Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Empreendedorismo
Manual
do Aluno
Disciplina de Empreendedorismo
Manual do Aluno
Sebrae
Brasília-DF
2016
Informações e contatos
Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – Sebrae
Unidade de Capacitação Empresarial e Cultura Empreendedora
SGAS 605 – Conjunto A – CEP: 70200-904 – Brasília/DF
Telefone: (61) 3348-7343
www.sebrae.com.br
Diretor-Presidente
Guilherme Afif Domingos
Diretora Técnica
Heloisa Regina Guimarães de Menezes
Gerente
Mirela Malvestiti
Coordenação Técnica
Flávia Azevedo Fernandes
Responsável Técnico
Fernando Cenírio dos Santos
Consultores Conteudistas
Mauro Pedro Lopes (Módulo 1– Encontros 1 a 4; Módulo 2 – Encontro 4)
Maria Augusta Orofino (Módulo 2 – Encontro 5; Módulo 3; Módulo 4 – Atividade de Abertura)
Revisão de Conteúdo
Elimara Clélia Rufino – R&R Associados Ltda. (Módulo 1– Encontros 1 a 4; Módulo 2 – Encontro 4)
Consultora Educacional
Marcia Csik (Módulo 2 – Encontro 5; Módulo 3; Módulo 4 – Atividade de Abertura)
Unidade de Comunicação
Gerente
Maria Cândida Bittencourt
Gerente Adjunto
Henrique Nabuco
Núcleo de Editoração
Lorena Ortale
Paula Stefanini L864d Lopes, Mauro Pedro.
Disciplina de empreendedorismo: manual do aluno. / Mauro Pedro Lopes,
Revisão Ortográfica Maria Augusta Orofino – Brasília : Sebrae, 2016.
Discovery – Formação Profissional Ltda. – ME 269 p. il.
CDU – 658
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
7
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
9
1
aluno_disciplina_empreendedora.indd 10 24/08/16 16:30
O EMPREENDEDOR
APRESENTAÇÃO
Caro(a) aluno(a),
✓✓ Histórico do empreendedorismo;
✓✓ Definição de metas;
12
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
13
Preste atenção em uma palavra que se repetiu três vezes no trecho acima: pessoas.
Colocando no singular: pessoa. Este é o ponto de partida desta charada ou questão
que gera tanto debate: antes de tudo, o empreendedor é uma pessoa. Parece óbvio
ou piada, mas não é.
14
É importante termos consciência de que não se pode estabelecer uma relação ab-
soluta de causa e efeito. Ou seja, se uma pessoa apresenta tais traços ou padrão de
conduta, não se pode afirmar de forma absoluta que certamente vai obter sucesso.
O que se pode dizer é que, se determinada pessoa possui as características e as
aptidões mais comumente encontradas nos empreendedores, mais chances terá de
ser bem-sucedida.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
15
Empreendedores não esperam a vida passar observando-a pela janela; eles fazem
parte do cenário como agentes de transformação e realização.
Empreender é buscar, é uma ação cíclica; não é chegar e parar. Como se percebe,
para ser empreendedor é preciso predispor-se a isso, predispor-se a se desenvolver
como tal.
Este texto não traz respostas, mas lhe convida para a prática: “seja”, “saiba”, “faça”.
Busque, aja, alcance e continue.
16
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
17
ENCONTRO 2
Anotações empreendedoras
Utilize este espaço para anotar suas observações, suas conclusões, seus aprendizados
e o que mais julgar interessante com relação às atividades realizadas neste encontro.
18
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
19
Mas não é somente à área empresarial que os empreendedores restringem sua atu-
ação. Pessoas empreendedoras podem se dedicar a conduzir projetos sociais e cola-
boradores de empresas podem agir de forma empreendedora (intraempreendedoris-
mo), por exemplo.
Cada pessoa pode escolher a sua forma de empreender ou ainda realizar ações em-
preendedoras em diferentes áreas. É possível que um empreendedor da área empre-
sarial dedique-se a atuar em causas sociais, por exemplo.
É claro que para cada forma de empreender será necessário um tipo de conhecimen-
to ou imposta a necessidade de aprendizados inerentes àquela demanda. Assim,
quem pretende abrir uma empresa deve se preparar para tal, buscando conhecer
sobre o mercado em que vai atuar. Da mesma forma, deve se preparar para bem de-
sempenhar suas tarefas e identificar oportunidades de crescimento contínuo para si
e para a organização à qual pertence: os intraempreendedores.
20
O contexto social e cultural é fonte de inspiração àqueles que nesta sociedade vivem.
Das ações dos empreendedores espera-se, também, influência e inspiração a outras
ações empreendedoras.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
21
São muitas as demandas do século XXI, tanto no contexto nacional quanto mundial.
Espera-se promover a inclusão social, reduzir a pobreza, gerar e melhor distribuir a
riqueza dos países, oferecer melhores condições de vida às pessoas, promover o
desenvolvimento sustentável, ampliar o acesso à saúde e à educação de qualidade,
gerar empregos, desenvolver atividades econômicas locais competitivas, viáveis e
sustentáveis, entre outras questões.
Muito longe, distante e sem qualquer relação com a falsa ideia de heroísmo, no con-
texto de ter poderes sobre-humanos ou de ser um super-herói como os de filme de
ficção, os empreendedores mobilizam seus conhecimentos e suas habilidades na
busca de soluções inovadoras, respeitando valores e culturas locais em diferentes
contextos. Buscam oportunidades, determinam objetivos claros e agem de forma
planejada e determinada para alcançá-los. E acredite: isso não é poder sobrenatural,
é fruto de uma prática social empreendedora estimulada, valorizada e exercitada no
dia a dia de forma individual e coletiva.
22
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
23
Responsabilidades do grupo:
24
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
25
ENCONTRO 3
Anotações empreendedoras
Utilize este espaço para anotar suas observações, suas conclusões, seus aprendizados
e o que mais julgar interessante com relação às atividades realizadas neste encontro.
26
2) Se fosse possível moldar os filhos ao nosso gosto, como gostaria que fossem os seus?
3) Três empregos são oferecidos na mesma organização com os mesmos salários, mas
as funções são diferentes. Qual você escolheria?
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
27
8) Imagine três mesas, cada uma com três convidados. De qual delas gostaria de
participar?
FF 26) Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
28
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
29
n ç ã o !
At e
inante
te a motivação predom
melhor ou pior; exis
Não existe resultado
em suas ações.
❖❖ Motivo de realização
Desejo de alcançar algo difícil. As pessoas se interessam pelo seu próprio desenvolvimen-
to, por destacarem-se aceitando responsabilidades pessoais e, também, por tentarem fazer
bem as coisas, terem sucesso, inclusive acima dos prêmios. Exigem um padrão de suces-
so, domínio de tarefas complexas e superação de outras (gostam de assumir responsabili-
dades, de correr riscos calculados, querem retorno concreto sobre seu desempenho, dese-
jam influenciar seus resultados utilizando sua capacidade e não são motivadas pelo dinheiro
em si). Os indivíduos com esse tipo de necessidade pretendem, mais que obter sucesso
individual, obter feedback concreto do seu grau de desempenho no grupo, pois buscam
fazer melhor as coisas. Procuram encarar os problemas, retroalimentar-se para saber os
resultados e enfrentar o fracasso.
❖❖ Motivo de afiliação
30
❖❖ Motivo de poder
Desejo de ser responsável pelos demais e ter autoridade sobre outros. Preferem o confron-
to, a concorrência e se preocupam muito com seu prestígio, reputação e com a influência
que possam exercer sobre as outras pessoas, inclusive mais do que com os seus resulta-
dos. Procuram posições de liderança e possuem elevada tendência ao poder associado a
atividades competitivas. As pessoas desejam ter uma elevada valorização de si mesmas,
solidamente firmada na realidade do momento, manifestada pelo reconhecimento e respei-
to dos outros.
David McClelland é o autor da Teoria das Necessidades Adquiridas, que embasa este ques-
tionário e preconiza que as pessoas são impulsionadas a agirem motivadas pelas suas ne-
cessidades de realização, afiliação e poder, adquiridas com seu desenvolvimento natural.
Ele argumenta, em sua teoria, que todas as pessoas possuem um pouco destas necessi-
dades, em graus diferentes; contudo, uma delas será característica destacada da pessoa.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
31
Motivos O indivíduo
Realização 99 Procura alcançar sucesso perante uma norma de excelência;
99 Aspira alcançar metas elevadas e realistas;
99 Responde positivamente à competição;
99 Toma iniciativa;
99 Prefere tarefas em que possa ser diretamente responsável pelos resultados;
99 Assume riscos moderados;
99 Relaciona-se preferencialmente com peritos.
99 Procura relações interpessoais fortes;
Afiliação 99 Faz esforços para conquistar amizades e restaurar relações;
99 Atribui mais importância às pessoas que às tarefas;
99 Procura aprovação dos outros para as suas opiniões e atividades;
99 Procura pessoas com as mesmas ideias ou situação do momento.
99 Procura controlar ou influenciar outras pessoas e dominar os meios que lhe permitam
Poder exercer essa influência;
99 Tenta assumir posições de liderança espontaneamente;
99 Necessita/gosta de provocar impacto;
99 Preocupa-se com o prestígio;
99 Assume riscos elevados.
Atividade elaborada com base na Teoria das Necessidades Adquiridas, de David McClelland. Questio-
nário adaptado do modelo extraído de desenvolvimento organizacional (SOUZA, 1975).
32
Você já parou para pensar em responder à pergunta que intitula este texto?
Propomos que faça um exercício de expandir suas ideias e imaginar algo além de
um simples movimento físico em uma determinada direção. Imagine e busque com-
preender o que te move, em essência, em uma determinada direção. Será a própria
direção que te move? Será que os desafios do caminho te movem? Será a obrigação
quase imposta a todos de ser bem-sucedido e o desejo unânime de ser feliz? Será
tudo isso e mais um pouco até? O que te move a tudo isso que deseja, afinal? E por
que tudo isso te move?
Os motivos que nos movem pela vida certamente são diferentes, e fato é que cada
um de nós tem seus motivos e suas necessidades para agir em uma determinada
direção.
Motivos para agir, motivos para ação, motivação – assunto comumente discutido e
para o qual existem muitas receitas e fórmulas propagadas. Você já deve ter ouvido
ou lido coisa do tipo “faça isso e seja mais feliz”, “tenha mais motivação fazendo
assim”. Será que funciona? Pode até ser, afinal só você pode responder “o que te
move”? Quais são os motivos que te levam a agir?
O objetivo deste texto é bem simples: provocar sua reflexão. Pense sobre isso, reflita
o que te move, quais são as necessidades que impulsionam suas ações e o que pode
estimular sua motivação. Não fique esperando que os outros ou o mundo o motivem
e o façam a pessoa mais feliz do universo; busque se conhecer melhor e identificar
quais necessidades e qual a essência dos motivos que te levam a agir. E, claro, aja!
