PPP José Leonice Das Neves - Correto

CEMEI – Centro Municipal de Educação Infantil
José Leonice das Neves
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
BURITIS/2022
CEMEI - CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL
JOSÉ LEONICE DAS NEVES
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
“O principal objetivo da Educação é criar

pessoas capazes de fazer coisas novas e
não simplesmente repetir o que as outras
gerações fizeram” (Jean Piaget).
COORDENADORA
Rosane Comin de Camargo
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO........................................................................................................................5
1.1 IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA................................................................................................... 6
1.2 A ESCOLA EM NÚMEROS........................................................................................................ 7
1.3 HISTÓRICO DA ESCOLA ......................................................................................................... 7
1.4 MISSÃO DA ESCOLA................................................................................................................ 9
1.5 VISÃO ........................................................................................................................................ 9
1.6 OBJETIVO GERAL E ESPECÍFICO.........................................................................................10
2. MARCO REFERENCIAL.......................................................................................................... 10
2.1 MARCO SITUCIONAL...............................................................................................................10
2.1.1 DIAGNÓSTICO ........................................................................................................................ 11
2.1.1.1 EIXO 1: RELAÇÃO DA ESCOLA COM A COMUNIDADE....................................................... 11
2.1.1.1.1 SUJEITOS DA APRENDIZAGEM (PERFIL), CONTEXTO SÓCIO-ECONÔMICO,
TERRITÓRIOS ESCOLARES E ACOLHIMENTO................................................................................... 11
2.1.1.1.2 RELAÇÕES INTERISTITUCIONAIS: FAMÍLIA, COMUNIDADE E SOCIEDADE.....................13
2.1.1.2 EIXO 2: DIREITO À APRENDIZAGEM..................................................................................... 16
2.1.1.2.1. ANÁLISE DE DESEMPENHO, RENDIMENTO (FLUXO) E FREQUÊNCIA DOS
ESTUDANTES..........................................................................................................................................17
2.1.1.2.2. DIVERSIDADE E INCLUSÃO NA APRENDIZAGEM..............................................................19
2.1.1.2.3. CIDADANIA E DIREITOS HUMANOS.................................................................................... 21
2.1.1.2.4. EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICOS RACIAIS............................................................... 22
2.1.1.2.5. EDUCAÇÃO AMBIENTAL....................................................................................................... 23
2.1.1.3 EIXO 3: GESTÃO DEMOCRÁTICA E PARTICIPATIVA.......................................................... 24
2.1.1.3.1 IMPACTO DA VIOLÊNCIA NAS EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM (INDISCIPLINA,
VIOLÊNCIA E INSTÂNCIAS ACIONADAS.............................................................................................. 24
2.1.1.3.2 AMBIENTE PARTICIPATIVO....................................................... ............................................25
2.1.1.3.3 PARCERIAS..............................................................................................................................27
2.1.1.4 EIXO 4: FORTALECIMENTO DO TRABALHO COLETIVO......................................................27
2.1.1.4.1PARTICIPAÇÃO E FORMAÇÃO DE PROFESSORES.............................................................27
2.1.1.4.2 PROGRAMA DE FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA DOS PROFISSIONAIS DA
EDUCAÇÃO..............................................................................................................................................28
2.1.1.4.3 MÓDULO II................................................................................................................................28
2.1.2. ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO................................................................................... 29

2.1.3 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO, CONHECIMENTO, AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM E
MOBILIDADE ESCOLAR..........................................................................................................................29
2.1.4 BASES NORTEADORAS DA ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO....................30
2.1.5 DEFINIÇÃO DE QUALIDADE DAS APRENDIZAGENS E DA ESCOLA..................................31
3
2.2 MARCO FILOSÓFICO...............................................................................................................31
2.2.1 PRINCÍPIOS..............................................................................................................................32
2.3 MARCO OPERATIVO................................................................................................................33
2.3.1 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO.......................................................................................34
2.3.2 REGIMENTO ESCOLAR...........................................................................................................35
2.3.3 CALENDÁRIO............................................................................................................................35
2.3.4 MATRÍCULA............................................................................................................................. 35
2.3.5 FREQUÊNCIA...........................................................................................................................36
2.3.6 PLANO DE CURSO E PLANO DE AULA..................................................................................36
2.3.7 ATIVIDADES DE ENSINO........................................................................................................36
2.3.8. CURRÍCULO REFERÊNCIA DE MINAS GERAIS....................................................................37
2.3.8.1 CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO INFANTIL.................................................................................37
2.3.8.2 CURRÍCULO DO ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS..................................................38
2.3.8.3 CURRÍCULO DO ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.....................................................39
2.3.8.4 CURRÍCULO DO ENSINO MÉDIO............................................................................................39
2.3.8.5 EDUCAÇÃO ESPECIAL............................................................................................................39
2.3.9. MATRIZ CURRICULAR DE ENSINO E DE AVALIAÇÃO.........................................................40
2.3.10. PROCESSOS DE AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM.............................................................41
2.3.11. REFORÇO ESCOLAR...............................................................................................................42
2.3.12. INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA................................................................................................43
2.3.13. RECUPERAÇÃO.......................................................................................................................43
2.3.14. TEMAS CONTEMPORÂNEOS E TRANSVERSAIS.................................................................44
3. PROJETOS EXTERNOS..........................................................................................................44
4. PLANO DE AÇÃO.....................................................................................................................45
5. MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DO PPP...........................................................................46
6. EQUIPE DE ELABORAÇÃO DO PPP.......................................................................................48
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................................49
8. REFERÊNCIAS.........................................................................................................................51
CEMEI – Centro Municipal de Educação Infantil José
Leonice das Neves
1. INTRODUÇÃO
Desde 1996, com o advento da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, Lei 9394/96, o
Projeto Político Pedagógico vem sendo construído com propostas de novos caminhos, para
uma escola diferente. Todas as questões que envolvem o fazer pedagógico e as suas relações
com o currículo, conhecimento e função social da escola/creche, a obrigam a um pensar e a
uma reflexão contínua de todos que estão envolvidos neste processo.
A década de 1990 foi realmente um marco para a Educação Infantil no Brasil. Além da
LDB, Lei nº 9394/96 pode-se citar outros dois importantes documentos: os Referenciais
Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (1998) e as Diretrizes Curriculares Nacionais
para a Educação Infantil (1999), ambos consolidando a concepção da criança cidadã, e ainda,
fornecendo subsídios às práticas desenvolvidas nas Creches.
Os referidos documentos estruturam a organização dos CEMEIs, que devem promover a

integração entre o educar e o cuidar, considerando os diversos aspectos (físico, cognitivo,
social, motor e afetivo) sempre na perspectiva da integralidade.
Percebe-se, desta forma, que os CEMEIs não são mais os mesmos, mudou a
legislação, a finalidade e os seus objetivos, atendendo agora a proposta pedagógica crítica,
reflexiva, consciente e de qualidade, centrada na integração entre educação e cuidado,
considerando e diversidade cultural existentes entre famílias.
Assim, o CEMEI José Leonice das Neves, acredita que com ações pautadas em
fundamentação teórica, prática, metodológica e intencional possa-se argumentar e posicionar
os profissionais da educação em torno do PPP – com duração de 2 anos -; que sempre está
em processo de construção e reconstrução mediado pela realidade e necessidade da escola
como um todo.
Tendo por base de vigência, o período de 2 anos, o PPP, traz, pois, a reflexão do
CEMEI, a sua postura acolhedora, o planejamento intencional, as suas crenças na capacidade
e na potencialidade infantil, a sua concepção de criança e de infância e a luta diária pela
qualidade das suas ações farão muita diferença para que os pequenos tenham o direito de
viver a infância resguardados.
Leonice das Neves
1.1. IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA
CMEI: Centro Municipal de Educação Infantil José Leonice das Neves

Código do INEP: 31347469
Rua Veríssimo Braga, 216 – Distrito de Serra Bonita, Cep: 38665000 - Buritis MG
Superintendência regional de ensino de circunscrição: Unaí - MG.

Contatos: Rosane Comin (38) 99866-8463 Secretaria de Educação: (38) 3662-3422
E-mail: rosane.comin01@gmail.com
Ensino ofertado: Educação Infantil com a etapa de educação básica (0 a 05 anos).
ETAPAS E MODALIDADES OFERTADAS PELO CEMEI
O Centro Municipal de Educação Infantil José Leonice das Neves oferta a

Educação Infantil, funcionando em horário integral das 07:00 às 17:00 horas. A organização
está assim detalhada:
 Berçário
 Maternal I
 Maternal II
 Maternal III
 I Período
 II Período
1.2 A ESCOLA EM NÚMEROS
O CEMEI José Leonice das Neves oferta a Educação Infantil, como etapa de educação
básica, sendo organizada da seguinte forma:
Salas Idade Nº de criança Nº de
turma
Leonice das Neves
BERÇÁRIO / MATERNAL I 9 Meses a 1 ano e 11 meses. 04 01
MATERNAL II 2 Anos. 06 01
MATERNAL III 3 Anos. 08 01
I Período 04 anos 12 01
II Período 05 anos 14 01
Total 44 06
Possui atualmente em seu quadro de funcionários, além da coordenadora, a escola

conta com, 02 professoras da educação infantil, 05 monitoras de Educação Infantil, 02
Serventes Escolares, 01 auxiliares de Serviços Gerais.
1.3 HISTÓRICO DA ESCOLA
O título que o Cemei recebe “José Leonice das Neves”, representa o título de um
ilustre morador do Distrito, que tinha como característica principal a humildade, sinceridade,
amor e delicadeza com que tratava todos que lhe achegavam. Tinha também a caridade que
se manifestava por meio de sua vocação de folião orante. Ainda hoje sua presença é motivo de
saudosismo para a comunidade.
O marco legal que oficializa seu funcionamento, é a Portaria Nº 06/2010, sendo assim
essa creche atende a comunidade do Distrito de Serra Bonita e alguns alunos procedentes de
fazendas próximas, em que as famílias são convencionais (pai, mãe, filhos) e não
convencionais (padrasto, madrasta, vó, tio, tia), cujos responsáveis pelas crianças trabalham
comumente, dividindo tarefas e compromissos. Horário de funcionamento: das 07h00às 17h
, O Centro M. de Educação Infantil José Leonice das Neves, segue uma linha pedagógica cujo
professor é responsável por fazer com que o aluno seja instigado a construir seu próprio
conhecimento, despertando a curiosidade e o interesse dos alunos, incentivando-os a ter
confiança, segurança e autonomia para entender e intervir no meio em que vivem e no
mundo, na busca de melhorias para si e para os que vivem a sua volta.
O processo de seleção dos professores, funcionários e diretores é feito por meio de
concurso público, editais pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura.
Leonice das Neves
O Cemei possui 44 alunos, atendendo as modalidades de ensino da Educação
Infantil de 0 a 5 anos.
A clientela é proveniente deste distrito e da área rural sendo que a mesma é bem
diversificada no que diz respeito às questões sociais e econômicas.
A origem social dos alunos advinda da comunidade é de baixa renda, sendo que
essa clientela demonstra dificuldades financeiras e vivem em sua maioria com o salário
mínimo e recursos de bolsa família.
A escola tem conseguido 70% de participação da família nas reuniões pedagógicas e
presença destes quando são solicitados individualmente pelos professores. A comunidade
escolar tem boa participação nos eventos escolares (dia dos pais, mães, família na escola,
entre outros).Segundo a clientela participante da escola, alguns pontos definem uma escola
de qualidade. Dentre eles, são citados:
Os pontos do CEMEI persistem no ensino de qualidade, constituído por profissionais

