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SUMÁRIO
1. O INTEGRA............................................................................................07
2. PLANO DE AÇÃO..................................................................................08
3. MACROSESTRUTURA DAS ESCOLAS...............................................11
3.1. Explicando a Macroestrutura Escolar...........................................12
3.2. Atribuições da Equipe Escolar......................................................13
3.2.1. Gestor (a) escolar...................................................................13
3.2.2. Coordenador (a) pedagógico (a)............................................14
3.2.3. Professor (as).........................................................................15
4. FORMAÇÃO CONTINUADA E DESENVOLVIMENTO
PROFISSIONAL.....................................................................................16
5. PLANEJAMENTO DA ROTINA ESCOLAR...........................................17
5.1. Instrumentos para Registro do Planejamento Escolar.................17
5.2. Rotina Integrada...........................................................................18
5.2.1. Rotina Integrada na Reunião de Planejamento
Pedagógico.............................................................................20
5.3. Acompanhamento da RI na Rotina Escolar: Gestor (a),
Coordenador (a) Pedagógico (a) e Professores (a)..........................22
5.4. Calendário das Sequências Didáticas..........................................23
5.4.1. Cumprimento da Carga Horária por Componente
Curricular................................................................................24
6. ROTINA ESCOLA INTEGRADA –REI...................................................25
7. QUADRO DE MONITORAMENTO DE FREQUÊNCIA DIÁRIA............28
8. TRANSIÇÃO DA EDUCAÇÃO INFANTIL PARA O ENSINO
FUNDAMENTAL.....................................................................................30
8.1. A importância de reconhecer as especificidades da criança........31
8.2. Da Educação Infantil ao Ensino Fundamental: O papel do lúdico
no processo de aprendizagem das crianças.....................................33
8.3. O papel do(a) professor (a) na transição da Educação Infantil para
o Ensino Fundamental.......................................................................34
8.4. O olhar da escola no processo de transição da Educação Infantil
para o Ensino Fundamental...............................................................36
9. PROTAGONISMO ESTUDANTIL..........................................................37
9.1. Em que o protagonismo pode contribuir?.....................................38
9.2. O protagonismo na Educação Infantil...........................................39
9.2.1. Quais são os benefícios proporcionados pelo protagonismo na
Educação Infantil?..................................................................39
9.3. O protagonismo no Ensino Fundamental.....................................40
10. REPRESENTAÇÃO DE TURMA NOS ANOS INICIAIS E FINAIS........41
10.1. Função do (a) Representante de Turma......................................42
10.2. Papel do (a) gestor (a) como mediador (a) da
representatividade.............................................................................42
10.3. A Representação de Turma – de acordo com a instrução
normativa SEE/PB Nº002/2022.........................................................43
11. A ALFABETIZAÇÃO E OS MULTILETRAMENTOS DE ACORDO COM
A BASE NACIONAL CURRICULAR......................................................45
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11.1. Alfabetização e o Letramento.......................................................46
11.1.1. Letramento Matemático.....................................................48
11.1.2. Letramento Científico.........................................................49
12. PLANEJAMENTO DAS AULAS............................................................52
12.1. Ritos de Gestão............................................................................53
12.2. Rotina semanal do (a) Coordenador (a) pedagógico (a)..............55
12.3. Rotina semanal do (a) Professor (a).............................................56
12.4. O registro de planejamento: A ATA..............................................56
12.5. Substituição de Professor (a).......................................................59
13. ROTINA ESCOLAR NOS ANOS INICIAIS............................................59
13.1. Ciclo de Alfabetização..................................................................59
13.1.1. Acolhimento.......................................................................60
13.1.2. Qual a nossa concepção de leitura?.................................63
13.1.3. Atividade 1: Aplicação das Sequências Didáticas (Língua
Portuguesa e Matemática)......................................................68
13.1.3.1. Práticas de relaxamento..........................................69
13.1.3.2. Sugestões para práticas de relaxamento................70
13.1.4. Atividade 2: Aplicação das atividades dos componentes
curriculares.............................................................................71
13.2. Ambiente Alfabetizador.................................................................71
13.3. Ideias para potencializar o ambiente de sua sala de aula............73
13.3.1. Cantinho da Leitura.. .........................................................73
13.3.2. Cantinho da matemática....................................................73
13.3.3. Outros espaços e materiais pedagógicos, visando á
exposição das produções elaboradas pelos (a) estudantes...74
13.3.4. Organização da sala de aula.............................................74
14. ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS: PRINCÍPIOS....................76
14.1. Organização Curricular.................................................................77
14.2. A BNCC Anos Finais....................................................................78
14.3. Planejamento pedagógico Anos Finais........................................79
14.3.1. Observações sobre o planejamento..................................80
14.4. Avaliação da Aprendizagem na Escola........................................81
15. AVALIAÇÕES.........................................................................................83
15.1. Avaliação Diagnóstica Inicial........................................................84
15.1.1. Estrutura da Avaliação Diagnóstica Inicial 2023...................84
15.2. Avaliação Externa em Larga Escala – Sistema de Avaliação da
Educação Básica (SAEB)..................................................................85
15.3. Painel de Alfabetização................................................................86
15.4. Acompanhamento do processo de aquisição das habilidades.....87
16. CONSELHO DE CLASSE......................................................................87
16.1. Importância da Implantação do Conselho de Classe na escola...88
16.2. A Organização e a implantação do Conselho de Classe.............88
16.2.1. Etapas do Conselho de Classe..........................................89
17. EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA......................................................93
17.1. O direito à educação escolar específica.......................................95
17.1.1. Matrícula/Educação Escolar Indígena...............................95
17.1.2. Calendário Escolar da Educação Escolar Indígena...........96
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17.2. Princípios do Regime de Colaboração para a Educação Escolar
Indígena da Paraíba..........................................................................97
17.3. Organização da Educação Escolar Indígena...............................98
17.3.1. Educação Infantil...............................................................98
17.3.2. Ensino Fundamental.........................................................98
17.4. Matriz Curricular Indígena para os Anos Iniciais do Ensino
Fundamental......................................................................................99
17.4.1. Organização Curricular Escolar dos Anos Iniciais do Ensino
Fundamental.........................................................................101
CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................102
REFERÊNCIAS...............................................................................103
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1. O INTEGRA
O Integra Educação Paraíba – Regime de Colaboração em Educação
(doravante denominado Integra) foi instituído por intermédio da Lei nº
12.026/2021, como uma ação estratégica para a melhoria dos indicadores
educacionais das redes públicas, fortalecendo a cooperação entre o estado e os
222 municípios aderentes ao Regime de Colaboração, com a missão de
fomentar a Alfabetização e os Letramentos Matemático e Científico na idade
certa, assim como corrigir os déficits de aprendizagem que eventualmente
estejam presentes em cada unidade de ensino.
