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Diretora Geral
Odília Dantas Moliterni

Coordenador do Curso
Prof. Dr. Paulo Benigno Pena Batista

Assessoria Pedagógica
Profa. Cleyse Dagmar Santos Araújo Bianchi
Profa. Sheyla Maria de Almeida Couto Pastori

Tutores
Julie Alvina Guss Patricio
Mabel Barbosa Esteves
Naiara Moreira Pimentel
Renato Guizzo
Rosely Oliveira Andrade Cruz
Tiago Jose De Macedo Cadide

1
“O bom médico trata as doenças,
mas o grande médico trata o paciente.”
William Osler, (1849 – 1919).

2
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 4
ÁRVORE TEMÁTICA........................................................................................................... 5
OBJETIVOS PEDAGÓGICOS ............................................................................................. 6
CONTEÚDOS DE APRENDIZAGEM .................................................................................. 6
COMPONENTES CURRICULARES PARTICIPANTES ...................................................... 6
CARGA HORÁRIA ............................................................................................................... 7
CONSULTORIAS DO MÓDULO.......................................................................................... 7
CRONOGRAMA DO MÓDULO ........................................................................................... 8
PALESTRAS...................................................................................................................... 11
FILMES RECOMENDADOS .............................................................................................. 12
AUSÊNCIA NO TBL........................................................................................................... 14
ENCONTROS DO MÓDULO ............................................................................................. 14
REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 35
BÁSICAS ........................................................................................................................... 35
COMPLEMENTARES ........................................................................................................ 37
LEGISLAÇÕES .................................................................................................................. 38
SITES ................................................................................................................................ 38
ANEXOS ............................................................................................................................ 39
OS SETE PASSOS DA SESSÃO TUTORIAL ................................................................... 39
PROCEDIMENTOS PARA O FEEDBACK......................................................................... 40

3
INTRODUÇÃO

Estimado Discente,
Neste componente discutiremos a história da medicina, para que você compreenda
sua importância e evolução no tempo e circunstâncias sociais. Acreditava-se que o médico
era intermediário entre homens e deuses, configurando a medicina como sacerdócio,
atribuindo a ele função patriarcal e a decisão sobre o destino do paciente.
Após a Constituição Federal de 1988 o papel do médico se modificou, exigindo o
domínio de conteúdos científicos com visão sistêmica do homem para prestar assistência
ao paciente.
A formação médica, a partir das novas exigências das DCN/2014, adequou-se às
propostas pedagógicas centradas no protagonismo discente, com eixo fundante as
metodologias ativas preconizadas pelas Organizações Mundial (OMS) e Panamericana de
Saúde (OPAS). Esta proposta metodológica iniciou-se no Canadá, na Universidade de
MacMaster e nos Estados Unidos, na Universidade de Harvard e Europa, na Universidade
de Maastricht na Holanda em contraposição à metodologia tradicional, que privilegia o
conteúdo científico, a prática hospitalar e a especialização profissional.
Destarte, o uso das metodologias ativas, centrado no discente e mediado pelo
professor, possibilita desenvolver autonomia, procedimentos de estudo, trabalhar em
equipe e aprender fazendo.

Seja bem-vindo!
Dr. Israel Lucas Fernandes De Paula E Silva
e-mail: israel.silva@kroton.com.br

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ÁRVORE TEMÁTICA

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OBJETIVOS PEDAGÓGICOS

• Conhecer a história da medicina, as propostas pedagógica e curricular do curso de


Medicina da UNIME;
• Compreender o uso das metodologias ativas, da TBL e da PBL e a relação interdisciplinar
existente entre os componentes curriculares do curso de Medicina;
• Comparar as concepções de formação médica propostas por Flexner e Dawson;
• Conhecer o Método Clínico Centrado na Pessoa (MCCP) para a formação acadêmica
do médico atual;
• Conhecer os Códigos de Ética do Estudante de Medicina e de Ética Médica, como
documentos norteadores de proteção a atividade acadêmica e exercício da profissão
médica.

CONTEÚDOS DE APRENDIZAGEM

• História da Medicina;
• Propostas pedagógicas e curriculares do curso de Medicina da UNIME;
• Código de Ética do Estudante de Medicina;
• Código de Ética Médica;
• Programa Mais Médicos;
• Método Clínico Centrado na Pessoa.

COMPONENTES CURRICULARES PARTICIPANTES

• História da Medicina
• Ética Médica
• Antropologia
• Andragogia
• Sociologia
• Saúde Coletiva

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CARGA HORÁRIA

ATIVIDADES CARGA HORÁRIA


Tutoria 40h
Palestras 04h
Laboratório Práticas Integradas (LPI) 06h
Laboratório Morfofuncional (LMF) 14h
Consultoria 03h
Estudo Autodirigido 73h
Carga Horária Total 140h

Obs: Os discentes que não obtiverem 75% de presença nas atividades remotas, incluindo
as Tutorias, Palestras, Consultorias, Laboratório Morfofuncional e Laboratório de Práticas
Integradas serão reprovados.

CONSULTORIAS DO MÓDULO

DATA HORÁRIO
06/02/23 8h
14/02/23 18h
14/03/23 18h
16/03/23 Devolutiva da prova – 11h

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CRONOGRAMA DO MÓDULO

ATIVIDADES DATAS
Abertura 06/02/23
Período 06/02/23 a 13/03/23
Última Sessão 13/03/23

LABORATÓRIO DE MORFOFUNCIONAIS (LMF)


Docentes da Anatomia: Naiara Pimentel, Tiago Cadidé, Eulália Pinheiro e Rafael
Gomes
Docentes da Histologia: Edvana Ferreira, Maria Clara Oliveira, Thaline Mabel Santos
e Julie Guss
Coordenadora do 1º Ano do LMF: Profª MsC Naiara Pimentel
Coordenadora Geral do LMF: Profª. MsC. Simone Cucco

✓ As aulas práticas de anatomia e de histologia ocorrerão de maneira espelhada em seus


respectivos laboratórios com toda a turma distribuída entre os mesmos.

✓ Os dias de quarta e quinta feiras são destinados ao estudo da disciplina devendo ser
respeitado o cronograma de realização das atividades e o seu respectivo professor
alocado.

✓ Devem ser respeitadas todas as regras/orientações para a realização das aulas práticas;
nos dias de estudo e revisão de prova.

✓ Para os dias de estudo é necessário obedecer as regras do laboratório assim como a


sua capacidade máxima orientada pelos técnicos do laboratório e/ou professores.

