,


desenvolvemos severos problemas de autoestima ao nos
deparar constantemente com a suposta vida perfeita dos
nossos amigos e colegas de trabalhos na redes sociais.
Em confronto ao consumismo e vaidade que vemos por aí
a todo o momento e que também está dentro de nós
mesmos, precisamos parar e nos lembrar do que realmente
tem significado e consistência na nossa vida.
Diversas experiências relatadas pelas pessoas nos
mostram como os bens materiais e divertimentos se
mostram como algo vazio na vida das pessoas que um dia
pensaram que felicidade se limitaria a isso. Não podemos
nos deixar cair na armadilha de esquecer que somos
humanos e temos sentimentos puros como necessidade de
dar e receber amor verdadeiro e atenção, que são mais
frequentes e importantes do que a disputa e a cobiça na
nossa vida.
No ritmo acelerado que vivemos para ganhar dinheiro e
pagar as nossas contas, é comum chegarmos em casa
esgotados e ainda trazendo as preocupações do nosso
ambiente de trabalho na cabeça, ou seja, não conseguimos
“sair” do trabalho. Esse estado mental por vezes nos
acompanha até o final de semana, e chegamos na segunda
feira sem ter de fato relaxado.
Acabamos buscando então, no dia a dia, atividades que
tenham o poder de “nos tirar um pouco do mundo a nossa
volta” como assistir televisão, especialmente os seriados do
momento. Não demora muito, porém, a começarmos a
negligenciar aqueles que também estão à nossa volta fora
do ambiente de trabalho, ou seja, a nossa vida pessoal.
Muito além do tratamento de transtornos mentais, o
tratamento terapêutico nos auxilia no desenvolvimento da
74

inteligência emocional, e na melhoria dos nossos


relacionamentos, entre outros benefícios:
- Início das reflexões sobre quem somos, sobre nossa vida
e sobre a complexidade de problemas que acabamos
percebendo serem muito menores do que imaginamos.
- Ajuda a eliminar bloqueios e medos que não nos deixam
viver da forma desejada ou encontrar os nossos reais
propósitos, uma vez que por vezes ficamos sem motivação
e sem saber sequer qual caminho seguir.
A terapia nos permite encontrar (ou reencontrar) nossas
paixões e traçar os objetivos e metas alinhados ao que de
fato nos completa.
- As emoções negativas como ansiedade, desgaste com
trabalho em excesso, final de relacionamentos, lutos, entre
outras são trabalhadas de modo a fazer o indivíduo voltar a
ter esperanças e começar a ver mais cor em sua vida.
A resiliência é estimulada e muitas pessoas começam a
descobrir que são muito mais fortes do que pensavam, pois
estavam esquecendo de valorizar a si mesmas e dirigindo
sua atenção e energia apenas aos desafios do seu dia a
dia.
- Ganho de aprendizados para toda a vida devido às
capacidades de compreensão e interpretação adquiridas
sobre si o mundo lá fora, com a ajuda do terapeuta. Assim,
ao se deparar no futuro com problemas similares e suas
próprias neuroses novamente, saberá como lidar com seus
conflitos internos com muito mais tranquilidade.
Ao decidir procurar um profissional para te guiar nessa
jornada, é importante encontrar um terapeuta com o qual
você se sinta seguro. Você pode começar buscando
sugestões de pessoas conhecidas ou de grupos mais
comprometidos em redes sociais.
75

