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MANUAL DE
EMPREENDEDORISMO
SOCIAL
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Índice
Introdução ...............................................................................................................................................6
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Aula#6: Gestão de Projetos ..................................................................................................................30
6.1. Conceitos....................................................................................................................................30
6.5. Relação entre o ciclo de vida do projeto, áreas de conhecimento e demais processos de
Gestão PMBOK ................................................................................................................................41
7.1. Conceitos................................................................................................................................43
9.1. Conceitos...................................................................................................................................48
Aula#11: Financiamento.......................................................................................................................54
12.1. Conceitos.................................................................................................................................60
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13.1. Conceitos ............................................................................................................................62
Bibliografia ...........................................................................................................................................69
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Introdução
O Curso de Empreendedorismo Social tem como objetivo capacitar o estudante universitário a usar
suas ideias para criar e implementar projetos de soluções inovadoras e sustentáveis para resolver
problemas importantes e negligenciados da sociedade. Por outro lado, pretende-se capacitá-lo a
mobilizar os recursos necessários para a implementação de iniciativas de Empreendedorismo Social.
No curso inicialmente são analisados os fundamentos teóricos do Empreendedorismo Social, os 8
passos para implementar um empreendimento social, que serão ilustrados com exemplos
contextualizados ao ecossistema do empreendedorismo angolano. Em seguida serão abordados aspetos
práticos da Gestão de projetos, Propriedade intelectual, o plano de negócios, grande atenção é dada à
componente prática que visa desenvolver competências e habilidades requeridas ao empreendedor
social. Há um consenso entre os estudiosos do empreendedorismo social, sobre a formação de
conhecimentos, habilidades e atitudes. Assim, o empreendedor social deve ser capaz de identificar o
problema social, causas das causas desse problema e efeitos, ser capaz de combinar recursos assumir
os riscos calculados, captar financiamento, estabelecer parcerias e criar valor social como solução do
problema identificado. Estas são competências que o curso se propõe a desenvolver nos estudantes. O
empreendedor social é alguém que está convencido de que a pobreza é uma imposição externa ou do
sistema ou da sociedade. Ou seja, ninguém escolhe nascer pobre. E por ser uma imposição pode ser
removida e nós podemos fazer a diferença nesse processo. É um caminho muito mais árduo do que se
pode imaginar, porque requer determinação, estar inconformado com os problemas e crer que
realmente temos um recurso ilimitado que é a criatividade do ser humano. No entanto só criatividade
sem inovação não há progresso, não há criação de valor. Esta é a filosofia do curso. O
Empreendedorismo Social é uma área do saber que pertence às Ciências sociais e procura conciliar
duas ideias fundamentais a criação do valor social e a criação do valor económico. É importante
retermos que o fim último do Empreendedorismo Social é a maximização do impacto social entendido
como a mudança duradoura que ocorre na vida dos beneficiários de uma iniciativa de
empreendedorismo social. O termo empreendedor social foi cunhado pelo norte americano Bill
Drayton na década de 80. Drayton é o responsável pela criação da Ashoka, organização mundial, sem
fins lucrativos, pioneira no trabalho e apoio aos empreendedores sociais. A Ashoka teve seu primeiro
foco de atuação na Índia e atualmente está presente em mais de 60 países. (Oliveira, 2004).
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Aula#1: Conceitos de Empreendedorismo Social
Objetivo da aprendizagem:
Compreender os fundamentos teóricos do empreendedorismo social;
Elaborado por: Vitorino de Rosário e Lóide Jacob
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Social as atividades realizadas pela Organização social denominada Desafio Jovem, constituída
legalmente como Associação, registada e publicada no DR Nº 42 de 15.10.1999 - IIIª série, a 01.05.
1999, que atua na área de recuperação e reinserção de toxicodependentes, bem como na prevenção das
toxicodependências. A Aldeia SOS, ADRA Ação para o Desenvolvimento Rural e Ambiente, DW são
outras iniciativas sociais de organizações do terceiro sector.
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1.3. Requisitos de uma Iniciativa de Empreendedorismo Social
De acordo com Thompson (2008) para que uma iniciativa de empreendedorismo social seja
considerada como tal deve reunir os seguintes requisitos:
a) Tem um propósito social;
b) Seus ativos e riqueza são usados para criar benefícios para a comunidade;
c) Busca o benefício à comunidade com atividades de comércio que podem ser pagos parcialmente
pela mesma comunidade;
d) Lucros e excedentes são reinvestidos nos negócios e na comunidade, e não distribuídos aos
acionistas;
e) Os empregados (ou membros) têm algum papel na tomada de decisões e governança; ou seja,
segue um modelo de gestão bottom-up;
f) A empresa se responsabiliza pelos seus funcionários e pela comunidade;
g) A iniciativa deve gerar ou retornos económicos, sociais e ambientais equilibrados numa base
dupla ou tripla.
Os modelos económicos têm uma relação de dependência aos vários sectores de atividade em que se
inserem. Como o sector público, privado e terceiro sector.
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O sector público lida com a produção, entrega e alocação de bens e serviços por e para o governo ou
seus cidadãos, seja nacional, regional ou local / municipal. O Objetivo principal é a proteção e
promoção do bem-estar econômico e social de seus cidadãos.
O sector privado, a parte da economia nacional composta por empresas privadas. Inclui o sector pessoal
(famílias) e o setor corporativo (empresas) e é responsável por alocar a maioria dos recursos dentro de
uma economia, cujo objetivo principal é maximizar o lucro para seus acionistas.
O terceiro sector (sociedade civil) - arena da ação coletiva não coercitiva em torno de interesses,
propósitos e valores compartilhados. Em teoria, suas formas institucionais são distintas daquelas do
Estado e do mercado, embora, na prática, as fronteiras entre Estado, sociedade civil e mercado sejam
frequentemente complexas, embaçadas e negociadas. Instituições de caridade registradas, organizações
não-governamentais de desenvolvimento, grupos comunitários, organizações de mulheres,
organizações religiosas, associações profissionais, sindicatos, grupos de autoajuda, movimentos
sociais, associações empresariais, coalizões e grupos de defesa. O objetivo principal é gerar um
impacto social positivo e obter alívio da pobreza (consultar o artigo 92º da Constituição de Angola).
A figura abaixo ilustra os fluxos existentes entre estes sectores.
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1.5.Ecossistema do Empreendedorismo Social
O Ecossistema do empreendedorismo social corresponde ao ambiente sociocultural, económico,
político em que vários agentes e atores sociais interagem de forma articulada para desenvolver a sua
iniciativa empreendedora de forma inovadora. Todo o empreendedor social deve entender a dinâmica
do seu ecossistema. Na verdade, o ecossistema do empreendedorismo é constituído basicamente por
duas componentes que são (Case, 2008):
• Os recursos (humanos, financeiros, relacional e sociocultural);
• O ambiente, por exemplo as instituições governamentais, as políticas públicas, a média e as
condições económicas, que podem influenciar positiva ou negativamente na implementação de
iniciativas de empreendedorismo social.