✓ As distribuições dos discentes, seu respectivo professor e horário de aula e/ou prova
será divulgado no blog do curso de medicina da UNIME.

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CRONOGRAMA

DATA TEMA DA AULA


Anatomia: Planos, eixos e movimentos
09/02/2023
Histologia: Introdução à microscopia
15/02/2023 Anatomia: Estudo
Anatomia: Ossos dos MMII (coxa)
16/02/2023
Histologia: Tecido epitelial
22/02/2023 FERIADO
Anatomia: Ossos dos MMII (perna e pé)
23/02/2023
Histologia: Tecido conjuntivo
01/03/2023 Anatomia: Estudo
Anatomia: Músculos dos MMII
02/03/2023
Histologia: -----
08/03/2023 Anatomia: Estudo
Anatomia: Prova
09/03/2023
Histologia: Prova
16/03/2023 Revisão de Prova / Segunda Chamada

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LABORATÓRIO DE PRÁTICAS INTEGRADAS (LPI)
Docentes: Cristiane Nascimento, Edvana Ferreira, Jorge Ribas, Rafael Gomes, Tiago
Landim, Vanessa Riesz Salgado.
Coordenadora Geral do LMF: Pfa. MsC. Simone Cucco
✓ As aulas práticas de práticas integradas ocorrerão de maneira espelhada em seus
respectivos laboratórios com toda a turma distribuída entre os mesmos.
✓ Devem ser respeitadas todas as regras/orientações para a realização das aulas práticas.

CRONOGRAMA

DATA TEMA DA AULA


07/02/2023 Noções de Biossegurança

14/02/2023 Estação 1: Equipamentos e materiais utilizados em


Laboratório
Estação 2: Vidrarias mais utilizadas no laboratório
Estação 3: Esterilização e autoclavação de materiais
Estação 4: Descarte de resíduos
28/02/2023 Técnicas de pipetagem
Lavagem das Mãos (Antissepsia)
07/03/2023 Identificação e caracterização de microrganismo (Exame
a Fresco e Coloração Simples)
14/03/2023 Avaliação Prática – LPI

OBSERVAÇÃO:

As aulas para as turmas práticas A, B, C e D serão realizadas às terças-feiras das 14h00


às 15h40 e para as turmas práticas E, F, G e H serão realizadas às terças-feiras das 16h00
às 17h40.
As estações serão realizadas para todas as turmas práticas de forma simultânea.

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PALESTRAS

Palestra 1: O papel do médico na visão da sociedade.


Palestrante: Israel Lucas Fernandes de Paula e Silva
Objetivo: Conhecer a evolução histórica da relação médico-paciente.
Data: 14/02/2023
Horário: 18:00

REFERÊNCIA OBRIGATÓRIA:

SARRIS, Andrey Biff; PUCCI FILHO, Carlos Rory; GRIK, Caroline Dobis; GALVÃO, Letícia
Carollyne; SOUZA, Rodrigo Diego de. O PAPEL DO MÉDICO NA VISÃO DA SOCIEDADE
DO SÉCULO XXI: o que realmente importa ao paciente?. Visão Acadêmica, Curitiba, v.
18, n. 1, 12 jun. 2017. Universidade Federal do Parana.
http://dx.doi.org/10.5380/acd.v18i1.51737.

Palestra 2: A formação da identidade do médico na graduação.


Palestrante: Israel Lucas Fernandes de Paula e Silva
Objetivo: Entender a construção da identidade do médico ao longo do curso de medicina,
discutindo a idealização do papel do médico, as motivações conscientes e inconscientes
na opção profissional e as dificuldades dos primeiros anos na escola médica.
Data: 14/03/2023
Horário: 18:00

REFERÊNCIA OBRIGATÓRIA:
RAMOS-CERQUEIRA, Ana Teresa de Abreu; LIMA, Maria Cristina Pereira. A formação da
identidade do médico: implicações para o ensino de graduação em medicina. Interface -
Comunicação, Saúde, Educação, [S.L.], v. 6, n. 11, p. 107-116, ago. 2002. FapUNIFESP
(SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/s1414-32832002000200008.

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FILMES RECOMENDADOS

MÉTODO CIENTÍFICO: estudo e história da medicina Something the Lord


Made - “Quase Deuses” 2004
https://www.youtube.com/watch?v=Qx0Ohh1FfEU - Dublado
Data de lançamento: 30 de maio de 2004 (mundial)
Direção: Joseph Sargent
Prêmios: Prêmio Emmy do Primetime: Melhor Filme Feito Para Televisão, MAIS
Roteiro: Robert Caswell, Peter Silverman

O filme conta a história verdadeira e emocionante de dois homens que desafiaramas


regras em sua época para iniciar uma revolução médica. Na Baltimore dos anos 30, o Dr.
Alfred Blalock (Alan Rickman) é o técnico de laboratório Vivien Thomas (Mos Def) realizam
cirurgias cardíacas usando uma técnica sem precedentes, atuando como equipe de uma
maneira impressionante. Mas ao mesmo tempo em que travam uma corrida contra o tempo
para salvarem a vida de um bebê, ambos ocupam diferentes condições sociais na cidade.
Blalock é o saudável homem branco que comanda o Departamento Cirúrgico do Hospital
Johns Hopkins; Thomas é negro e pobre, um habilidoso carpinteiro. Quando Blalock e
Thomas desbravam um novo campo na medicina, salvando milhares de vidas graças ao
processo, as pressões sociais ameaçam minar sua parceria e por um fim à amizade que
nasceu entre eles.

HISTÓRIA DA MEDICINA
The Physician - “O Físico” 2013
https://www.youtube.com/watch?v=cCntjq6pS28 - legendado
https://www.youtube.com/watch?v=MG3xN-ZRVU8 - dublado
Data de lançamento: 9 de outubro de 2014 (Brasil)
Direção: Philipp Stölzl
Adaptação de: O Físico, livro de Noah Gordon

História e medicina em uma mesma obra de ficção. O título original, The Physician, deveria
ser traduzido como O Médico. A trama fala sobre um praticante da medicina, Rob Cole
(Tom Payne), que vive na Inglaterra medieval. Rob perde a mãe quando criança e, afastado
de seus irmãos, torna-se aprendiz de um cirurgião- barbeiro – prática comum da época,

12
com técnicas bastante rudimentares. Ele aperfeiçoa os ensinamentos conforme cresce e,
depois de ver uma cirurgia, feita por um judeu, que evita que seu mestre perca a visão,
decide ir até a Pérsia, aprender com o sábio Ibn Sina (Ben Kingsley) e explorar todos os
campos da medicina.
Para conseguir isso, Rob se passa por judeu, já que cristãos não eram admitidos na escola.
Durante a viagem da Inglaterra até a Pérsia, surgem as complicações. Os pontos altos
do filme são o aparecimento da peste negra, as questões sociopolíticas que
rondam a escola de medicina e os estudos do protagonista a respeito da anatomia humana.