Após isso, você precisará apenas agendar um primeiro


encontro para ver sua química com o profissional. Se não
gostar, continue procurando até encontrar aquele com
quem você se sentirá à vontade.
Se no decorrer do processo você quiser mudar de
terapeuta, assim faça, busque outro, aprenda mais coisas
novas com um novo olhar de profissional. O objetivo aqui é
cuidar da sua saúde mental e autoestima. Então, não
hesite em querer o melhor.
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Leia esse texto sempre que estiver com a autoestima


baixa

Quando você estiver se sentindo triste, depressivo,


solitário, inseguro, entediado demais ou começar achar que
a vida não tem muito sentido e bater uma sensação de
vazio, olhe para dentro de si e responda para si as
seguintes perguntas:
- Porque estou me sentindo assim para baixo? Há alguma
razão em especial? Qual?
- O que posso fazer para mudar o que estou sentindo?
- Como eu me vejo?
- Eu me gosto e compreendo a mim mesmo? Tenho
problemas com amor próprio?
- Confio nas minhas capacidades e no potencial que tenho
para realização dos meus projetos de vida? Se não, por
que?
Ao longo deste ebook, falei diversas vezes sobre a
necessidade da busca pela maior percepção e
compreensão das nossas realidades. Somente esse
entendimento é capaz de nos mostrar o quanto somos
responsáveis pela construção da nossa própria experiência
e pela transformação deste mundo para melhor ou para
pior.
Dispondo de baixos ou altos níveis de liberdade, somos os
autores da nossa história. Isso é inegável e não temos
como transferir essa responsabilidade para alguém. Culpar
os outros pelas nossas dores apenas nos deixa presos
num ciclo sem fim que conduz ao medo da não aceitação,
rejeição ou maldade alheia. Esses sentimentos nos
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conduzem a baixa autoestima e bloqueiam o nosso bem


estar e felicidade.
Quando estamos enfrentando uma fase de profunda baixa
estima, devemos lembrar que a vida é composta de fases.
Você está passando por uma fase ruim mas não pode se
limitar ou alimentar crenças negativas.
Após compreender esse ponto, você pode seguir os
seguintes passos - dentre os quais estão alguns que foram
discutidos neste ebook - para recuperar a sua autoestima
num momento de crise.
- Pare imediatamente de se criticar ou condenar e se
perdoe, porque o erro faz parte do quebra-cabeça da vida;
- Faça uma lista das suas qualidades, dons, talentos e
acertos reconhecendo-os. Após isso, se ame e se valorize
mais;
- Medite;
- Desista de esperar atitudes das pessoas e faça por você
o que deseja, desde se dar atenção, amor, afeto,
compreensão, zelo até presentes. Vá passear onde deseja,
independente de estar sozinha ou acompanhada, ver o mar
ou caminhar no parque, etc. Uma das verdades da vida é
que sofremos conforme o significado que atribuímos aos
acontecimentos e circunstâncias;
- Busque compreender seus pais, sua família, seus amigos
e comece a pensar em como melhorar seus
relacionamentos e construir lindas histórias dentro da sua
história;
- Admita que todos os eventos aparentemente negativos na
sua vida tem sim um lado bom. Parando para pensar um
pouco, não será difícil descobrir esse aspecto;
78

- Relembre e faça uma lista de todas as suas conquistas de


vida, desde criança ou adolescente;
- Faça por você mesmo o que costuma fazer pelas pessoas
que mais ama;
- Lembre-se de que a comparação que nos faz sentir-nos
abaixo de outras pessoas ou a inveja consistem em
atitudes mentais inúteis e destrutivas, que quando surgem,
precisamos abolir imediatamente substituindo essas
percepções por bons pensamentos. E isso está longe de
iludir-se, porque o futuro é todo seu e te esperam
independente da sua idade;
- Aceite verdadeiramente e agradeça aos elogios
dispensados a você;
- Aprenda com seus erros e não pense que é incapaz
porque falhou em algo agora. A resiliência é um dos
maiores poderes que podemos desenvolver;
- Quando perceber a presença de alguém que reclama o
tempo todo, fala mal dos outros ou tem uma energia
negativa, afaste-se;
- Comece a reclamar menos e agradecer mais;
- Se renove buscando novos aprendizados, leituras,
conhecimentos. Essa prática tem efeitos maiores do que
você pensa na sua saúde mental;
- Quando perceber sinceridade no amor, carinho e
consideração que as pessoas oferecem a você aceite
esses sentimentos e receba-os sem discriminações e com
gratidão;
- Seja humilde e reflita constantemente sobre suas ações;
- Não sofra com as críticas alheias. Saiba que levar as
críticas das outras pessoas para um lado pessoal é uma
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escolha sua. Afinal, o que o outro pensa sobre você cabe