Existe, no entanto, uma diferença entre Ecossistema do empreendedorismo e redes. Enquanto o
Ecossistema designa o conjunto de atores sem, necessariamente afinidades de propósito e fins
similares, mas que se aproximam para enfrentar determinado desafio; as redes são constituídas por
atores com fins similares e afinidade de propósitos. No entanto é preciso sublinhar que a ligação ou
rede interinstitucional é um elemento importante que contribui para um ecossistema mais eficiente que
permite desenvolver iniciativas empreendedoras. Neste sentido podemos admitir que a ideia de
ecossistema pressupõe sempre a existência de rede. Na figura 02, abaixo vemos como se podem enlaçar
os vários atores do ecossistema do empreendedorismo.
Para Isenberg (2011), um ecossistema empreendedor é constituído por seis grandes constructos, sendo
eles Políticas (fatores relacionados às regulamentações governamentais, incentivos fiscais e outras
estratégias para incentivar o empreendedorismo), Finanças (estrutura para atrair pequenos investidores,
investidores anjos, grandes fundos de equity private, entre outros), Cultura (como é a tolerância ao
erro, quão valorizado são os empreendedores de sucesso, qual é ambição da população para
empreender, entre outros), Apoio (como se dá o apoio do ponto de vista de infraestrutura e a serviços
profissionais às empresas nascentes), Capital Humano (aborda questões relacionados à formação
profissional para o empreendedorismo e treinamentos) e Mercados (parâmetros relacionados à
regionalização da economia, diversificação, entre outros). Na tabela abaixo (nº 3) podemos perceber
que é possível efetuar um estudo das características do ecossistema do empreendedorismo social em
Benguela, analisando sua área de atuação específica, missão e o modelo de negócio entre outros itens
de algumas organizações que duma ou doutra forma constituem parte do ecossistema empreendedor.
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Figura 2: O Ecossistema do Empreendedorismo Social
Os três exemplos foram selecionados de forma aleatória para ilustrar a diversidade de áreas de
intervenção, a missão, a fonte de financiamento e o modelo de empreendedorismo social adotado por
cada organização.
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Quadro 3: Algumas Organizações Que Operam No Ecossistema Do Empreendedorismo Social
Em Benguela
Organiza
ções Classificação
Área de Fonte de
envolvida /Modelo de
Intervenç Missão Financiame Contactos
s com a empreended
ão nto
causa orismo
social
Desafio Integração Recuperação Donativos Empreendedo 923 304 270
Jovem social, de vidas, de particulares, rismo social / Rua da
valores prestação de Modelo Paz/Quioxe,
morais, serviços de Hýbrido Benguela
cívicos e serralharia,
acima de tudo construção desafijoveman
espirituais, civíl, gola@gmail.c
com especial pintura; om
ênfase no venda de
evangelismo artefactos
Aldeia Educação, Donativos Empreendedo
SOS Integração internaciona
rismo Social /
social, is, Modelo
Hýbrido
ADRA Desenvolv Desenvolvim Donativos, Empreendedo
(Ação para imento ento Juros de 3% rismo /
o rural, democrático e da caixa Modelo
desenvolvi Direitos sustentável, comunitária Hýbrido
mento Humanos, social, de crédito
Rural e Ambiente económico e
ambiental) ambientalme
nte justo, e
com o
processo de
reconciliação
nacional e a
paz para
Angola.
Fonte: Elaboração própria
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Quadro 4: Os Modelos de Negócio
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As etapas para implementar uma iniciativa de empreendedorismo social estão assim interligados e têm
uma sequência lógica como podemos ver na figura abaixo:
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Aula#2: Conceito de Inovação.
Objetivo da aprendizagem:
Descrever a definição de inovação.
Elaborado por: António Francisco
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atividades de produção e podem respeitar a produtos, serviços ou tecnologias dos processos produtivos.
As inovações administrativas envolvem a estrutura organizacional e os processos administrativos.
Estão indiretamente relacionadas com as atividades básicas da produção e mais diretamente com as
práticas de gestão.
A Inovação radical é a mudança que ocorre de forma brusca e inflexível nas ideias, nas atitudes, e na
tecnologia e que resulta na criação de um novo conceito do produto ou de serviço. Por sua vez a
inovação incremental consiste em incorporar melhorias continuas ou pequenas mudanças nos produtos
ou processos de forma a melhorar a qualidade ou redução de custos e aumentar o ciclo de vida dos
produtos ou serviços. Fortalece e alarga as qualidades e funcionalidades dos produtos existentes sem
alterar a sua estrutura e as conexões entre os componentes do produto.
Todas estas categorias de inovação estão altamente relacionadas, o que significa que uma inovação de
um tipo é capaz de criar mudanças adicionais numa ou em mais das outras categorias:
a) Inovação de produtos- Refere-se à introdução ou melhoria de um produto ou serviço
existentes no que concerne as suas características ou funcionalidade.
b) Inovação do processo- refere-se à implementação de um novo método de produção ou
distribuição e a melhoria do processo de decisão e do sistema de informação.
c) Inovação da Estrutura organizacional – refere-se à implementação de um novo método
organizacional nas práticas de organização do local de trabalho, nas relações com os principais
stakeholders, nos sistemas de comunicação ou incentivos.
d) Inovação de marketing- refere-se à implementação de um novo sistema de Marketing com
mudanças significativas ao nível do produto do posicionamento, da fixação de preços ou das
políticas de promoção e distribuição.
2.2.Tipos de Inovação
Apesar das divergências entre os autores podemos dizer que há fundamentalmente dois tipos de
inovação:
a) Inovação administrativa- refere-se as políticas de recrutamento e alocação de recursos e à
estruturação de tarefas, á estrutura organizacional e ao sistema de incentivos.
b) Inovação tecnológica- refere-se à implantação de uma nova ideia para a criação de um novo
produto, serviço ou processo.
Podemos assim concluir que é impossível falarmos de empreendedorismo social sem inovação. É
importante distinguirmos uma invenção de inovação. Uma invenção implica o surgimento de uma nova
ideia, mas só se torna inovação se estiver ao serviço da produção ou da economia, ou seja, só é inovação
quando agrega valor ao cliente ou à organização (Maçães, 2017).
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Aula#3: Análise de problema
Objetivo da aprendizagem:
Compreender conceitos de árvore de problema;
Elaborado por: José Vitorino do Rosário
3.2.Árvore de Problemas
A Árvore de Problemas permite: fazer uma representação da realidade, possibilitando a formulação
correta dos objetivos; quebrar o problema em seus diferentes componentes, dando força à sua ação;
atacar as causas raízes dos problemas; discutir e esclarecer as causas e efeitos dos prolemas e
entender por que um problema específico persiste; estabelecer o tipo de informação adicional
necessária para prosseguir com a construção da melhor solução; compreender os desafios que
podem ser encontrados no desenvolvimento da solução, por exemplo, em termos de recursos-chave
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ou parcerias relevantes; compreender, de forma lógica, quais são os campos de ação com vantagem
comparativa superior. Na figura abaixo podemos analisar as partes constituintes da árvore de
problemas:
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2º Passo: Listar todos os problemas que estão na origem do problema central
Sequencialmente, as causas do problema são desenvolvidas. Na primeira etapa, as causas diretas
do problema são identificadas, do que as causas dessas causas diretas e assim por diante, até as
raízes mais profundas do problema central.