capacitados que permitem o bom funcionamento e andamento dos trabalhos desenvolvidos na
instituição, desde a servente escolar até o professor/monitor. Com o compromisso de
apresentar as crianças um universo de conhecimento e aprendizagem feito de letras, além do
mundo mágico e diferenciado das histórias contadas, livros, vídeos, brincadeiras, motivando e
despertando o interesse destes alunos.
As principais dificuldades de aprendizagem dos alunos persistem em assimilar regras e

rotinas (Educação Infantil), falta de compromisso da família e/ou responsável quanto ao
acompanhamento das crianças nas tarefas e cumprimento de regras.
Sendo assim, as principais dificuldades e fragilidades do CEMEI José Leonice das Neves
respeito ao cumprimento dos deveres da escola e da sociedade junto à Educação, com o
apoio da comunidade escolar e todo o corpo docente, onde a família é ponto inicial de todo
e qualquer aprendizado.
Há melhorias a serem consideradas, tais como estrutura física adaptada com a idade
das crianças.
Assim, constata-se, que para alcançar as melhorias necessárias, faz-se necessário o

apoio da comunidade, a responsabilidade da família e o compromisso do corpo docente e
discente contribuindo para novas condições concretas e abstratas do CEMEI José Leonice das
Neves, tornando sonhos e projetos possíveis de serem alcançados.
Leonice das Neves
Funciona atualmente sob a Gestão Administrativa da coordenadora Rosane Inês Comin
de Camargo.
As modalidades de ensino ofertadas pela escola são: Educação Infantil (Creche 0 a 5

anos). O horário de funcionamento do CEMEI José Leonice das Neves é das 07:00 às 17:00
horas.
1.4 MISSAO DA ESCOLA
O C.E.M.E.I José Leonice das Neves, tem como grande missão assegurar um ensino
de qualidade, de inclusão, que garanta o acesso, permanência e sucesso do aluno na escola,
promovendo uma aprendizagem significativa, que possa conduzi-los a construção do
conhecimento de forma crítica e participativa , capazes de aprender e ensinar, tornando-se
sujeitos autônomos, conscientes, democráticos, participativos, criativos e responsáveis,
capazes de interagir no meio social com responsabilidade e ética, na construção da nossa
história.
Seguindo tal pensamento a escola tem compromisso de respeitar os saberes do
educando, aproveitando sua experiência, discutindo sua realidade, associando os saberes
curriculares e a experiencia social que eles têm, valorizando e resgatando a diversidade
cultural e assim enriquecendo o conhecimento, pois ao mesmo tempo em que ensina estamos
um constante aprender.
1.5 VISAO
Ser reconhecido pela sociedade como um Centro Municipal de Educação Infantil de
referência para as demais, procurando propiciar práticas inovadoras, visando alcançar as
metas estabelecidas, comprometida com a excelência de ensino e de gestão, primando pela
formação integral de todos os alunos.
1.6 OBJETIVO GERAL
Oferecer um ensino de qualidade que garanta o acesso e a permanência dos alunos na

Leonice das Neves
creche e na Educação Infantil, tonando os capazes de pensar e agir com consciência crítica e
transformadora na sociedade.
1.7 OBJETIVOS ESPECIFICOS

 Efetivar a participação dos pais na escola e na vida escolar dos filhos;
 Garantir a permanência do aluno, interesse e autoestima pelo processo ensino
aprendizagem com sucesso;
 Proporcionar ao professor estudos que oportunizem seu crescimento pessoal;
 Elevar qualidade do ensino aprendizagem com práticas metodológicas inovadoras;
 Resgatar os valores da família;
 Respeitar a pluralidade cultural;
 Incentivar a capacidade criadora;
 Prepara os alunos para viver em sociedade, enfrentando de forma igualitária as
situações adversas com sucesso;
 Melhorar e fortalecer o relacionamento da escola com comunidade local.
2. MARCO REFERENCIAL
O Marco Referencial refere-se ao posicionamento político da escola.

O Centro Municipal de Educação Infantil, tem como visão de mundo, investir em
melhorias estruturais, na excelência do processo ensino-aprendizagem, crescer e
inovar para ser reconhecida pela comunidade, sendo referência na qualidade de
ensino para os estudantes e seus profissionais, tendo como valores contribuir com
saberes que orientem ações éticas, respeitem as diferenças e desenvolvam o bom
senso, para a construção de uma sociedade democrática renovada, justa,
igualitária, estimulando o conhecimento através das competências e habilidades,
desenvolvendo um trabalho em equipe com responsabilidade, compromisso,
promovendo bons exemplos.
2.1 MARCO SITUCIONAL

Leonice das Neves
O Centro Municipal de educação Infantil José Leonice das Neves,
localiza-se no Distrito de Serra Bonita, cidade de Buritis MG, tendo como referência
ofertar um ensino de qualidade que visa impulsionar o desenvolvimento cognitivo do
educando em todos os seus aspectos, preparando-os para dar continuidade na
formação acadêmica. A clientela é proveniente do distrito e das fazendos do entorno
da área rural. A mesma é bem diversificada no que diz respeito às questões sociais
e econômicas. As famílias são convencionais e não convencionais, os responsáveis
pelas crianças trabalham comumente, alguns contam com a ajuda do projeto Bolsa
Família.
Horário de funcionamento do Centro Educacional José Leonice das
Neves, é das 07h às 17h, sendo alunos da Educação Infantil.
2.1.1 DIAGNÓSTICO
O Diagnóstico é a análise da realidade na qual a escola está inserida.

Através da utilização de dados e informações, e não apenas de percepções, a
escola procura conhecer sua realidade, identificando e priorizando as oportunidades
de melhoria, que serão trabalhadas pelos Planos de Ação.
2.1.1.1 EIXO 1: RELAÇÃO DA ESCOLA COM A COMUNIDADE

Leonice das Neves
A relação escola e comunidade é um fator social que deve ser tratado com mais
seriedade pelos profissionais em educação e pelos pais. A escola é uma das instituições
que tem um grande poder de transformação da sociedade, através da educação. Desta
forma a instituição de ensino e a comunidade devem buscar parcerias em prol
deuma qualidade melhor na educação para seus filhos, como também infraestrutura
que garanta uma vida saudável e digna para todos.
Nos dias atuais é quase impossível pensar em escolas que fiquem
isoladas dentro do bairro. Quando escola e comunidade trabalham juntos os
resultados positivos são bem visíveis tanto na qualidade do ensino quanto na forma
de relacionamento entre as pessoas que compõe estas duas instituições. Isto faz
com que a participação da escola na comunidade e desta na escola, seja um fator
relevante dentro do processo educacional.
2.1.1.1.1 SUJEITOS DA APRENDIZAGEM, CONTEXTO SOCIOECONÔMICO E

TERRITÓRIOS ESCOLARES.
Para identificar e compreender a relação da escola com a comunidade, é necessário ter

clareza dos principais fatores que caracterizam o CEMEI e as crianças que nela ficam.
Conhecer os sujeitos e seus anseios, dificuldades e potencialidades contribui para o
estabelecimento da mútua confiança e respeito entre os membros do CEMEI, fortalecendo a
interação um com o outro. Além disso, é importante ter conhecimento da condição
socioeconômica que pode refletir um contexto de vulnerabilidade ou seguridade, que por sua
vez, influencia na restrição ou ampliação das oportunidades de vida para as crianças. Por isso,
é recomendável que o CEMEI realize a análise do Índice Socioeconômico (ISE) observando as
possíveis causas e consequências relacionadas ao valor apurado.
Contexto socio econômico

O nível e ou condição socioeconômica da família das crianças do
Cemei é em sua maioria composta por profissionais autônomos, e funcionários do
comercio local, com renda aproximada entre um a dois salários mínimos. A maioria
recebe bolsa família.
Leonice das Neves
Território Escolar
Para entender as oportunidades de acesso dos estudantes a equipamentos culturais e

sociais, é importante que se analise o território da instituição.
O percentual aproximado de estudantes que residem no território em que a escola está

inserida é de 90%.
No território do CEMEI, existem: salas das crianças, sala da direção, secretária,

banheiros masculino e feminino, banheiro unissex, pátio descoberto, cantina, brinquedoteca.
Sujeitos da aprendizagem
O perfil do aluno vem mudando a cada geração, “é necessário perceber e

compreender como se comportam e como esperam aprender”, é o que Tavares diz
em um dos seus artigos, “percebemos que o aluno é sujeito e não mais objeto dessa
educação, e isso implica em dizer que ele deixa de ser reativo e passa a ser proativo e
protagonista.”
Não dá mais para pensar e organizar uma escola pautada no modelo

da educação de séculos anteriores, onde todos os alunos permaneciam sentados,
enfileirados e em silêncio, onde o professor era o protagonista, o transmissor do
conhecimento. Hoje o perfil desses alunos é totalmente diferente, com o advento
das novas tecnologias e com o dinamismo das ações sociais, se torna necessário
um repensar nas metodologias aplicadas pelos professores em sala de aula.
Nesse sentido, os profissionais pretendem capacitar seus educandos
de maneira que estes adquiram um perfil com as seguintes características:
CRIATIVO - É capaz de adaptar-se às mudanças e limitações inerentes a qualquer