ÉTICA E EDUCAÇÃO MÉDICA


Mãos Talentosas: A História de Ben Carson
Ficha técnica: Gifted Hands The Ben Carson Story, 2009(EUA)
Direção: Thomas Carter.
https://www.youtube.com/watch?v=wsPg_qyKiOs
O filme narra a história real do Dr Benjamin Carson, um dos mais respeitados
neurocirurgiões do mundo. Cresceu em um lar desfeito e em meio à pobreza e ao
preconceito, suas notas eram baixas e seu temperamento inflamado. Sua trajetória
descreve o papel vital que sua mãe, uma senhora analfabeta, mas muito inteligente que
insistiu para que ele seguisse as oportunidades que ela nunca teve, ajudou-o a expandir
sua imaginação, sua inteligência e sua crença em si mesmo. Em 1987, o Dr. Carson
alcançou renome mundial por seu desempenho na bem-sucedida separação de dois
gêmeos siameses, unidos pela parte posterior da cabeça - uma operação complexa e
delicada que exigiu cinco meses de preparativos e vinte eduas horas de cirurgia.
Demostra também sua sensibilidade para tratar seus pacientes com uma visãoglobalizada
da saúde, respeitando a dor dos que trata, como também seu respeito aos preceitos éticos
da medicina
A cena apresenta o momento em que Ben encontra uma pedra diferente. Curioso ejá
habituado à leitura, em sua visita semanal à biblioteca pede um livro sobre rochas para
pesquisar o assunto.
O trecho possibilita discutir com os professores alguns elementos da pesquisa tais como o
questionamento, a curiosidade e a leitura peças fundamentais na formação de um bom
médico.

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AUSÊNCIA NO TBL
Na ausência do Discente será atribuída nota zero na Sessão de TBL. Nas situações
de doença comprovada por atestado médico ou impedimento de ordem jurídica também
comprovado devem seguir o quanto estipula o regimento ou regulamento de avaliação e
notas do curso de medicina o qual o(a) aluno(a) tem o dever de conhecer.

ENCONTROS DO MÓDULO

1o ENCONTRO – 06/02/23

SEMANA DO CALOURO/ APRESENTAÇÃO DO CADERNO

2o ENCONTRO – 09/02/23

SEMANA DO CALOURO/ TREINAMENTO TBL

3o ENCONTRO – 11/02/23

PBL 1 o SESSÃO

4o ENCONTRO – 13/02/23
TBL 1o SESSÃO

5o ENCONTRO – 16/02/23

TBL 2o SESSÃO

6o ENCONTRO – 23/02/23
TBL 3o SESSÃO

7o ENCONTRO – 27/02/23
TBL 4o SESSÃO

8o ENCONTRO – 02/03/23
TBL 5o SESSÃO
14
9o ENCONTRO – 04/03/23
PBL 2o SESSÃO

10o ENCONTRO – 06/03/23


TBL 6o SESSÃO

9o ENCONTRO – 09/03/23
TBL 7o SESSÃO

10o ENCONTRO – 13/03/23


TBL 8o SESSÃO

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SEMANA DO CALOURO/TREINAMENTO TBL

Objetivo de aprendizagem:
1. Compreender a organização geral das células eucariontes;

Conteúdos pedagógicos:
1. Células eucariontes.

REFERÊNCIA
Bouzon, Zenilda Laurita et al. Organização geral das células eucariontes.
IN:_______Biologia celular. 2. ed. — Florianópolis: BIOLOGIA/EAD/UFSC, 2010.
Disponível em: https://uab.ufsc.br/biologia/files/2020/08/Biologia-Celular.pdf. Acessado em
12 dez. 2022.

16
TBL: 1o SESSÃO
Juliano, discente do primeiro ano do Curso de Medicina da UNIME, está apreensivo, pois
hoje é o primeiro encontro da TBL. Ele teve sua matrícula efetivada após a semana do
calouro e está confuso com as informações que recebeu sobre como o encontro irá ocorrer:
“— Ah! Se não fossem essas novas Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de
Medicina, eu iria dormir e esquecer a TBL... — Será que ao decorrer do curso os módulos
temáticos mudarão da TBL para a PBL conforme meu colega veterano me falou? Será que
a gente realmente aprende com o uso dessas metodologias ativas?"
Durante a semana não conseguia se concentrar no LPI e faltou à aula prática do LMF. Só
pensava em estudar para atingir os objetivos educacionais presentes no caderno do
discente de IEM, já que seria avaliado nas atividades da TBL.

Objetivos de aprendizagem:
2. Compreender a dinâmica pedagógica da TBL e da PBL;
3. Comparar a metodologia tradicional às metodologias ativas, preferencialmente a PBL e
a TBL;
4. Conhecer as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) de 2014 para o curso de Medicina
da UNIME;
5. Caracterizar os cenários práticos de aprendizagem e sua relação com os Componentes
Curriculares da UNIME;
6. Explicar os princípios básicos da avaliação e relacioná-los com os diversos componentes
curriculares da UNIME.

Conteúdos pedagógicos:
2. Dinâmica pedagógica da TBL e das sessões tutoriais.
3. Metodologia tradicional e metodologias ativas.
4. Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) dos cursos de graduação em Medicina:
diretrizes e áreas de atuação.
5. Cenários de ensino e aprendizagem do Curso de Medicina da UNIME.
6. Princípios de avaliação.

17
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação. Resolução no 3, de 20 de junho de 2014. Brasília-DF,
2014. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=15874-
rces003-14&category_slug=junho-2014-pdf&Itemid=30192. Acessado em: 10 dez. 2022.

BRASIL. Mistério da Educação. Diretrizes curriculares nacionais do curso de


graduação em medicina. Brasília-DF, 2014. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/Med.pdf. Acessado em: 10 dez. 2022.

GONZÁLEZ, Alberto Durán; ALMEIDA, Marcio José de. Movimentos de mudança na


formação em saúde: da medicina comunitária às diretrizes curriculares. Physis:
Revista de Saúde Coletiva, [S.L.], v. 20, n. 2, p. 551-570, 2010. FapUNIFESP (SciELO).
http://dx.doi.org/10.1590/s0103-73312010000200012.