Dica: As causas do problema central devem ser descritas objetivamente como uma situação
presente negativa e não a falta de determinada situação. Por exemplo, o problema não é “a falta de
dinheiro para levar as crianças à escola”, mas “o alto custo da escola para os pais”. Trabalho Prático
em Grupo
3º Passo: Listar todos os problemas originados pelo problema central
Sequencialmente, identifique os efeitos do problema central. Na primeira fase, identifique os
efeitos diretos, depois os efeitos indiretos e assim por diante, até que os efeitos finais sejam
identificados.
Dica: é importante entrar no problema central e entender seus efeitos reais. Esta análise deve
basear-se no conhecimento de campo e dados objetivos existentes para obter a árvore de problemas
mais real.
4º Passo: Organize a Árvore de Problemas
Insuficiência alimentar
Falta de Recursos
Acidez Queimadas Insuficiente
Financeiros
dos solos descontroladas educação Agrária
s
Chuvas Falta de
irregulares rotatividade Ineficiente extensão Altos custos de
adequada das rural e assistência Produção
culturas técnica
3.4.Avaliação
Identificar problemas sociais a partir de uma realidade.
Local: Mercado do Peixe, Casseque
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Aula#4: Proposta de Valor
Objetivo da aprendizagem:
Desenvolver uma proposta de valor;
Elaborado por: Lóide Jacob
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4.2.Tipos de Proposta de Valor para Modelos de Negócios Sociais
Em negócios sociais uma proposta de valor define quais benefícios a solução promete entregar a um
destino específico. Portanto o tipo de proposta de valor é baseado no tipo de solução e isto determina
como será a declaração da proposta:
• Solução Nova - Satisfação de uma nova necessidade, ninguém está enfrentando esse problema
concreto;
• Solução para melhorar a performance - Melhorar, ser o melhor;
• Solução para se adaptar ao cliente - Dar acesso, o problema é que eles não podem satisfazer
uma necessidade devido à falta de acesso;
• Solução para facilitar o uso - Adaptação ou tradução de algo para os clientes para ser mais
fácil de obter - o problema é que eles podem obter algo, mas não de uma forma conveniente ou
eficaz;
• Solução para empoderar o cliente - Permita que o cliente entregue melhor seus objetivos /
trabalho;
• Solução para conscientização social - Tornar-se parte de um clube/movimento;
• Solução para redução de preço - Permitindo o acesso através da redução do preço -
normalmente o problema diz respeito à falta de acesso devido a razões econômicas.
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Figura 6: Proposta de Valor
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Quadro 6: Benchmarking
4.4.Avaliação
Local: Campismo
Criar a proposta de valor dos projetos sociais dos grupos.
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Aula#5: Solução
Objetivo da aprendizagem:
Definir as atividades e recursos para implementação da solução;
Elaborado por: Lóide Jacob
Algumas das atividades podem não ser geridas pela mesma entidade. A solução normalmente
envolverá e mobilizará recursos de diferentes organizações.
Projetar a solução é identificar as principais atividades, torná-las ativadas e inovadoras e definir os
principais recursos necessários para isso.
c) Análise da solução definida:
• A solução pode reduzir os custos operacionais?
• A solução pode ser mais eficiente?
• A solução poderia ser mais inovadora?
• Existe uma utilização completa dos recursos disponíveis?
• Está a empoderar os seus clientes e usuários?
• É a iniciativa sustentável no longo prazo?
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5.2. Plano de ação
O 5W2H é uma ferramenta de gestão de qualidade e é usado como modelo para elaborar um plano de
ação. O plano de ação é essencial para planificar e avaliar as atividades para implementação da solução.
Fonte: https://slideplayer.com.br/slide/5614817/
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Aula#6: Gestão de Projetos
Objetivo da aprendizagem:
Compreender a estrutura do PMBOK;
Elaborado por: António Francisco
6.1. Conceitos
O projeto é um empreendimento temporário ou uma sequência de atividades com começo, meio e fins
programados que tem por objetivo fornecer um produto singular, dentro de restrições orçamentárias
(Maximiano, 2002).
Na perspetiva de Menezes (2003) um projeto é um empreendimento único que deve apresentar início
e fim claramente definidos e que, conduzido por pessoas, pode atingir seus objetivos, respeitando os
parâmetros prazo, custo e qualidade.
Os projetos podem ser de Melhoramento ou de Inovação.
São os projetos de melhoramento aqueles com objetivo de ajustes ao produto ou serviço, ou de aumento
da eficiência em processos.
São projetos de Inovação, aqueles que tende a criação de algo novo, inexistentes ou não experimentado
antes.
Qualquer projeto de melhoria ou inovação pode ser realizado em:
• Infraestruturais (barragens, centrais térmicas, linhas elétricas, captação e distribuição de água,
edifícios, fábricas, aeroportos, pontes, estradas, vias férreas etc.);
• Transportes;
• TI’s (hardware e software);
• Processos de Produção e Fabricação de produtos;
• Processos de Engenharias e Construção;
• Processos Comerciais e de Serviços (e/ou arranques de empresas ou novos negócios);
• Processos Administrativos;
• Processos de Educação e Formação;
• Processos de Saúde e bem-estar;
• Grandes Reparações ou manutenções
• Outros.
Para um melhor domínio do conceito de gestão de projectos, importa conhecer antes, o conceito geral
de Gestão que é o processo de se conseguir obter resultados (bens e serviços), com o esforço dos outros
(Teixeira, 2011).
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A gestão de projeto é um conjunto de ferramentas gerenciais que permitem que a empresa desenvolva
um conjunto de habilidades, incluindo conhecimento e capacidades individuais, destinados ao controle
de eventos não repetitivos, únicos e complexos, dentro de um cenário de tempo, custo e qualidade
predeterminada (Vargas, 2002a).
O principal objetivo da gestão de projetos é de assegurar que o trabalho seja executado de acordo a
prazos bem definidos, orçamento racionalmente estabelecidos e de acordo com as especificações”.
Essas três dimensões fundamentais – tempo, recursos e escopo – são denominadas, no universo da
gestão de projetos, restrição tríplice (triple constraint) de um projeto.