Leonice das Neves
situação, contribui para as transformações da sociedade.
COOPERATIVO - Assume o papel de facilitador no processo de aprendizagem

interativa, compartilha ideias, objetivos e age para o bem comum.
COMUNICATIVO - Expressar suas ideias, seus sentimentos, sua opinião e seu

conhecimento, compreendendo a importância de agir, interagir e saber ouvir no
meio em que se relaciona.
2.1.1.1.2 RELAÇÕES INTERINSTITUCIONAIS: FAMÍLIA, COMUNIDADE E SOCIEDADE.
É por meio do entendimento da relação dos sujeitos da comunidade escolar com seus
territórios que se compreende também a realidade sócio espacial da CEMEI. Além disso, e,
partindo da perspectiva da intersetorialidade, pensar o território nos permite identificar suas
potencialidades e incluí-lo como espaços educativos, de modo que o CEMEI compartilhe o
processo educacional com demais grupos e instituições. Neste processo, compreendendo o
significado e a singularidade de cada território e contexto, a comunidade tem papel
fundamental na construção dos saberes e no fortalecimento dos currículos e das instituições.
As redes locais são importantes para que o CEMEI não fique sobrecarregada diante de
demandas que possam levá-la ao deslocamento de seus objetivos primordiais. Assim, é
indispensável a criação de estratégias, mecanismos de intervenção e articulação junto à rede
de apoio. Assim, deve-se buscar a realização de um trabalho preventivo, coletivo e coeso para
o pleno desenvolvimento dos alunos, e não somente institucionalizar uma relação de
acionamento da rede somente nos momentos de conflito.
Dentre as relações que devem ser estabelecidas pela gestão da instituição com fatores
“externos” o CEMEI, a família dos estudantes é uma instância fundamental. A escola, neste
caso, precisa estar sempre atenta para que possa efetivamente se aproximar da família de
forma positiva, fazendo dessa relação uma parceria bem estruturada para a construção de um
ambiente e de uma educação de qualidade para as crianças e profissionais do CEMEI.
Leonice das Neves
Participação da Família
É sabido que a participação das famílias na vida escolar afeta diretamente a

aprendizagem das crianças.
A frequência bimestral com que a instituição recebe os responsáveis pelas crianças:
 4 vezes para reuniões pedagógicas
 4 vezes para reuniões coletivas e/ou assembleias
 6 vezes em ocasiões de festivas.
O CEMEI com opiniões e perspectivas acerca da participação das famílias na vida

educacional da criança. Segundo eles, o percentual aproximado dos responsáveis que dão
continuidade das atividades lúdicas em casa é:
 80% acompanham totalmente.
 20% acompanham parcialmente.
Já a participação dos responsáveis nas atividades realizadas pelo CMEI é:
 85 % participam totalmente.
 15 % participam parcialmente.
Para o CEMEI, a participação da família afeta no desenvolvimento das crianças da

seguinte forma:
A participação dos responsáveis pelas crianças afeta de forma bastante positiva o

desenvolvimento das crianças, trabalhando em conjunto com o CEMEI ajudando assim no
processo de ensino aprendizagem, desenvolvimento cognitivo das crianças.
PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE
Assim como a família, quanto a comunidade abraça o CEMEI e vice-versa, cria-se um

ambiente mais propício à melhoria da qualidade educacional.
Leonice das Neves
Em uma escala de 0 a 10, em que zero significa “muito inativa” e 10 significa “muito
ativa”, a nota atribuída pela o CEMEI sobre a atuação de sua comunidade escolar é: 9.
A comunidade tem uma participação muito ativa em todos os eventos da instituição,

sempre estão dispostos a colaborar com a instituição.
Para o CEMEI, a participação da comunidade afeta no desenvolvimento das crianças da

seguinte forma:
Sempre trabalham em conjunto com o CEMEI e em todas as festividades realizadas no

decorrer do ano buscando melhorias para a instituição.
REDE LOCAL DE GRUPOS E INSTITUICOES SOCIAIS
As principais instituições e suas ações que compõem a rede de apoio ao Centro

Municipal de Educação Infantil José Leonice das Neves estão assim relacionadas:
INSTITUIÇÃO CAMPO DE RELAÇÕES AÇÕES IMPACTO DAS AÇÕES

ATUAÇÃO
Conselho Órgão de Providências Melhorar a participação
Tutelar Atender as apoio que em relação aos da criança na instituição;
crianças nas auxilia a casos de faltas
hipóteses em escola/creche frequentes Melhorar a aprendizagem;
que seus a zelar pelo injustificadas e Garantir o
direitos forem cumprimento evasão escolar. desenvolvimento integral;
violados ou dos direitos
estiverem em da criança e Garantir o direito da
situação de do criança aos estudos.
risco. adolescente.
Polícia Militar Prevenção de Apoio ao Palestras e Promover a

violência, Cemei, para ações de conscientização das
cultura da paz. conscientizar combate à famílias, evitando que se
as famílias. violência e envolvam em situações de
cultura da paz. risco.
Secretaria Prevenção e Parceria com Palestras e Crianças saudáveis e

Leonice das Neves
Municipal de conscientização a Secretaria ações sobre conscientes da

Saúde da alimentação de Educação alimentação, importância de uma boa
saudável e para obesidade alimentação e do cuidado
formação de conscientizar infantil, com os dentes.
hábitos os cuidados com
higiênicos. funcionários, os dentes.
as famílias e
as crianças.

2.1.1.2 EIXO 2: DIREITO À APRENDIZAGEM

O direito à aprendizagem diz respeito à capacidade do Cemei de
garantir a aprendizagem de todos as crianças. Trata da necessidade se conhecer as
crianças que estão na escola e de avaliar e repensar constantemente o currículo
desenvolvido em cada segmento para cada estudante. Diz respeito ao planejamento
pedagógico e atividades significativas reconhecendo o que a s c r i a n ç a s já sabem
e o que eles poderão saber a partir do
trabalho realizado. Ainda, engloba discussões acerca do que os professores e

atores educativos necessitam para desenvolver seu trabalho, bem como para
garantir a autonomia para gerenciar os processos pedagógicos. Além disso, trata
da apropriação dos resultados da aprendizagem.
2.1.1.2.1 ANÁLISE DE DESEMPENHO E FREQUÊNCIA DAS CRIANÇAS.
É papel dos envolvidos no ensino e na gestão escolar acompanhar, ao longo

do ano, o aprendizado dos estudantes por meio dos instrumentos de avaliação,
intervindo quando e onde for necessário para garantir o desenvolvimento das
competências e habilidades a eles desejadas, bem como olhar para o seu
rendimento, que irá marcar a trajetória escolar do indivíduo durante sua formação.
Para que a escola compartilhe e conheça boas práticas, que podem impactar
na aprendizagem de seus estudantes é necessário que ela se articule buscando
novas estratégias para adquirir novos rumos na aprendizagem do aluno.
FREQUÊNCIA E RENDIMENTO
Análise descritiva do CEMEI sobre a frequência das crianças:
A frequência das crianças é satisfatória, os responsáveis buscam sempre uma

assiduidade para garantir um melhor processo de desenvolvimento e rendimento
intelecto para a criança.
2.1.1.2.2 DISTORÇAO IDADE/SERIE
Esse item não se aplica a essa instituição.
1
2.1.1.2.3 DIVERSIDADE E INCLUSÃO NA APRENDIZAGEM
O Projeto Político Pedagógico deve conter a realidade escolar e, neste sentido,

as ações realizadas para garantia da inclusão e da qualidade da educação para todos
as crianças.
Ao se dizer da qualidade educacional é preciso levar em consideração a

implementação de uma educação que busque formar cidadãos e cidadãs conscientes
do ambiente que os cerca e das diferenças existentes entre os diversos sujeitos que
compõem nossa sociedade. Neste âmbito, é fundamental se pensar no
desenvolvimento de ações para a cidadania e os direitos humanos, para a educação
das relações étnico-raciais e para a educação ambiental.
O Currículo Referência de Minas Gerais e a BNCC nos convidam a olhar para

a educação do ponto de vista do desenvolvimento de habilidades e competências
necessárias para a formação de cidadãos conscientes e respeitosos. Neste sentido, a
formação integral do cidadão deve contemplar o respeito a si e aos outros; a
compreensão da realidade constitutiva brasileira e das questões étnico-raciais que a
permeiam; o desenvolvimento da empatia por meio do conhecimento; e a atenção e o
cuidado com o meio ambiente que nos cerca.
Assim, ações nestes âmbitos devem compor o currículo escolar de maneira a

promover o desenvolvimento e o conhecimento aprofundado das crianças, o que só
será possível com a realização de ações efetivas para a reflexão histórica e científica
sobre estas temáticas que se mostram tão importantes para o exercício da cidadania
e para a proposição de ações efetivas de melhoria para sociedade.
ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO (AEE)
O Atendimento Educacional Especializado (AEE) é um serviço da educação
2
especial que é voltado ao aluno com algum tipo de necessidade especial. Esse
serviço identifica, elabora, e organiza recursos pedagógicos e de acessibilidade,
visando eliminar as barreiras para a plena participação do aluno, considerando suas
necessidades específicas.
O serviço deve ser realizado, prioritariamente, na sala de recursos

multifuncionais da própria escola ou em outra escola de ensino regular. As atividades
desenvolvidas no atendimento educacional especializado diferenciam-se das
atividades realizadas na sala de aula comum, porém, tais atividades não substituem a
escolarização. Esse atendimento complementa e/ou suplementa a formação das
crianças com vistas à autonomia e independência na escola e fora dela.
Sendo assim, as abordagens que a escola utiliza para considerar a criança

com deficiência, transtorno global de desenvolvimento e altas
habilidades/superdotação como sujeitos dotados de direitos e desejos são:
O trabalho na instituição é realizado com igualdade de condições para o acesso e

permanência na escola dessas crianças; abordagens de ensino diferenciadas para
que todos os alunos tenham acesso ao processo de ensino-aprendizagem e
consigam um melhor desempenho; os currículos, métodos, técnicas, recursos
educativos e organizações específicas, de forma que atenda a todas as necessidades
das crianças.
As barreiras à aprendizagem dos estudantes do AEE na escola que dependem

de fatores internos (como pequenas adaptações físicas nas salas de aula, adaptações
na metodologia de ensino e outros), bem como as ações que o CEMEI tem tomado
para reduzir essas barreiras são:
* Buscar junto a Secretaria de Educação apoio para adaptar o espaço físico do Cemei
de acordo com as necessidades específicas;
3
* Equipamentos adequados para melhor atender a essas crianças.
* Material adequado para o bom desenvolvimento das crianças;
* Cursos de aperfeiçoamento para os professores.
2.1.1.2.4 CIDADANIA E DIREITOS HUMANOS
Os direitos humanos resultam de conquistas históricas promovidas pelas lutas

sociais e políticas, na busca da convivência social harmônica com respeito às
diferenças e com garantia da dignidade humana. Contemporaneamente, são
compreendidos como direitos universais, indivisíveis, interdependentes e
imprescritíveis, estabelecidos em diversos tratados internacionais, presentes na
Constituição Federal, na legislação brasileira e no Plano Nacional de Direitos
Humanos.
Sendo assim, a escola oportuniza o desenvolvimento de práticas pedagógicas