JUNIOR, Francisco Demontiez Dias. As diferenças existentes entre a aula expositiva


clássica e a dialogada. Anais VIII FIPED. Campina Grande: Realize Editora, 2016

MARQUES, Ana Paula Ambrósio Zanelato et al. A experiência da aplicação da


metodologia ativa team based learning aliada a tecnologia no processo de ensino e
de aprendizagem. Dissertação (Mestrado em Educação). Presidente Prudente: Unoeste,
2019. p.45-66, 82, 84, 118 e 119

QUEIROZ, Késsya Ingrid Rodrigues et al. Os tipos de avaliações e suas funções no


processo de ensino e aprendizagem. Anais VI CONEDU. Campina Grande: Realize
Editora, 2019.

SANTOS, Leonor. A articulação entre a avaliação somativa e a formativa, na prática


pedagógica: uma impossibilidade ou um desafio?. Ensaio: Avaliação e Políticas
Públicas em Educação, [S.L.], v. 24, n. 92, p. 637-669, set. 2016. FapUNIFESP (SciELO).
http://dx.doi.org/10.1590/s0104-40362016000300006.

SOUZA, Samir Cristino de; DOURADO, Luis. Aprendizagem baseada em problemas

18
(ABP): um método de aprendizagem inovador para o ensino educativo. Holos, [S.L.],
v. 5, p. 182-200, 1 out. 2015. Instituto Federal de Educacao, Ciencia e Tecnologia do Rio
Grande do Norte (IFRN). http://dx.doi.org/10.15628/holos.2015.2880.

SOUZA, Fabiula Silva de; SOUZA, Ludimila Meira; BOONE, Maruza Brasil. Avaliação: um
processo contínuo de ensino e aprendizagem. Vitória: Multivix, p. 2-3

UNIÃO METROPOLITANA PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO E CULTURA.


Projeto Pedagógico do Curso de Medicina. Lauro de Freitas: UNIME, 2016.

LEITURA COMPLEMENTAR

SIMON, Eduardo; et al. Metodologias ativas de ensino-aprendizagem e educação


popular: encontros e desencontros no contexto da formação dos profissionais de
saúde. Interface - Comunicação, Saúde, Educação, [S.L.], v. 18, n. 2, p. 1355-1364, dez.
2014. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/1807-57622013.0477.

PEREIRA, Ranielly da Cruz; et al. Metodologias Ativas ou Convencionais para o


desenvolvimento de Trabalhos de Conclusão de Curso? Uma análise da percepção
de alunos do curso de Administração. Id On Line Revista de Psicologia, [S.L.], v. 12, n.
41, p. 371-389, 29 jul. 2018. Lepidus Tecnologia.
http://dx.doi.org/10.14295/idonline.v12i41.1224.

19
TBL: 2o SESSÃO
Um dia, Juliano assistia ao filme “E o Vento Levou”, quando se deparou com uma cena em
um hospital militar, onde a perna de um soldado da época da Guerra Civil Americana era
amputada. O filme não mostrou o procedimento, mas apenas retratou o soldado sendo
segurado e gritando, com muita dor. Intrigado, Juliano resolveu pesquisar na Internet como
era possível amputar uma perna inteira. Encontrou um procedimento de amputação pouco
acima do joelho, na borda da patela. O cirurgião precisa cortar a pele, a fáscia e os
músculos da coxa. Com uma serra, ele secciona o fêmur. O tendão adutor é separado do
epicôndilo medial e do fêmur distal. Depois, a pele e os tecidos subcutâneos são fechados
em camadas.
Juliano se surpreendeu ao saber que, na época retratada no filme, não estariam disponíveis
analgésicos ou antibióticos. Os cirurgiões da época não removiam os detritos do ferimento
antes da cirurgia e a mortalidade chegava a 54% dos pacientes. Hoje, esse procedimento
seria realizado em uma sala cirúrgica estéril, por uma equipe com um cirurgião, uma
enfermeira cirúrgica, um técnico de limpeza, um assistente cirúrgico e um anestesiologista,
com muito menos complicações.
Juliano se sentiu maravilhado com esses avanços e pensou: “– Como será que eles
descobriram essas coisas?”. E aqueles primeiros cirurgiões, como eles sabiam o que
estavam fazendo? Onde aprendiam as técnicas cirúrgicas? Será que as faculdades de
medicina sempre foram do jeito que a gente conhece hoje?

Objetivos de Aprendizagem
1. Descrever os principais marcos históricos da Medicina;
2. Comparar o conhecimento médico nos diferentes tempos históricos;
3. Caracterizar o método empírico e o experimentalismo com o modelo científico atual;
4. Descrever a anatomia musculoesquelética do membro inferior.

Conteúdos Pedagógicos
1. História da Medicina: principais marcos nas diferentes épocas.
2. Evolução histórica do conhecimento médico.
3. Tipos de Conhecimento: senso comum, religioso, empírico e científico.
4. Anatomia dos membros inferiores

20
REFERÊNCIAS

ALLAMEL-RAFFIN, Catherine; LEPLÈGE, Alain; JUNIOR, Lybio Martire. História da


Medicina. Aparecida-SP: Idéia Letras, 2011. p.15-28, 33-34, 43-45

REZENDE, Joffre Marcondes de. A medicina na passagem do milênio. À Sombra do


Plátano: crônicas de história da medicina, [S.L.], p. 281-295, 2009. Editora Fap-Unifesp.
http://dx.doi.org/10.7476/9788561673635.0036.

REZENDE, Joffre Marcondes de. A institucionalização do ensino médico. À Sombra do


Plátano: crônicas de história da medicina, [S.L.], p. 121-129, 2009. Editora Fap-Unifesp.
http://dx.doi.org/10.7476/9788561673635.0013.

REZENDE, Joffre Marcondes de. Os construtores da moderna medicina. À Sombra do


Plátano: crônicas de história da medicina, [S.L.], p. 181-200, 2009. Editora Fap-Unifesp.
http://dx.doi.org/10.7476/9788561673635.0021.

RIOS, Ediara Rabello Girão; FRANCHI, Kristiane Mesquita Barros; SILVA, Raimunda
Magalhães da; AMORIM, Rosendo Freitas de; COSTA, Nhandeyjara de Carvalho. Senso
comum, ciência e filosofia: elo dos saberes necessários à promoção da saúde.
Ciência & Saúde Coletiva, [S.L.], v. 12, n. 2, p. 501-509, abr. 2007. FapUNIFESP (SciELO).
http://dx.doi.org/10.1590/s1413-81232007000200026.