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a) Iniciação
É a fase de identificação de necessidades e oportunidades para a organização, e a transformação dessas
em um problema estruturado a ser tratado por um projeto selecionado. Nessa fase é definida a missão,
objetivos, custos e benefícios do projeto.
b) Planeamento
Nessa fase ocorre o detalhamento de tudo que será feito: seleção da equipa e gestor do projeto,
discriminação e sequenciamento das atividades, orçamento de custos e cronogramas. Trata-se também
da fase em que são elaboradas as análises de riscos e os planos de qualidade, comunicação e aquisição
(suprimento) para o projeto. É a fase mais crítica do ciclo de vida. O sucesso do projeto é de facto,
determinado nesta fase, pois nela é determinado o planeamento estratégico, tático e operacional do
projeto.
c) Execução
Nesta fase é posta a prova a planificação feita com a operacionalização dos recursos, incluindo o
processo de coordenação dos mesmos e de pessoas. Se houve erros na planificação, serão visíveis nesta
fase e, é nesta fase onde se perspetivam as ações corretivas e preventivas em relação aos riscos
potenciais.
d) Controlo
Serve de barómetro de todo o processo. É feito o processo de comparação entre o que foi planificado
e o que se esta a implementar ou executar. Acontece em simultâneo com as fases de planeamento
(operacional) e execução. As análises de progresso são realizadas e os planos são atualizados ou
revistos e nos casos de desvios detetados se aplicam nesta fase as ações corretivas e preventivas sem
qualquer demora.
e) Encerramento
É feito nessa fase a avaliação de todo trabalho executado, ou seja, se as entregas do projeto satisfizeram
o que foi contratado sob o ponto de vista dos prazos, custos e das especificações/escopo. São analisadas
as falhas, pontos fortes e pontos fracos e é mantido o registo das lições apreendidas (lesson learneded).
São fechados os livros e outros documentos do projeto, recebido o relatório da auditoria interna ou
externa, solicitada (auditoria), para o efeito nesta fase.
A partir da fase de planificação, já é notório e necessário o controlo por um lado da exequibilidade da
planificação e por outro na execução das ações anteriormente planificadas. Assim, a fase de controlo
estará a ocorrer de forma simultânea com as outras duas, no chamado “controlo na ação” como garante
das ações corretivas e preventivas na implementação do projeto. E aumento proporcional dos custos
são associados nestas três fases, atingindo o pico na fase pré-encerramento (no limiar da fase de
encerramento).
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6.3. Project Management Institute
Uma prestigiada organização contemporânea denominada Project Management Institute (PMI),
destaca-se com reconhecimento mundial, pelo papel que tem vindo a desempenhar no desenho de um
guia modelo de grande valor e renome na Gestão de Projetos, pelo estabelecimento de regra, princípios
éticos, certificações universalmente aceites na gestão de projetos, alicerçado no conhecimento e
processo experiência, realização educacional e conhecimento profissional. Congrega atualmente no
seu seio mais de 2.9 milhões de profissionais associados e está representado em mais de 185 países,
quando em 1969, data da sua fundação possuía apenas cinco voluntários (membros cofundadores), nos
Estados Unidos da América. O seu primeiro seminário foi realizou em Atlanta - Estados Unidos, tendo
tido uma participação de mais de oitenta pessoas e no final de 1970 já possuía mais de 2 mil membro
incluindo, estrangeiros. A primeira avaliação para certificação de profissionais para assumirem
projetos desafiadores teve lugar na década de 80. É, no entanto, na década de 90 que o PMI publica a
primeira edição do Guia do PMBOK (Project Management Body of Knowledge), que veio e, é
considerado pela academia e pelos profissionais, como sendo o pilar básico para a gestão e coordenação
de projetos. No ano de 2000, regista não menus de 300 mil cópias do PMBOK vendidas. Este guia tem
se mostrado adaptável e implementado em quase todos os principais sectores. Desde o sector da
tecnologia da informação, defesa e aeroespacial, serviços financeiros, telecomunicações, engenharia e
construção, agências governamentais, seguro, saúde, logística, transporte e outros, permitido em todo
o mundo a gestão de projetos de forma consciente e pro-ativa. Muito são os projetos que associam o
sucesso da sua implementação o modelo MPBOK (https://www.pmi.org/about).
O PMI possui dois centros de serviços regionais fora dos Estados Unidos. Os associados na Europa,
Oriente Médio e África (EMEA) têm um escritório em Bruxelas, Bélgica, enquanto o escritório de
Cingapura presta assistência aos associados na Ásia (Pacífico). Os escritórios de representação do PMI
na China (em Beijing) e nos EUA (em Washington) permitem que o Instituto amplie o escopo e o
impacto de seu alcance e educação.
O Project Management Institute (2000), define gestão de projetos como, a aplicação de conhecimentos,
habilidades, ferramentas e técnicas às atividades do projeto, a fim de satisfazer seus requisitos. Ainda
considera a gestão de projetos uma ferramenta de transformação de uma ideia, necessidade ou desejo
em um projeto e, posteriormente, sua realização a partir do uso eficiente dos recursos (Idem, 2006, p.
36).
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6.4. O Guia PMBOK
O PMBOK é um guia de gestão do projeto que combina conhecimento e processo para o sucesso de
qualquer projeto dasafiador, complexo e exigente. É conhecido nos meios acadêmicos e experts na
gestão de projectos como sendo uma ferramenta fundamental e de grande valor na gestão de projetos.
O Project Management Institute (PMI) considera esse guia como referência básica de gestão de projetos
para seus programas de desenvolvimento profissional e certificações. O principal objetivo do PMBOK
é facilitar a implementação de projetos, com custo e tempo controlados, através da identificação e
descrição dos conhecimentos e práticas “normalmente aceites” sobre a gestão de projetos, assim como
estandardizar um vocabulário comum, útil para essa área.
34
Gráfico nº 1: Performance de Projetos
PRAZOS 63
VENCIDOS
35
Figura 8: Categorias da Estrutura PMBOK
Figura 08 Categorias da Extrutura PMBOK
36
6.4.2.1. Gestão da Integração do Projeto:
É o processo de identificação, definição, inclusão e unificação coordenada dos diferentes
processos que ocorrem durante a implementação de um projeto, caracterizando-se pela
unificação, consolidação, articulação harmoniosa de ações, garantido continuidade e
homogeneidade nos momentos de transição de fases e atender os requisitos e expectativas das
partes interessadas, assegurando entradas e saídas coordenada de fases e processos, baseado
na/o:
• Elaboração do plano do projeto – integração e coordenação de todos os planos do
projeto, de maneira a gerar um documento consistente e coerente.
• Execução do plano do projeto – execução do plano do projeto através da execução das
atividades nele incluídas. O produto do projeto é criado nesse processo, o qual consome
a maior parte do orçamento do projeto.
• Controlo integrado das alterações – coordenação das alterações ao longo do projeto.
•
6.4.2.2. Gestão do Escopo do Projeto
Consiste na identificação e descrição de todas as ações exclusivamente necessárias para garantir
que o projeto inicie, se desenvolva e termine com sucesso.