que promovam a noção de dignidade humana e igualdade de direitos da seguinte
forma:
O Cemei busca trabalhar com os alunos de forma igualitária para que não haja
diferença de atendimento entre os alunos, isso por que todos têm os mesmo direitos e
deveres, com isso busca um trabalho com os alunos de conscientização desde cedo,
quanto aos seus direitos e deveres, para que cresçam sabendo das suas
responsabilidades.
O reconhecimento e a valorização das diferenças e diversidades podem

contribuir para a aprendizagem dos estudantes do seguinte modo:
Quando os alunos conseguem reconhecer desde muito cedo e valorizar as diferenças

existentes e a diversidade da população, a aprendizagem acaba sendo facilitada, por
que eles acabam tendo uma noção de mundo, sabendo que todos são iguais
4
independentes de suas necessidades especiais, ou até mesmo cor, raça, ou algo
parecido, sabendo tratar a todos da mesma forma sem que haja preconceito.
O CEMEI também deve promover a noções de cidadania. Para isso, ela desenvolve
as seguintes práticas pedagógicas:
*Trabalhar dentro da realidade de cada um de seus alunos;
* Buscar mostrar sempre os direitos e deveres de cada um deles dentro da sociedade,

mostrando assim a realidade de várias outras pessoas e principalmente realizando
projetos de conscientização, para um melhor processo de ensino aprendizagem e de
forma que tornem as crianças verdadeiros cidadãos.
Essas ações podem contribuir e muito no processo de desenvolvimento

dessas crianças, por que eles irão ter uma noção maior do mundo em sociedade fora
conseguindo assim desenvolver a sua cidadania de forma igualitária e sem
preconceito, mas ajudando principalmente no aprendizado dentro da sala de aula,
pois cada um tem uma maneira de desenvolvimento diferenciada, em que o monitor
deve buscar atender a todas as diversidades existentes em sala.
O CEMEI também favorece o desenvolvimento de práticas pedagógicas que

promovam a noção de solidariedade, ética e respeito mútuo.
A instituição de ensino sempre busca trabalhar as práticas pedagógicas

promovendo a solidariedade entre as crianças, uma ética dentro da sala de aula,
como também o respeito mútuo que é muito importante, dentro de uma sociedade,
para que desde cedo as crianças compreendam que essas três noções são muito
importantes para a vida em sociedade e para sua própria vida.
Todas essas ações contribuem para a aprendizagem das crianças, por que ele
irá crescer com a consciência de que deve tratar a todos com respeito e dignidade
independente de quem seja, ou até mesmo de suas necessidades especiais, pois
5
todas as pessoas são iguais e tem os mesmos direitos.
2.1.1.2.5 EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS
O CEMEI deve promover um ambiente democrático, cujas diversidades étnico-

raciais sejam contempladas, desde a organização do currículo até ações efetivas
contra as práticas racistas, preconceituosas e discriminatórias. Sendo assim, o
CEMEI buscou desenvolver conteúdos relacionados à história e à cultura africana e
afro-brasileira, enfatizando as contribuições históricas e contemporâneas de
personalidades negras para a formação político-social de nosso país da seguinte
forma:
A instituição busca trabalhar com todas as crianças as questões étnico-raciais

desde cedo dentro da sala de aula para que não haja preconceito, através de histórias
em quadrinhos, leituras de livros de historinhas, mostrando que desde muito tempo
antes já existiam pessoas de várias cores e raças, mas todos são iguais e precisam
do mesmo respeito.
Da mesma forma, para desenvolver conteúdos relacionados à história e à

cultura indígena, enfatizando as contribuições históricas e contemporâneas de
personalidades indígenas para a formação político-social de nosso país, o CEMEI
realiza atividades pedagógicas da seguinte forma:
* Com trabalhos lúdicos, como peças, histórias, entre outros meios.
Essas atividades contribuem para o desenvolvimento das crianças da seguinte

maneira:
Desde cedo compreendem a importância do respeito com o próximo e também

ajudam a compreender melhor a realidade de cada pessoa inserida na sociedade,
6
compreendendo melhor a história de diversas pessoas do mundo.
2.1.1.2.6 EDUCAÇAO AMBIENTAL
A educação ambiental surge com o propósito de despertar a consciência da

população global sobre os problemas ambientas consequentes das atividades
humanas e como ajudar a combatê-los, preservando as reservas naturais e não
poluindo o meio ambiente.
Para isso, a escola desenvolve atividades que despertem a tomada de

consciência de sua realidade global, das relações estabelecidas entre o homem e a
natureza e como elas impactam na aprendizagem.
Com a participação da família, são desenvolvidas várias ações dentro e fora do

ambiente escolar em parceria com a EMATER, ABINA, politica militar ambiental e
ONGS locais que ministram ´palestras, realizam plantio de árvores, barqueata
ecológica, revitalização de áreas verdes nas praças, dentre outras.
Estas atividades educam e conscientizam não somente os alunos, mas

também a família para exercer o seu papel de cidadão, ensinando práticas
sustentáveis e a redução de danos ambientais, sabendo usufruir de tudo que a
natureza oferece sem destruir.
2.1.1.3 EIXO 3: GESTAO DEMOCRATICA E PARTICIPATIVA
A gestão democrática nas escolas descentraliza as tomadas de decisões que

envolvem a instituição de ensino permitindo a participação do coletivo. Desse modo,
no CEMEI José Leonice das Neves, além da gestora, participam os monitores e
professores da educação infantil e demais funcionários envolvidos no processo,
sempre procurando fortalecer o diálogo e relação horizontal, sem destaque para as
7
hierarquias. Como resultado a escola torna-se um espaço participativo onde a
presença de toda a comunidade escolar é constante. Quando necessário são
realizadas reuniões, palestras, para que todos tenham consciência sobre o seu papel
e, quanto maior for a participação, maiores serão as possibilidades de construirmos
uma educação inclusiva e democrática para todos. Nenhuma decisão é tomada de
forma autoritária, muito menos sem a previa discussão quando se tem em questão o
futuro da sociedade. Por isso, todos os segmentos opinam na tomada de decisões
tendo a gestora como mediadora. Trata-se de um aprendizado que é levado para a
vida pois cria-se um senso de responsabilidades com a escola preparando alunos
mais conscientes e ativos na sociedade. Com soluções criativas haverá melhora do
rendimento escolar, no interesse dos alunos que será refletido na participação em
sala de aula. Ouvindo a comunidade, elaborando um planejamento escolar eficiente,
promovendo a união entre todas as partes, dando transparência as tomadas de
decisões são medidas que o CEMEI José Leonice das Neves vem adotando
buscando soluções que agreguem ao desenvolvimento do se projeto pedagógico.
2.1.1.3.1 IMPACTO DA VIOLENCIA NAS EXPECTIVAS DE APRENDIZAGEM

(INDICIPLNA, VIOLENCIA E INSTANCIAS ACIONADAS)
As violências que ocorrem no âmbito da escola tendem a impactar

negativamente o processo de aprendizagem dos estudantes. Para atuar ativamente
na prevenção de combate as violências e necessário que gestores, docentes e
demais profissionais saibam discernir a diferença entre violências e indisciplina,
atuando de forma assertiva na resolução desses problemas. Sabendo que para
ocorrer a aprendizagem do aluno e necessário um ambiente propicio nesse sentido.
Condutas indisciplinares de pouca gravidade podem ser evitadas ou minimizadas com
intervenções pedagógicas ou com uma boa gestão em sala de aula, combinados,
presença do responsável.
8
2.1.1.3.2 AMBIENTE PARTICIPATIVO
A gestão democrática é construída diariamente nas atividades do CEMEI, desde

as propostas de atividade em sala, até as decisões sobre os investimentos a serem
realizados no Cemei.
Nesse sentido, são diversos os espaços institucionalizados que contribuem para

a construção de um ambiente participativo e, em todos eles, deve-se lembrar da
importância do incentivo, pela gestão escolar, ao protagonismo estudantil.
Entendendo a participação política como parte da formação integral das crianças, o
CEMEI deve proporcionar a esses um ambiente aberto ao diálogo, à convivência
democrática e sensível às suas pautas, corroborando para a permanência das
crianças na instituição.
No CEMEI, existem os seguintes espaços de participação e gestão democrática:

A sala, as palestras, os projetos, as festividades, entre outros.
Os responsáveis pelas crianças avaliaram o CEMEI, com relação aos aspectos

abaixo, classificando-a como boa razoável ou ruim, através de formulário aplicado aos
responsáveis pelas crianças, onde 100% responderam:
 Respeito aos (às) crianças, sem discriminá-los (as): 100%.
 Conhecimento dos problemas pessoais e familiares das crianças: 90%
 Convivência entre as crianças: 95%
 Convivência entre direção do CEMEI, crianças e demais profissionais: 80%.
 Relação do CEMEI com a comunidade do entorno: 90%
 Incentivo à participação das crianças na realização de eventos: 100%
 Incentivo à participação das famílias e da comunidade em atividades do
9
CEMEI: 100%
 Divulgação das atividades, ações e decisões sobre o cotidiano do CEMEI:

100%.
 Envolvimento das crianças na construção das normas de convivência: 95%
 Acessibilidade a criança com deficiências: 90%
Além disso, o CEMEI disponibiliza as decisões coletivas à comunidade da

seguinte forma: Através de bilhetes realizados pela coordenadora e entregue aos
pais, fixação no mural da instituição, recados no grupo da escola (Whatzapp) entre
outros meios de comunicação.
Nas reuniões de módulo, a equipe de funcionário discute: a situação do

processo de desenvolvimento das crianças e comportamento dos mesmos, como
também assiduidade e comparecimento dos pais e participação.
2.1.1.3.3 PARCERIAS
Além da família, temos como parceiros a Prefeitura Municipal, a Câmara

Municipal, Secretarias Municipais e comerciantes locais.
2.1.1.4 EIXO 4: FORTALECIMENTO DO TRABALHO COLETIVO
A coordenação do Centro Municical de Educação Infantil, busca

criar condições para o fortalecimento do trabalho coletivo, incentivando a
troca de experiências, estratégias pedagógicas e atividades inovadoras
entre os professores, motivando os mesmos a participar de palestras,
cursos, possibilitando material didático pedagógico (livros, fantoches,
organização de biblioteca) disponibilizando material adequado para os
projetos na escola.
10
2.1.1.4.1 PARTICIPAÇÃO E FORMAÇÃO DE MONITORES E PROFESSORES
As reuniões de atividades extraclasses, de caráter coletivo, também chamado

de reuniões de Módulo II, são de cumprimento obrigatório pelos monitores e
professores e devem ser programadas pela Direção do CEMEI, em conjunto com os
Especialistas em Educação Básica, para o desenvolvimento de temas pedagógicos,
administrativos ou institucionais, de forma a atender às diretrizes do Projeto Político
Pedagógico.
A equipe do CEMEI busca criar condições para o fortalecimento do trabalho

coletivo, incentivando a troca de experiências/estratégias pedagógicas e atividades
inovadoras entre os monitores da seguinte maneira: busca trabalhar com os
monitores e professores e demais profissionais do CEMEI de forma conjunta e sem
que haja diferenças entre os profissionais, sempre buscando realizar reuniões para
que não haja divergências entre os profissionais.
Após realizar o levantamento da frequência dos monitores e professores, o