Essas melhorias têm ancoragem nas metas estabelecidas pela Base
Nacional Comum Curricular e pelo Plano Estadual de Educação da Paraíba, que
preveem a garantia da alfabetização de todas as crianças até os sete anos de
idade com níveis adequados de letramento, bem como minimizar o déficit de
aprendizagem nos Anos Finais do Ensino Fundamental.
Para o alcance desses objetivos e alinhado às políticas nacionais de
educação, o Integra assumiu eixos que visam apoiar o trabalho dos (as)
professores (as) do ciclo de alfabetização e ciclo complementar, contribuindo
tanto na esfera das políticas públicas quanto com materiais para o
desenvolvimento das práticas em sala de aula. Destarte, seguem os eixos de
atuação do Integra:
I - alfabetização e letramento;
II - superação de déficit de aprendizagem;
III - formação continuada;
IV - eficiência da gestão e das práticas pedagógicas;
V - direitos de aprendizagem;
VI - princípio de equidade;
VII - regime de colaboração entre entes federados;
VIII - fomento à educação em tempo integral;
IX - implementação do currículo estadual da Paraíba.
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ciclos de monitoramento que permitirão um acompanhamento sistemático das
ações, aferindo sua efetividade, além da implantação do Sistema Integra de
Gestão Educacional e Pedagógica, acompanhando cada estudante no processo
de alfabetização e nos letramentos Matemático e Científico.
Espera-se, a partir das ações propostas, manter o esforço na melhoria
dos índices em Língua Portuguesa e Matemática (letramento) revelados pelas
avaliações internas e externas, assegurando o alcance dos objetivos propostos
para o estado, de atingir a alfabetização na idade certa para todos os (as)
estudantes do território paraibano.
2. PLANO DE AÇÃO
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Quadro 1 – Recorte do Plano de Ação da CEINTEGRA
Equidade;
São convicções e crenças
Cidadania;
dominantes, definidas pela
Responsabilidade;
Secretaria. Esses valores devem ser
Transparência;
referenciais para todos
Ética;
VALORES os envolvidos com o Regime de
Solidariedade;
Colaboração, pois nortearão as
Respeito;
decisões e a realização de ações para
Cooperação;
contribuir com as unidades de
Eficácia
ensino.
Eficiência.
INDICADORES
São as medições para os devidos ajustes no decorrer do processo.
DE PROCESSO
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É preciso que cada Gerência Regional de Ensino e cada escola de Anos
Iniciais do estado, ao conhecer seu escopo de atuação e o contexto da sua
comunidade, considere como seria possível colaborar para o alcance das metas
elencadas no Plano de Ação do Integra.
De acordo com a Macroestrutura escolar do Integra, as escolas são
responsáveis pela operacionalização das ações que irão gerar os resultados
objetivados pela CEINTEGRA.
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Para tanto, a comunicação efetiva é primordial e é função do (a) gestor (a)
escolar garantir que isso seja possível.
A Macroestrutura precisa estar exposta na escola de modo convidativo e
deve ser compreendida por toda a equipe escolar, retomada durante os
planejamentos e atos decisivos. Além disso, deve servir também como
instrumento de constante alinhamento para a comunicação.
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Comissão Executiva do Integra e se perceber enquanto “Secretaria” também, de
modo a garantir meios para que o Plano de Ação do estado seja efetivado.
De acordo com o “desenho”, o (a) gestor (a) tem a função de garantir a
disseminação da missão do Integra pela escola, em articulação com o (a)
coordenador (a) pedagógico (a) e seguindo as orientações advindas da
CEINTEGRA, além de ajudar a desenvolver o potencial da sua equipe,
garantindo que cada um (a) realize o monitoramento de metas específicas da
sua área de atuação. Alinhado (a) com o (a) coordenador (a) pedagógico (a) de
um lado e a equipe de apoio do outro, o (a) gestor (a) garante o
acompanhamento de todas as ações desenvolvidas na escola.
Da mesma forma, os (as) coordenadores (as) pedagógicos (as) devem
manter o alinhamento com os (as) professores (as), garantindo que desenvolvam
sua função de modo efetivo, centrados em resultados e com foco nos (as)
estudantes.
No entanto, esse acompanhamento só é possível por intermédio do que
chamamos de “Reuniões de fluxo”, encontros semanais que garantem o
desenvolvimento do Ciclo de Melhoria Contínua. Além disso, é preciso que cada
integrante da equipe compreenda sua função de modo efetivo para que tenha
condições de atuar a partir da ciência da importância de sua colaboração para o
alcance das metas da instituição.
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V.Participar e comprometer-se com a implementação da proposta pedagógica na
unidade de ensino, em conjunto com o (a) coordenador (a) pedagógico (a) e os
(as) professores (as);
VI.Realizar reuniões periódicas com as (os) famílias/responsáveis para informá-los
(as) sobre o desempenho dos (as) filhos (as) e orientá-los (as) em como podem
apoiar nesse processo;
VII.Assegurar o efetivo funcionamento das atividades didático-pedagógicas e
administrativas, visando ao pleno desenvolvimento dos (as) educandos (as) e ao
cumprimento dos dias letivos;
VIII.Participar das reuniões quando convocado (a) pela Gerência Regional.