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
33
Três pedreiros estavam construindo uma catedral na França, quando alguém chega até
o primeiro pedreiro e pergunta:
E ele responde:
Finalmente, a pessoa chega ao terceiro pedreiro que fazia seu trabalho de forma entu-
siástica, e repete a pergunta que havia feito aos outros dois:
— Estou construindo uma catedral onde os homens poderão encontrar Deus e que
permanecerá pela eternidade.
O serviço era o mesmo para cada um dos pedreiros, diferente era a forma como eles en-
xergavam aquilo que estavam fazendo. Aquilo em que acreditamos e a forma como enxer-
gamosuma determinada situação são aspectos que interferem na maneira como agiremos.
34
Fonte: <http://letras.terra.com.br>.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
35
A partir de pesquisas realizadas por David McClelland e outros estudiosos, sendo que
pesquisas foram realizadas em diferentes países, foram elencados diversos aspectos
comuns no padrão de comportamentos relacionados às pessoas que obtinham su-
cesso e realização em suas atividades.
Persistência.
Comprometimento.
Estabelecimento de metas.
Busca de informação.
Independência e autoconfiança.
36
Persistência.
Comprometimento.
Estabelecimento de metas.
Busca de informação.
Independência e autoconfiança.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
37
38
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
39
Autoavaliação das características
do comportamento empreendedor
O objetivo desta autoavaliação é propiciar a reflexão sobre a prática de comportamentos
empreendedores em seu dia a dia.
Não há melhor ou pior resposta; o que importa é a resposta verdadeira. Seja honesto con-
sigo! Lembre-se de que ninguém é perfeito em tudo e estamos em constante desenvolvi-
mento dos comportamentos empreendedores.
1ª ETAPA – AUTOAVALIAÇÃO
Para preencher a autoavaliação, reflita e escolha o número que melhor descreva a sua práti-
ca no dia a dia, conforme cada comportamento listado.
Critérios
1 Nunca pratico este comportamento.
40
11) Desenvolvo novas ideias e projetos além das atuais soluções ou propostas
estabelecidas.
12) Mantenho meu ponto de vista mesmo diante da oposição ou de resultados
inicialmente desanimadores.
13) Utilizo minha rede de contatos como estratégia para atingir meus objetivos.
16) Tenho visão de longo prazo do que espero alcançar, de forma clara e específica.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
41
CONJUNTO DE REALIZAÇÃO
Comportamentos
11) Desenvolvo novas ideias e projetos além das atuais soluções ou propostas
estabelecidas.
21) Aproveito oportunidades fora do comum para iniciar um novo projeto ou
atividade, estabelecer parcerias, ampliar aprendizados.
42
CONJUNTO DE REALIZAÇÃO
Comportamentos
20) Ajo repetidamente ou mudo para uma estratégia alternativa, a fim de enfrentar
um desafio ou superar um obstáculo.
22) Faço um sacrifício pessoal ou um esforço extraordinário para completar uma
tarefa.
Persistência Soma =
Comprometimento Soma =
barata.
24) Asseguro que o trabalho seja terminado a tempo e que atenda aos padrões de
qualidade previamente combinados.
(Total das somas de cada uma das características do comportamento empreendedor do conjunto de realização).
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
43
CONJUNTO DE PLANEJAMENTO
pessoal.
16) Tenho visão de longo prazo do que espero alcançar, de forma clara e específica.
44
CONJUNTO DE PODER
Comportamentos
13) Utilizo minha rede de contatos como estratégia para atingir meus objetivos.
29) Tenho boas relações com as pessoas com vistas a manter e ampliar minha rede
de contatos.
pessoas.
12) Mantenho meu ponto de vista mesmo diante da oposição ou de resultados
inicialmente desanimadores.
30) Expresso confiança na minha própria capacidade de realizar uma tarefa difícil ou
de enfrentar um desafio.
3ª ETAPA – GRÁFICO
Transcreva para a tabela indicada os resultados da soma da autoavaliação de cada caracte-
rística do comportamento empreendedor.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
45
Exemplo:
Persistência 10
Comprometimento 12
Estabelecimento de metas 6
Busca de informação 10
Independência e autoconfiança 7
46
Persistência
Comprometimento
Estabelecimento de metas
Busca de informação
Independência e autoconfiança
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
47
Plano de desenvolvimento pessoal
Tendo realizado sua autoavaliação das características do comportamento empreendedor
e analisado seu resultado, escolha até quatro características para as quais você pretende
dedicar maior atenção durante a Disciplina de Empreendedorismo para seu fortalecimento.
1)
O que você fará para desenvolver/fortalecer essa característica
do comportamento empreendedor durante a disciplina?
Ação Prazo
2)
O que você fará para desenvolver/fortalecer essa característica
do comportamento empreendedor durante a disciplina?
Ação Prazo
3)
O que você fará para desenvolver/fortalecer essa característica
do comportamento empreendedor durante a disciplina?
Ação Prazo
48
Como você já sabe, para agir como empreendedor é preciso exercitar-se nessa dire-
ção, ou seja, praticar comportamentos que caracterizam uma conduta empreendedo-
ra. E essa história tem um detalhe importante: colocar comportamentos empreende-
dores em prática só depende de você!
Em seu dia a dia, dedique um tempo para refletir sobre suas ações e os resultados
alcançados, analise as situações de dificuldade ou fracasso, vibre com suas conquis-
tas; enfim, aprenda praticando, aprenda a empreender, empreendendo.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
49
✓✓ Analiso as razões do fracasso para aprender coisas novas e agir com mais
eficiência em situações futuras?
50
Utilize sua motivação interna para transformar alguma fraqueza porventura identifica-
da em fortaleza que impulsione suas ações para o êxito.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
51
ENCONTRO 5
Anotações empreendedoras
Utilize este espaço para anotar suas observações, conclusões, aprendizados e o que
mais julgar interessante com relação às atividades realizadas neste encontro.
52
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
53
Visão de futuro e
estabelecimento de metas
Quando pensamos sobre o que pretendemos alcançar, nos inspiramos e ganhamos en-
tusiasmo para buscar o que desejamos. Porém, não adianta apenas pensar no assunto; é
preciso saber claramente os objetivos a serem alcançados e agir para alcançá-los.
Para que esse caminho seja mais produtivo, o estabelecimento de metas deve ser SMART
(inteligente), conforme os seguintes critérios:
Critério que atribui que uma meta deve ser definida em função do tempo.
Temporal Determina o prazo em que a meta deve ser atingida (uma data, com dia,
mês e ano).
54
No prazo de um ano?
Metas:
Metas:
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
55
Metas:
56
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
57
d) De que maneira você irá medir ou monitorar seu progresso rumo à meta? Especifi-
que critérios de acompanhamento!
58
Dicas as
e pl an ej e co m o alcançará suas met
o model o
Utilize este mesm
para 5 e 10 anos!
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
59
Meta empreendedora: evento de
apresentação de plano de negócios na
disciplina de empreendedorismo
É o momento de monitorar o planejamento para o evento de apresentação de Plano de
Negócios, que acontecerá no final do quarto módulo da Disciplina de Empreendedorismo.
Bom trabalho!
60
Prazo de
Tarefas/atividades a serem realizadas Responsáveis
execução
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
61
m ais
sa b e r
Para
ite o
te m a do M ód ulo 1 – O Empreendedor, vis
o
Para saber mais sobre m o Ca na l Futura: #projetoempr
eender,
pa rc er ia co
trabalho do Sebrae em rg.br>.
nível em : <h ttp :// w w w.projetoempreender.o
dispo
62
ANDRADE, Renato Fonseca. Conexões empreendedoras. São Paulo: Editora Gente, 2010.
DELORS, Jacques (Org.). Educação: um tesouro a descobrir. São Paulo: Cortez, 1997.
DOLABELA, Fernando. Empreendedorismo, uma forma de ser: saiba o que são empre-
endedores individuais e coletivos. Brasília: Agência de Educação para o Desenvolvimento,
2003.
FERNANDES, Flávia. Educação para a sustentabilidade. In: SANTOS, Carlos Alberto. (Org.).
Pequenos Negócios – Desafios e Perspectivas – Desenvolvimento Sustentável. Brasília:
Sebrae, 2012. v. 2.
FILION, Louis Jacques; DOLABELA, Fernando. Boa ideia! E agora? Plano de Negócio, o
caminho seguro para criar e gerenciar sua empresa. São Paulo: Editora de Cultura, 2000.
FILION, Louis Jacques; LAFERTÉ, Sylvie. Carte routière pour un Québec entrepreneurial.
Québec: Rapport remis au Gouvernement du Québec, 2003.
GRAMIGNA, Maria Rita. Jogos de empresas. 2. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.
HISRICH, Robert D.; PETERS, Michael P. Empreendedorismo. Tradução de Lene Belon Ri-
beiro. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2004.
LOPES, Rose Mary (Org.). Educação Empreendedora: conceitos, modelos e práticas. Rio
de Janeiro; São Paulo: Elsevier; Sebrae, 2010.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
63
MASLOW, Abraham Harold. Higher needs and personality. Liege: University of Liege,
1951.
______. Motivation and personality. New York: Harper & Brothers, 1954.
MCCLELLAND, David Clarence. The achiviement motive. New York: Appleton Century
Crofts, 1953.
______. O Maslow desconhecido: uma revisão de seus principais trabalhos sobre motiva-
ção. Revista de Administração USP, São Paulo, v. 44, n. 1, p. 5-16, jan./fev./mar. 2009.
______. Capitalism, Socialism and Democracy. New York: Harper and Brothers, 1942.
WICKERT, Maria Lúcia Scarpini. Referenciais Educacionais do Sebrae: versão 2006. Bra-
sília: Sebrae, 2006.
64
APRESENTAÇÃO
Caro(a) aluno(a),
5 4 horas 20 horas
68
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
69
Ideias e oportunidades
Você participará de uma atividade para geração de ideias. Acompanhe as orientações do
professor e registre suas conclusões e, claro, suas ideias!
70
✓✓ Um projeto, plano;
Ideias são sempre bem recebidas, são bem-vindas a qualquer momento. É normal-
mente da combinação de várias ideias ou da adaptação e evolução de uma ideia que
as oportunidades começam a ganhar vida.
As ideias precisam ser valorizadas e tratadas com a importância que têm. Algumas
dicas:
✓✓ Seja flexível e tenha abertura para ser receptivo aos fatos e acontecimentos
ao seu redor;
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
71
✓✓ Mude a rotina;
Diante de tantas ideias, como saber aquelas que representam oportunidades? Pri-
meiramente é preciso ficar claro que não existe nenhuma forma que garanta 100%
de sucesso nesse processo de avaliar ideias e identificar oportunidades. Isso porque
as oportunidades de mercado, como o próprio nome diz, concretizam-se no dinamis-
mo do mercado, o que confere naturalmente certo grau de risco à situação.