“Os passos para gerenciar o escopo, assim como as ferramentas e técnicas de suporte,
variam de acordo com a área de aplicação e normalmente são definidos como parte do
ciclo de vida do projeto. Os processos de gerenciamento de escopo precisam estar bem
integrados aos das outras áreas do conhecimento para que o trabalho resulte na entrega
do escopo do produto especificado” (in Revista de Gestão de Projeto – GeP, 2012).
Baseia-se em:
• Iniciação – autorização do projeto, através de um documento formal. Prevê um plano
sumário, definição do gerente do projeto, com atribuição de autoridade, restrições e
premissas.
• Planeamento do escopo – elaboração de uma declaração do escopo por escrito que sirva
de base para decisões futuras do projeto. Determina os limites do trabalho no projeto.
• Definição do escopo – Subdivisão dos resultados principais que se esperam alcançar
com o projeto em componentes menores e mais facilmente gerenciáveis. O principal
produto desse processo é a Estrutura Analítica do Trabalho, também conhecida como
WBS (Work Breakdown Structure).
• Verificação do escopo – formalização da aceitação do escopo. Ocorre na fase de
controle do projeto. Controle de alterações
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6.4.2.3. Gestão de Tempo do projeto
O guia PMBOK usa o termo cronograma quando se refere a gestão de tempo, baseando-se no
tempo real calculado e ponderado necessário para o cumprimento de todas as etapas do projeto.
E esta gestão de tempo, comporta:
• Definição de atividades – identificação das atividades necessárias e efetivas a serem
executadas para que se atinjam os vários resultados principais do projeto.
• Sequenciamento das atividades – identificação das sequências entre atividades do
projeto e sua documentação.
• Estimativa de duração das atividades – Enumeração nominal das durações das
atividades necessários até a conclusão do projeto.
• Elaboração do cronograma – documentação da análise cronológica da realização das
atividades, duração das mesmas e dos recursos identificados necessários. Ex: O
diagrama de PERT.
“O PERT (Programa Evaluation Review Technic) é uma técnica de planeamento e controlo que
representa graficamente um projeto complexo como uma rede de acontecimentos e atividades,
permitindo determinar a melhor sequência em termos de tempo de execução e simultaneamente
controlar o desenvolvimento das operações.” (Teixeira, 2011, p231-232).
• Controlo do cronograma – Ações de controlo das alterações aos tempos cronológicos
do projeto.
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6.4.2.5. Gestão da Qualidade do Projeto
Envolve os processos de estabelecimento de uma política de gestão da qualidade com regras e
procedimento de verificação da qualidade bem definidos. Compreende-se ao nível de satisfação
das especificações previamente definidas para que o projeto cumpra os seus desígnios.
Envolvendo:
• Planeamento da qualidade: Identificação de padrões de qualidade para o projeto e as
formas de atender tais padrões.
• Garantias da qualidade: Estabelecimento de ações garantam atender os padrões de
qualidade, tais como: avaliações sistemáticas do desempenho geral do projetos.
• Controlo de qualidade – avaliação dos resultados específicos do projeto, com vista a
determinar se esses resultados estão de acordo com os padrões relevantes de qualidade.
39
formalize a conclusão do projeto. Nesse processo são registradas as “lições aprendidas”
no projeto, para que a organização executora possa considerá-las nos próximos projetos.
40
6.4.2.10. Gestão dos Stakeholders
• Planejamento da gestão das espectativas dos vários interessados no projeto;
• Identificação os principais interessados;
• Análise qualitativa e quantitativa do interesse;
• Gestão do envolvimento das partes interessadas;
• Avaliação e controlo do envolvimento de partes interessadas.
6.5. Relação entre o ciclo de vida do projeto, áreas de conhecimento e demais processos de
Gestão PMBOK
41
.1. Planear a
gestão dos Custos
.4. Controlar os
Custos .2. Estimar custos
custos
.3. Determinar o
orçamento
.1. Planear a .2. Realizar a
.3. Controlar a
Qualidade gestão da garantia de
qualidade
qualidade qualidade
.2. Mobilizar
a equipe do
projeto
.3.
.1. Planear a
Recursos Desenvolver a
gestão dos
Humanos equipe do
recursos humanos
projeto
.4. Gerenciar
a equipe do
projeto
.2. Gerenciar
.1 Planear a gestão .3. Controlar as
Comunicações as
das comunicações comunicações
comunicações
.1. Planear a
gestão dos riscos
.2. Identificar os
riscos
.3. Realizar a
análise qualitativa
dos riscos .6. Controlar os
Riscos
.4. Realizar a riscos
análise
quantitativa dos
riscos
.5. Planear as
respostas aos
riscos
.1. Planear a
.2. Conduzir .3. Controlar as .4. Encerrar as
Aquisição gestão das
as aquisições aquisições aquisições
aquisições
.1. .3. Gestão do .4. Controlar o
.2. Planear a
Partes Identificar envolvimento envolvimento
gestão das partes
Interessadas partes das partes das partes
interessadas
interessadas interessadas interessadas
42
Aula#7: Avaliação de Indicadores
Objetivo da aprendizagem:
Demonstrar os critérios de avaliação do impacto;
Elaborado por: Lóide Jacob
7.1. Conceitos
Segundo Ferreira, Cassiolato e Gonzalez (2009), “O indicador é uma medida, de ordem quantitativa
ou qualitativa, dotada de significado particular e utilizada para organizar e captar as informações
relevantes dos elementos que compõem o objeto da observação. É um recurso metodológico que
informa empiricamente sobre a evolução do aspeto observado”.
Um sistema de medição de desempenho tem como intuito servir de base para (FNQ, 2012):
• analisar problemas estratégicos de forma proativa, antes que desvios ocorram;
• apoiar a busca de novos caminhos estratégicos para a organização;
• apoiar a tomada de decisão;
• apoiar o aprendizado da organização;
• reconhecer a dedicação coletiva;
• comunicar as estratégias e as prioridades da alta direção e dos gestores.
44
7.2. Painel de Bordo
O painel de bordo é uma ferramenta que auxilia a seleção de indicadores e a construção prática de um
sistema de medição de desempenho.
Fator critico de sucesso (FCS) é um desafio, obstáculo ou restrição que, se não for superado impedirá
o alcance do objetivo.
Um resultado esperado para um objetivo somente será considerado alcançado se a meta do indicador
de resultado for também alcançada, e esta dependerá dos fatores críticos de sucesso, que somente serão
considerados superados se as metas dos indicadores de esforço forem atingidas.
45
O que o indicador mostra Qualidade das condições de nutrição e higiene da
população e do sistema estadual de saúde.
O que pode causar um resultado Deficiências no acompanhamento da gestante, nas
aquém da meta condições de nutrição e higiene das moradias, no sistema
de atendimento de saúde…
Qual o impacto de um resultado Comoção negativa dos cidadãos e insatisfação com o
aquém da meta governo do estado.
Fonte: FNQ, 2012
46
Aula#8: Estrutura do Projeto Piloto
Objetivo da aprendizagem:
Estruturar uma ideia social para gerar uma iniciativa piloto;
Elaborado por: Lóide Jacob
Para analisar a viabilidade da solução apresentada na proposta de valor elaborada pelos estudantes para
resolução dos problemas sociais identificados será necessário desenvolver um projeto piloto.