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IX.Realizar reuniões de fluxo com os (as) professores (as) para discussão do plano
de atendimento individual do (a) estudante, considerando o desempenho e o
nível de aprendizagem;
X.Realizar levantamento dos materiais didático-pedagógicos que serão utilizados
em sala de aula pelo (a) professor (a) e viabilizar, com auxílio da gestão, para
que o material chegue até o (a) professor (a);
XI.Atender, quando necessário, os pais/responsáveis para discutir e fazer
encaminhamentos do desempenho de seus/suas filhos (as);
XII.Participar da formação continuada dos (as) professores (as), quando houver,
bem como participar das reuniões com pais/responsáveis e conselhos de classe;
XIII.Orientar novos (as) professores (as) alfabetizadores (as) acerca da metodologia
do Regime de Colaboração (Integra);
XIV.Fazer levantamento da frequência diária dos(as) estudantes.
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4. FORMAÇÃO CONTINUADA E
DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL
A Secretaria de Estado da Educação e a Comissão Executiva do Integra
(CEINTEGRA) promovem formações continuadas para garantir a
potencialização do desenvolvimento profissional e a qualidade dos Anos Iniciais
do Ensino Fundamental.
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5. PLANEJAMENTO DA ROTINA
ESCOLAR
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Cada professor (a) possui seu próprio instrumento (Rotina Integrada) e é
responsável por preenchê-lo.
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Acolhimento: momento de integração com os/as estudantes, realizado sempre
ao iniciar os encontros diários. Professores compartilham ideias de possíveis
ações de acolhimento e/ou definem suas próprias ações.
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Planejamento das atividades: espaço para inserir as atividades que serão
realizadas a cada dia. As atividades deverão contemplar as sequências
didáticas, atividades praticadas em sala de aula e atividades para casa. Nesse
campo, o(a) professor(a) tem autonomia para preencher de forma clara e objetiva
sua proposta de atividade.
Para selecionar a sequência didática a ser desenvolvida no dia, é importante
consultar o calendário de aplicação das SDs, clicando na mensagem, conforme
imagem apresentada abaixo.
As atividades em sala e para casa, podem ser digitadas livremente. Caso não
haja atividade, deixe a célula vazia.
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No quadro, há três opções de respostas para cada atividade:
SIM - quando, ao final da semana, certificar que todas as atividades registradas
foram cumpridas, em todos os dias planejados.
NÃO - no caso de nenhuma atividade registrada, em nenhum dia da semana
tenha sido desenvolvida.
PARCIALMENTE - ao verificar que, em algum (ns) dia (s) da semana, alguma
(s) atividade (s) registrada (s) não tenha sido cumprida (s).
Atenção!
Todas as ações planejadas que, por conseguinte, não tiverem sido realizadas, deverão
constar em um dos dois campos mencionados acima, pois a partir desses registros um
novo PDCA deve ser agendado.
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5.3. Acompanhamento da RI na Rotina Escolar: Gestor (a),
Coordenador (a) Pedagógico (a) e Professores (as)
O (a) gestor (a) também possui um papel muito importante, pois precisa
estar ciente junto ao (à) coordenador (a) pedagógico (a) nessa ação, cujo
intuito é que todos os integrantes envolvidos no processo saibam o que ocorre
dentro da instituição. Os (as) professores (as) precisam garantir que às sextas-
feiras a RI seja preenchida, pois a partir desse preenchimento, é
possível realizar o PDCA semanal. Os dias de planejamento são de
fundamental importância para a análise dos resultados alcançados, para a
organização do trabalho a ser desenvolvido e a definição de prioridades.
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5.4 Calendário das Sequências Didáticas
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5.4.1 Cumprimento da Carga Horária por Componente Curricular
OBSERVAÇÕES:
ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL - 1º AO 5º ANO
Instituído pela Lei nº 11.274 de 06 de fevereiro de 2006. Fundamentado na Resolução
CNE/CBE no 7/2010 e na Lei nº 12.026, de 12 de agosto de 2021, cria o INTEGRA
EDUCAÇÃO PB - Regime de Colaboração em Educação do Estado da Paraíba, e das
outras Providências.
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6. ROTINA ESCOLA INTEGRADA - REI
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O segundo velocímetro verifica o cumprimento anual do calendário
das Sequências Didáticas.
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Percentual de dias com atividades para sala e para casa;
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O acompanhamento de todos os pontos apresentados permite que a
equipe escolar desenvolva ações e estratégias para viabilizar a melhoria
contínua do processo de ensino e aprendizagem dos (as) estudantes. a REI
fornece informações sobre as habilidades que estão sendo trabalhadas em sala
de aula, como também a defasagem de habilidades que ainda precisam ser
trabalhadas e/ou revisadas.
Além disso, durante a análise da REI o (a) coordenador (a) pedagógico
(a) pode direcionar-se a RI de cada professor (a) para identificar possíveis
inconsistências a serem ajustadas, conforme imagem abaixo:
7. QUADRO DE MONITORAMENTO DE
FREQUÊNCIA DIÁRIA
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Por meio desse sistema é possível manter o controle da frequência dos
(as) alunos (as), evitando a evasão escolar, como demonstra o quadro abaixo:
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8. TRANSIÇÃO DA EDUCAÇÃO INFANTIL
PARA O ENSINO FUNDAMENTAL
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8.1 A IMPORTÂNCIA DE RECONHECER AS ESPECIFICIDADES DA
CRIANÇA
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primeira infância, por sua vez, é considerada como uma fase de suma
importância na vida e no desenvolvimento humano, como denota a neurociência,
é durante esse período que o processo de desenvolvimento cognitivo ocorre de
forma mais rápida e intensa, por meio da plasticidade cerebral e servirá como
base para o intelecto durante toda a existência. Dessa maneira, a Educação
Infantil apresenta-se como um espaço que propicia vivências e práticas que
garantem o desenvolvimento integral da criança, partindo de suas
particularidades a partir de atividades planejadas, orientadas com significado e
intencionalidade.