72
Esses aspectos podem ser alinhados em uma tabela que facilite a visualização de
informações, por exemplo:
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
73
✓✓ Quantas pessoas e com qual perfil precisarei junto comigo? Qual a estrutura
mínima para tal atividade?
74
A história do americano Jim Poss pode ser um exemplo de como nascem as boas
ideias. Residente em Boston, ele chamou a atenção de estudiosos de uma universi-
dade situada na sua cidade: nada mais nada menos do que a prestigiosa Harvard Uni-
versity. Poss é o fundador da BigBelly Solar, uma empresa que faturou US$ 4 milhões
produzindo compactadores de lixo movidos à energia solar. A tecnologia bombou
– ele já vendeu seu produto a empresas e cidades de 30 estados americanos e 17
países. Agora Poss está colhendo os frutos de sua inovação e figura entre os empre-
endedores sociais mais proeminentes dos Estados Unidos. Mais que seu sucesso,
porém, o que ele gosta de celebrar é a trajetória percorrida entre a concepção da ideia
e a transformação em um produto.
Em um dia de 2003, Poss andava pelas ruas de Boston quando notou um caminhão
de lixo bloqueando o tráfego. Espalhando detritos pelo chão e soltando fumaça como
um charuto, o veículo não era um exemplo de eficiência e sustentabilidade. Intrigado
com o que vira, Poss estudou melhor o problema. Descobriu que os caminhões de
lixo consumiam mais de 3,5 bilhões de litros de diesel por ano nos Estados Unidos.
Pior ainda, só rodavam 5 km com um galão de combustível, o equivalente a 3,7 litros.
Na época, havia um debate entre os municípios sobre a viabilidade de adquirir veícu-
los mais eficientes e traçar rotas de coleta mais inteligentes.
76
Jim Poss usou três práticas comuns a empreendedores de sucesso, afirmam os es-
tudiosos H. James Wilson, Danna Greenberg e Kate McKone-Sweet. Eles estudaram
1.500 empresas, atrás de padrões para identificar o nascimento de boas ideias. Con-
fira a seguir as descobertas.
O que os pesquisadores querem dizer é que Poss foi capaz de oscilar entre a previ-
são e a criação no que diz respeito a seus pensamentos e a suas ações. A previsão
é baseada na análise usando informações disponíveis, que funciona melhor em con-
dições com baixos níveis de incerteza. Já a criação refere-se ao esforço para gerar
informações que não existem ou não estão acessíveis. Poss usou a previsão quando
analisou as informações financeiras e operacionais sobre o consumo de combustível
pelos caminhões. Quando as informações não estavam disponíveis, ele as criou por
meio de conversas e protótipos.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
77
Em um esforço consciente, uma dessas maneiras de pensar pode ser usada para
informar e ampliar a outra, com abordagens complementares. Ao intercalar previsão
e criação, os empreendedores são capazes de criar mais valor do que usando apenas
uma das formas de pensar.
Essa visão holística é capaz de analisar todo o escopo de impactos que os empre-
endedores precisam levar em consideração. Poss foi capaz de considerar, simulta-
neamente, os benefícios para os clientes (redução de custos para os municípios) e
o impacto ambiental (menos emissões de poluentes), sem desprezar a busca pelo
lucro ou privilegiar um aspecto mais do que o outro.
78
1 Revista americana com foco editorial em inovação e tecnologia, ethonomics (economia ética), liderança e design – disponível em:
<http://fastcompany.com>.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
79
O primeiro passo é avaliar a ideia segundo dois critérios: impacto e viabilidade. Para
medir o impacto, imagine que você tem na mão uma varinha mágica, capaz de concre-
tizar qualquer ideia em questão de segundos. Então, reúna todas as ideias apresen-
tadas por seus sócios e funcionários e responda às questões a seguir. Qual dessas
ideias teria mais impacto sobre os lucros da empresa? Qual delas ajudaria o negócio
a crescer? Usando esse critério, classifique as ideias em alto impacto, impacto médio
e baixo impacto.
Depois, passe para a viabilidade. Avalie o grau de dificuldade de cada proposta. Quan-
to custa colocar a ideia em prática? Com que rapidez isso pode ser feito? Sua empre-
sa tem capacidade e conhecimento para implementá-la? Qual a complexidade da sua
execução? Usando esses critérios, classifique as ideias em alta viabilidade, viabilida-
de média ou baixa viabilidade. Juntando as duas avaliações, você poderá classificar
as ideias em quatro tipos.
Vencedoras
São as que têm alto impacto e alta viabilidade. Coloque esses projetos na rua ime-
diatamente.
Corretas
São ideias fáceis de executar, mas que não terão alto impacto sobre a situação da
empresa. Você pode até colocar em prática, mas não deve ser sua prioridade.
Nocivas
São ideias de baixo impacto e baixa viabilidade, ou seja, difíceis de realizar. Jogue fora
imediatamente, para evitar o desperdício de recursos.
Malucas
Apresentam baixa viabilidade, mas teriam um alto impacto sobre os lucros e o cresci-
mento da empresa. A maioria dos empreendedores tende a descartar esse tipo de pro-
jeto, pois acha que são uma perda de tempo. Já os mais ousados se debruçam sobre
essas ideias, investindo tempo e recursos para torná-las realidade. Eles descobriram
que a verdadeira fórmula da inovação está em transformar ideias “malucas” em ideias
“vencedoras”.
80
COMPONENTES BÁSICOS
DO MERCADO
Mercado consumidor:
99 Pessoas ou empresas
MERCADO que buscam bens e
serviços para satisfazer
Mercado é a relação às suas necessidades e
entre a oferta – expectativas e serviços.
pessoas ou empresas
que desejam vender Mercado fornecedor:
bens e serviços – e a 99 Pessoas ou empresas
procura (demanda) – que vendem bens e
pessoas ou empresas serviços.
que querem comprar Mercado concorrente:
bens ou serviços. 99 Pessoas ou empresas
que buscam vender
bens e serviços para
os mesmos clientes
que um determinado
empreendimento.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
81
Ambiente interno: os fatores internos são aqueles que são controláveis pelo
empreendedor, pois se referem ao ambiente interno da atividade desenvolvida;
ASPECTOS DE ANÁLISE NO
AMBIENTE EXTERNO
99 Aspectos econômicos
globais e locais;
99 Fornecedores;
99 Concorrentes; ASPECTOS DE ANÁLISE
99 Clientes; NO AMBIENTE INTERNO
99 Estrutura;
99 Legislação;
99 Organização;
99 Características do
setor de atuação: 99 Pessoas;
cadeia de suprimentos, 99 Processos;
tendências, inovação; 99 Gestão;
99 Sustentabilidade; 99 Outros.
99 Acesso a linhas de
financiamento;
99 Aspectos naturais e
geográficos;
99 Outros.
82
Valor agregado
Agregar valor ao produto ou serviço é exceder a sua finalidade básica, sendo que tal
valor é determinado pela percepção do cliente.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
83
Pesquisa - como identificar
oportunidades no mercado
Conforme orientações do professor, realize uma pesquisa junto a um empreendedor sobre
o processo de identificação de oportunidades. Utilize este espaço para registrar como a
pesquisa será realizada e outras anotações.
84
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
85
Negociação
Registre suas observações sobre a atividade de negociação que você realizará.
86
A toda hora estamos negociando na nossa vida. Negociamos até com nós mesmos.
Negociar é escolher entre diferentes alternativas, buscando a harmonia nos diferen-
tes interesses de todas as partes envolvidas.
Cada vez que você tiver uma negociação para fazer, defina tais parâmetros:
O que quero?
O que eu posso?
O que eu devo?
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
87
Quando o negociador descobre o que a outra pessoa realmente quer, ele pode mos-
trar-lhe a maneira de obtê-lo, enquanto, ao mesmo tempo, consegue o que quer. Ou
seja, união para encontrar uma forma em que os dois ganham.
Em uma negociação, você deve tomar alguns cuidados. Procure, sempre que possível:
✓✓ Evitar ser inflexível em coisas que não têm importância e podem ser
adequadas;
✓✓ Separar o que está sendo negociado das pessoas que estão negociando;
✓✓ Negociação não é uma disputa que exige um vencedor. Não acuse a pessoa
durante a negociação; exponha fatos e argumentos relacionados ao objetivo
dela;
✓✓ Persistir em resolver a situação com base nos fatos. Não traga para o
espaço de negociação antigos ressentimentos ou mágoas;
1º desafio: percepção
Dicas:
88
2º desafio: emoção
Dicas:
✓✓ Utilize gestos simbólicos e também cuide para sua postura não demonstrar
irritação ou incredulidade.
3º desafio: comunicação
Dicas:
✓✓ Ouça ativamente;
✓✓ Fale sobre você mesmo, seus argumentos e pontos de vista, não sobre os
outros;
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
89
Outras dicas:
Evite quatro obstáculos principais que inibem a criação de opções durante uma ne-
gociação:
1) O julgamento prematuro;
90
❍❍ Raciocine e esteja aberto aos raciocínios sobre quais padrões são mais
apropriados e como deveriam ser aplicados.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
91
Comunicação eficaz
Registre suas observações sobre a atividade de comunicação da qual você participará.
92
Ela pode ser verbal ou não verbal. Estudiosos afirmam que é impossível não se co-
municar; até o silêncio é uma forma de comunicar que não se quer comunicar, por
exemplo. A comunicação não só transmite informação, mas, ao mesmo tempo, re-
presenta um comportamento.
Lembre-se de que a comunicação é o resultado que você obtém dela. Isto significa
que transmitir uma informação pura simplesmente não significa que tenha sido en-
tendida pelo outro: preste atenção no “feedback” (retorno) que esta pessoa lhe dá
como consequência do que você quis transmitir.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
93
Diante de interlocutores (seja um ou sejam dois, dez, 20, 100, 500 ou mais), evite:
✓✓ A mania de colocar a mão no bolso, mexer nos botões da roupa, lápis, folha
de papel ou no fio do microfone;
✓✓ Roer unhas;
✓✓ Tossir, pigarrear;
✓✓ Olhar através das pessoas, para um ponto no infinito, para o chão, ou fechar
os olhos constantemente;
✓✓ Gesticular em demasia;
Escolha o vocabulário ideal aos interlocutores. Se você não estiver falando a peritos,
use termos simples, de fácil entendimento. Evite linguagem muito técnica (se tiver
que utilizar termos técnicos ou estrangeiros, explique-os);
✓✓ Evite gírias, a não ser que você esteja falando a um grupo para o qual esta
seja a melhor forma de comunicação;
94
✓✓ Evite frases dúbias e vagas, como: “talvez sim”, “pode ser”, “quem sabe”.