Nestas sessões serão realizados exercícios práticos sobre a árvore do problema, proposta de valor, plano
de ação e definição de indicadores.
47
Aula#9: Avaliação de Impacto Social
Objetivo da aprendizagem:
Reconhecer a importância da avaliação de impacto de projetos sociais;
Elaborado por: Lóide Jacob
9.1. Conceitos
Avaliação do Impacto Social é o processo de medição da mudança que as organizações, programas e
projetos sem fins lucrativos criam, (Mulgan, 2010).
O Impacto Social é mudança proporcionada por uma organização, programa ou iniciativa no bem-estar
de indivíduos ou comunidades, podendo refletir-se em impactos económicos, sociais e ambientais. O
Impacto pode ser mensurado olhando para a redução dos custos de transação; a redução da
vulnerabilidade social e o aumento de ativos individuais e da família.
Alguns instrumentos de mensuração do impacto social, são influenciados e adaptados do sector privado
e tomam a abordagem quantitativa para medir o impacto social criado, (Arvidson et. Al., 2010).
Movimento Filantrocapitalista: aplica os métodos de negócios para o sector social (Bishop and Green,
2008).
48
Figura 9: Cadeia de Valor de Impacto
49
3º. Valorizar o que importa, utilizando proxies financeiras para monetizar o valor de
benefícios/prejuízos não cotados no mercado;
4º. Apenas incluir aquilo que é relevante, de forma a que seja apresentada uma imagem verdadeira
da atividade, a partir da qual os stakeholders podem retirar conclusões razoáveis sobre o seu
impacto.
5º. Apenas reivindicar o valor criado pela atividade, tendo em conta o impacto gerado por outros
fatores externos;
6º. Ser transparente, demonstrando provas da robustez e honestidade da análise;
7º. Verificar os resultados através da certificação independente de uma terceira parte.
50
Aula#10: Estratégias de Crescimento
Objetivo da aprendizagem:
Compreender os conceitos sobre crescimento do empreendimento;
Elaborado por: José Vitorino do Rosário
51
formas. Se ocorrer de maneira pura temos: scaling up, scaling out e scaling deep. Para Riddell e Moore
(2015), este processo nem sempre se dá de maneira pura, isto é, não ocorre puramente up, ou out ou
deep, mas uma mistura.
1º. Scaling Up refere-se à expansão de uma inovação social com vistas a potencializar seu impacto
social (Silva, Takahashi & Segatto, 2016). Aumentar o impacto social significa assistir a um
maior número de pessoas (Silva, Takahashi & Segatto, 2016). Assim, a scaling up pode ampliar
seu alcance, criando serviços complementares, por exemplo, para atender maior número de
pessoas. De acordo com Bloom e Skloot (2010) e Riddel e Moore (2015), a scalin up tende a
implicar em mudanças na legislação e na criação de políticas públicas.
2º. Scaling Out ocorre quando uma inovação social, com o objetivo de aumentar seu impacto,
replica-se em diferentes áreas geográficas. Trata-se da disseminação de princípios e da
adaptação da inovação social a diferentes ambientes (e por consequência, diferentes contextos),
através da cogeração de conhecimento (Riddel & Moore, 2015)
52
3º. Scaling Deep é a etapa de ampliação de uma inovação social com a missão de criar valor social
no seu local de origem. Envolve mudanças culturais, transformações pessoais, mudanças de
crenças relacionadas aos agentes envolvidas e às pessoas atingidas (Riddel & Moore, 2015).
Podemos então concluir que apesar de tudo que se disse sobre o crescimento e escalabilidade, o
empreendedor social deve ter atenção de não se desviar do seu propósito, missão ou valores ou visão
original da sua organização devido a pretensão de crescimento. O crescimento é o processo que carece
de recursos financeiros e humanos; tanto estes, como aqueles são escassos. Então é necessário durante
o processo de crescimento não subestimar a qualidade.
53
Aula#11: Financiamento
Objetivo da aprendizagem:
Compreender os conceitos sobre financiamentos de iniciativas sociais para produção de um plano
estratégico de financiamento;
Elaborado por: Judith Mestre e Lóide Jacob
54
• Capitais Alheios: corresponde ao recurso a entidades externas para obtenção dos capitais
necessários à concretização dos investimentos tais como: crédito bancário, leasing1, crédito dos
fornecedores de imobilizado, suprimentos de sócios, entre muitos outros;
• Incentivos Financeiros ao Investimento: corresponde aos diversos programas de apoio
criados pelo Estado para incentivar o investimento e a competitividade;
• Fundos de capital de risco: Os fundos de capital de risco (FCR) são patrimónios autónomos,
sem personalidade jurídica, mas dotados de personalidade judiciária, pertencentes ao conjunto
dos titulares das respetivas unidades de participação. Os FCR não respondem, em caso algum,
pelas dívidas dos participantes, das entidades que assegurem as funções de gestão, depósito e
comercialização, ou de outros FCR. Cada FCR é administrado por uma entidade gestora. A
gestão pode ser exercida por uma Sociedade de Capital de Risco (SCR), por sociedades de
desenvolvimento regional e por entidades legalmente habilitadas a gerir fundos de investimento
mobiliário fechados (IAPMEI, 2006). Têm por objetivo comum contribuir para que as PME e
Start-up´s, desenvolvam estratégias de inovação, de crescimento e de internacionalização. Este
financiamento está associado a negócios que estão a iniciar, em fase de expansão ou em
mudança de gestão, em qualquer destas situações há um risco muito elevado associado à
incerteza do projeto em que a empresa se encontra, não se pode considerar como a solução mas
sim uma possível solução.
1
Locação financeira ou arrendamento mercantil, é um contrato através do qual a arrendadora ou locadora (a empresa que se dedica à exploração
de leasing) adquire um bem escolhido por seu cliente (o arrendatário, ou locatário) para, em seguida, alugá-lo a este último, por um prazo determinado.
Ao término do contrato o arrendatário pode optar por renová-lo por mais um período, por devolver o bem arrendado à arrendadora (que pode exigir do
arrendatário, no contrato, a garantia de um valor residual) ou dela adquirir o bem, pelo valor de mercado ou por um valor residual previamente definido
no contrato.
55
Esta figura representa o fluxo de capital do mercado de financiamento social entre os fornecedores e
demandantes de capital.
A figura demonstra que o empreendedor deve escolher o tipo de financiamento em função do ciclo de
vida do projeto social
2
Financiamento colectivo que consiste na obtenção de capital para iniciativas de interesse colectivo através da agregação de múltiplas
fontes de financiamento, em geral pessoas físicas interessadas na iniciativa. O termo é muitas vezes usado para descrever especificamente
ações na Internet com o objetivo de arrecadar dinheiro para artistas, jornalismo cidadão, pequenos negócios e empresas
emergentes, campanhas políticas, iniciativas de software livre, filantropia e ajuda a regiões atingidas por desastres, entre outros.