CEMEI faz a seguinte análise: todos os profissionais tem uma presença satisfatória na
instituição de ensino, não tendo faltas, ou seja, somente no caso de emergência.
As causas mais comuns para a infrequência dos monitores e professores no CEMEI

são:
Causas de doenças, doenças familiares, ou exames obrigatórios.
O CEMEI se articula para trabalhar, intervindo de forma positiva para ajudar o

monitor e o professor em absenteísmo, conscientizando-o das perdas geradas para a
qualidade educacional da instituição como um todo: Buscam conscientizar corpo
docente quantos as faltas, o que já não ocorre, mas sempre busca prevenir.
2.1.1.4.2 PROGRAMA DE FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA DOS

PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO
11
A formação continuada dos professores é uma ação fundamental da secretaria
municipais no processo de implementação dos novos currículos. Ao planejar os
eventos de formação continuada, o foco deve ser pensar e elaborar experiências e
atividades que favoreçam a aprendizagem e o desenvolvimento dos bebês e crianças,
os protagonistas de todo o trabalho pedagógico da Educação Infantil. A formação dos
professores nunca se esgota, precisa ser constantemente atualizada e ampliada, em
função das transformações culturais pelas quais as sociedades passam. Os
momentos de revisão curricular também são ocasiões que suscitam novas demandas
formativa.
2.1.1.4.3 MODULO II
As reuniões de atividades extraclasses, de caráter coletivo, também chamadas

de reuniões de modulo II são de cumprimento obrigatório pelos professores e devem
ser programadas pela direção escolar em conjunto com especialistas em educação
básica para desenvolvimento de temas pedagógicos, administrativos ou institucionais,
de forma a atender as diretrizes do projeto político pedagógico. A direção da escola
busca criar condições para o fortalecimento do trabalho coletivo, incentivando a troca
de experiencias/estratégias pedagógicas e atividades inovadoras. Os temas
desenvolvidos nessas atividades formativas são definidos pelos profissionais da
escola durante as reuniões de modulo II e nos planejamentos, onde os professores
juntamente com a especialista da educação, sugerem temas a serem tratados para
implantação de novas metodologias sugeridos ou não pela SEE e estudos de
documentos que se fazem necessários ao bom funcionamento da instituição. Essas
atividades formativas contribuem para a realização de aulas satisfatórias em que os
estudantes e professores sintam-se estimulados, tornando o conteúdo mais agradável
com vistas a facilitar a compreensão. Dentre as demandas de formação no âmbito de
12
pratica docente, a temática do currículo e central, pois diz respeito aquilo que
essencialmente o professor precisa desenvolver em seu fazer cotidiano – o currículo é
norteador da prática pedagógica. A implementação do currículo referência de Minas
Gerais (CRMG) demanda aos profissionais de educação, especialmente aos
docentes, conhecer e se apropriar do documento, dos conceitos e terminologias nele
presentes para que o trabalho em sala de aula realmente se alinhe aos direitos de
aprendizagem previstos em sua organização. Desta forma, será possível atingir os
objetivos de aprendizagem propostos no CRMG para cada bimestre do ano de
escolaridade.

2.1.2. ORGANIZACAO DO ESPAÇO FISICO
O centro municipal de educação infantil José Leonice das Neves conta

atualmente com um ótimo espaço físico possuindo 5 salas, secretaria, cantina,
refeitório, lavanderia, banheiros masculino e feminino para os estudantes, banheiro
para os professores e monitores, pátio, brinquedoteca, deposito de alimentos. Quanto
ao mobiliário conta com mesas individuais com cadeiras para as salas, arquivos,
mesas e cadeiras para a secretaria e coordenação, computadores, armários,
arquivos, bebedouros, estantes, fogões, forno elétrico, micro-ondas, geladeira,
freezer., máquina de lavar, mesas e bancos para refeitório, televisores, berços.
2.1.3 CONCEPCAO DE EDUCAÇAO, CONECIMENTO, AVALIAÇAO DA

APRENDIZAGEM E MOBILIDADE ESCOLAR
A escola tem buscado um trabalho voltado para uma concepção de educação,

onde professor e estudante sejam sujeitos no processo ensino-aprendizagem pois
necessitam da mediação, troca de experiencias e saberes de ambos para que
aconteça e se concretize a aprendizagem. Nessa concepção, a função do educador
deve ser a de priorizar o conhecimento prévio do educando para conduzir estratégias
13
pedagógicas capazes de consolidar as competências exigidas para o nível de ensino.
O eixo norteador da aprendizagem e a pratica pedagógicas do professor, entendendo
que cada aluno e único e cada um tem se tempo, são as metodologias diferenciadas
que garantem a efetiva aprendizagem. E necessário que haja comprometimento do
educador para ensinar.
“e preciso que, pelo contrário, desde o começo do processo, vá ficando cada

vez mais claro que, embora diferentes entre si, quem forma se forma ao formar e
quem é formado forma-se e forma ao formado. E nesse sentido que ensinar não e
transferir conhecimento, conteúdos, nem formar e ação pela qual um sujeito criador
da forma, sentido ou alma a um corpo indeciso e acomodado”
(freire, 2000, p. 25)
Avaliação da aprendizagem não diz respeito apenas a medir conhecimento de

forma técnica, avaliar requer investigação, analise, tempo, conhecimento,
planejamento e reflexão sobre o que avaliar, como avaliar e de onde se inicia o
processo de avaliação. Reavaliar, replanejar, e estabelecer novos objetivos são
fundamentais para consolidar uma boa avaliação. Ha de se valorizar na avaliação os
critérios de representatividade, de legitimidade, de participação da base, de
planejamentos participativo, de convivência de consciência política, de solidariedade
comunitária, de capacidade crítica e autocritica, de autogestão e de outros elementos
que em última instancia serviram para desenvolver a cidadania, Se qualidade e
participação, avaliação qualitativa equivale a avaliação participante.
2.1.4 BASES NORTEADORAS DO TRABALHO PEDAGOGICO
Diante desse novo cenário, com o retorno das aulas presenciais após quase
dois anos com estudos remotos, exige-se uma nova organização do trabalho
pedagógico tendo como ponto de partida a função da escola como um todo e ao
mesmo tempo suas partes e toda sua organização. Através de um processo
14
permanente de reflexão, estudos e discussão dos problemas da escola em busca da
melhoria da qualidade de ensino poderemos alcançar nossos objetivos. O Centro
Municipal de Educação José Leonice das Neves busca melhorar a qualidade de
ensino com ações que se baseiam em capacitação constante dos professores e
monitores com formação nos cucos oferecidos pela secretaria de Estado de
Educação, secretaria municipal de educação aproveitando as reuniões de modulo II
para grupos de discussão dos problemas enfrentados no âmbito escolar, gestão
descentraliza e compromissada com a formação do cidadão participativo,
responsável, crítico e criativo, além do trabalho administrativo na sua globalidade. O
trabalho pedagógico visa auxiliar e facilitar a prática pedagógicas dos docentes
fundamentada no processo de participação de todos os envolvidos no processo
educacional (profissionais e comunidade escolar). A equipe pedagógica juntamente
com a gestão se responsabiliza por iniciativas que aprimoram e viabilizam o
conhecimento.
2.1.5 DEFINIÇAO DE QUALIDADE DAS APRENDIZAGENS E DA ESCOLA
Para falar de qualidade da educação temos que levar em consideração as

políticas públicas do país que não favorecem essa qualidade por completo. A busca
pela qualidade de ensino está presente no cotidiano do nosso centro de ensino,
avaliamos com frequência as ações tomadas dentro da instituição procurando
encontrar soluções para as falhas detectadas. Prezamos por uma escola de qualidade
que valoriza a aquisição de conhecimento, mas também promove a socialização,
oportunizando a convivência com as adversidades, dando importância aos valores, a
cultura e a crença de cada um, contribuindo para viver e conviver em sociedade.
2.2 MARCO FILOSÓFICO
O processo de socialização dos alunos deve acontecer a partir da realidade de

cada aluno, desenvolvendo as capacidades de afetividade, do cognitivo, do
15
psicológico e também do físico-motor, que em muitos casos constrói através de uma
interação no coletivo, conseguindo através disso modificar o meio e a si próprio, como
também oportunizar a construção do conhecimento cientifico melhor, de maneira
lúdica, afetiva e principalmente significativa, possibilitando também a construção de
uma comunidade livre e justa fundamentada na autonomia, na cidadania, na
dignidade humana, pautando-se nos valores sociais do trabalho e na liberdade de
escolha, buscando assim reduzir as desigualdades sociais.
Sendo assim esperamos como escola de Educação Infantil, apoiar os pais no

desenvolvimento de seus filhos, fornecendo uma alimentação saudável e balanceada,
práticas pedagógicas que exploram a competência para tornar nossos alunos
verdadeiros cidadãos do mundo com habilidades práticas, cognitivas e sócio
emocionais para viverem em uma sociedade cada vez mais saudável.
Podemos destacar também com base no nosso Referencial Municipal Comum

