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Ocorrência: Pleistoceno - Recente
Estado de conservação
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Carnivora
Família: Canidae
Género: Chrysocyon
SMITH, 1839
Espécie: C. brachyurus
Nome binomial
Chrysocyon brachyurus
ILLIGER, 1815
Espécie-tipo
Canis jubatus
DESMAREST, 1820
Distribuição geográfica
Sinónimos[3]
Índice
1Etimologia
2Taxonomia e evolução
3Distribuição geográfica e habitat
4Descrição
5Comportamento e ecologia
o 5.1Dieta e forrageamento
o 5.2Território, área de vida e comportamento social
o 5.3Reprodução e ciclo de vida
6Conservação
7Aspectos culturais
o 7.1Estampando a nota de 200 reais
8Referências
9Ligações externas
Etimologia
O lobo-guará também é conhecido como guará, aguará, aguaraçu, lobo-de-
crina, lobo-de-juba ou lobo-vermelho.[4][5] O termo lobo origina-se do latim lupus.
[4]
Guará e aguará se originaram do tupi-guarani agoa'rá, "pelo de penugem".
[6]
Aguaraçu veio do termo para "guará grande".[4] Os nomes de origem tupi-
guarani são mais comuns na Argentina e Paraguai (aguará guazú), mas outros
países de língua espanhola têm outras denominações
como boroche na Bolívia e lobo de crin no Peru.[7] Lobo de crin (em espanhol)
e maned wolf (em inglês) são alusões à crina da nuca.[7]
Taxonomia e evolução
É um dos canídeos endêmicos da América do Sul.
Relações filogenéticas dos canídeos sul-
americanos.[8]
Chrysocyon brachyurus -
lobo-guará
Speothos venaticus -
cachorro-vinagre
Atelocynus microtis -
cachorro-do-mato-de-
orelhas-curtas
Cerdocyon thous -
cachorro-do-mato
gênero Lycalopex -
raposas sul-americanas
Descrição
Comportamento e ecologia
O lobo-guará é um animal crepuscular, mas seu padrão de atividade está mais
relacionado com a umidade relativa do ar e com a temperatura, semelhante ao
observado com o cachorro-do-mato (Cerdocyon thous). Os picos de atividade
ocorrem entre 8h e 10h da manhã e 8h e 10h da noite. [23] Em dias frios ou
nublados podem ficar ativos durante todo o dia. [23] É provável que utilize os
campos abertos para forrageamento e as áreas mais fechadas, como as matas
ciliares, para descansar, principalmente nos dias mais quentes. [7]
Seu padrão de atividade se relaciona com a temperatura e umidade do ambiente, não sendo
obrigatoriamente crepuscular.
Os filhotes nascem pesando entre 340 e 430 g e ficam com a pelagem avermelhada depois da
décima semana
Como na dieta, a maior parte dos dados sobre o estro e ciclo reprodutivo do
lobo-guará provém de animais em cativeiro, principalmente sobre
a endocrinologia da reprodução.[33] Entretanto, os estudos de animais em
liberdade constataram que as mudanças hormonais seguem o mesmo padrão
de variação dos animais em cativeiro. [33] A princípio as
fêmeas ovulam espontaneamente, mas alguns autores sugerem que a
presença de um macho é importante para a indução do estro. [33]
Os animais de cativeiro no hemisfério norte se reproduzem entre outubro e
fevereiro e no hemisfério sul entre agosto e outubro. Isso indica que
o fotoperíodo tem papel importante na reprodução do lobo-guará,
principalmente por conta da produção de sêmen.[3][33] Geralmente ocorre
um estro por ano[3] e a quantidade de esperma produzida pelo lobo-guará é
menor quando comparada com a de outros canídeos.[33]
As cópulas acontecem durante o período de 4 dias do estro e são seguidas por
até 15 minutos de engate copulatório.[3] O comportamento de corte não é
diferente do de outros canídeos, caracterizando-se por aproximações
frequentes e investigação anogenital.[26]
A gestação dura cerca de 65 dias, nascendo entre de 2 e 5 filhotes, mas 7
filhotes já foram registrados.[3] Já foram observados nascimentos em maio
na serra da Canastra, mas os dados de cativeiro sugerem que os partos se
concentram entre junho e setembro.[5] Os poucos dados disponíveis sobre a
reprodução na natureza mostram que o lobo-guará se reproduz com dificuldade
e a mortalidade de filhotes é alta. As fêmeas podem ficar até 2 anos sem se
reproduzirem.[33]
Em cativeiro a reprodução é mais difícil ainda, especialmente nos países
temperados do hemisfério norte.[33] Os filhotes nascem pesando entre 340 e 430
gramas, pretos e mudando para a cor avermelhada depois da décima semana.
[3]
Os olhos se abrem com cerca de 9 dias de idade. [3] São amamentados até os
4 meses e alimentados pelos pais por regurgitação até os 10 meses, iniciando
na 3ª semana de idade.[25][26] Com três meses os filhotes acompanham a mãe
enquanto ela forrageia.[25] O cuidado parental é compartilhado entre macho e
fêmea, mas as fêmeas fazem isso com mais frequência. [25] Dados sobre cuidado
parental pelo macho foram coletados em animais de cativeiro e pouco se sabe
se isso ocorre com frequência em animais selvagens.[26] A maturidade sexual é
alcançada com 1 ano de idade e a partir dessa idade deixam o território em que
nasceram.[26]
A longevidade em liberdade é desconhecida, mas em cativeiro ela é estimada
entre 12 e 15 anos.[3] Há um relato de um indivíduo no Zoológico de São
Paulo que viveu até os 22 anos.[5]
Conservação
Ver também: Lista de unidades de conservação com ocorrência do lobo-guará
no Brasil
Aspectos culturais
Em julho de 2020, o Banco Central do Brasil anunciou que lançaria uma nota
de 200 reais, cuja estampa traria uma imagem do animal. A nota foi lançada
oficialmente em 02 de setembro de 2020, quando o banco explicou que em
2001 o lobo-guará havia sido o 3º mais votado pelo público para estampar as
notas de real, atrás apenas da tartaruga-marinha e do mico-leão-dourado.[47][48]