Argumente suas colocações;
❍❍ Trocar o “l” pelo “u” ou omitir sílabas. Por exemplo: “Brasiu”, “pcisa”.
Na comunicação interpessoal:
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
95
Na comunicação escrita:
✓✓ Evite abreviamentos;
96
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
97
Empreendedores e oportunidades
Anote suas conclusões com as apresentações das pesquisas sobre como empreende-
dores identificam oportunidades.
98
INOVAÇÃO
Mas a inovação não acontece do nada. Para inovar é preciso entender o que é inova-
ção.
É importante sempre se lembrar de que uma ideia criativa nem sempre é uma inova-
ção. Pode acontecer que a ideia não esteja coerente com o perfil do seu cliente ou
até mesmo pode não ser o momento ideal para aplicá-la.
Somente se considera que houve inovação quando as ações trazem resultados im-
pactantes em relação ao crescimento e aos resultados para a atividade empreende-
dora. Avalie sempre este aspecto.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
99
Tipos de inovação
1) Inovação de produto
2) Inovação de marketing
Inovações de marketing são voltadas para melhor atender às necessidades dos con-
sumidores, abrindo novos mercados, ou reposicionando o produto de uma empresa
no mercado, com o objetivo de aumentar as vendas.
100
3) Inovação de processo
4) Inovação organizacional
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
101
COOPERAÇÃO
As respostas não são simples e exigem cada vez mais criatividade e inovação para
serem encontradas, quer no campo gerencial e tecnológico, quer na relação das em-
presas com o mercado.
102
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
103
✓✓ Compartilhar recursos;
✓✓ Combinar competências;
Trabalhar junto significa lidar com tempos e práticas muitas vezes diferentes entre as
pessoas. Interagir com necessidades e interesses diferentes. Acomodar essas ques-
tões contemplando todas as pessoas exige diálogo, habilidade pouco necessária em
uma sociedade amplamente competitiva.
104
Abrir-se ao novo é ampliar a relação com o mundo. A cooperação é tão antiga como
a humanidade e sua prática como diferencial competitivo é uma das grandes novi-
dades do nosso tempo.
[...]
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
105
Há uma consciência maior, principalmente dos consumidores, que buscam mais qua-
lidade e eficiência em produtos e serviços, provenientes de práticas sustentáveis, e
atendimento satisfatório.
2 Roberto Smeraldi, em seu artigo neste livro, aponta para uma nova dinâmica nas relações de consumo e produção: “a sociedade evolui
para o abandono do conceito de vida útil e a criação de modelos circulares, com fases de uso e de transformação dos recursos. Tais
modelos se baseiam na logística reversa e na progressiva substituição da compra de produtos pelo fornecimento de serviços: tendem
assim a transformar o resíduo, qualquer que seja, em insumo que fertiliza novas cadeias”.
106
Desafios e oportunidades
Trata-se, portanto, não de uma moda passageira, mas de uma nova realidade que
veio para ficar. Compreender que sustentabilidade é pressuposto para competitivi-
dade implica acesso ao conhecimento técnico necessário à adequação do negócio,
o que envolve ecoeficiência nos processos, avaliação do ciclo de vida dos produtos,
gerenciamento de resíduos, relação com clientes, avaliação sistemática de fornece-
dores, desenvolvimento e utilização de indicadores de sustentabilidade.
Torna-se imperativo imprimir mais eficiência em tudo que se faz, de modo a manter
as fontes de riqueza e a sua sustentação socioeconômica. Esse não é um desafio
trivial; pelo contrário, requer profundas mudanças culturais, políticas e econômicas
em escala global. As oportunidades de novos negócios em virtude dessas tendências
são as mais diversas e ao alcance das MPE.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
107
TENDÊNCIAS
✓✓ Sentimento de brasilidade;
✓✓ Responsabilidade social;
108
✓✓ Prioridade à saúde;
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
109
Identificando oportunidades
na prática
Nesta atividade você exercitará a identificação de oportunidades e poderá contar com o
apoio de um grupo que será formado para este exercício.
Tenha sempre em mente, como um dos objetivos desta atividade, exercitar e fortalecer
comportamentos empreendedores no seu dia a dia.
Persistência
Comprometimento
Estabelecimento de metas
Busca de informação
Independência e autoconfiança
110
O que me agrada? O que me dá prazer em realizar? Com que tipo Quais são meus pontos fortes? O que eu sei fazer, já conheço,
de atividades me identifico e não me identifico? Vejo-me fazendo tenho de experiência, cursos na área ou formação específica?
o que na vida? Que valores são determinantes para minhas Quais são os aspectos que representam em mim um
decisões? diferencial competitivo?
__________________________________________________ __________________________________________________
_________________________________________________ _________________________________________________
_________________________________________________ _________________________________________________
__________________________________________________ __________________________________________________
_________________________________________________ _________________________________________________
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
111
112
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
113
Recursos subutilizados
114
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
115
O que eu já tenho (hoje) para começar uma atividade empreendedora? Quais as possíveis
fontes de recurso? Como pretendo dispor de recursos como tempo, motivação, energia
para tal atividade? Quais as possíveis parcerias?
____________________________________________________________________________
116
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
117
Escolham de três a cinco ideias de negócio vistas como oportunidades. As ideias seleciona-
das serão utilizadas em atividades futuras:
Ideia de negócio:
118
✓✓ Concorrentes;
✓✓ Disponibilidade de tecnologia/equipamento;
✓✓ Fonte de recursos;
✓✓ Parcerias possíveis;
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
119
ENCONTRO 4
Anotações empreendedoras
Utilize este espaço para anotar suas observações, suas conclusões, seus aprendizados
e o que mais julgar interessante com relação às atividades realizadas neste encontro.
120
Ideias de negócios
Critérios de
Avaliação
Demanda de clientes +
Disponibilidade de
matéria- prima
+
Disponibilidade de
tecnologia/equipamento
+
Disponibilidade de pessoal
necessário
+
Recursos necessários +
Fonte de recursos +
Parcerias possíveis +
Legislação específica do
setor e apoio governamental
+
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
121
Ideias de negócios
Critérios de
Avaliação
Concorrentes -
Total =
+ Fatores críticos
de sucesso
(escreva um texto)
Sistema de pontuação:
5 Extremamente alto
4 Alto
3 Médio
2 Regular
1 Fraco
0 Nulo
122
Demanda
Disponibilidade de matéria-prima
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
123
Disponibilidade de tecnologia/equipamentos
124
Considerando o aspecto de investimento financeiro, tal critério pode ser avaliado le-
vando-se em consideração que o investimento necessário pode ou não ser bancado
pelo próprio empreendedor ou por meio de ajuda financeira externa. Critérios propos-
tos conforme sistema de pontuação:
✓✓ 5 – totalmente autofinanciado;
Parcerias possíveis
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
125
Concorrentes
Análise mais refinada de exclusão e inclusão das variáveis centrais que afetam o su-
cesso ou o fracasso da ideia de projeto, o que é chamado de fator crítico de sucesso.
Este fator é um determinado fator particular do projeto identificado que é muito im-
portante para o sucesso daquele projeto específico. Se este fator determinado esti-
ver faltando, for inadequado ou não tiver sido levado propriamente em consideração,
pode indicar que o projeto não será viável em sua execução.
O fator crítico de sucesso de um projeto pode ser qualquer um dos parâmetros já ava-
liados ou outro. Entretanto, o aspecto de análise que representar o fator do projeto
deve ser mais refinado ou caracterizado.
126
Adequação estratégica
Facilidade de implementação
Exposição ao risco
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
127
Custo/benefício
128
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
129
Análise 360 - um exercício
Existem muitas ferramentas de avaliação de oportunidades. Uma delas é a Análise 360º,
que integra várias abordagens sobre como avaliar ideias de negócios e como priorizar aque-
la que poderia representar a melhor oportunidade.
✓✓ Qual é o negócio?
130
Observações:
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
131
A partir de agora, é hora de pensar nas oportunidades de negócio que o grupo identificou e
analisá-las 360º.
A B
A B
Marque os pontos correspondentes à sua resposta para cada uma das questões da
Vocês podem realizar a Análise 360º preenchendo dois gráficos, um para cada ideia de negócio.
Opcionalmente, podem realização a Análise 360º das duas ideias em um mesmo gráfico,
assinalando as respostas ao lado dos pontos de respostas com as letras A e B, indicativas
de cada ideia de negócio.
Seja qual for a decisão do grupo, analisem com atenção os aspectos abordados na atividade.
Bom trabalho!
132
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
133
Observações:
134
Em seguida, é preciso avaliar o alcance de sua ideia de negócio. Ela, do jeito que foi
proposta, resolve um problema pontual, regional, nacional ou global?
A análise dos aspectos externos também implica a avaliação de quatro critérios pro-
postos pela McKinsey a respeito da avaliação de uma oportunidade de negócio. As-
sim, o problema que a sua ideia resolve tem:
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
135
Mesmo que você avalie com as maiores notas os aspectos externos de sua ideia de
negócio, ela pode não ser a melhor oportunidade para o seu perfil empreendedor.
Tina Seelig, professora de empreendedorismo da Universidade Stanford, destaca
que as melhores oportunidades de negócios para uma pessoa estão na interseção
de suas paixões pessoais com seus conhecimentos e com aquilo que o mercado
quer pagar. Nesse contexto, a ideia escolhida precisa ser avaliada de acordo com os
critérios pessoais a seguir. O problema que a ideia resolve:
136
Depois de responder às questões, volte e reflita como poderia melhorar sua nota de
avaliação. Com algum esforço mental, sua ideia inicial que atingiria milhares poderia
atingir milhões, se você pensasse em criar um sistema de franquia ou comércio pela
internet, por exemplo. O tamanho potencial de sua ideia pode ser ampliado drastica-
mente se você souber posicioná-la em um tipo de problema muito maior. Alexandre
Tadeu da Costa acreditou que o problema de as pessoas darem presentes era muito
maior do que o de comer chocolate.
Por isso, posicionou a Cacau Show como uma opção inteligente e criativa de presen-
tes. Assim, atingiu tanto as pessoas que querem comer chocolates quanto as que
querem dar bons presentes sem gastar muito.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
137
O óbvio simbólico
Por mais que você encontre a melhor oportunidade de negócio considerando os as-
pectos internos e externos, se isso não estiver fortemente associado a suas paixões
pessoais, a suas motivações intelectuais e à sua capacidade de realização, a ideia tende
a não representar a melhor ideia para o seu perfil empreendedor. Várias boas oportuni-
dades não deram certo não em função da ideia em si, mas de quem estava empreen-
dendo. Trabalhar muito por algo que não o inspire e motive não o levará muito longe.