Curricular que: “conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional,
compreendendo melhor a diversidade humana e reconhecendo também suas
emoções e a dos outros”. Busca também incentivar os educandos, como
protagonistas de sua própria aprendizagem, estimulando-os a pensar, agir, ativar sua
curiosidade para a vida, tendo assim seu corpo e mente como principal “objeto” de
aprendizagem e desenvolvimento.
2.2.1 PRINCIPIOS
Buscamos através do processo educacional proporcionar aos alunos

conhecimentos baseados na justiça, no respeito e na solidariedade, formando
cidadãos críticos para a construção de uma sociedade justa, igualitária, sem violência
e comprometida com a vida. O processo ensino- aprendizagem deve ser continuo,
sendo o educando protagonista dessa ação no aspecto individual e coletivo,
buscando desenvolver métodos que favoreçam o desenvolvimento das habilidades e
16
a resolução de situações do cotidiano a partir do conhecimento prévio do aluno. A
avaliação e continua devendo ocorrer em todo o momento e não somente ao final de
um período ou semestre, oportunizando recuperação imediata, quando houver
necessidade.
O planejamento e feito visando crescimento global do educando sempre

partindo do que ele sabe para o que necessita aprender, buscando desenvolver as
dimensões biopsicossociais, objetivando levar este individuo a reconhecer-se como
membro de uma comunidade. O bom desenvolvimento exige que busquemos um
clima harmônico, respeitável, dinâmico, propicio ao ambiente educativo possibilitando
um local autônomo no que diz respeito a organização, levando a comunidade local a
participar das suas ações pedagógicas. A implantação das novas diretrizes segundo a
base Nacional comum curricular buscaremos um forte envolvimento dos estudantes,
de suas famílias e da sociedade em geral que juntamente com a equipe gestora,
professores e monitores trabalharão ativamente no processo de reconstrução da
educação tendo como base as dez competências gerais. A mudança cultural ocorrera
efetivamente quando todos os envolvidos reconhecem a importância e participarem
ativamente do processo. ak—————————————————————————
2.3 MARCO OPERATIVO
Queremos uma educação de qualidade para todos, possibilitando o

desenvolvimento integral do aluno(a), deixando oportunidade de meios para que a
criança consiga integrar-se, refletir, compreender e agir, criando sempre novas
alternativas para que possa ampliar sua visão de mundo de uma maneira cada vez
mais humana e consciente. Isso por que o processo de educar é formar a pessoa
verdadeiramente feliz e humana.
Alguns objetivos da CEMEI são: ampliar dentro das condições físicas o
17
atendimento a educação infantil; garantir o planejamento coletivo; atender todas as
crianças de 0 a 5 anos. Problematizar de forma coletiva e dialética através da ação e
reflexão; garantir um currículo significativo, flexível com a participação de toda a
comunidade que leve em conta a realidade e as necessidades das crianças, servindo
como embasamento teórico para trabalhar o conhecimento significativo de forma
criativa e dinâmica para encontrar alternativas, frente aos desafios da realidade
existente; promover respeito mútuo entre professor/criança e comunidade escolar
priorizando uma relação democrática que valorize e trabalhe com as diferenças
individuais; assegurar a avaliação constante e que seja inclusiva, diagnosticada,
reflexiva, participativa e emancipatória; promover uma educação de qualidade para
todos possibilitando o desenvolvimento integral do educando, oportunizando meios
para que a criança possa integrar-se, refletir, compreender e agir, criando novas
alternativas para que possa ampliar sua visão de mundo; oportunizar as crianças com
Necessidades Especiais o acesso à creche, bem como profissionais capacitados para
auxiliar no desenvolvimento de suas habilidades e capacidades; adequar o pátio que
não é coberto, para as crianças desenvolverem as atividades recreativas.
Contudo, esse CEMEI também acredita na formação cidadã e tem a criança

como fonte inesgotável de aprendizado, de captar as novidades do mundo, abstraindo
as coisas da vida a partir do processo de experimentação. Trabalhar com a expressão
livre, a roda de conversa, exploração da praça, observação e construção orientada,
fazendo parte da nossa constituição como escola. Acreditamos também que a partir
das vivências, as crianças aprendem de forma mais eficaz e prazerosa, tornando um
ambiente escolar melhor, um lugar de novas descobertas.
Buscamos a partir disso rotinas diárias, ofertando momentos de exploração ao

ar livre, por vezes orientadas e livres, observando as abstrações já realizadas pela
criança. Acreditamos assim que o processo de ensinar é transferir conhecimento, mas
também criar as possibilidades para a sua própria produção. Criamos também pontes
18
para que os educandos possam criar as próprias impressões, construções e
aprenderem a se colocar como cidadão participante da nossa sociedade.
Alguns dos projetos que temos na instituição na nossa metodologia de ensino-

aprendizagem, juntamente com outras instituições de ensino é a respeito da saúde
bucal e uma vida saudável, folclores, festas juninas, reuniões com pais, familiares e
funcionários periodicamente, palestras com os pais sobre a dengue, alimentação
saudável, necessidade do acompanhamento família escola, dia das mães, dia das
crianças, entre diversos outros.
2.3.1 PROJETO POLITICO PEDAGOGICO
O processo de construção e atualização do PPP e a forma de a escola dar

sentido a sua atuação como instituição de ensino, permitindo o debate entre a
comunidade escolar relacionando aos seus projetos de ensino e adequando-os as
necessidades da população. De acordo com a resolução SEE n° 4.692, de 29 de
dezembro de 2021 a escola estadual devera avaliar seu projeto político pedagógico
anualmente e atualizar periodicamente e sempre que houver alteração na oferta de
nível/modalidade de ensino.
2.3.2 REGIMENTO ESCOLAR
Segundo o art. 9° da resolução SEE n° 4.692, de 29 de dezembro de 2021, o

regimento escolar e um documento que reúne um conjunto de normas
administrativas, financeiras e disciplinares que, e conformidades com a legislação
vigente, reage as relações intraescolares e deve expressar as intenções educativas
da escola. E notória a importância que toda a comunidade escolar conheça o
regimento escolar para colaborar em sua execução e fazer cumprir seus direitos e
deveres expressos no documento.
19
2.3.3 CALENDÁRIO
O calendário escolar deve ser elaborado pela escola, de acordo com os

parâmetros definidos em norma especifica, publicada anualmente pela Secretaria de
Estado de educação, discutido e aprovado pelo colegiado e amplamente divulgado,
cabendo a inspeção escolar supervisionar o seu cumprimento. Serão garantidos no
calendário escolar, o mínimo de 200 (duzentos) dias letivos e carga horaria de 800
horas para Educação Infantil.
2.3.4 MATRÍCULA
O registro da matricula, transferência no estabelecimento de ensino e

realizado pelo secretário escolar em formulários próprios e arquivados, respeitando a
legislação vigente e toda documentação necessária. O cancelamento da matricula
poderá ocorrer quando for apurada a infrequência do aluno após 25 dias letivos
consecutivos em qualquer época do ano letivo, após esgotar todas as possibilidades
de busca ativa e comunicação previa ao conselho tutelar quando menor de idade.
2.3.5 FREQUENCIA
O registro de frequência diária dos estudantes e de responsabilidade do

professor, sob monitoramento da especialista da educação básica, e será registrada
no diário escolar.
A observância de faltas eventuais dos estudantes será comunicada a direção

da escola para que sejam tomadas as providencias cabíveis, excedendo esse número
deverá a equipe gestora entrar em contato por escrito com os responsáveis com
vistas a promover seu retorno imediato, persistindo o caso deve ser comunicado ao
conselho tutelar para a providencias necessárias.
20
2.3.6 PLANO DE CURSO
O Plano de Curso é um instrumento de trabalho que possui o objetivo de

referenciar os conteúdos, as metodologias, os procedimentos e as técnicas a serem
utilizadas no processo de ensino-aprendizagem concernentes às unidades escolares.
A confecção do plano deve ocorrer na presença do grupo pedagógico da unidade
escolar, atendendo à característica interdisciplinar e contextualizada estabelecida
pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs). A construção desse material gera
entre os profissionais uma nova postura, ocasionando debates voltados para a
satisfação em promover ações norteadoras, visando a um melhor nível de ensino dos
conteúdos programáticos.
Constituído, o plano de curso orienta o profissional no decorrer das atividades
escolares, sequenciando os conteúdos primordiais, os eventos escolares, os materiais
a serem utilizados, os procedimentos avaliativos, entre outros.
2.3.7 PLANO DE AULA
Os planos e projetos escolares são elaborados pelos professores, com a

participação efetiva dos especialistas em educação, devendo garantir coerência com
os planos de cursos do currículo referência de Minas Gerais – CRMG e a base
nacional comum curricular – BNCC, levando em consideração a realidade e as
necessidades dos estudantes.
Os planos serão elaborados bimestralmente e serão acompanhados pelos

professores juntamente com as especialistas, fazendo adequações necessárias para
buscar a aprendizagem podendo utilizar as mais variadas metodologias. Durante a
observação de aulas os especialistas farão acompanhamento e a verificação do
cumprimento das competências da base nacional comum curricular (BNCC) e do
currículo referência Minas Gerais.
21
2.3.8 ATIVIDADES DE ENSINO
A metodologia de ensino utilizada pela escola/Cemei é dialogada, de

observação e comparação, trabalho em grupo, projetos interdisciplinares e outras
estratégias pedagógicas que garantirão a formação integral das crianças e dos
alunos. Acontecerá no decorrer do ano letivo estratégias de intervenção pedagógica,
para atendimento das crianças que apresentarem defasagens na(s) habilidade(s) com
o objetivo de sanar estas dificuldades e dar prosseguimento aos estudos de forma
satisfatória.
2.3.9 CURRÍCULO REFERÊNCIA DE MINAS GERAIS

De acordo com o documento Currículo Referência de Minas Gerais “a construção,
portanto, deste Currículo Referência de Minas Gerais de forma dialogada entre o Estado e
os municípios é uma oportunidade singular para o fortalecimento do regime de colaboração
– previsto desde a Constituição Federal (1988) – e para avançarmos na consolidação de
um Sistema Integrado de Educação Pública – SIEP, como vem sendo debatido em nosso
estado. A defesa de um sistema de educação único funda-se na integralização do
atendimento e no reconhecimento conjunto da oferta de uma educação pública inclusiva,
com qualidade e equidade. Em outras palavras, trata-se de não distinguir a qual rede um
estudante se vincula ao longo da trajetória escolar. O que se deve garantir é a oferta de um
ensino de qualidade e de oportunidades de formação e transformação social diversificadas,
que zelem pelo direito à aprendizagem.”
2.3.9.1 CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO INFANTIL
Concepção de Currículo
Concebemos o currículo como:
22
[...] um conjunto de práticas que buscam articular as experiências e os
saberes das crianças com os conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural,
artístico, ambiental, científico e tecnológico, de modo a promover o desenvolvimento
integral de crianças de 0 a 5 anos de idade. (BRASIL, CNE/CEB, 2009).