Em relação ao exposto, é importante compreender que ao pensar em
práticas pedagógicas para crianças, independente da etapa da educação, deve-
se, sobretudo, considerar os diferentes contextos nos quais estão inseridas, bem
como, os seus interesses e possibilidades. Assim como defende Maria
Montessori, para que os direitos das crianças sejam garantidos, é importante que
a escola, enquanto instituição social, propicie um ambiente prático, seguro e
significativo, colocando a criança como protagonista de todo e qualquer processo
de ensino-aprendizagem. Dessa forma, é possível estimular e garantir o
aprendizado de qualidade e de forma contextualizada.
Com base nas discussões, já é possível perceber que o desenvolvimento
infantil é um processo multidimensional. Além disso, é necessário reconhecê-lo,
também, como um processo dinâmico que não se encerra na Educação Infantil
e, por essa razão, ao ingressar no Ensino Fundamental a criança ainda precisa
de estímulos que contribuem para a consolidação das habilidades e
aprendizagens adquiridas na etapa escolar anterior. Para tanto, o(a)
professor(a), enquanto mediador(a), a partir de uma atividade e/ou avaliação
diagnóstica, deve sondar os conhecimentos prévios e conceitos cognitivos que
o(a) estudante já possui, para que, a partir disso, possa planejar aulas de acordo
com o nível constatado.
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Por fim, após reconhecer as especificidades das crianças, atividades
lúdicas, interativas, coletivas, dinâmicas, práticas e exploratórias, devem fazer
parte da rotina dos (as) estudantes, a fim de dar continuidade, de forma linear,
ao desenvolvimento e aprimoramento da imaginação e da criatividade.
No próximo tópico, segue uma discussão didática acerca da importância
do lúdico nas práticas educativas do (a) professor (a), reconhecendo o lúdico
como peça fundamental no processo de ensino-aprendizagem.
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[...] forma conceitos, relaciona ideias, estabelece relações
lógicas, desenvolve a expressão oral e corporal, reforça
habilidades sociais, reduz a agressividade, integra-se na
sociedade e constrói seu próprio conhecimento (NEGRINE
1994, p. 41).
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8.4. O OLHAR DA ESCOLA NO PROCESSO DE TRANSIÇÃO DA
EDUCAÇÃO INFANTIL PARA O ENSINO FUNDAMENTAL
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somar a eles novos conhecimentos, novas formas de aprender e de compartilhar
novos saberes.
Quando toda a equipe escolar estiver ciente da importância desse período
de transição na vida das crianças (ao saírem da Educação Infantil e adentrarem
no Ensino Fundamental), bem como a equipe gestora assumir o compromisso
de empenhar-se afinco para que haja o menor impacto possível durante o
processo, esse período passa a ser vivenciado da maneira mais intensa possível
e com maior possibilidade de obtenção de sucesso na nova etapa que se inicia.
9. PROTAGONISMO ESTUDANTIL
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9.1. Em que o protagonismo pode contribuir?
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O protagonismo em sala de aula está muito ligado com as práticas
escolares e formas com as quais as crianças são impactadas pela aprendizagem
de conteúdos e valores. O (a) estudante deve ser visto (a) como fonte de
iniciativa, de liberdade e de compromisso, portanto é essencial estimular as
crianças a atuarem no contexto de sala de aula, ao mesmo tempo, vivenciarem
possibilidades de escolha e de responsabilidades.
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Esse entendimento se relaciona bastante com o exercício de cidadania,
cada indivíduo é agente transformador responsável, e tem participação em
processos decisórios para o desenvolvimento da sociedade.
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10. REPRESENTAÇÃO DE TURMA NOS ANOS
INICIAIS E FINAIS
A escolha de Representação de Turma é o início de um importante
processo no ambiente escolar, tanto para o desenvolvimento do protagonismo
daqueles que se tornarão líderes e vice-líderes, como também, no apoio à
resolução de desafios no cotidiano escolar.
O (a) representante de turma funciona como elo, o canal de comunicação
entre sua turma e a gestão escolar, coletando demandas de seus liderados,
debatendo entre os (as) líderes e as encaminhando para a gestão por meio das
reuniões, para que juntos cheguem a um denominador comum, caminhando
para a resolução dos desafios diários de uma escola.
Assim, a condução das ações referente à escolha de Representantes de
Turma deve ser bem conduzida pela gestão, por meio de um processo
democrático, e que garanta uma formação para aqueles que pleiteiam a
liderança e vice-liderança de turma.
O (a) escolhido (a) pelo grupo irá representá-lo, terá voz, mas, antes de
tudo, assumirá o compromisso de buscar o consenso, de apresentar
responsabilidade em suas representações e de explorar a aquisição de
aprendizado para defender os interesses do seu grupo.
Assim, tornando-se referência e inspiração para os (as) colegas, por
estimular a turma e representar as ações planejadas pela equipe da escola.
Seguem as qualidades inerentes ao (à) representante de turma:
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10.1. FUNÇÃO DO (A) REPRESENTANTE DE TURMA
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Então, percebe-se que a gestão escolar e toda a comunidade devem se
envolverem com a educação, segundo Agostini (2010), em que diz, a arte de ser
um (a) gestor (a) escolar vai além de gerenciar uma instituição e sim em
coordenar, mediar e facilitar as questões desafiadoras diárias que surgem no
âmbito escolar.