dentro de sua visão limitada. Você só precisa saber que
para ser feliz neste mundo deve entender que sempre terá
algo a melhorar e se deixar seguir no fluxo da evolução no
sentido de uma experiência mais positiva para você mesmo
e aqueles que estão à sua volta;
- Desenvolva a sua Inteligência Emocional;
- E por último, adivinha? Lembre-se de que o
autoconhecimento não é uma prática isolada num dado
momento da vida. Transforme-o num amigo inseparável.

Conclusão

Esperamos ter ajudado você a perceber quantas razões


tem para começar a elevar sua autoestima hoje mesmo,
por meio de mudanças na sua atitude mental e o uso de
ferramentas e recursos maravilhosos.
Para finalizar a nossa jornada, vou compartilhar com você a
Fábula do Elefante e da Cadela.
“Uma elefanta e uma cadela ficaram grávidas ao mesmo
tempo.
Dois meses depois de engravidar a cadela deu à luz a 6
lindos filhotinhos.
Mais 6 meses se passaram, e a cadeia engravidou
novamente. Depois de outros 2 meses, outros oito filhotes.
Já haviam se passado 18 meses, quando a cadeia
encontra a mamãe elefante, e resolve zombar dela:
‘Nossa! Você tem certeza que está grávida? Já tive 14
filhotes nesse tempo todo, enquanto você só engordou, e
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não pariu nenhum! Tem certeza que vai sair alguma coisa
daí?’
Perguntou rindo e apontando com desdém.
De cabeça baixa, porém confiante, a elefanta respondeu:
‘Sim, estou grávida. Demorarei mais para dar a luz, mas
quando acontecer, você vai saber! Quando meu filhote
andar, o chão por onde ele passar vai tremer. A Terra toda
vai saber onde ele está e todos vão parar para deixá-lo
passar! O tamanho da gravidez é do tamanho do que ela
gera! Você gerou 14, pequenos. Eu gerarei só 1, mas ele
vai ser gigante, e impossível de não se notar!’

Se alguém está tentando colocar você para baixo, fazendo


comparações, definindo o que é melhor, o que é pior, o que
é sucesso, o que é fracasso, ignore totalmente...
Muitas pessoas não sabem que cada um tem um tempo e
crescimento particular até fazer nascer coisas grandes. O
mundo que está olhando para você agora vai estremecer
quando você tiver uma autoestima plena e realizar cada
coisa que sonhou.
Você é uma estrela nesse mundo e a vida está aos seus
pés, te esperando construir o que quiser nela. Faça a terra
tremer!
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VOCÊ É
INDESTRUTÍVEL.
FIQUE BEM.

Ficaremos extremamente agradecido se você nos


enviar um feedback dessa leitura no direct do
nosso INSTAGRAM: @ansiedadepensante. Iremos
ler, responder e compartilhar nos stories. <3
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SOBRE O AUTOR

Maurício Martins, 23 anos. Sou fundador


do projeto @ansiedadepensante no
INSTAGRAM. Desde que desenvolvi
TRANSTORNO DO PÂNICO comecei a
estudar sobre o tema e me apaixonei
pela psicologia... Estou sempre
estudando sobre ansiedade, autoestima,
saúde mental e publicando diariamente
conteúdos transformadores, impactantes
e motivacionais para mais de 550 mil
pessoas que acompanham a página.
Fundada em 2018 ela gera uma total
identificação com o público que acaba se
encontrando ali de alguma forma.

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