Infelizmente (ou felizmente), esta ferramenta não é uma bola de cristal. Aliás, nenhu-
ma ferramenta de análise de oportunidades é uma bola de cristal. A melhor maneira
para prever seu futuro, é você mesmo criá-lo!
138
❍❍ Motivo da escolha;
❍❍ Oportunidades visualizadas;
Atenção!
Organize-se com seu grupo para trazer os materiais listados a seguir, que serão utilizados
no exercício em que você vivenciará o processo de design thinking, no próximo encontro:
✓✓ Copos plásticos;
✓✓ Revistas e jornais;
✓✓ Caixas de papelão.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
139
Pela pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM) 2010, percebe-se que nos paí-
ses com maior desenvolvimento econômico, a razão entre oportunidade e necessida-
de é superior à razão dos demais. Na Islândia, por exemplo, para cada empreendedor
por necessidade há outros 11,2 por oportunidade. Já países com menor desenvolvi-
mento econômico apresentam razões menores entre os empreendedores por opor-
tunidade e necessidade.
140
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
141
ENCONTRO 5
Anotações empreendedoras
Utilize este espaço para anotar suas observações, suas conclusões, seus aprendizados
e o que mais julgar interessante com relação às atividades realizadas neste encontro.
142
Bom proveito!
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
143
Essa área tem se expandido, evoluído e auxiliado como pensar melhor um projeto,
como obter contribuições concretas a partir de situações reais, fazendo experiências
de forma mais inteligente, significativa e gratificante na tomada de decisão. O design
é um processo de raciocínio que resulta na construção de uma ponte entre os espa-
ços problema e solução.
A prática do design thinking estimula olhar para alguma coisa que não esteja na cena,
deslocando o olhar do cenário convencional para vislumbrar cenários futuros. É um
processo exploratório que pode conduzir a descobertas inesperadas e inovadoras ao
longo da sua trajetória. Visa atender às necessidades das pessoas com aquilo que é
tecnologicamente viável e que, por uma adequada estratégia de negócios, transfor-
ma tais necessidades em valor para o cliente e em uma oportunidade de mercado.
O design thinking agrega métodos e técnicas que permitem criar novos conhecimen-
tos dentro da organização, além de auxiliar as empresas a identificarem novas opor-
tunidades para inovar em seus negócios pela compreensão dos desejos das pessoas,
gerando valor.
144
1) Descobrir
Momento em que se ajustam os olhares sobre o tema proposto. Via de regra, define-
-se um tema ou uma palavra para que o grupo discorra sobre todos os conceitos e as
ideias que lhes vêm à mente, mantendo sempre no pensamento as pessoas. Lem-
bre-se que é um momento de divergência, de colher opiniões contrárias e diferentes.
É a quantidade que importa. Quanto mais ideias, mais rico será o exercício.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
145
2) Definir
c) Mapa de empatia: uma vez que se identifica o problema, o grupo definirá quem
tem o problema, criando um arquétipo ou uma persona, que represente o seg-
mento de pessoas com os mesmos problemas. Neste momento, identificam-se
detalhes do potencial cliente, descrevendo o que ele pensa, como ele observa o
seu entorno, o que ele escuta da família, no trabalho e dos amigos, como ele se
comporta, quais são as necessidades e as dores etc.
3) Desenvolver
146
4) Entrega
Destaca-se que, enquanto uma ideia não é colocada no mercado e alguém pague por
ela, tem-se apenas uma invenção. Para ser inovação, tem que fazer sentido para as
pessoas e ter um valor comercial. A inovação exige que as empresas adotem a ex-
periência real de seus clientes e estimulem o pensamento divergente entre os seus
colaboradores. É preciso haver uma disposição de se relacionar com os problemas e
de se identificar uma grande variedade de soluções com base nas necessidades do
consumidor.
Um dos maiores desafios das pessoas na definição de uma cultura de inovação é re-
conhecer o fracasso que geralmente vem associado à punição. Porém, para o design
thinking, fracasso é reconhecer que uma ideia não deu certo, aprender rapidamente
com as falhas e seguir em frente, para desenvolver, o quanto antes, novas ideias,
colocá-las em prática por protótipos ágeis e testá-las novamente até acertar. O gran-
de desafio dos gestores é reconhecer quando um fracasso pode ser um ponto de
sucesso.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
147
A seguir, apresentamos um exemplo trazido por Tim Brown (2015), da IDEO – consi-
derada uma das mais revolucionárias e inovadoras agências de design no mundo –,
relatando uma experiência em que o design thinking contribuiu para o aterro sanitário
das cidades.
148
Este exemplo simples é apenas uma amostra do que este método permite descobrir,
partindo de um ambiente-problema e chegando, pela experimentação e prototipa-
gem, a soluções antes não imaginadas.
Problemas complexos exigem soluções simples e que façam sentido para as pessoas!
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
149
Vivência de design thinking
Nesta atividade, você vivenciará o processo de design thinking.
Bom trabalho!
150
Sua missão: desenhar algo útil e significativo para o seu colega de dupla.
Entrevista: peça para seu parceiro se apresentar, descrevendo o problema que ele tem
para levar o material de estudo às aulas do curso de empreendedorismo.
Anote tudo, registre as suas descobertas e aquilo que mais chamou a sua atenção.
Após transcorridos 5 minutos, inverta os papéis e o seu colega de dupla passará a ser
o entrevistador e você o entrevistado.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
151
Sintetize o que você aprendeu. Faça um texto descrevendo seu colega, dizendo seu
nome, que características pessoais ele possui, que necessidades ele precisa resolver, o
que ele gosta e o que o fará se sentir muito bem.
152
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
153
Escreva as novas coisas que você aprendeu sobre as soluções apresentadas e a abordagem
para alcançar as necessidades do entrevistado.
154
Para saber mais sobre como elaborar um protótipo, assista aos vídeos que se seguem:
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
155
Compartilhamento das
descobertas e aprendizagens
Acompanhe as orientações do professor e registre suas descobertas e aprendizagens na
realização da vivência de design thinking.
Sucesso!
156
______. Design thinking: uma metodologia poderosa para decretar o fim das velhas ideias.
Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
______. What does design thinking feel like? [s.l.]: [s.d.]. Disponível em: <www.design-
thinking.ideo.com>.
BURTET, Douglas. Manual Oficina Negócio Bom é para Dois. Brasília: Sebrae, 2011.
CID, Thiago. Uma pequena fábula sobre como empreendedores percebem oportunidades.
Papo de Empreendedor, 20 set. 2011. Disponível em: <http://www.papodeempreende-
dor.com.br/sustentabilidade/uma-pequena-fabula-sobre-como-empreendedores-percebem-
-oportunidades/trackback/>.
DESIGN COUNCIL. A study of the design process. London: Design Council, 2007a.
______. Eleven lessons: managing design in eleven global companies. Desk research re-
port. London: Design Council, 2007b.
FAITH POPCORN. Trendbanks. Tradução livre. [s.l.]: [s.d.]. Disponível em: <http://www.fai-
thpopcorn.com.br>.
FERNANDES, Flávia. Educação para a sustentabilidade. In: SANTOS, Carlos Alberto. (Org.).
Pequenos Negócios – Desafios e Perspectivas – Desenvolvimento Sustentável. Brasí-
lia: Sebrae, 2012. v. 2.
FISHER, Roger; PATTON, Bruce; URY, William L. Como chegar ao sim. 2. ed. São Paulo:
Imago, 2005.
FONTES, Bruna Martins. 50 tendências para explorar. Revista Pequenas Empresas &
Grandes Negócios, edição 276, jan./2012. Disponível em:
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
157
<http://revistapegn.globo.com/Revista/Common/0,,EMI287145-17152,00-TENDEN-
CIAS+PARA+EX- PLORAR.html>.
GIL, Marisa Adán. Como saber se uma ideia é maluca ou genial? Papo de Empreendedor,
6 mar. 2012. Disponível em: <http://www.papodeempreendedor.com.br/inovacao/como-sa-
ber-se-uma-ideia-e-maluca-ou-genial/trackback/index.html>.
MALHEIROS, Rita de Cássia da Costa; FERLA, Luiz Alberto; CUNHA, Cristiano J. C. de Al-
meida. (Orgs.). Viagem ao mundo do empreendedorismo. Florianópolis: IEA, 2003.
OROFINO, Maria Augusta. Inovação + design thinking. [s.l.]: [s.n.], 2011a. Disponível em:
<https://innovaservice.wordpress.com/category/design/page/17/>.
158
______. Design thinking – gerando inovação. [s.l.]: [s.n.], 2015. Disponível em: <http://
www.pieracciani.com.br/blog/area-conhecimento/design-thinking-gerando-inovacao/>.
RIBEIRO, Julio; KAKUTA, Suzana. Trends Brasil: tendências de negócios para Micro e Pe-
quenas Empresas. Porto Alegre: Sebrae RS, 2007.
______. Manual Oficina Planeje sua Empresa. São Paulo: Sebrae SP, 2007b.
______. Observatório das MPE: cenários para MPE 2009-2015 – principais resultados. São
Paulo: Sebrae SP, 2008.
______. Manual Autodesenvolvimento: como se tornar um líder eficaz. São Paulo: Sebrae
SP, 2009b.
______. Inovação: como tornar sua empresa inovadora? São Paulo: Sebrae SP, 2011a.
______. Manual Oficina SEI Sebrae Empreendedor Individual: vender. Brasília: Sebrae,
2011b.
______. O negócio é acreditar. Eles acreditam – Miguel Rieth. Brasília: Sebrae, 2012. Dis-
ponível em: <http://www.onegocioeacreditar.com.br/eles-acreditam-tab03.html>.
______. TV Sebrae. Inovação/faça diferente – energia suína. Brasília: Sebrae, [s.d.]a. Dis-
ponível em: <http://tv.sebrae.com.br/home/sebraenacional/program/723/energia-suina>.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
159
3
aluno_disciplina_empreendedora.indd 160 24/08/16 16:31
MODELO DE NEGÓCIOS
APRESENTAÇÃO
Caro(a) aluno(a),
5 4 horas 20 horas
✓✓ Modelo de Negócios:
❍❍ Identificação de oportunidades;
Este manual foi desenvolvido com a seguinte lógica: primeiramente, apresenta a visão geral
do Quadro de Modelo de Negócios, semelhante ao mapa de um território, para promover a
compreensão do todo, e, em um segundo momento, o seu detalhamento em partes, apro-
fundando o conhecimento do uso adequado da metodologia.
162
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
163
Modelo de negócios e quadro
de modelo de negócios
Você assistirá a uma apresentação para conhecer o conceito de Modelo de Negócios e
realizará uma leitura compartilhada para identificar a metodologia do Quadro de Modelo de
Negócios.
Bom proveito!
164
Antes dos anos 1990, raramente o termo Modelo de Negócios era encontrado na
literatura acadêmica, e, até hoje, notamos que isto ainda é muito escasso.