56
Conhecendo as três formas de investimento num negócio, apresenta-se a seguir alguns tipos de
financiamentos e empréstimos.
Os financiamentos são divididos basicamente pela sua situação, pois existem diferenças para as pessoas
físicas ou jurídicas.
As modalidades mais comuns são:
• Crédito pessoal;
• Financiamento imobiliário;
• Financiamento de veículos;
• Financiamento de máquinas e equipamentos;
• Financiamento de capital de giro.
11.3.1. Microcrédito
O microcrédito tem como objetivo apoiar o empreendedorismo e a criação do próprio emprego, através
de empréstimos a pessoas que não conseguem obter outro tipo de crédito junto das instituições, por
força da sua reduzida capacidade de endividamento.
É necessário que as operações de microcrédito tenham como finalidade o financiamento de uma
atividade empresarial que os clientes queiram iniciar ou expandir e que essa atividade tenha condições
para criar ou manter postos de trabalho de forma sustentável, nomeadamente o do próprio
microempresário.
No âmbito do microcrédito, foram criados vários programas, destacando em especial a Microcapital –
Sociedade de microcrédito, Lda. Este programa destina-se a facilitar o acesso ao crédito a pessoas com
especiais dificuldades de integração no mercado de trabalho, que estejam em risco de exclusão social
e possuam uma ideia de negócio viável. É uma instituição financeira não bancária supervisionada pelo
Banco nacional de Angola, que tem por objeto a concessão de microcrédito a empreendedores numa
base individual ou coletiva até ao limite de AKZ 1 milhão.
Os produtos que essa instituição oferece são os seguintes:
• Micro solidário: crédito destinado a financiar um grupo de pessoas particulares para o
desenvolvimento de uma atividade. No mínimo são 6 pessoas e no máximo 15 pessoas, com
um montante mínimo de AKZ 50.000,00 e máximo de AKZ 1.000.000,00. Tendo uma
maturidade de até 12 meses. Em termos de reembolso a prestação de capital é fixa e tem juros.
É usual que seja estipulada uma meta de arrecadação que deve ser atingida para que o projeto seja viabilizado. Caso os recursos
arrecadados sejam inferiores à meta, o projecto não é financiado e o montante arrecadado volta para os doadores.
A ideia do financiamento coletivo não é focar na carência de um projeto, mas em sua potência. Além disso, sua força está em envolver
recompensas criativas para os colaboradores. A estratégia de criação de recompensas destinadas aos colaboradores, apesar de não ser
obrigatória em campanhas.
57
Como garantias é necessário uma livrança em branco subscrita pelo cliente com pacto de
preenchimento a favor do mutuante e aval solidário.
• Bué fácil: crédito destinado a empreendedores particulares numa base individual quando estes
apresentam necessidades relacionadas com adiantamento dos seus salários, para fazer face ao
cumprimento de projetos pessoais. Com um montante mínimo de AKZ 100.000,00 e máximo
de AKZ 1.000.000,00. Tendo uma maturidade de até 3 meses. Em termos de reembolso a
prestação de capital é fixa e tem juros. Como garantias é necessário uma livrança em branco
subscrita pelo cliente com pacto de preenchimento a favor do mutuante.
• Micro 24 horas: crédito destinado a empreendedores particulares numa base individual quando
estes apresentam necessidades relacionadas com adiantamento dos seus salários, para fazer face
ao cumprimento de projetos pessoais. Com um montante mínimo de AKZ 100,00 e máximo de
AKZ 10.000,00. Tendo uma maturidade de até 1 mês. Em termos de reembolso a prestação de
capital é fixa e tem juros. Como garantias é necessário uma livrança em branco subscrita pelo
cliente com pacto de preenchimento a favor do mutuante.
• Micro viagem: crédito destinado a financiar viagens. Com um montante mínimo de AKZ
50.000,00 e máximo de AKZ 1.000.000,00. Tendo uma maturidade de até 6 meses. Em termos
de reembolso a prestação de capital é fixa e tem juros. Como garantias é necessário uma livrança
em branco subscrita pelo cliente com pacto de preenchimento a favor do mutuante.
• Micro empreendedor: crédito destinado a auxiliar o incremento de pequenos negócios, sendo
particulares ou empresas. Com um montante mínimo de AKZ 50.000,00 e máximo de AKZ
1.000.000,00. Tendo uma maturidade de até 12 meses. Em termos de reembolso a prestação de
capital é fixa e tem juros. Como garantias é necessário uma livrança em branco subscrita pelo
cliente com pacto de preenchimento a favor do mutuante e aval. O desembolso conta do
fornecedor.
• Micro agricultor: crédito destinado a financiar a aquisição de fertilizantes, adubos, sementes e
materiais para agricultura, sendo particulares ou micro empresas. Com um montante mínimo
de AKZ 50.000,00 e máximo de AKZ 1.000.000,00. Tendo uma maturidade de até 12 meses.
Em termos de reembolso a prestação de capital é fixa e tem juros. Como garantias é necessário
uma livrança em branco subscrita pelo cliente com pacto de preenchimento a favor do
mutuante.
O microcrédito pode também servir para financiar atividades que capacitem o microempresário. Por
exemplo, o microcrédito pode servir para pagar a formação de que o futuro microempresário necessite
para o exercício da atividade empresarial que quer desenvolver.
58
Uma das características do microcrédito é o fato de a instituição que decide conceder o financiamento,
além de avaliar a viabilidade do negócio e de disponibilizar o dinheiro, ter a obrigação de ajudar o
cliente na preparação e implementação do projeto, e, depois de iniciado, ir acompanhando a sua gestão
neste sentido pode-se destacar o Balcão Único do Empreendedor (BUE).
59
Aula#12: O Pitch
Objetivo da aprendizagem:
Produzir uma comunicação para apresentar o projeto à investidores;
Elaborado por: Soma Jala
12.1. Conceitos
O pitch é uma apresentação sumária de 3 a 5 minutos com objetivo de despertar o interesse da outra
parte (investidor ou cliente) pelo seu negócio, assim, deve conter apenas as informações essenciais e
diferenciadas. O pitch deve tanto poder ser apresentado apenas verbalmente quanto ilustrado por 3 a 5
slides. Ele deve conter basicamente:
• Qual é a oportunidade;
• O Mercado que irá atuar;
• Qual é a sua solução;
• Seus diferenciais;
• O que está buscando.
Estes tópicos são genéricos, pois cada negócio tem suas peculiaridades, assim o que importa realmente
é conseguir demonstrá-los sucintamente na sua apresentação. Lembre-se que investidor estará
analisando não só o seu negócio, mas principalmente você, o empreendedor, assim tão importante
quanto apresentar claramente sua empresa é conseguir demonstrar seu conhecimento e capacidade de
execução.