Art. 10º Cada Unidade Escolar irá incentivar a realização da eleição dos (as)
estudantes que ficarão responsáveis pela defesa dos interesses de suas turmas,
promovendo a escolha democrática das seguintes representações estudantis:
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§1º São atribuições e responsabilidades inerentes tanto ao representante de
turma quanto ao líder de turma:
§2º Na eleição dos (as) representantes de turma, será definido um (uma) Professor (a)
Conselheiro (a) que fará parte de todo o processo eleitoral, tendo como
responsabilidade formar, realizar, orientar e garantir o processo democrático de toda a
ação.
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11. A ALFABETIZAÇÃO E OS MULTILETRAMENTOS DE
ACORDO COM A BASE NACIONAL COMUM
CURRICULAR
Em linhas gerais, a alfabetização é um processo de aprendizagem no qual
o indivíduo desenvolve a competência de ler e escrever, isto é, decodificar o
código linguístico; já o letramento se ocupa da função social dessa leitura e
dessa escrita (SOARES, 1996).
Pode-se dizer que a qualidade com que uma pessoa domina a leitura e a
escrita seja uma diferença essencial entre ser alfabetizado e ser letrado, ou seja,
enquanto aquele que é alfabetizado reconhece o sistema de escrita, o letrado
vai além e utiliza a leitura e a escrita nos mais variados contextos: interpreta,
compreende e organiza discursos e reflexões. São processos complexos, mas
que devem caminhar juntos. Porém, isso não significa dizer que um indivíduo
alfabetizado é necessariamente um indivíduo letrado.
Com o advento da tecnologia digital, as formas de comunicação foram
ampliadas e as propostas de leitura e escrita se dão em numerosos contextos
sociais, sob diferentes aspectos e suportes. Isso aborda outros conceitos, pois
não há apenas uma única maneira de apreensão de saberes, mas sim
“multiletramentos”, pois novos tempos pedem novos letramentos (ROJO, 2009).
Tal multiletramento
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11.1. Alfabetização e o Letramento
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Ainda que os (as) estudantes tenham contato e participem das diferentes
práticas de letramento, são nos Anos Iniciais, 1º e 2º anos, que se espera o
processo de alfabetização ser concretizado. Para tanto, o foco de toda a prática
pedagógica deve ser a Alfabetização e, nesse percurso, faz-se necessário que
os (as) estudantes conheçam como funciona o alfabeto, tanto na leitura quanto
na escrita porque
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partindo sempre dos mais simples aos mais complexos, contribui-se para que o
processo de alfabetização se concretize e as práticas de leitura e escrita sejam
ampliadas.
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Nesse sentido, o Letramento Matemático se configura como inovação
importante, conforme elucidado pela BNCC, cujos estudantes, por meio do
desenvolvimento de competências, terão a oportunidade de potencializar o
domínio das habilidades matemáticas. Logo, aspectos como argumentar,
justificar raciocínios, resolver problemas, escrever e ler, entre outros, corroboram
para a compreensão da Matemática no mundo contemporâneo.
Dessa forma, a BNCC divide os objetos do conhecimento em cinco
Unidades Temáticas, a saber: Números, Álgebra, Geometria, Grandezas e
Medidas e Probabilidade e Estatística.
Com isso, todas as Unidades Temáticas devem balizar as habilidades
considerando que os conhecimentos matemáticos serão ampliados,
aprofundados e, quando necessário, retomados. Não obstante, é importante
considerar que o desenvolvimento dessas habilidades não seja feito de forma
fracionada. Essa divisão em Unidades Temáticas serve tão somente para
facilitar a compreensão dos conjuntos de habilidades e suas inter-relações.
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Conforme a Base Nacional Comum Curricular, a área de Ciências da
Natureza tem um compromisso com o desenvolvimento do Letramento
Científico, envolvendo a capacidade de compreender e interpretar o mundo
(natural, social e tecnológico), mas também de transformá-lo com base nos
aportes teóricos e processuais das Ciências. Para que as práticas de Letramento
Científico aconteçam no âmbito da escola é fundamental que o(a) professor(a)
proponha aos(às) alunos(as) situações de aprendizagem desafiadoras, que
despertem a sua curiosidade científica e lhes possibilitem problematizar o seu
entorno, investigá-lo, assim como propor intervenções sobre ele.
O Letramento Científico visa o desenvolvimento do pensamento
científico dos (as) estudantes e prioriza menos a prática de transmissão de
informações. Os (as) alunos (as) passam a ter a apropriação do conhecimento
científico, participando ativamente na construção desse conhecimento, a partir
de discussão de ideias, da identificação e resolução de problemas do cotidiano.
Pensar criticamente sobre questões relevantes da sociedade não é tarefa
apenas de jovens e adultos, esse pensamento precisa ser construído desde o
início da alfabetização, e é esse o papel central do Letramento Científico.
Portanto, o objetivo do Letramento Científico é possibilitar que os (as)
estudantes tenham um novo olhar sobre o mundo que os cerca, como também
façam escolhas e intervenções conscientes e pautadas nos princípios da
sustentabilidade e do bem comum, fomentando o pensamento científico e
tecnológico, o senso investigador, garantindo a utilização das concepções
científicas a favor da sociedade e desenvolvendo os princípios de cidadania.
A Alfabetização e o Letramento científico desenvolvem nos (as)
estudantes:
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Garante a exploração do ambiente lógica e sistematicamente;
Desperta o interesse pelo conhecimento científico, por meio do aspecto
lúdico com que pode ser desenvolvido.