POTTER, Roy. Cambridge: história da medicina. Rio de Janeiro-Rj: Thieme Revinter,


2008. p.49-58, 63-72, 142-148.

21
TBL 3o SESSÃO
Juliano visitou uma exposição onde a pintura “Desembarque de Pedro Álvares Cabral em
Porto Seguro em 1500” do pintor Oscar Pereira da Silva se encontrava. Ao analisar a
pintura, imaginou como a medicina era exercida na época do Brasil colônia. Será que os
índios tinhas seus próprios médicos?, “pensou” alto. Mariana, sua colega de turma, que o
ouviu sem querer, disse: -- Existiam poucas doenças no Brasil até a chegada dos brancos
e posteriormente dos negros aqui. Acho que a medicina do jeito que a gente conhece só
iniciou com a vinda da família real ao Brasil. Houve diversos eventos emblemáticos para
saúde da descoberta do Brasil até os dias atuais. Juliano se lembrou dessas coisas e disse:
é mesmo!... Só que antes da vinda da família real os jesuítas estivem no Brasil realizando
missões. Tenho quase certeza que alguns deles exerciam a medicina. Será que exerciam
de forma ilegal? Quem pode exercer a medicina hoje no Brasil? O que só o médico pode
fazer? Me lembro que há alguns anos teve uma polêmica envolvendo os médicos e os
outros profissionais da saúde. Mariana lembrou: teve mesmo! Acho que foi por conta do ato
médico.

Pintura óleo sobre tela “Desembarque de Pedro Álvares Cabral em Porto Seguro em 1500”
(Oscar Pereira da Silva). Imagem: Wikimedia Commons.

22
Fonte: Folha de S. Paulo, 12 de junho de 2013.

Objetivos de Aprendizagem
1. Descrever os principais marcos históricos da Medicina no Brasil;
2. Analisar a legislação do exercício profissional da Medicina – Lei do ato médico/Lei
no12.842-2013.

Conteúdos Pedagógicos
1. História da Medicina: principais marcos brasileiros;
2. Lei do Ato Médico/Lei no 12.842/2013.

REFERÊNCIAS

ACIOLE, Giovanni Gurgel. A Lei do Ato Médico: notas sobre suas influências para a
educação médica. Revista Brasileira de Educação Médica, [S.L.], v. 30, n. 1, p. 47-54, abr.
2006. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/s0100-55022006000100008.

ALLAMEL-RAFFIN, Catherine; LEPLÈGE, Alain; JUNIOR, Lybio Martire. História da


Medicina. Aparecida-SP: Idéia Letras, 2011. p.85-98

BRASIL. Lei nº 12.842, de 10 de julho de 2013. Brasília-DF, 2013. Disponível em:


https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/lei/l12842.htm. Acessado em:

23
10 dez. 2022.

CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA. Contrarrazões aos vetos à Lei do Ato Médico.


Disponível em: https://portal.cfm.org.br/images/PDF/contrarrazoesato%20medico.pdf.
Acessado em: 10 dez. 2022.

CARVALHO, Leandro Rodrigues de Oliveira; RODRIGUES, Hellbia Samara Moreira de


Carvalho; ROSA, Chennyfer Dobbins Paes da. Marcos históricos que permeiam a saúde
pública brasileira: perspectiva de 1950 até 2019. Revista Educação em Saúde, [S.L.], v.
8, n. 1, p. 161-177, 13 jul. 2020. Associacao Educativa Evangelica.
http://dx.doi.org/10.29237/2358-9868.2020v8i1.p161-177.

LEITURA COMPLEMENTAR

SANTOS FILHO, Lycurgo de Castro. Alguns aspectos da história da medicina brasileira.


Front Matter / Elementos Pré-Textuais / Páginas Iniciales, [S.L.], p. 91-96, 1995. Editora
FIOCRUZ. http://dx.doi.org/10.7476/9788575416075.006.

24
TBL: 4o SESSÃO
Carolina Flexner, quarto semestre do curso de Medicina, apresentou seu relatório na aula
do LPI no módulo “Processo de Envelhecimento” com propostas para o casal de idosos que
acompanhou nas visitas que ocorreram no PINESC.
Propôs o aparelhamento das Unidades Básica de Saúde (UBS) com o uso de tecnologias
e médicos especialistas para tratar as doenças que acometem os idosos. Relatou a
necessidade de “reparar os danos no organismo” dos idosos e a resistência destes em
seguir ordens médicas, por acreditarem em “chás caseiros”. Sugeriu orientação aos
“velhinhos” e atenção aos primeiros sinais de doença, “para um diagnóstico e cura com
mais rapidez”.
Após os aplausos, sua colega Mariana Dawson apresentou a história de “seus idosos”, com
características similares ao casal adotado por Carolina, com informações sobre a casa,
família e bairro. Falou em valorizar aspectos psicossociais e as condições
socioeconômicas, sugerindo o acompanhamento do casal pela Estratégia Saúde da Família
(ESF) em seu próprio domicílio, além de atividades educativas, físicas e de lazer. Enfatizou
que, apesar das idades avançadas, havia ainda muito a ser feito quanto à promoção da
saúde e bem-estar do casal, família e comunidade.
Ao final da apresentação, Juliano, refletiu: “— Que interessante! Nós estudamos na mesma
faculdade, mas houve propostas de estudo diferentes”.

Objetivos de Aprendizagem
1. Comparar os modelos de formação / atenção médica
propostos por Flexner/Dawson;
2. Identificar o perfil profissiográfico do médico egresso da UNIME, descrito no Projeto
Político Pedagógico do Curso;
3. Relacionar a proposta do Ensino Baseado na Comunidade e a inserção precoce do
discente no Serviço Público de Saúde;

Conteúdos Pedagógicos
1. Relatório Flexner e Informe Dawson.

25
REFERÊNCIAS

COELHO, IVAN BATISTA. As propostas de modelos alternativos em saúde. NESCON:


biblioteca virtual. Belo horizonte-MG: UFMG, 2019. Disponível em:
https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/2147.pdf. Acessado em:
10/12/2022.

FERREIRA, Iago Gonçalves. Educação Médica: currículo e formação. In: FERREIRA, Iago
Gonçalves. Preceptoria médica: guia básico de ensino-aprendizagem. Porto Alegre: Ed.
Da UFCSPA, 2022. p. 11-22.