Assim, o tema começou a ser estudado em universidades e pouco a pouco foi incor-
porado no ambiente organizacional.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
165
166
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
167
1) Segmento de clientes
Procure identificar uma categoria de clientes pelos seus hábitos ou costumes. Evite
segmentar por faixa etária ou classe social. Agrupe-os pelos gostos ou pelas neces-
sidades em comum.
2) Proposta de valor
A proposta de valor descreve o pacote de produtos e serviços que criam valor para
um segmento de clientes específicos. É o motivo pelo qual os clientes mudam de
uma empresa em detrimento de outra. Deve resolver necessidades ou dores dos
segmentos de clientes atendidos.
Exemplo: oferecer alimento de forma variada e diversifica, por meio de pizzas sabo-
rosas e diferenciadas.
3) Canais
O bloco dos canais descreve como uma organização interage com o segmento de
cliente para a entrega da proposta de valor. Identifica os principais meios físicos de
contato com os clientes, seja na fase de aquisição, seja na de manutenção ou no
pós-venda.
Este bloco descreve os tipos de relacionamentos que cada empresa pretende estabele-
cer com segmentos específicos de clientes. O tipo de relacionamento pretendido deve
ficar definido, podendo variar entre um sistema automatizado até o contato pessoal.
168
O fluxo de receita representa o dinheiro que uma empresa gera a partir de cada seg-
mento de cliente. Compete à organização questionar qual o valor que cada segmento
de clientes está disposto a pagar. Pode ser por diferentes maneiras: taxa de uso,
leasing, venda de produtos, assinatura, aluguel, publicidade e propaganda, licencia-
mento, comissão etc.
6) Recursos principais
7) Atividades-chave
As atividades principais são aquelas que são necessárias e imprescindíveis para uma
adequada entrega da proposta de valor. Normalmente começam com um verbo de
ação, conforme o que se segue.
Resolução de problemas
Produção
Plataformas ou redes
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
169
8) Parcerias principais
9) Estrutura de custo
A ferramenta exige respostas integradas. Por isso, o que é escrito em uma parte deve
fazer sentido com as demais. Isto obriga o empreendedor a visualizar seu negócio de
forma sistêmica e integrada. Por ser mais visual, permite que outras pessoas – espe-
cialistas, mentores, investidores – comentem as respostas dos empreendedores de
forma mais abrangente.
170
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
171
172
Sucesso!
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
173
174
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
175
Percepção de um modelo de negócios
Acompanhe as orientações do professor e reforce o seu aprendizado sobre Modelo de Ne-
gócios.
Bom estudo!
176
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
177
ENCONTRO 2
Anotações empreendedoras
Utilize este espaço para anotar suas observações, suas conclusões, seus aprendizados
e o que mais julgar interessante com relação às atividades realizadas neste encontro.
178
Hand Talk: startup brasileira que está conectando pessoas surdas por meio do uso
de Libras – linguagem para surdos e mudos. Endereço: <https://www.youtube.com/
watch?v=GL4rZhtF9VY>;
Programa Vivenda: empresa que proporciona melhor qualidade de vida, por meio
de reformas de residências a baixo custo. Endereço: <https://www.youtube.com/
watch?v=tHwrskcViEE>.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
179
Modelo de negócios:
identificação de oportunidades
Registre suas observações sobre a atividade que você realizará em grupo – a 1ª etapa da
elaboração do Modelo de Negócios: identificação de oportunidades.
180
Sucesso!
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
181
✪✪ TEXTO
Para Vinod Khosla, empresário e investidor americano, todo grande problema pode
ser uma grande oportunidade de negócio, e toda oportunidade de negócio deve re-
solver um problema (SEBRAE, 2013c).
A partir dessa fala, podemos afirmar que as pessoas não querem uma furadeira, mas
sim o resultado que este equipamento pode apresentar para a solução dos seus pro-
blemas.
182
Para descrever essa função – o desejo das pessoas em adquirir um produto ou con-
tratar um serviço que resolva o seu problema, pois sozinhas não poderiam solucioná-
-lo –, Clayton M. Christensen, professor da Harvard Business School, cunhou o termo
em inglês the job to be done, que, traduzido para o português, significa o trabalho
a ser realizado.
Isto quer dizer que quando um cliente adquire um produto ou um serviço, não es-
tamos vendendo tal produto ou serviço, mas sim o resultado que ele proporciona a
esta pessoa.
Vamos imaginar um serviço de van para levar e buscar crianças em atividades ex-
traclasses, tais como: aula de natação, ballet ou inglês. Normalmente, os pais estão
ocupados em seus compromissos profissionais e não dispõem de tempo para trans-
portar seus filhos. Contratar um motorista particular pode ficar muito caro e dispen-
dioso, impedindo que as crianças participem destas atividades. Assim, os pais ou
responsáveis preferem comprar ou contratar o serviço oferecido por uma empresa
de van, pois ele resolve melhor as suas necessidades do que um motorista particular.
Assim, the job to be done, ou o serviço a ser realizado neste exemplo, é transportar
crianças em segurança entre a sua residência até o local das atividades, por meio de
um serviço de van, liberando os pais ou responsáveis para os seus compromissos
profissionais. O resultado que estamos adquirindo é a tranquilidade dos pais, a satis-
fação das crianças e a segurança que o serviço proporciona.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
183
Observe que:
184
Sucesso!
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
185
✪✪ Texto
1) Tarefas do cliente
São as tarefas que o cliente executa sem a solução proposta por você – produto
e/ou serviço –, que descrevem como ele se resolve no seu dia a dia.
Para entender melhor esse aspecto, é preciso se colocar no lugar do cliente, ob-
servando os itens que se seguem:
✓✓ Tarefas sociais: são as tarefas que descrevem como os clientes querem ser
reconhecidos pelos seus pares, colegas de trabalho ou familiares. Exemplos:
ser reconhecido como bom profissional ou como um bom amigo;
186
2) Dores
3) Ganhos
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
187
✪✪ ATIVIDADES
✓✓ A gravidade das dores – inicie pela mais dolorida e finalize pela menos
dolorida;
188
Bom trabalho!
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
189
✪✪ TEXTO
1) Produtos e serviços
190
✪✪ ATIVIDADES
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
191
192
✓✓ Copos plásticos;
✓✓ Revistas e jornais;
e fita-crepe;
bastão, cola líquida, barbantes
✓✓ Tesouras, cola em
xturas;
pé is co lor ido s, em diferentes formatos e te
✓✓ Folhas de pa
gerante;
e canudinhos para refri
✓✓ Palitos de madeira
r;
✓✓ Massa para modela
de po nta porosa;
✓✓ Canetas coloridas
de ce ra;
✓✓ Lápis de cor e giz
✓✓ Caixa de papelão.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
193
ENCONTRO 3
Anotações empreendedoras
Utilize este espaço para anotar suas observações, suas conclusões, seus aprendizados
e o que mais julgar interessante com relação às atividades realizadas neste encontro.
194
Bom estudo!
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
195
✪✪ TEXTO
Observe que adotar alguns padrões nos auxilia a entender as dinâmicas dos Mode-
los de Negócios, bem como estes padrões servem como fonte de inspiração para a
criação de um novo Modelo de Negócios.
Publicidade e propaganda
De um lado o modelo é projetado para atrair usuários com conteúdo, produtos e ser-
viços gratuitos. De outro, a geração de receita é proveniente da venda de espaços
de publicidade.
Modelo freemium
Uma junção das palavras em inglês free – que significa gratuito – e premium – que
significa especial –, o modelo freemiun apresenta um conjunto de produtos básicos
gratuitos com serviços pagos. É caracterizado por uma grande base de usuários que
se beneficiam do uso gratuito, e cerca de 10% de usuários que pagam pelos serviços.
196
São Modelos de Negócios baseados em plataformas múltiplas que têm como fim
reunir dois ou mais grupos interdependentes e distintos de clientes, em que um
acontece somente se o outro existir. A plataforma proporciona valor, ao facilitar a
interação entre os diferentes grupos de usuários.
Cauda longa
O padrão cauda longa – expressão criada por Chris Anderson (2006) – representa a
força de segmentos de clientes altamente identificados, ou seja, um grande público
que deseja produtos muitos específicos e em pequenas quantidades, gerando um
grande volume no todo. Este Modelo de Negócio exige como recurso-chave uma
plataforma de sistema muito robusta, para receber todas as transações comerciais
inerentes ao padrão.
Modelo aberto
Este termo teve origem a partir do conceito de inovação aberta, criado por Henry
Chesbrough (2012) – escritor, professor e diretor executivo do Centro de Inovação
Aberta, da Universidade de Berkeley, nos Estados Unidos.
Os Modelos de Negócios abertos são aplicados pelas empresas para criar e capturar
valor a partir da colaboração com os clientes e sócios externos.
Esse processo pode acontecer tanto de dentro para fora da empresa, explorando no-
vas ideias propostas por ela em conjunto com os clientes e parceiros, como de fora
para dentro, aplicando as sugestões recebidas dos clientes.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
197
Deste modo, é melhor encontrá-las, conectar-se com elas e se inspirar naquilo que
cada uma sabe fazer em particular.
Exemplo: a Natura, empresa brasileira de produtos de beleza, que criou uma rede
de pessoas interessadas em contribuir com sugestões e participar de sessões de
cocriação organizadas por ela.
198
Sucesso!
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
199
✪✪ Dicas!
✓✓ Tipos de protótipos:
200
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
201
202
✓✓ Importância da prototipagem:
❍❍ Testar possibilidades;
❍❍ Para saber mais sobre como elaborar um protótipo, assista aos vídeos que se
seguem:
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
203
ENCONTRO 4
Anotações empreendedoras
Utilize este espaço para anotar suas observações, suas conclusões, seus aprendizados
e o que mais julgar interessante com relação às atividades realizadas neste encontro.
204
Bom trabalho!
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
205
206
Sucesso!
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
207
✪✪ Dicas!
✓✓ Para isto, é fundamental ter um Plano de Ação, para que periodicamente essas
hipóteses sejam levadas a campo e testadas uma a uma, até que possam ser
consideradas como esgotadas. Isto é, até que seu Modelo de Negócios tenha um
volume de clientes que o sustente;
208
❍❍ Eventos: são encontros presenciais, com um tema específico que tem por
objetivo reunir pessoas interessadas em gerar relacionamentos ou negócios.
Existem eventos de diferentes naturezas, com destaque para os eventos
empresariais e de negócios;
❍❍ Visitas técnicas: são visitas realizadas ao cliente final, com hora marcada e
com uma pauta de trabalho específica, com o objetivo de gerar negócios;
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
209
210
Bom trabalho!
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
211
Responda às questões que se seguem, para validar as hipóteses do melhor canal para
distribuição dos seus produtos e serviços:
1) Por meio de quais canais seus clientes poderão comprar seus produtos ou serviços?