Tendo como referência esta concepção, a Base Nacional Comum Curricular
(2017) organizou o currículo da educação infantil baseado nos direitos de
aprendizagem e desenvolvimento que são apresentados em relação a três faixas
etárias (bebês: 0 a 18 meses, crianças bem pequenas: 19 meses a 3 anos e 11
meses e crianças pequenas: 4 anos a 5 anos e 11 meses) e nas orientações das
DCNEIs: conviver, brincar, participar, explorar, expressar, conhecer-se, tendo a
brincadeira e as interações como eixos que orientam as práticas pedagógicas.
Com base nesses direitos, foram definidos os eixos dos currículos em cinco campos
de experiências, a saber:
- O eu, o outro e o nós;

- Corpo, gestos e movimentos;
- Traços, sons, cores e formas;
- Escuta, fala, pensamento e imaginação;
- Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações.
Essa nova forma de organização curricular alterou sensivelmente o modo como os

professores e monitores passaram a organizar os contextos de aprendizagem na
educação infantil, destacando a necessidade de estruturar e organizar ações
educativas com qualidade articulada, que no cotidiano de creches e pré-escolas deem
voz às crianças e acolham a forma delas significarem o mundo e a si mesmas,
criando assim um ambiente de crescimento e aperfeiçoamento humanos que
23
contemplem as crianças, suas famílias e toda a equipe da instituição. Desse modo a
mediação docente converte a experiência sociocultural da criança em experiências
educativas que buscam consolidar os direitos de aprendizagem e do desenvolvimento
infantil.
2.3.9.2 EDUCAÇÃO ESPECIAL

De acordo com a resolução SEE N° 4.256/2020 que institui as Diretrizes para
normatização e organização da Educação Especial na rede estadual de Ensino de
Minas Gerais, o Atendimento Educacional Especializado (AEE) é um serviço da
educação especial voltado ao aluno com algum tipo de necessidade especial. Esse
serviço identifica, elabora, organiza recursos pedagógicos e de acessibilidade,
visando eliminar as barreiras para a plena participação do aluno, considerando suas
necessidades específicas.
O serviço deve ser realizado, prioritariamente, na sala de recursos
multifuncionais da própria escola ou em outra escola de ensino de ensino regular. As
atividades desenvolvidas no atendimento educacional especializado diferenciam-se
das atividades realizadas na sala de aula comum, porém, tais atividades não
substituem a escolarização. Esse atendimento complementa e/ou suplementa a
formação dos alunos com vistas à autonomia e independência na escola e fora dela.
Sendo assim, as abordagens que a escola/creche utiliza para considerar a
criança com deficiência, transtorno global de desenvolvimento e altas
habilidades/superdotação como sujeitos dotados de direitos e desejos são:
respeitando seu desenvolvimento através do lúdico e de outras atividades
observamos seu desenvolvimento para adequar a realidade da sala de aula. Este
trabalho é feito em conjunto com o regente de turma e especialista de educação, pois
a escola ainda não conta com sala de recursos.
24
As barreiras à aprendizagem dos estudantes do AEE na escola que dependem
de fatores internos (como pequenas adaptações físicas nas salas de aula, adaptações
na metodologia de ensino e outros), bem como as ações que a escola tem tomado
para reduzir essas barreiras são:
Adequações de materiais, planejamento diferenciado visando a inclusão, orientação
aos pais e encaminhamento para sala de recursos do município. A escola através da
coordenação pedagógica busca orientar este trabalho, visando a inclusão.
2.3.10 PROCESSOS DE AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM

A avaliação é um instrumento importante para que o professor entenda o
quadro de ensino-aprendizagem, dado que além de indicar o desenvolvimento da
criança, também auxilia nos passos que podemos tomar para um desenvolvimento de
qualidade e serve como parâmetro para as ações pedagógicas. A criança é o nosso
pequeno ser social que possui capacidades afetivas, emocionais e cognitivas. A
primeira etapa da Educação Básica, que compreende o atendimento escolar das
crianças de zero a cinco anos, oferecida em creches e pré-escolas é uma etapa
fundamental para o desenvolvimento integral, quando são aprendidos os conceitos
básicos para a próxima etapa, o Ensino Fundamental. O nosso pequeno cidadão
possui uma série de direitos assegurados em leis, que vão muito além do cuidado e
da segurança – como o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e a Lei de
Diretrizes e Bases da Educação (LDB).
A lei de Diretrizes e Bases da Educação referente à Educação Infantil, seção 11,
artigo 31, estabelece que:
“...a avaliação far-se-á mediante o

acompanhamento e registro do seu
25
desenvolvimento, sem o objetivo de promoção,
mesmo para o acesso ao Ensino Fundamental.”

O processo de avaliação na educação infantil deve ser contínuo, quando o
professor/ monitor acompanha e analisa os avanços e dificuldades de toda a turma e
também de forma individual, pois cada criança possui seu modo de agir, sentir e per.
Logo, o professor/monitor deve levar em consideração as particularidades de cada um
e, para isso, um olhar atento para cada criança sobre os seus interesses,
personalidades, relações e experiências são essenciais para o educador avaliar a
reação da criança à sua proposta e reveja suas práticas. Vale lembrar que na
educação infantil a avaliação ocorre observando os aspectos qualitativos da criança
sem atribuição de nota.
A observação
A avaliação na educação infantil é um processo de acompanhamento do
desenvolvimento, que acontece atrelado à observação atente e frequente, que
possibilita ao educador condições para melhores registros. Conforme Junqueira Filho,
da UFRGS:
“A observação é um instrumento de avaliação e planejamento. Eu
planejo, coloco em prática, avalio e continuo planejando. Eu
planejo e avalio todos os dias.”
A observação é uma prática contínua no CEMEI José Leonice das Neves, onde
as monitoras e professoras registram as pequenas mudanças e características
individuais de cada criança, fazendo anotações durante ou logo depois das
atividades. Essas observações e registros são feitos em cadernos, pautas de
observação, sobre a rotina da criança no Cemei. Bimestralmente, baseados nos
26
registros, os professores/monitores, juntamente com a pedagoga, preenchem a ficha
de avaliação da turma no Diário Escolar e o relatório individual de cada criança.
Percebemos que a avaliação e o registro desempenham um papel de suma
importância na educação infantil. Com base nisso, é possível identificar se a criança
tem dificuldade e em qual área isso ocorre. É o olhar do professor/monitor sobre o
desenvolvimento da criança que permite fazer o processo da avaliação na educação
infantil: organizar as atividades, os materiais oferecidos, as formas de execução e os
agrupamentos das crianças.
2.3.11 INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA

A intervenção pedagógica acontece quando se observa dificuldades e habilidades
não consolidadas que impedem o desenvolvimento no aprendizado da criança. Após
diagnosticar as principais dificuldades, através das observações e registros, é
importante planejar as ações de intervenção pedagógica.
O professor/monitor trabalha com projetos de intervenção utilizando atividades
lúdicas atreladas ao conteúdo adequando às necessidades e realidades das crianças.
É importante ressaltar que as intervenções pedagógicas não devem ser pensadas
somente para os alunos com dificuldades, mas também é recomendável valorizar e
incentivar os alunos com maior aptidão (através de elogios) e mostrar o quanto eles
podem contribuir em sala de aula, podendo ajudar e cooperar com os colegas que
possuem dificuldades.
2.3.12. TEMAS CONTEMPORÂNEOS E TRANSVERSAIS

De acordo com o MEC, “os temas transversais na educação estão voltados
para a compreensão e para a construção da realidade social, dos direitos e
responsabilidades relacionados à vida pessoal e coletiva, e com afirmação do
princípio da participação política.”
27
É interessante ressaltar que o trabalho com os temas transversais deve ser
realizado por meio de uma parceria entre a família e a escola. Todos os projetos e
atividades realizadas no Ângela Maria acontecem com essa parceria. A participação
da família é indispensável porque diversos conceitos e valores propostos pelos temas
transversais começam a ser repassados para as crianças em casa.
3. PROJETOS EXTERNOS
3.1. Projetos específicos da cidade
Projeto Aniversário da Cidade, Projeto Meio Ambiente, Projeto Arraial Público, Projeto
Folclore, Projeto Semana da Pátria.
- Procurando desenvolver o trabalho interdisciplinar, visando o entendimento global do
mundo em que vivemos, focando temas relevantes ao enriquecimento curricular das
crianças e adolescentes e o envolvimento da família e da comunidade, através dos
projetos desejamos:
 Integrar a família e a comunidade;

 Articular as experiências e os saberes das crianças com os conhecimentos que
fazem parte da cultura artística local;
 Valorizar a cultura e os produtos locais (naturais, artesanais e fabricados);
 Estimular a harmonia nas relações interpessoais;
 Resgatar valores culturais através da sabedoria popular;
 Favorecer a integração social do grupo;
 Desenvolver a expressão artística e corporal;
 Socializar todos os integrantes da comunidade escolar através da troca de ideias e
experiências.
28
4. PLANO DE AÇÃO
Todo esse movimento permitiu conhecermos melhor nosso CEMEI e aumentar

o engajamento da comunidade escolar na construção do nosso PPP.
Apresentamos o nosso Plano de Ação que propõe ações concretas de melhoria

e transformação da realidade identificada durante a etapa do diagnóstico. Este
instrumento permitirá a definição dos passos a serem dados pelo CEMEI e nossa
comunidade para o alcance dos objetivos que pretendemos.
Itinerário
CEMEI JOSÉ LEONICE DAS NEVES.
Avaliativo
Ponto de
Compra de um parquinho adequado.
melhoria
Nome da ação Qualidade para o lazer.
Objetivo e
Construir um parquinho adequado.
resultados
Como podemos
Assegurar um espaço adequado e lúdico para as crianças desenvolverem
medir esse
um aprendizado de qualidade.
resultado?
O que será
A compra dos brinquedos para o parque.
feito?
29
Como será
Será encaminhado um projeto para a secretaria de educação.
feito?
Quando será
Mediante a aprovação da secretaria de educação, sem data prevista.
feito?
Por quem será
Órgão responsável pelo CEMEI secretaria de educação.
feito?
Principais riscos
para o sucesso A secretaria de educação não aprovar o projeto.
dessa ação
5. MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DO PPP
O Projeto Político Pedagógico do Centro Municipal de Educação Infantil José

Leonice das Neves será avaliado anualmente pelo grupo de professores/monitores,
pais, funcionários, direção e equipe pedagógica revendo os resultados obtidos pela
escola em sua função de propiciar a formação integral dos alunos e assegurar o
acesso, a permanência e o sucesso escolar na sua aprendizagem. Portanto, cabe a
escola adotar mecanismo de monitoramento através de discussões e reflexões das
práticas pedagógicas educacionais, na gestão participativa de pessoas e na gestão
de apoio, recursos físicos e financeiros, propondo planos de melhoria na
implementação do Projeto Político Pedagógico, visando reorganizar e articular as
ações de trabalho escolar. Buscando no princípio da gestão participativa, fazer com
que a escola, seus educadores, funcionários, pais e comunidade, repensem as
práticas cotidianas, para que as pessoas tenham oportunidades de elaborar ideias e
atuar de forma consciente, revendo ações e rompendo paradigmas que inteiram na
escola.
30
 Todas as ações foram executadas?