GONZÁLEZ, Alberto Durán; ALMEIDA, Marcio José de. Movimentos de mudança na


formação em saúde: da medicina comunitária às diretrizes curriculares. Physis: Revista de
Saúde Coletiva, [S.L.], v. 20, n. 2, p. 551-570, maio 2010. FapUNIFESP (SciELO).
http://dx.doi.org/10.1590/s0103-73312010000200012.

PAGLIOSA, Fernando Luiz; ROS, Marco Aurélio da. O relatório Flexner: para o bem e
para o mal. Revista Brasileira de Educação Médica, [S.L.], v. 32, n. 4, p. 492-499, dez.
2008. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/s0100-55022008000400012.

PORTELA, Gustavo Zoio. Atenção Primária à Saúde: um ensaio sobre conceitos


aplicados aos estudos nacionais. Physis: Revista de Saúde Coletiva, [S.L.], v. 27, n. 2,
p. 255-276, jun. 2017. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/s0103-
73312017000200005. p. 256-258

UNIÃO METROPOLITANA PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO E CULTURA.


Projeto Pedagógico do Curso de Medicina. Lauro de Freitas, 2016. p. 68-71

26
TBL: 5o SESSÃO
Juliano estava acompanhando o atendimento de Dr. João, médico de família e
comunidade, e achou diferente a abordagem que ele fazia com seus pacientes. Ao final do
turno comentou com Dr. João que achou estranho ele ter perguntado ao paciente como ele
se sentia em ter diabetes, que levou o paciente a chorar ao contar a história da morte do
seu pai após a amputação de um dos membros por descontrole da diabetes e que estava
com medo de ter o mesmo fim, e que ficou impressionado em como o paciente se mostrou
aberto a aderir ao tratamento ao final da consulta. Dr. João sorriu e disse: --- Esta
ferramenta é muito utilizada na MFC! Você acabou de vivenciar a execução do MCCP.

Objetivos de Aprendizagem
1. Comparar a Medicina de Família e Comunidade (MFC) e o Método Clínico Centrado na
Pessoa (MCCP).

Conteúdos Pedagógicos
1. Medicina de Família e Comunidade (MFC).
2. Método Clínico Centrado na Pessoa (MCCP).

REFERÊNCIAS

GUSSO, Gustavo. Medicina de família e comunidade como especialidade médica e


profissão. In: GUSSO, Gustavo. Tratado de Medicina de Família e Comunidade:
princípios, formação e prática. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2019. Cap. 2. p. 127-146.

LOPES, José Mauro Ceratti. Consulta e abordagem centrada na pessoa. In: GUSSO,
Gustavo. Tratado de Medicina de Família e Comunidade: princípios, formação e prática. 2.
ed. Porto Alegre: Artmed, 2019. Cap. 2. p. 475-508.

FERTONANI, Hosanna Pattrig; PIRES, Denise Elvira Pires de; BIFF, Daiane; SCHERER,
Magda Duarte dos Anjos. Modelo assistencial em saúde: conceitos e desafios para a
atenção básica brasileira. Ciência & Saúde Coletiva, [S.L.], v. 20, n. 6, p. 1869-1878, jun.
2015. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/1413-81232015206.13272014.

27
LEITURA COMPLEMENTAR

CASTRO, Rodrigo Caprio Leite de. A abordagem médica centrada na pessoa no


processo terapêutico da hipertensão arterial sistêmica e do diabetes mellitus em
atenção primária à saúde: fatores associados e qualidade do manejo. 2015. 218 f.
Tese (Doutorado) - Curso de Epidemiologia, Ufrgs, Porto Alegre, 2015. Disponível em:
https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/127399/000973690.pdf?sequence=1.
Acesso em: 10 dez. 2022.

28
TBL: 6o SESSÃO
Juliano, estudando para a tutoria sobre a ética médica, conheceu o juramento de
Hipócrates, escrito no século V a.C.:

“Eu juro, por Apolo médico... a promessa que se segue:


Estimar, tanto quanto a meus pais, aquele que me ensinou esta arte; fazer vida comum e,
se necessário for, com ele partilhar meus bens; ter seus filhos por meus próprios irmãos;
ensinar-lhes esta arte, se eles tiverem necessidade de aprendê-la, sem remuneração e nem
compromisso escrito; participar dos preceitos, das lições e de todo o resto do ensino, meus
filhos, os de meu mestre e os discípulos inscritos segundo os regulamentos da profissão,
porém, só a estes. Aplicarei os regimes para o bem do doente segundo o meu poder e
entendimento, nunca para causar dano ou mal a alguém. A ninguém darei por comprazer,
nem remédio mortal nem um conselho que induza a perda. Do mesmo modo não darei a
nenhuma mulher uma substância abortiva. Conservarei imaculada minha vida e minha arte.
Não praticarei a talha, mesmo sobre um calculoso confirmado; deixarei essa operação aos
práticos que disso cuidam. Em toda casa, aí entrarei para o bem dos doentes, mantendo-
me longe de todo o dano voluntário e de toda a sedução, sobretudo dos prazeres do amor,
com as mulheres ou com os homens livres ou escravizados. Àquilo que no exercício ou fora
do exercício da profissão e no convívio da sociedade, eu tiver visto ou ouvido, que não seja
preciso divulgar, eu conservarei inteiramente secreto. Se eu cumprir este juramento com
fidelidade, que me seja dado gozar felizmente da vida e da minha profissão, honrado para
sempre entre os homens; se eu dele me afastar ou infringir, o contrário aconteça."
Após uma análise detalhada, Juliano pensou como pôde um homem que viveu na
Antiguidade prever vários princípios bioéticos regentes na prática atual?

Objetivos de Aprendizagem
1. Diferenciar ética, moral, costumes e ética médica;
2. Identificar os princípios bioéticos no juramento de Hipócrates, exemplificando com os
respectivos trechos do texto;

Conteúdos Pedagógicos
1. Juramento Hipocrático.
2. Ética médica e os princípios norteadores.

29
REFERÊNCIAS

BRENER, Pedro Zanetta; LICHTENSTEIN, Arnaldo. Juramento de Hipócrates: análise


crítica. Revista Bioética, [S.L.], v. 30, n. 3, p. 516-524, set. 2022. FapUNIFESP (SciELO).
http://dx.doi.org/10.1590/1983-80422022303545pt.

DURAND, GUY. Introdução geral à bioética: história, conceitos e instrumentos. 5 Ed.