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12. PLANEJAMENTO DAS AULAS
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Visando a garantia do cumprimento da pauta semanal, segue orientação
com sugestão de passo a passo para o(a) coordenador(a) pedagógico(a)
conduzir o planejamento:
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Gestor (a) Escolar: Na terça-feira o (a) gestor (a) escolar precisa
consolidar os resultados analisados da semana antecedente e realizar a
atualização dos instrumentos de monitoramento para acompanhar o
cotidiano de sua comunidade escolar (averiguar as ações concluídas, em
andamentos, atrasadas, canceladas, etc.). Ação concluída, é momento de
iniciar o segundo passo do ciclo de melhoria contínua, que é o ato de
planejar as datas, público-alvo e novas ações a serem tratadas durante a
semana. É nesse momento que o(a) gestor(a) escolar precisa consolidar
os seguintes instrumentos: Atas de reuniões redigidas tanto pelo(a)
coordenador(a) pedagógico(a) como pelo(a) secretário(a) escolar,
Planilha de Acompanhamento de Indicadores Escolar, Plano de Ação
Escolar, entre outros instrumentos pertinentes à escola.
Gestor (a) Escolar, Coordenador (a) Pedagógico (a) e Secretário (a)
Escolar: Na quarta-feira ou na quinta-feira o (a) gestor (a) escolar conduz
a reunião. Na ocasião deverá realizar a explanação dos relatórios
consolidados por ele (a) na terça-feira, elencando os principais tópicos
que precisam ser solucionados de imediato e quais estratégias serão
utilizadas, além de informar as próximas ações a serem executadas por
toda a equipe escolar na semana seguinte. Nesse momento, o(a)
gestor(a) juntamente com o(a) coordenador(a) pedagógico(a) e
secretário(a) precisa delegar funções de forma objetiva e clara a todos
que compõem a equipe. Para concretização do exposto, os instrumentos
utilizados para esse momento são: relatório de consolidação das ações e
agenda de ações escolares.
Coordenador (a) pedagógico (a), Professores
(as) e Gestor (a) escolar: Como já orientado
previamente, também faz parte dos ritos de
gestão o momento de planejamento, o qual
deve acontecer no horário oposto às aulas,
com duração de 5 horas. O momento é
dedicado para averiguar, retificar, construir e
planejar ações, estratégias e estudos de todos
os instrumentos que norteiam a parte
pedagógica escolar. É também, durante o
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planejamento que acontecem as análises das rotinas semanais, dos
planos de aula da semana anterior e a construção desses instrumentos
para a semana subsequente. Além disso, é momento para atualizar as
informações pertinentes ao Sistema E-Saber, bem como, os instrumentos
de monitoramento da participação estudantil de cada série/ano.
Conduzido pelo (a) coordenador (a) pedagógico (a), a reunião é orientada
por meio de pauta proposta nas Diretrizes Operacionais do Integra
Educação Paraíba do ano vigente.
Ainda com a participação desses sujeitos, ocorre ao final de cada bimestre
o Conselho de Classe que objetiva avaliar, de forma dialógica, o
desenvolvimento dos (as) estudantes durante o processo de ensino-
aprendizagem.
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12.3. ROTINA SEMANAL DO (A) PROFESSOR (A)
Por sua vez, o (a) professor (a) também tem atribuições específicas para
sua atuação no ambiente escolar. Semanalmente, de forma obrigatória,
conforme elucidado neste documento.
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pessoa. Deve-se garantir sua guarda, mas também entender que o documento
pertence à instituição e não a alguém específico.
Existem dois tipos de Ata: a formal e a informal. Uma Ata informal não
significa dizer que não possui validade judicial, mas que apresenta estrutura mais
simples, ou seja, é a Ata simples redigida em uma reunião de Planejamento
Semanal. Já a Ata formal é mais utilizada para formalização de Conselho
Escolar, reunião de Orçamento Democrático, assembleias gerais etc.
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O que precisa constar em uma Ata formal?
❖ Abertura: indica a data, horário, local e o nome da entidade que está reunida;
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12.5. SUBSTITUIÇÃO DE PROFESSOR (A)
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conquista e incentiva os(as) estudantes, além disso, torna a prática pedagógica
mais significativa, de fácil compreensão dos conteúdos.
*Sequências Didáticas.
**Reservar 5 minutos antes do horário de saída para organização da sala.
***A Sequência Didática de Letramento Científico deve ser aplicada às sextas-
feiras.
13.1.1. Acolhimento
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dos pais e/ou responsáveis, podendo ser concretizado na sala de aula ou em
outro espaço da escola, criando condições para que todos sintam-se bem-vindos
(as) e se envolvam nas atividades ao longo do dia.
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Acolhimento dos (as) professores (as) e funcionários (as)
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desenvolvam ações e/ou estratégias que contribuam para todo o processo de
ensino-aprendizagem.
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Portanto, quando pegamos emprestado o sentido da palavra “deleite”
para o contexto da leitura, estamos querendo dizer que a leitura não precisa ser
uma obrigação, uma ferramenta apenas de estudo, pesquisa e informação, mas
um momento de diversão, prazer, afago e nos convida à imaginação, à
ludicidade, à reflexão de maneira descontraída e até bem-humorada.
Deleitar-se na leitura, então, é saborear o texto sem pressa, é deixar-se
afagar pelas palavras, pela expressão imagética, pela sonoridade e leveza (nem
sempre) da mensagem. É sentir-se cúmplice da magia e do encantamento, como
se o texto fizesse parte da nossa própria história.
Quando praticá-la?
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Quais as estratégias para realizar a leitura deleite?
Antes da leitura
Preparando o ambiente
Durante a leitura
Conhecendo o texto
Nas atividades trabalhadas durante a leitura, o (a) professor (a) pode propor:
Depois da leitura
Expandindo a leitura
Depois da leitura, o (a) aluno (a) pode realizar várias atividades que demonstrem
a sua compreensão leitora, como por exemplo:
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Sarau literário - apresentar o livro inter-relacionando com outras artes,
como música, dança, entre outras;
Palco da leitura - cada aluno (a) pode apresentar o seu livro favorito;
Dramatização - dramatizar cenas do livro;
Reconto - recontar a história a partir de novos elementos, inclusive com
elementos culturais da região;
Gincana literária - explorar temas, personagens, espaço, conflito, entre
outros;
Timeline - transformar o livro lido ou alguma passagem em um feed de
notícias do Facebook. Pode-se adicionar desenhos, balões, links, emojis
e outros recursos das redes sociais;
Perfil no Instagram - escolher um personagem do livro e criar fatos,
pensamentos, relatos sobre esse personagem a partir de texto e imagem;
Programa de entrevista - simular um programa de entrevista com os
personagens do livro, contando com o apresentador, plateia, convidados
etc, a fim de explorar a obra e vida dos personagens;
Esse livro dá um filme - gravar um vídeo-minuto explicando as razões
principais para que o livro lido se transforme ou não em um filme;
Cartões de visita - escrever uma pequena recomendação de leitura da
forma mais atraente possível, num pequeno cartão.