Lembrar também que não existe fórmula universal, pois cada investidor tem um interesse distinto,
assim, é possível que tenha de elaborar 2 ou 3 versões do seu pitch para apresentar conforme o perfil
do ouvinte. Antes de efetivar sua apresentação, procure descobrir qual é o nível de conhecimento do
mesmo sobre o seu mercado e seu negócio. Para ouvintes que tenham pouco conhecimento, procure
fazer um pitch mais básico; para aqueles que tem know-how no seu segmento, apresente seu pitch mais
avançado.
60
Uma das características que você precisa saber antes de começar é que o pitch deve durar entre três e
cinco minutos e, por ser muito curto, é importante planejar bem o que será exposto para vender seu
produto e mostrar o que ele tem de melhor. Os temas abordados podem variar de acordo com o intuito
da apresentação e se ela é para um cliente ou para um investidor. Confira alguns tópicos básicos que
podem ser explorados:
• A solução que o seu negócio promove;
• O mercado do qual ele faz parte;
• Quem são os clientes em potencial;
• Que estratégias você pretende utilizar para conquistá-los;
• A escalabilidade do negócio, ou seja, sua capacidade de expandir sem a necessidade de maiores
investimentos;
• Os clientes que já usaram o produto e suas experiências;
• Experiência profissional dos fundadores da empresa.
Roteiro do Pitch:
1º. Introdução;
2º. Problema;
3º. Tamanho de mercado;
4º. Solução;
5º. Modelo de negócio;
6º. Competidores;
7º. Resultados Atingidos;
8º. Duração;
9º. Investimento;
10º. Fechamento.
61
Aula#13: Plano de Negócio
Objetivo da aprendizagem:
Compreender a estrutura do plano de negócio.
Elaborado por: Lóide Jacob
13.1. Conceitos
Plano de Negócio é a descrição da alocação de recursos e a concretização da ideia. Faz parte do processo
de criação de valor e na fase de implementação servirá como plano de gestão do negócio.
Um plano de negócio é um documento que descreve quais os objetivos de um negócio e quais passos
devem ser dados para que estes objetivos sejam alcançados, diminuindo os riscos e as incertezas. Um
plano de negócio permite identificar e restringir seus erros no papel, ao invés de cometê-los no mercado
(ROSA, 2004, p.10 Maximiano (2001)).
O desenvolvimento do plano de negócios conduz e obriga o empreendedor ou empresário a concentrar-
se na análise do ambiente de negócios, nos objetivos, nas estratégias, nas competências, na estrutura, na
organização, nos investimentos e nos recursos necessários, bem como no estudo da viabilidade
do modelo de negócio. (BERNARDI, 2008, p. 4).
Os tipos de planos podem ser:
• Plano Inicial (“Start-up Plan” ou “Early Stage Plan”), que irá definir as linhas gerais de uma
nova ideia de negócio;
• Plano de Crescimento ou de Expansão (ou ainda um plano de um novo produto - “Later Stage
Plan”), focar-se-á numa área específica de negócio ou num negócio secundário;
• Plano de Reestruturação (“Turnaround-Plan”), trata-se de um plano de viabilização de uma
empresa - embora possa incluir o lançamento de novas ideias/produtos.
62
13.2.1. Sumário Executivo;
De ter no máximo 500 palavras e responder as seguintes questões:
• Qual é o nome do negócio e a sua área de atividade?
• Qual a missão?
• Qual é o âmbito do negócio e o mercado potencial para os seus produtos/serviços?
• Porque constitui uma proposta criativa, inovadora e vencedora?
• Quais os recursos, humanos e financeiros necessários?
• Qual o prazo previsto para começar a apresentar lucros?
• Quais são os pontos fortes e fracos do projeto?
• Quais as suas referências e a sua experiência relevante para o projeto em concreto?
63
13.2.5. Definição Do Plano de marketing;
O Marketing é o processo no qual se identificam e quantificam as necessidades do cliente e se define
uma estratégia clara para as satisfazer.
Os elementos essenciais deste tipo de estratégias incluem:
• A identificação de um leque suficientemente grande de potenciais clientes;
• A criação de segmentos de clientes alvo, de acordo com critérios de segmentação a definir caso
a caso;
• A escolha dos canais que deverão ser explorados: direto (vendedores, canal telefónico ou lojas
próprias) ou indiretos (alianças com parceiros de distribuição, etc);
• Desenvolvimento dos elementos de imagem e comunicação;
• Desenvolvimento de uma estratégia de vendas eficaz, antecipando argumentos contra as
resistências e as objeções;
• Montagem e formação das forças de vendas;
• Identificação das ações de marketing relevantes.
64
13.2.7. Gestão e Controlo do Negócio.
Será necessário produzir um plano de ação ou cronograma do projeto e posteriormente relatórios
regulares e balanços, que são úteis tanto para a gestão do negócio como para entidades terceiras como
auditores, inspeção fiscal e bancos.
As três áreas fundamentais onde o controlo é imprescindível desde o início e onde deve incidir a maior
atenção são:
• Vendas;
• Produção;
• Informação financeira.
65
Aula#14: Plano de Marketing
Objetivo da aprendizagem:
Compreender a estrutura do plano de marketing
Elaborado por: Lóide Jacob
14.1.Conceitos
O plano de marketing tem como objetivo manifestar com clareza, as opções escolhidas pela empresa
na elaboração de sua estratégia de marketing de forma a assegurar o seu desenvolvimento no médio e
longo prazo, traduzindo as decisões originadas da análise em ações (Lambin, 2000).
O plano oferece uma visão comum do futuro, serve como um instrumento de coordenação entre as
diversas funções da empresa e permite manter uma coerência entre os objectivos. O planeamento
focaliza as ações prioritárias como também permite analisar se os objectivos estabelecidos estão sendo
realizados e qual está sendo a performance dos indivíduos envolvidos na busca de tais objectivos. Por
fim permite uma organização e uma gestão mais rigorosa fundadas em procedimentos, orçamentos e
projetos previstos.
A metodologia selecionada para servir como modelo deste curso é a que se apresenta a seguir:
66
Quadro 14: Metodologia de Kotler para Plano de Marketing
1 Sumário Executivo e Índice de Conteúdo;
2 Situação Actual do Marketing;
1. Mercado,
2. Produto,
3. Concorrência,
4. Distribuição e
5. Macro ambiente.
3 Análise de Oportunidade e Assuntos;
1. Principais oportunidades,
2. Ameaças,
3. Forças e
4. Fraquezas
4 Objectivos
5 Estratégias de Marketing;
6 Programa de Acção;
7 Demonstração de Resultados;
8 Controlo.
Fonte: Kotler (1998, p.100).
67
fazer crescer o negócio e a vantagem competitiva da empresa, e com as Ameaças (Threats) – aspectos
negativos com potencial de comprometer o negócio e a vantagem competitiva da empresa.
14.1.2. Objectivos
Nesta fase é de primordial importância o estabelecimento dos objectivos, uma vez que se inicia o
processo de definição de estratégia.
68
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