2) Como o canal deverá ser idealizado para que seus clientes cheguem até os seus
produtos e serviços?
5) A partir das análises identificadas sobre os ambientes interno e externo, qual o melhor
canal que poderá ser utilizado para ganhar da concorrência?
7) Como criar um protótipo para testar este canal? Qual o custo mínimo viável para teste
do canal selecionado?
212
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
213
Técnica de apresentação
do modelo de negócios
Nesta atividade, você realizará uma leitura compartilhada para compreender o passo a pas-
so da técnica pitch.
Bom estudo!
214
Neste contexto, resgata-se a velha forma de narrativa ou a antiga arte de contar his-
tórias, para compartilhar conhecimentos de uma forma mais significativa e estimular
a curiosidade de quem recebe a informação.
Este roteiro deve ser ajustado e adaptado em função do público ouvinte, das carac-
terísticas do evento em que será apresentado, do tempo disponível e do estágio em
que seu negócio se encontra. Ajuste-o às necessidades específicas de cada momen-
to e situação.
Lembre-se que seu pitch não precisa ter todas as informações do seu negócio. O
mais importante é despertar o interesse do ouvinte para que ele tenha o desejo de
conhecer mais sobre o seu negócio.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
215
Faça uma breve descrição sobre você, dizendo o seu nome e o nome do negócio
que apresentará em seguida;
216
2) Narrativa: estruture o seu pitch como se elaborasse uma narrativa. Conte uma
história que faça sentido para quem está ouvindo;
3) Tom de voz: como quem conta uma história, destaque os pontos relevantes,
mudando a nuance da voz e enfatizando os pontos fortes da proposta. Use
frases contagiantes – uma retórica, uma imagem, uma história, um bom
exemplo ou uma informação excitante;
6) Preparação: treine antes com amigos e em outros locais. Treine, treine, treine.
Grave e assista a sua própria apresentação, antes do evento;
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
217
10) Atitude: demonstre segurança, tranquilidade e paixão pelo que você está
expondo;
11) Finalização: com uma frase ou imagem, deixe o público com muita vontade de
fazer parte do projeto. Agradeça a todos.
218
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
219
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
ANDERSON, Chris. A cauda longa: do mercado de massa para o mercado de nicho. São
Paulo: Elsevier Editora, 2006.
ANJOS DO BRASIL. Como elaborar um pitch de sucesso. [s.l.]: [s.d.]. Disponível em:
<http://www.anjosdobrasil.net/pitch.html>.
BLANK, Steve; DORF, Bob. Startup: Manual do Empreendedor – o guia passo a passo para
construir uma grande companhia. Rio de Janeiro: Alta Books, 2014.
CHRISTENSEN, Clayton. The job to be done. [s.l.]: [s.d.]. Disponível em: <https://www.
youtube.com/watch?v=f84LymEs67Y>.
CHRISTENSEN, Clayton; COOK, Scott; HALL, Taddy. What customers want from your
products. [s.l.]: [s.n.], 2015. Disponível em: <http://hbswk.hbs.edu/item/5170.html>.
EXAME ON-LINE. 7 dicas para fazer um pitch de sucesso. [s.l.]: [s.d.]. Disponível em:
<http://exame.abril.com.br/pme/noticias/7-dicar-para-fazer-um-pitch-de-sucesso>.
HOY, Amy. How do you create a product who people want to buy. [s.l.]: [s.d.]. Disponível
em: <https://unicornfree.com/2013/how-do-you-create-a-product-people-want-to-buy>.
IDEIA DE MARKETING. A teoria jobs to be done. [s.l.]: [s.d.]. Disponível em: <http://
www.ideiademarketing.com.br/2014/07/11/a-teoria-jobs-to-be-done-e-como-ela-pode-mu-
dar-a-maneira-como-voce-enxerga-sua-vida/>.
MARTINS, Antonio Castilho. Como validar seu Modelo de Negócios para começar bem:
Manual do Participante. Brasília: Sebrae, 2014.
220
OSTERWARLDER, Alexander et al. Value proposition design. São Paulo: HSM do Brasil,
2014.
______; ______. Canvas da proposta de valor – versão em português. [s.l.]: [s.d.]b. Dispo-
nível em: <http://www.mariaaugusta.com.br/materiais-gratuitos/>.
RIES, Eric. A startup enxuta: como empreendedores atuais utilizam a inovação contínua
para criar empresas extremamente bem-sucedidas. São Paulo: Lua de Papel, 2012.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
221
______. Negócio certo. Brasília: Sebrae SC, [s.d.]. Disponível em: <http://www.negociocer-
tosebrae.com.br/>.
SPINA, Cassio. Como encontrar e abordar um investidor-anjo? In: GRANDO, Nei. (Org.).
Empreendedorismo inovador: como criar startups de tecnologia no Brasil. São Paulo: Évo-
ra, 2012.
____. O pitch (quase) perfeito – (mais) um guia prático de como conquistar investi-
dores e clientes para seu negócio. Versão Beta 2012. [s.l.]: [s.d.]. Disponível em: <http://
www.anjosdobrasil.net/pitch.html>.
222
Você vai descobrir agora como o inventor americano conseguiu transformar a vida de meio
milhão de crianças no mundo por meio do futebol. Esse inventor é um iluminado. Por meio
de uma bola, uma simples bola preparada para enfrentar os mais precários campos de fute-
bol do planeta. Uma bola indestrutível.
Diz o inventor: “eu acompanhava uma reportagem sobre um campo de refugiados na África
e fiquei chocado com uma cena em que crianças chutavam uma bola feita de lixo amarrado
com plástico. Aquilo me devastou. Foi como se tivesse tomado um tapa na cara”.
A primeira reação de Tim foi querer doar bolas convencionais para que as crianças jogassem
futebol. Ele conversou com sua esposa Lisa Jahhnigen e resolveram contatar os responsá-
veis pelo local. Eles descobriram que os campos eram tão ruins que as bolas furavam ou
estouravam com dois dias de uso.
1 Resenha baseada no texto “Histórias de uma bola”, de Guilherme Roseguini, disponível em: <http://especial.globoesporte.globo.com/
historias-de-uma-bola/>.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
223
Lisa afirma: “quando uma criança vive em uma situação daquelas de tanta dor, de tantas
perdas, ver uma bola estourar significa mais um desapontamento, mais uma frustração.
Não poderíamos fazer isso com elas”.
E não fizeram. Tim preferiu buscar uma solução definitiva para o problema: projetar uma
bola indestrutível. Projetou uma bola feita com plástico flexível e muito resistente, que co-
nhecia de projetos da indústria de calçados, acoplado a um sistema de entrada e saída de
ar constante, deixando a bola sempre calibrada. Assim, ela deforma quando pressionada e
depois volta ao estágio normal, sem jamais estourar. Fazia todo sentido, mas no papel. Tim
não tinha dinheiro para fabricar o protótipo e achou que o projeto morreria ali.
Foi aí que um astro da música passou a fazer parte dessa história. Durante os preparati-
vos para um Festival na Califórnia, Tim conheceu Sting, que tem no currículo mais de 100
milhões de discos vendidos. O inventor sabia do envolvimento daquele artista em causas
humanitárias e aproveitou a chance para descrever o projeto da bola.
Diz Tim: “o Sting interrompeu a conversa e disse: espera ai, você está me dizendo que sabe
como fazer uma bola que nunca estoura?”.
Tim disse que sim e Sting disse que era uma ideia importante para ajudar muita gente pobre
no planeta e se ofereceu para pagar.
Com o dinheiro o projeto decolou. As bolas viraram realidade em 2009 e rolaram perfeiti-
nhas primeiro nas instalações desportivas de um colégio na cidade de Oakland, nos Estados
Unidos. Ali funciona o projeto Futebol Sem Fronteiras, destinado a ajudar refugiados a se
integrarem na comunidade. Um deles é Yohannes Harish. Ao tomar contato com a novida-
de, ele imediatamente se lembrou do passado. Yohannes cresceu na Eritreia, país do leste
da África. Ali viveu até os 16 anos, quando migrou para a América com os pais em busca
de uma vida mais digna. Futebol sempre foi uma paixão de garoto, mas não havia bola que
sobrevivesse a campos tão castigados.
Diz Yohannes: “depois de duas semanas de uso elas sempre estouravam. Então enchíamos
as nossas meias com folhas e terra, amarrávamos com cadarço e fazíamos uma bola que
não estourava. Eu gostaria de ver se uma bola dessa sobreviveria naquelas condições”.
Era essa a questão. Submeter a bola a condições realmente difíceis. O problema nesse
caso é que os campos aqui são muito bons, planos, bem cuidados e não apresentavam
um desafio algum para a nova bola. Para testá-la de verdade, Tim precisava de algo muito
mais agressivo. Ele então entregou o produto recém-criado para os cachorros de o vizinho
brincarem. E tome dentadas.
224
Já parecia suficiente, mas o inventor foi além e atropelou-a com um carro que pesa 1.600
quilos e a bola voltou ao normal. Tim também esfaqueou a pobrezinha.
Tim diz: “note que eu fiz um buraco nessa bola com uma faca, um grande buraco e minha
mão cabe dentro, mas ela continua apta para uma criança brincar porque continua quicando”.
Pronto, agora ele sabia que a bola aguentava o tranco. Tim então criou, com sua mulher,
o projeto chamado Um Mundo do Futebol, e passou a buscar financiamento para produzir
bolas em grande quantidade e assim distribui-las pelo mundo, especialmente em zonas de
guerra, em comunidades carentes e em campos de refugiados.
Hoje o projeto já alcança 500 mil crianças em 158 países, sendo 45 na África, 42 na Europa,
33 na Ásia, quatro na Oceania e 35 nas Américas.
São locais como a comunidade de Santa Gertrudes em El Salvador, onde 60% da população
vive em situação de pobreza extrema. O campinho é cercado por arames farpados e a mole-
cada de lá já tinha até desistido de jogar futebol, tamanha a quantidade de bolas destruídas.
Quando Lisa visitou o local, foi logo fazendo testes para mostrar que tinha algo diferente. A
bola se encheu de ar e o ambiente de sorrisos.
Diz Lisa: “ter uma bola com a qual eles possam brincar em qualquer condição, muda total-
mente as perspectivas dessas crianças. Elas vão saber que aquilo é algo duradouro. Não
podemos subestimar o valor do ato de brincar, especialmente para quem vive em condições
tão desumanas”.
A ideia principal é justamente esta. Permitir que as crianças brinquem e pelo menos por
alguns instantes se esqueçam das dificuldades da vida. O foco não é o esporte profissional,
já que a bola não tem peso e nem dimensões oficiais. Mesmo assim, em alguns casos ela
chegou a ajudar atletas.