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exemplo, o estímulo à formação de leitores e o contato com diferentes gêneros
textuais.
O quadro abaixo elenca algumas vantagens proporcionadas pela prática
da “leitura deleite” desenvolvidas com base no aporte teórico.
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Algumas práticas de leitura deleite que poderão ser realizadas
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práticos e diligentes. Por esse motivo, se notará diferenciação na estrutura das
SDs em cada volume.
Terça-feira Matemática
Quinta-feira Matemática
Importante:
Aplicação das atividades nas comunidades tradicionais podem
ocorrer de acordo com o calendário escolar específico.
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13.1.3.2. Sugestões para práticas de relaxamento
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13.1.4. Atividade 2: Aplicação das atividades dos componentes
curriculares
Exemplo 1: Exercícios de fixação são ótimas oportunidades para aprofundar os conhecimentos abordados
nas sequências didáticas do dia, podem ser elaborados ou retirados dos livros didáticos utilizados
pelos(as) professores(as).
O(a) professor(a) tem a possibilidade de agrupar os(as) estudantes conforme os seus critérios,
realizando as brincadeiras de acordo com os objetivos que pretende alcançar, e de acordo com cada
faixa etária, como: cirandas, escravos de Jó, gato e rato, mãe cola, telefone sem fio, batata quente, etc.
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A sala de aula é também um ambiente saudável, acolhedor, que busca
atender às diferentes necessidades e desejos de todos que por ali circulam e
atuam, não apenas favorecendo as trocas e descobertas, mas sobretudo,
impulsionando os processos de apropriação e de produção de sentidos e
significados. A sala será adaptada durante o decorrer do ano e a organização do
ambiente deve estar vinculada à faixa etária; o (a) professor (a) deve levar em
consideração essa pauta em seu planejamento de prática pedagógica, de acordo
com Ferro e Ferreira (2013).
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13. 3. Ideias para potencializar o ambiente de sua sala de aula
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Curiosidades matemáticas, de acordo com o desejo e curiosidade das
crianças;
Caixas com jogos matemáticos.
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Figura 6- Sala de aula em formato de meia lua ou “U” na Escola Estadual de
Ensino Fundamental Castro Pinto em João Pessoa - PB
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Nas atividades em duplas ou trios, organizar mesas e cadeiras, umas de
frente para as outras. É ideal para produção de textos, resolução de
exercícios, podendo juntar estudantes com habilidades de Português e
Matemática diferentes para serem protagonistas durante a ação.
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potencial da unidade de ensino como espaço formador e orientador para a
cidadania consciente, crítica e participativa (BRASIL, 2017, p.60).
Logo, cabe considerar a necessidade de pensar a transição do (a)
estudante para o Ensino Médio, tendo em vista que esta etapa é decisória para
o seu futuro. Nessa direção, ouvir e acolher os anseios e projetos de
continuidade de seus estudos é fundamental para que faça uma segunda
transição, de forma a contemplar suas expectativas e direitos de aprendizagem.
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uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da
sociedade, da cultura, da economia e da clientela”.
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14.3. PLANEJAMENTO PEDAGÓGICO ANOS FINAIS
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CALENDÁRIO DE PLANEJAMENTO DIDÁTICO PEDAGÓGICO - SEMANAL
DIA DA
ÁREA DO CONHECIMENTO NÍVEL DE ENSINO
SEMANA
Ensino Fundamental e
QUINTA-FEIRA Áreas de Humanas/Parte diversificada
Médio
Ensino Fundamental –
SEXTA-FEIRA
Anos Iniciais
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Oportunizar às unidades de ensino momentos que orientem a superar os
desafios pedagógicos, com base nas metas educacionais estabelecidas;
As unidades de ensino devem executar o cronograma de planejamento
indicado pelas GREs/SEE;
As unidades de ensino deverão planejar ações para o combate à evasão
e ao abandono escolar, bem como aprofundamento do sistema de busca
ativa, conforme orientações da SEE;
O planejamento semanal deve ter uma duração de 5h e gerar Atas;
Discutir possibilidades metodológicas e avaliativas para cada componente
curricular em específico, na perspectiva de se constituírem como ponto
de partida para reflexão dos (as) professores (as) sobre seus
encaminhamentos pedagógicos com autonomia.
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Nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, as avaliações seguirão o
modelo e as orientações do Integra Educação Paraíba, conforme
orientações contidas em Diretrizes Operacionais específicas.
15. AVALIAÇÕES
A Avaliação da Educação Básica (SAEB), realizada a cada dois anos,
elaborada, corrigida, como também o processamento de resultados é de
responsabilidade do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
Anísio Teixeira (INEP). Além das avaliações externas, serão disponibilizadas
pela CEINTEGRA as Avaliações Internas: Diagnóstica Inicial, de Processo e de
Saída, bem como o instrumento para a consolidação dos resultados dessas
avaliações.