 As ações ajudaram na caminhada?
 Em que medida as necessidades da escola foram supridas e ajudaram a
construir uma prática transformadora?
Todas as etapas serão avaliadas detalhadamente, antes, durante e após a sua

realização. Feita a avaliação do PPP e tendo como referência as necessidades já
revistas e reelaboradas, parte-se para a reorganização, se necessário, e a
programação para o próximo ano. Para essa organização (revisão e/ou reestruturação
do PPP), a escola deverá:
 Garantir a implementação do PPP sem perder de vista os compromissos

assumidos coletivamente;
 Ter clareza de que as ações definidas pelo seu coletivo, embora representando
o desejo de todos, necessitam identificar os segmentos que irão realiza-las;
 Planejar suas atividades permanentes (currículo escolar, calendário escolar) e
os projetos que serão desenvolvidos, elaborando o Cronograma Geral de
Atividades do PPP, dentre outras:
a) Criar horários e espaços para promover momentos de discussão
coletiva;
b) Disponibilizar textos que articulem questões teóricas e práticas
sobre a organização do trabalho da escola, visando contribuir na
construção do PPP;
c) Promover a discussão por grupos, reunindo alguns segmentos de
cada vez;
d) Realizar reuniões entre os pais (e/ou outra forma de
representatividade) para avaliação do trabalho da escola;
31
e) Sensibilizar os pais mais atuantes para que sejam elo entre os
vários segmentos da escola e da comunidade local;
f) Estabelecer as metas a serem alcançadas;
g) Compreender os princípios que orientarão as atividades que serão
desenvolvidos.
Acredita-se que os objetivos atingidos a partir do momento em que todas as

ações previstas forem realizadas e atenderem as especificidades que requer a Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBN, as diretrizes da SEE/MG e a
realidade e necessidade da escola e sua comunidade, para que os alunos
desenvolvam as competências e habilidades indispensáveis para conviver e
transformar a sua realidade, com sucesso.
32
6. EQUIPE DE ELABORAÇÃO DO PPP

Participaram da equipe de elaboração deste PPP:
Nome Função Assinatura
Rosane Inês Comin de Camargo Coordenadora
Eliene Aparecida Teixeira da Silva Secretária de

Educação
Rubenice Faria Mesquita Morato Coord. Pedagógica

Colaborou com a aprovação/revisão por parte da Diretoria Educacional da
SER/Unaí – MG:

Analista ou Técnico Responsável
Documento aprovado em: ____/____/_______
Documento arquivado na SER/Unaí em: ____/_____/_______
Documento devolvido para o Cemei em: ___/_____/_______
33
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O Projeto Político Pedagógico do CEMEI José Leonice das Neves valoriza a

participação de todos os envolvidos no processo educacional, tendo como proposta
articular prioridades e caminhos escolhidos para o desempenho de suas funções
sociais.
Neste contexto, a realização de um trabalho coletivo com a participação da

comunidade é de suma importância para o sucesso do projeto. A instituição deve ser
um espaço democrático, onde todos possam participar com o objetivo principal a
qualidade da educação, e o bem estar do aluno. O CEMEI busca de forma efetiva
uma educação transformadora e de qualidade por meio de uma gestão participativa.
Portanto, para as crianças da Cemei (0 a 3 anos), os pais são orientados a

desenvolver atividades de estímulo às crianças, leitura de textos, brincadeiras, jogos,
músicas de criança. A equipe de profissionais oferece, aos pais ou cuidadores,
orientações concretas, como modelos de leitura, em voz alta, em vídeo ou áudio, para
engajar as crianças pequenas, nas atividades, e garantir a qualidade da leitura. Para
as crianças da pré-escola (4 e 5 anos), as orientações versam sobre atividades de
estímulo, leitura de textos, desenho, brincadeiras, jogos, músicas de criança e até
algumas atividades em meios digitais, quando for possível.
34
No tocante à avaliação, ela é realizada, para acompanhar e registrar o
desenvolvimento das crianças, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao
ensino fundamental. Assim, a promoção da criança ocorre independentemente do
alcance ou não de objetivos de aprendizagem estabelecidos pelos profissionais, pois,
nessa fase de escolarização, a criança tem assegurado o seu direito de progressão,
sem retenção. Os profissionais tomam o cuidado de registrar o acompanhamento do
desenvolvimento das crianças, conforme o relato dos pais e responsáveis.
O Plano de Ação apresentado propõe ações concretas de melhoria e

transformação da realidade identificada durante a etapa do diagnóstico. Este
instrumento permite a definição dos passos a serem dados pelo CEMEI e pela
comunidade para o alcance dos objetivos que pretendemos.
Assim, o Centro Municipal de Educação Infantil José Leonice das Neves

acredita que este documento baliza as ações pedagógicas, tendo em vista a prática
reflexiva constante, necessária para uma educação de qualidade, inovadora e para
todos.
35
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PIAGET, Jean. Aspectos da construção do conhecimento e da aprendizagem

(1964, p. 5).
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação. Referencial Curricular

Nacional para a Educação Infantil: Brasília: MEC / SEF, 1998. v. 1 e 2.
BRASIL. Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96.Disponível em

< http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/L9394.htm. Acesso em 24 Out. 2015.
BRASIL. Constituição Federal. Brasília, 1988.
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação

Fundamental. Referencial curricular nacional para a Educação Infantil. Brasília:
MEC/SEF, 1998. v. 2, p. 13.
DEMO, Pedro. Educar pela Pesquisa. Campinas, SP: Autores Associados, 2000.
EDLER, Carvalho Rosita. Educação Inclusiva: com os pingos nos “is”. Porto Alegre:
Mediação, 2004.
36
FERRAÇO, Carlos Eduardo. Possibilidades para entender o currículo escolar. In:

Pátio revista Pedagógica, ano X, nº 37, Editora Artmed, 2006.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa.

São Paulo: Paz e Terra, 1997. DEMO, Pedro. Educar pela Pesquisa. Campinas, SP:
Autores Associados, 2000.
HOFFMANN, Jussara M. Lerch. Avaliação mediadora: uma prática em construção

da pré-escola à universidade. Porto Alegre: Mediação, 1993. p. 133.
PARO, Vitor Henrique. Gestão democrática no colégio público. São Paulo: Ática,
2003.
PERRENOUD, P. Os ciclos de aprendizagem: um caminho para combater o

fracasso escolar. Porto Alegre: Artmed, 2004.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação. Referencial Curricular

Nacional para a
Educação Infantil. MEC.
BRASIL. Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96. Disponível em
<http://www.planalto.gov.br/civil/LEIS/L9394.htm.
BRASIL. Constituição Federal. Brasília, 1988.
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação

37
Fundamental.
Resolução CEE N° 481/2021 que institui e orienta a implementação do Currículo

Referência de
Minas Gerais.
Resolução SEE N° 4.234/2019 que dispões sobre as matrizes curriculares das

escolas da Rede
Estadual de Ensino de Minas Gerais.
35
Resolução SEE N° 4.256/2020 que institui as Diretrizes para normatização e

organização da
Educação Especial na Rede Estadual de Ensino de Minas Gerais.
Resolução SEE N° 4.662/2021 que institui o Programa de Convivência Democrática

da Rede
Estadual de Ensino de Minas Gerais e revoga o disposto na Resolução SEE N° 3.685

de 29 de
janeiro de 2018.
Base Nacional Comum Curricular – BNCC
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil - DCNEIs
38
39

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CEMEI – Centro Municipal de Educação Infantil

José Leonice das Neves

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

CEMEI - CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL

JOSÉ LEONICE DAS NEVES

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

“O principal objetivo da Educação é criar

2.1.2. ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO................................................................................... 29

Os referidos documentos estruturam a organização dos CEMEIs, que devem promover a

1.1. IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA

CMEI: Centro Municipal de Educação Infantil José Leonice das Neves

Superintendência regional de ensino de circunscrição: Unaí - MG.

ETAPAS E MODALIDADES OFERTADAS PELO CEMEI

O Centro Municipal de Educação Infantil José Leonice das Neves oferta a

1.2 A ESCOLA EM NÚMEROS

Possui atualmente em seu quadro de funcionários, além da coordenadora, a escola

1.3 HISTÓRICO DA ESCOLA

Os pontos do CEMEI persistem no ensino de qualidade, constituído por profissionais

As principais dificuldades de aprendizagem dos alunos persistem em assimilar regras e

Assim, constata-se, que para alcançar as melhorias necessárias, faz-se necessário o

As modalidades de ensino ofertadas pela escola são: Educação Infantil (Creche 0 a 5

1.4 MISSAO DA ESCOLA

1.6 OBJETIVO GERAL

Oferecer um ensino de qualidade que garanta o acesso e a permanência dos alunos na

1.7 OBJETIVOS ESPECIFICOS

O Marco Referencial refere-se ao posicionamento político da escola.

2.1 MARCO SITUCIONAL

O Diagnóstico é a análise da realidade na qual a escola está inserida.

2.1.1.1 EIXO 1: RELAÇÃO DA ESCOLA COM A COMUNIDADE

2.1.1.1.1 SUJEITOS DA APRENDIZAGEM, CONTEXTO SOCIOECONÔMICO E

Para identificar e compreender a relação da escola com a comunidade, é necessário ter

Contexto socio econômico

Para entender as oportunidades de acesso dos estudantes a equipamentos culturais e

O percentual aproximado de estudantes que residem no território em que a escola está

No território do CEMEI, existem: salas das crianças, sala da direção, secretária,

O perfil do aluno vem mudando a cada geração, “é necessário perceber e

Não dá mais para pensar e organizar uma escola pautada no modelo

CRIATIVO - É capaz de adaptar-se às mudanças e limitações inerentes a qualquer

COOPERATIVO - Assume o papel de facilitador no processo de aprendizagem

COMUNICATIVO - Expressar suas ideias, seus sentimentos, sua opinião e seu

2.1.1.1.2 RELAÇÕES INTERINSTITUCIONAIS: FAMÍLIA, COMUNIDADE E SOCIEDADE.

É sabido que a participação das famílias na vida escolar afeta diretamente a

A frequência bimestral com que a instituição recebe os responsáveis pelas crianças:

 4 vezes para reuniões pedagógicas

 4 vezes para reuniões coletivas e/ou assembleias

 6 vezes em ocasiões de festivas.

O CEMEI com opiniões e perspectivas acerca da participação das famílias na vida

 80% acompanham totalmente.

 20% acompanham parcialmente.

Já a participação dos responsáveis nas atividades realizadas pelo CMEI é:

Para o CEMEI, a participação da família afeta no desenvolvimento das crianças da

A participação dos responsáveis pelas crianças afeta de forma bastante positiva o

Assim como a família, quanto a comunidade abraça o CEMEI e vice-versa, cria-se um

A comunidade tem uma participação muito ativa em todos os eventos da instituição,

Para o CEMEI, a participação da comunidade afeta no desenvolvimento das crianças da

Sempre trabalham em conjunto com o CEMEI e em todas as festividades realizadas no

REDE LOCAL DE GRUPOS E INSTITUICOES SOCIAIS

As principais instituições e suas ações que compõem a rede de apoio ao Centro

INSTITUIÇÃO CAMPO DE RELAÇÕES AÇÕES IMPACTO DAS AÇÕES

Polícia Militar Prevenção de Apoio ao Palestras e Promover a

Secretaria Prevenção e Parceria com Palestras e Crianças saudáveis e

Municipal de conscientização a Secretaria ações sobre conscientes da