São Paulo: Ed. Centro Universitário São Camilo, Loyola, 2014. p.19-21, 67-76, 203-214.

MUÑOZ, Daniel Romero. Bioética: a mudança da postura ética. Revista Brasileira de


Otorrinolaringologia, [S.L.], v. 70, n. 5, p. 578-579, out. 2004. FapUNIFESP (SciELO).
http://dx.doi.org/10.1590/s0034-72992004000500001.

REZENDE, Joffre Marcondes de. O juramento de Hipócrates. À Sombra do Plátano:


crônicas de história da medicina, [S.L.], p. 31-48, 2009. Editora Fap-Unifesp.
http://dx.doi.org/10.7476/9788561673635.0004.

RIBEIRO JR., WA. Juramento. In: CAIRUS, HF., and RIBEIRO JR., WA. Textos
hipocráticos: o doente, o médico e a doença [online]. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ,
2005. História e Saúde collection, pp. 151-167. ISBN 978-85-7541-375-3. Disponível em:
https://books.scielo.org/id/9n2wg/pdf/cairus-9788575413753-10.pdf. Acessado em 10, dez.
2022.

LEITURA COMPLEMENTAR

BEIER, Mônica; IANNOTTI, Giovano de Castro. O paternalismo e o juramento


hipocrático. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil, [S.L.], v. 10, n. 2, p. s383-s389,
dez. 2010. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/s1519-38292010000600017

30
TBL: 7o SESSSÃO
Juliano ficou impressionado ao conhecer a história de Hipócrates, considerado o pai da
medicina ocidental, e se perguntou: -- Será que o código de ética médico atual tem alguma
relação com o juramento de Hipócrates? Como será o processo de modificação dos
princípios deontológicos da profissão médica?

Objetivos de Aprendizagem
1. Identificar no texto de Hipócrates os princípios deontológicos médicos;
2. Conhecer a história do código de ética médica.

Conteúdos Pedagógicos
1. Código de Ética Médica;
2. Juramento Hipocrático;
3. História do código de ética médica.

REFERÊNCIAS

CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA. Código de Ética Médica: Resolução CFM no


2.217, de 27 de setembro de 2018 , modificada pelas Resoluções CFM n o 2.222/2018
e 2.226/2019. Brasília: Conselho Federal de Medicina, 2019.

DURAND, GUY. Introdução geral à bioética: história, conceitos e instrumentos. 5 Ed. São
Paulo: Ed. Centro Universitário São Camilo, Loyola, 2014. p.80-82, 85-88.

MACHADO FILHO, Carlindo. O juramento de Hipócrates e o código de ética médica.


Residência Pediátrica, [S.L.], v. 6, n. 1, p. 45-46, abr. 2016. Residência Pediátrica.
http://dx.doi.org/10.25060/residpediatr-2016.v6n1-10.

MONTE, FERNANDO Q. Ética médica: evolução histórica e conceitos. Disponível em:


https://revistabioetica.cfm.org.br/index.php/revista_bioetica/article/view/507. Acessado em:
10, dez. 2022.

31
REFERÊNCIA COMPLEMENTAR

SOARES, Francisco José Passos; SHIMIZU, Helena Eri; GARRAFA, Volnei. Código de
Ética Médica brasileiro: limites deontológicos e bioéticos. Revista Bioética, [S.L.], v. 25, n.
2, p. 244-254, ago. 2017. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/1983-
80422017252184.

32
TBL: 8o SESSÃO
Luiz, interno do Curso de Medicina, está preocupado por causa de uma denúncia feita no
CRM. “— Nem me formei e já estou encrencado”, pensou ele, “— Não devia ter aceitado
ficar sozinho no hospital atendendo aos pacientes usando o carimbo de Dra. Rita.” “— Acho
que violei o meu Código de Ética. — Depois disso, como poderei fazer o juramento de
Hipócrates na solenidade formatura?”. — Soube também que ela já respondia processo
ético-disciplinar por cobrar honorários particulares nos partos do SUS. Ao ser questionado
pelo estudante, a médica informou que os valores pagos pela consulta e pelo parto eram
irrisórios. Queixou-se da omissão do Sindicato e do Conselho de Medicina na defesa dos
honorários médicos e da exploração dos planos de saúde.

Objetivos de Aprendizagem
1. Compreender o código de Ética do Estudante de Medicina e o Código de Ética Médico;
2. Identificar as funções dos órgãos representativos dos médicos e dos estudantes de
medicina (Sindicato, CFM, CRM, AMB, DENEM e CA/DA).

Conteúdos Pedagógicos
1. Códigos de Ética Médica e do Estudante de Medicina.
2. Função das entidades classistas do médico e do estudante de medicina.

REFERÊNCIAS

ALLAMEL-RAFFIN, Catherine; LEPLÈGE, Alain; JUNIOR, Lybio Martire. História da


Medicina. Aparecida-SP: Idéia Letras, 2011. p.99-100.

CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA. Código de Ética do Estudante de Medicina.


Brasília: Conselho Federal de Medicina, 2018.

CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA. Código de Ética Médica: Resolução CFM no


2.217, de 27 de setembro de 2018 , modificada pelas Resoluções CFM n o 2.222/2018
e 2.226/2019. Brasília: Conselho Federal de Medicina, 2019.

33
REVISTA DENEM sempre em movimento. Construindo a representatividade que
queremos. Curitiba: abr. 2015. Disponível em: https://www.denem.org.br/wp-
content/uploads/2017/05/Revista%20DENEM%20-
%20Construindo%20a%20representatividade%20que%20queremos.pdf. Acesso em: 10
dez. 2022. p. 5-10

VOXOTORRINO. O papel das entidades médicas. Disponível em:


https://issuu.com/aborl/docs/vox140/1. Acessado em 10 dez. 2022. p.20-21.

LEITURA COMPLEMENTAR

FRANÇA, Genival Veloso. Comentários ao código de ética médica. 6 Ed. Rio de Janeiro:
Guanabara, 2010.

34
REFERÊNCIAS

BÁSICAS

CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA. Novo Código de Ética Médica: ResoluçãoCFM


Nº 2.217/2018. Brasília: Conselho Federal de Medicina, 2018. Disponível em:
https://www.anamt.org.br/portal/wp-
content/uploads/2018/11/resolucao_cfm_n_22172018.pdf

CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA. Código de Ética do Estudante de Medicina /


Conselho Federal de Medicina. – Brasília, DF: CFM, 2018. 52 p. Disponível em:
http://fm.usp.br/biblioteca/conteudo/biblioteca_1622_ceem.pdf

FEUERWERKER, LCM; SENA, RR. A contribution to the movement for change in


professional healthcare education: an assessment of the UNI experiences. Interface
Comunic, Saúde, Educ, v. 6, n. 10, p. 37-50, 2002.