O processo de correção se dará seguindo as etapas abaixo descritas:
1. O (a) professor (a) corrige as avaliações das turmas sob sua
responsabilidade e preenche a planilha conforme as orientações
da CEINTEGRA;
2. Os (as) coordenadores (as) pedagógicos (as) das escolas da rede
estadual, encaminham a planilha preenchida para os (as)
assessores (as) regionais. As escolas da rede municipal,
encaminham a planilha para os (as) coordenadores (as)
municipais;
3. Os (as) assessores (as) regionais (escolas estaduais de sua
gerência) e/ou coordenadores (as) municipais (escolas do seu
município) têm a responsabilidade de conferir e encaminhar as
planilhas, a partir do preenchimento dos formulários eletrônicos
(Google Forms/Google Planilha), disponibilizados no drive coletivo
do Integra, para que a CEINTEGRA possa analisar os dados do
processo de ensino e aprendizagem.
Atenção: Caso a planilha recebida pelo (a) assessor (a) regional ou coordenador
(a) municipal apresente algum problema em seu preenchimento, deverá
devolvê-la à escola com as orientações necessárias para os ajustes.
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15.1. Avaliação Diagnóstica Inicial
5 10 10
1º 5 PORT 20 PORT MAT
MAT PORT MAT
5 5 10 10
2º 20 PORT MAT
PORT MAT PORT MAT
10 10 20 20
3º 40 PORT MAT
PORT MAT PORT MAT
10 10 20 20
4º 40 PORT MAT
PORT MAT PORT MAT
10 10 20 20
5º 40 PORT MAT
PORT MAT PORT MAT
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Questões do 1º ano - elaboradas conforme as Habilidades da Pré-escola;
Questões do 2º ano - elaboradas conforme as Habilidades do 1º Ano;
Questões do 3º ano - elaboradas conforme as Habilidades do 2º Ano;
Questões do 4º ano - elaboradas conforme as Habilidades do 3º Ano;
Questões do 5º ano - elaboradas conforme as Habilidades do 4º Ano.
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15.3 Painel de Alfabetização
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15.4. ACOMPANHAMENTO DO PROCESSO DE AQUISIÇÃO DAS
HABILIDADES
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16.1. Importância da Implantação do Conselho de Classe na escola
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Promocional, a ser realizada antes do final do ano letivo, cumprindo com a
organização das 3 (três) etapas: Diagnóstico, Acompanhamento e Promocional.
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necessária a pactuação de ações para serem desenvolvidas na escola,
de modo que as problemáticas identificadas possam ser enfrentadas no
sentido de promoção da melhoria do processo de ensino e de
aprendizagem.
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pode apresentar uma contribuição para que as ações de fato sejam
efetivadas.
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Atribuições dos membros no Conselho de Classe
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17. EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA
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Logo, os princípios da Educação Escolar Indígena busca evidenciar a
valorização dos conhecimentos e saberes tradicionais, fortalecimento das
culturas indígenas, diversidade de concepções de ensino e de aprendizagem,
bem como a gestão participativa.
De acordo com o Referencial Curricular Nacional para as Escolas Indígenas
(MEC, 1988), a educação deve ser:
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Para o funcionamento das escolas, faz-se necessário a realização da
matrícula escolar, em que são quantificados e qualificados os dados das escolas.
Tal procedimento é realizado numa perspectiva étnica, cujo instrumento
apresentará informações como a identificação do povo, sua localização
geográfica (terra indígena, município, aldeia).
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Os princípios de educação devem viabilizar a formação inicial e
continuada com base nos processos de gestão democrática, comunitária e
diferenciada para a Educação Escolar Indígena, tencionando a aquisição de
habilidades para a elaboração, a execução e a avaliação do projeto político
pedagógico.
A proposta de formação continuada deve destacar a composição de
competências relacionadas aos conhecimentos que atendam às necessidades
dos(as) professores(as) de educação diferenciada, salientando que o(a)
formador(a) seja conhecedor(a) das culturas indígenas e das especificidades da
educação escolar indígena.
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conhecimentos tradicionais dos povos indígenas;
III – Manter, por meio de base legal, administrativa e pedagógica, que o
modelo de organização e gestão das escolas indígenas leve em consideração
as práticas socioculturais e econômicas, suas respectivas comunidades, os
processos próprios de ensino e de aprendizagem, as formas de produção de
conhecimento e seus projetos societários;
IV – Asseverar às comunidades indígenas potiguara do estado da Paraíba
meios para a execução de uma educação diferenciada, com característica social
e pertinência pedagógica, cultural, linguística, ambiental e territorial, respeitando
as lógicas, os saberes e as perspectivas dos povos indígenas.
17.3. ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA
17.3.1 Educação Infantil
Os movimentos corporais têm papel fundamental no processo de
aprendizagem da cultura na Educação Indígena. É a partir das corporeidades
que se acionam as necessidades de estabilidade e as tradições culturais que
envolvem a mente e o espírito e dão sentido à existência.
Nesse sentido, a criança indígena vislumbra-se como uma fração do todo,
sendo criança, ela já é alguém importante, se desenvolvendo por meio do fazer,
do brincar e do construir conhecimentos e cultura em grupo. Portanto, a
educação escolar indígena na Educação Infantil visa, sobretudo, abranger,
expressar e transparecer o sentimento de pertencimento num processo de
formação contínua.
A Deliberação nº CNE/CEB 5/2012, em consonância com a Resolução
CNE/CEB nº 13/2012, garante aos povos indígenas a Educação Infantil como
sendo uma etapa a qual deve ser executada com o comprometimento de
qualidade sociocultural, respeitando os princípios da educação específica e
diferenciada. Para mais, estabelece acerca da opcionalidade e a consulta prévia
à comunidade pelos sistemas de ensino.
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A Resolução CNE/CEB 05/2012 evidencia a obrigatoriedade do estado
em oferecer e promover a propagação do Ensino Fundamental nas comunidades
indígenas que pleiteiam tal etapa de escolarização, destacando que as escolas
indígenas possuem autonomia para, na definição de seus projetos políticos
pedagógicos, organizá-lo de acordo com as especificidades de cada contexto
escolar e local.