É o caso da experiência em Serra Leoa, na África. Lá, uma guerra civil iniciada em 1991 di-
zimou a população. Os conflitos cessaram só em 2002 e as cicatrizes ficaram. O país tem
milhares de amputados, gente que, apesar das dificuldades, não deixa de lado a vontade de
jogar futebol. O problema é que os campos da periferia da capital Freetown nem sempre
oferecem boas condições. Em uma das comunidades, a bola representou uma mudança de
expectativas.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
225
Lisa diz: “a bola simplesmente permitiu que o time treinasse mais vezes. Eles melhoraram
e venceram campeonatos e chegaram até a excursionar pelo exterior”.
Na maioria dos países, a bola chegou por meio de parcerias com ONG locais. Foi o que
ocorreu no Zanzibar, um arquipélago na costa da Tanzânia, na margem leste da África. Uma
região de contrastes: natureza rica e gente pobre. Mais da metade da população vive com
o equivalente a R$ 2,00 por dia. Eles adoram futebol e jogam com qualquer coisa que corra
nos campinhos maltratados e claro, se oferecer algo melhor eles trocam na hora. Por causa
de um pedido de uma ONG chamada Salve as Crianças, Zanzibar recebeu uma grande re-
messa: 20.000 bolas de uma só vez. O suficiente para fazer quase todas as crianças do país
terem a chance de brincar. Em pouco tempo foi possível até organizar um campeonato com
direito a festa, dança e estádio cheio.
Cada bola custa o equivalente a R$ 80,00. Elas são vendidas apenas no site da organização
de Tim. Para cada bola comprada, uma bola é doada para uma instituição voltada para crian-
ças carentes.
Tim diz: “nós fazemos uma bola. Simples assim. Não temos nenhum envolvimento com
política. Não nos metemos em outras questões. Não sou especialista em nada. Eu só quero
fazer cada vez mais bola, nada mais”.
Um pensamento simples, como a bola que ele criou. Porque as soluções muitas vezes não
precisam ser complexas. No fim das contas, Tim ajuda crianças a serem crianças. Não pa-
rece nada, mas é tudo.
226
Segmentos de clientes2
Objetivo
Desenvolver uma hipótese de quem são os clientes e quais problemas deles que serão
solucionados por seu produto ou serviço.
✓✓ Quem serão os usuários do produto, para quem você pretende vender no dia a
dia?
✓✓ Quem é o comprador que paga para ter o produto ou serviço que você pretende
entregar?
✓✓ Quem é o cliente que toma a decisão para ter o produto ou serviço? Exemplo: o
produto pode ser para o uso de crianças, mas quem decide a compra são os pais;
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
227
✓✓ O problema do cliente é importante para que ele adquira seu produto ou serviço?
3 Para mais informações sobre a definição de uma persona, leia o texto “Persona: como e por que criar uma para sua empresa”, dispo-
nível em: <http://resultadosdigitais.com.br/blog/como-e-por-que-criar-uma-persona-para-sua-empresa/>.
228
✓✓ Mapas de influência;
Anexo 3
✪✪ VALIDAÇÃO DO PROTÓTIPO4
Objetivo
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
229
230
4
aluno_disciplina_empreendedora.indd 232 24/08/16 16:31
PLANO DE NEGÓCIOS
APRESENTAÇÃO
Caro(a) aluno(a),
Com a realização das atividades propostas no Módulo 4 você terá a oportunidade de desen-
volver e exercitar características do comportamento empreendedor, agindo na busca dos
objetivos que serão estabelecidos em grupo.
5 4 horas 20 horas
✓✓ Etapas de elaboração:
❍❍ Análise de mercado;
❍❍ Planejamento de marketing;
❍❍ Planejamento operacional;
❍❍ Planejamento financeiro;
❍❍ Construção de cenários;
234
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
235
ENCONTRO 1
Anotações empreendedoras
Utilize este espaço para anotar suas observações, suas conclusões, seus aprendizados
e o que mais julgar interessante com relação às atividades realizadas neste encontro.
236
Bom proveito!
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
237
Para os autores Eric Ries (2012) e Steve Blank (2014), uma startup é uma organização
formada por um grupo de pessoas à procura de um Modelo de Negócios repetível e
escalável, trabalhando em condições de extrema incerteza.
Assim, uma startup não é uma empresa pequena imitando uma grande empresa, tendo
em vista que possui como uma de suas principais características o desconhecimento
do seu mercado, pois trabalha com um produto ou serviço inovador e, portanto, precisa
testá-lo até encontrar clientes que o compre.
✓✓ Baixo investimento;
✓✓ Capacidade de crescimento;
✓✓ Escalabilidade;
✓✓ Estrutura enxuta;
✓✓ Flexibilidade;
238
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
239
240
Esta etapa responderá à questão “os clientes identificados, na fase anterior, efetiva-
mente pagarão pelos serviços ou produtos apresentados?”. É o momento de se prepa-
rar uma página na web para divulgar os produtos ou serviços, segmentar o mercado,
ajustar o produto ou serviço ao mercado potencial e definir um Plano de Vendas inicial.
Cadastram-se os primeiros clientes, efetuam-se as primeiras vendas e se inicia o pro-
cesso de recebimento de recursos. É preciso compreender que ainda se está em uma
fase de testes, que ajustará o produto ou serviço ao mercado pretendido.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
241
De acordo com Dave McClure (2015), empreendedor e investidor americano, uma for-
ma de se medir o processo de conversão da intenção de compras para as vendas efe-
tivas pode ser pela análise AARRR, a saber:
Nesta fase, o objetivo é consolidar a entrega para o cliente, por meio dos canais de
venda, baseada nas vendas iniciais da fase dois.
Esta fase consiste em converter todos os aprendizados obtidos nas etapas anteriores
para a construção da empresa, com áreas definidas, departamentos e fluxos de proces-
sos que assegurem o seu sucesso.
242
Coluna 1 Coluna 2
[ ] Maximizar o lucro.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
243
Plano de negócios: o que é,
por que fazer e principais etapas
Acompanhe as orientações do professor e participe de uma atividade para aprender um
pouco mais sobre Plano de Negócios. Registre suas conclusões e observações.
244
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
245
Rede de conhecimento
sobre plano de negócios
Aprenda com a experiência dos colegas de turma sobre a elaboração do Plano de Negócios.
Registre suas conclusões e seus aprendizados.
246
Persistência
Comprometimento
Estabelecimento de metas
Busca de informação
Independência e autoconfiança
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
247
Faça, nas próximas tabelas, sua autoavaliação, conforme a realização de cada encontro do
Módulo 4 da Disciplina de Empreendedorismo.
Dificuldades encontradas.
Principais aprendizados.
Características do comportamento
empreendedor praticadas com destaque.
Outros comentários.
248
Dificuldades encontradas.
Principais aprendizados.
Características do comportamento
empreendedor praticadas com destaque.
Outros comentários.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
249
Apresentação do
Disciplina de
Itens plano de negócio e
empreendedorismo
encontro 5
Dificuldades encontradas.
Principais aprendizados.
Características do comportamento
empreendedor praticadas com destaque.
Outros comentários.
250
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
251
Monitoramento empreendedor: evento
de apresentação de planos de negócios
na disciplina de empreendedorismo
É o momento de monitorar o planejamento para o evento de apresentação de Planos de Ne-
gócios, que acontecerá no Encontro 5 deste Módulo 4 da Disciplina de Empreendedorismo.
Bom trabalho!
252
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
253
254
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
255
Rede de conhecimento
sobre plano de negócios
Aprenda com a experiência dos colegas de turma sobre a elaboração do Plano de Negócios.
Registre suas conclusões e seus aprendizados.
256
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
257
Elaboração de um plano de negócios
❖❖ Etapas de elaboração neste encontro:
258
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
259
ENCONTRO 4
Anotações empreendedoras
Utilize este espaço para anotar suas observações, suas conclusões, seus aprendizados
e o que mais julgar interessante com relação às atividades realizadas neste encontro.
260
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
261
Rede de conhecimento
sobre plano de negócios
Aprenda com a experiência dos colegas de turma sobre a elaboração do Plano de Negócios.
Registre suas conclusões e seus aprendizados.
262
Juntamente ao seu grupo, prepare como farão a apresentação do plano elaborado. E com
os demais colegas de turma, organize os últimos detalhes do evento que planejaram desde
momentos anteriores da disciplina.
Anotações:
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
263
ENCONTRO 5
Anotações empreendedoras
Utilize este espaço para anotar suas observações, suas conclusões, seus aprendizados
e o que mais julgar interessante com relação às atividades realizadas neste encontro,
especialmente sobre o evento de apresentação dos Planos de Negócios.
264
Após conversar com seu grupo de trabalho na elaboração do Plano de Negócio, responda:
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
265
Anotações:
266
Este mesmo modelo tem sido aplicado para as pessoas, para os profissionais. Como pro-
fissional, o que você oferece ou pretende oferecer aos seus clientes? Qual sua proposta
de valor? Como pretende fazer com que isso alcance e chegue aos clientes? E quem são
seus parceiros?
Estas e outras questões compõem o Quadro de Modelo de Negócio Pessoal. A ideia agora
é pensar em si como um negócio e na sua carreira.
Um Modelo de Negócio Pessoal leva em conta aspectos não quantificáveis de forma exata.
O estresse pode ser considerado um custo e a satisfação pode ser considerada um bene-
fício, por exemplo.
Convidamos a pensar no seu Modelo de Negócio Pessoal neste momento. Reflita e inicie
o planejamento para se tornar um profissional empreendedor, independentemente da área
em que você atua ou pretende atuar, se pretende ou não abrir uma empresa.
Lembre-se: esta é uma ferramenta que precisa de constante análise e atualização. Invista
em você!
Por onde começar? Você decide! Depois de iniciar, não pare! Aja como um empreendedor
na busca dos seus objetivos e das suas metas.
Sucesso!
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
267
Quem ajuda e O que você faz? Como você os Como vocês Quem você “ajuda”?
colabora com você (atividades-chave) “ajuda”? interagem? (clientes)
(parceiros-chave) (proposta de valor (relacionamento com
oferecida aos clientes) clientes)
268
CLARK, Tim. Business model you – a one-page method for reinventing your career.
New Jersey: John Wiley & Sons, 2012.
FILION, Louis Jacques; DOLABELA, Fernando. Boa ideia! E agora? Plano de Negócio, o
caminho seguro para criar e gerenciar sua empresa. São Paulo: Editora de Cultura, 2000.
MALHEIROS, Rita de Cássia da Costa; FERLA, Luiz Alberto; CUNHA, Cristiano J. C. de Al-
meida (Orgs.). Viagem ao mundo do empreendedorismo. Florianópolis: IEA, 2003.
ROSA, Cláudio Afrânio Como elaborar um Plano de Negócio. Brasília: Sebrae, 2007.
Disciplina de Empreendedorismo
« Manual do Aluno
269