FUZIKAWA, AK. O Método Clínico Centrado na Pessoa: um resumo. Disponível em:


https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/3934.pdf

GARDNER, Ernest; GRAY, Donald J.; O'RAHILLY, Ronan. Anatomia: estudoregional do


corpo humano. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.

GONZÁLEZ, AD; ALMEIDA, MJ. Movimentos de mudança na formação em saúde: da


medicina comunitária às diretrizes curriculares. Physis Revista de Saúde Coletiva, Rio de
Janeiro, v. 20, n. 2, p. 551-570, 2010.

KUSCHNIR, R.; CHORNY, A. H. Redes de atenção à saúde: contextualizando odebate.


Ciência & Saúde Coletiva, v. 15, n. 5, p. 2307-2316, 2010.

KOIFMAN, L. O modelo biomédico e a reformulação do currículo médico da Universidade


Federal Fluminense. História, Ciências, Saúde, Manguinhos, v. VIII n.1, p. 48-70, mar. -
jun. 2001.

35
LOPES, JMC; RIBEIRO, JAR. A pessoa como centro do cuidado na prática do médico de
família. Rev Bras Med Fam Comunidade, Rio de Janeiro, v. 10, n. 34, p.1-132, 2015.

MACHADO, JLM et al. Uma nova iniciativa na formação dos profissionais de saúde.
Interface Comunic, Saúde, Educ, v. 1, n. 1, p. 147-156, 1997.

MARTINS, MA. Novas Tendências do Ensino Médico. Gazeta Médica da Bahia v.78, Supl.
1, p. 22-24, 2008.

MERHY, EE; ACIOLE, GG. Uma nova escola médica é possível? Aprendendo com a
CINAEM as possibilidades de construção de novos paradigmas para a formação em
medicina. Pro-Posições, v. 14, n. 1, 2003.

MUBUUKE, AG et al. Utilizing students’ experiences and opinions of feedback during


problem-based learning tutorials to develop a facilitator feedback guide: an exploratory
qualitative study. BMC Medical Education, v. 16, n. 6, 2016.

NOGUEIRA, Maria Inês; GUEDES, Carla Ribeiro. Da graduação biomédica à Medicina de


Família: aprendendo a se tornar um “médico da pessoa”. PHYSIS Rev.Saúde Coletiva, v.
23, n. 2, p. 439-460, 2013.

PAGLIOSA, FL. O Relatório Flexner: para o bem e para o mal. Rev. Bras. Educação
Médica, v. 32, n. 4, p. 492-499, 2008.

PORTER, Roy. História da Medicina. Cambridge: Revinter, 2008.

SOBOTTA, Johannes; PAULSEN, F; WASCHKE, J. Sobotta: atlas de anatomiahumana.


23. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012.

TANCREDI, FB; FEUERWERKER, LCM. Impulsionando o movimento de mudanças na


formação dos profissionais de saúde. Olho Mágico, v. 8, n. 2 mai./ago. 2001.

36
COMPLEMENTARES

PERFIL DO MÉDICO DE FAMÍLIA E COMUNIDADE. Definição Ibero-americana


Liliana Arias-Castillo Cesar Brandt Toro Sandra Freifer Miguel Ángel Fernández.
Santiago de Cali, Colômbia, maio de 2010.

DANGELO, JG. Anatomia Humana Básica. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2010.

HALL, JE; GUYTON, AC. Tratado de Fisiologia Médica. 12. ed. Rio de janeiro:
Guanabara Koogan, 2011.

JUNQUEIRA, LC; CARNEIRO, J. Biologia celular e molecular. 9. ed. Rio Janeiro:


Guanabara Koogan, 2013.

JUNQUEIRA, LC; CARNEIRO, J. Histologia básica: texto e atlas. 12. ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.

NAVA, P. Capítulos da História da Medicina no Brasil. Atelie Editorial Eduel.


Universidade de Londrina, 2004.

PAIM, J. et al. The Brazilian health system: history, advances, and challenges.
Lancet; v. 377, p. 1778–97, 2011.

SILVERTHORN, Dee Unglaub. Fisiologia humana: uma abordagem integrada. 5.ed.


Porto Alegre: Artmed, 2010.

TORTORA, Gerald J.; TORTORA, Gerard J; GRABOWSKI, Sandra


Reynolds. Corpo humano: fundamentos de anatomia e fisiologia. 8. ed. Porto
Alegre: Artes Médicas, 2012.

THORWALD, Jurgen. O Século dos Cirurgiões. Curitiba: Hemus, 2001.

VICTORA CG et al. Health conditions and health-policy innovations in Brazil: the way
forward. Lancet; v. 377, p. 2042–53, 2011.

37
LEGISLAÇÕES

DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS: DCNs Medicina 2014; ATO MÉDICO: Lei


12842/2013; Res. CFM 1627/2001; PROGRAMA MAIS MÉDICOS: Lei 12871/2013.

SITES

ABEM – Associação Brasileira de Educação Médica http://abem-educmed.org.br

AMB – Associação Médica Brasileira http://amb.org.br

UNIME – http://unime.edu.br

BIREME – Biblioteca Virtual em Saúde https://regional.bvsalud.org

Conselho Federal de Medicina https://portal.cfm.org.br/

Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia https://www.cremeb.org.br

Conselho Nacional de Saúde https://conselho.saude.gov.br

Escola Nacional de Saúde Pública – FIOCRUZ https://ensp.fiocruz.br

Ministério da Saúde https://saude.gov.br

Organização Mundial de Saúde https://who.int

Organização Panamericana de Saúde https://opas.org.br

Programa Mais Médicos http://maismedicos.gov.br/ Rede Unida https://redeunida.org.br

Revista Brasileira de Educação Médica https://educacaomedica.org.br

Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade www.rbmfc.org.br/rbmfc

Scielo - Scientific Electronic Library Online https://scielo.br

Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade http://www.sbmfc.org.br/

UEL – Universidade Estadual de Londrina www.uel.br

Universidade Maastricht – Holanda www.unimaas.nl

Universidade McMaster - Canadá www.mcmaster.ca

38
ANEXOS

OS SETE PASSOS DA SESSÃO TUTORIAL

39
PROCEDIMENTOS PARA O FEEDBACK

40

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