Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
REITORIA
GISELE VILELA LINS MARANHÃO
VICE-REITORIA
KAR LA LILIAN MAGALHÃES PEDROSA
PRÓ-REITORIA DE ENSINO E
GRADUAÇÃO
VITÂNGELO PLA NTAMURA
PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO,
COMUNIDADE E CULTURA
JANAÍNA MACIEL BRAGA
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E
PÓS-GRADUAÇÃO
CLEUCILIZ MAGALHÃES SANTANA
AUTOR:
IGOR NONATO ALMEIDA PEREIRA
EQUIPE MULTIDISCIPLINAR
CHARLENE DOS SANTOS
ERIVAN CHAVES DOS SANTOS
LUIZ FERNANDO CORREIA DE ALMEIDA
JOHNY RIVER SOZA MARTINS
KAREN KOGA PRESTES
MARCELE SANTOS ALCÂNTARA
MARTHA ARDAIA
MATHEUS GUILHERME MOURA MENEZES
Refêrencias............................................................................................................................79
Lista de Figuras....................................................................................................................80
O empreendedor...
• Faz antes das circunstâncias acontecerem;
• Enquadra-se rapidamente às mudanças;
• Busca as melhores maneiras de fazer as coisas.
MÓDULO 01 01
EMPREENDEDORISMO:
CONCEITOS,
DEFINIÇÕES
E IMPORTÂNCIAS
Atributos do empreendedor
Segundo o SEBRAE os principais
atributos que um o empreendedor
deve ter são:
a) Procurar ensejos e ter proati-
vidade
• Estar sempre à frente das coisas Figura 01
antes de ser solicitado ou forçado
pelas eventualidades. b) Correr riscos com planeja-
mento
• Realizar coisas para ampliar o
negócio, novos produtos e serviços. • Analisa possibilidades e calcula
riscos premeditadamente.
• Aproveitar as boas conspirações
para obter posses, conhecimentos e • Reduz os riscos e controla os re-
sultados.
desenvolvimento pessoal e pro-
fissional. • Busca desafios e riscos brandos.
‘ Empreendedorismo é
a habilidade de perceber
as novas possibilidades de
negócios que se apresen-
tam no mercado...
• Busca fidelizar os clientes, acima
do lucro.
Conjunto de planejamento
a) Busca de informações
• Empenha-se para obter conhe-
cimentos referentes a clientes, forne-
cedores e/ou concorrentes.
• Analisa de perto como confec-
Figura 02 ciona um produto ou a prestação de
um serviço.
c) Requer qualidade e compe- • Busca por pessoas especializa-
tência das para ter uma assessoria técnica
• Busca diferentes formas de me- ou comercial.
lhorar as coisas, mais rápidas ou de b) Estipulação de metas
menor custos.
• Organiza seus objetivos e metas
P • Busca fazer as coisas com exce- desafiadoras e que possuem signifi-
lência que satisfazem todos os pa- cado pessoal.
Á
drões.
• Traça objetivos de grande prazo,
G.
• Aperfeiçoa ou usa métodos para claros e objetivos.
8 garantir o trabalho seja finalizado no
• Estipula objetivos de curto prazo,
tempo hábil ou que o trabalho cum-
calculáveis.
pra os padrões de qualidade pré-
combinados. c) Projeção e monitoramento
sistemático
d) Perseverança
• Projeta as tarefas de grande
• Enfrenta sem medo os obstácu-
porte em pequenas tarefas com pra-
los significativos.
zo determinados.
• Realiza ou muda de método a
• Revisa seus projetos com cons-
fim de encarar um desafio ou superar
tância, considerando sempre os re-
um impasse.
sultados e mudanças obtidas.
• Pega todas as responsabilida-
• Conserva seus registros finan-
des para atingir metas e objetivos
ceiros para utilizá-los diante de algu-
desejados.
mas decisões.
e) Comprometimento
Conjunto de Ação
• Sacrifica-se ou aplica um esfor-
ço colossal para alcançar a meta de- a) Persuasão e networking
sejada. • Pega métodos deliberados que
• Tem empatia com os colabora- influenciem ou persuadam outros.
dores e trabalha junto a eles para ter • Utiliza peças chaves como escu-
resultado positivo com os trabalhos tadores para atingir seus objetivos.
propostos.
EMPREENDEDORISMO
• Desenvolve e mantem relações cresça de maneira sólida a um ex-
comerciais. tenso prazo e isso vai fazendo perder
b) Independência e autoconfian- o medo de ser um empreendedor.
ça. Diante disso, temos que estudar e
• Adquire autonomia diante das analisar com eficácia algumas ges-
normas e na condução de terceiros. tões empreendedoras que veremos
a seguir para que possam nos ajudar
• Diante das oposições e/ou resul- a ter resultados mais precisos nessa
tados desanimadores inicialmente, nova jornada:
mantém sua visão.
• Exprime confiança de sua capa- Gerência de Estratégias:
cidade de concluir tarefas e desafios A gerência de estratégias é um
difíceis. método de gerenciamento dos pro-
Ao entrar no mundo dos negó- cedimentos para alcançar e otimizar
cios, é normal termos medo além os objetivos e o êxito do manuseio dos
do imaginável, pela insegurança e o recursos fundamentais para alcançar
receio de desbravar o ramo do em- os resultados. Uma das opções para
preendedorismo. No entanto, é sig- as empresas iniciantes, sendo pe-
P
nificativo não permitir que o medo o quena ou média, elencar sempre as
informações sobre as concorrentes, Á
impeça de se tornar um empreende-
dor de grande sucesso, mesmo com os processos financeiros, as oportu- G.
todos os obstáculos que estejam por nidades e ameaças para montar as
9
vir. Na práxis, é importante manter- metas do empreendimento e uma
mos o foco nos pontos certos e apri- avaliação das metodologias a serem
morar métodos, técnicas e pesquisas seguidas, além de acompanhar os
atualizadas, para que o seu negócio resultados de perto.
Figura 03
EMPREENDEDORISMO
‘ O papel da gerência
de estratégias é nortear
cenários e futuros ob-
jetivos. Tudo a partir de
apontamentos da pró-
pria empresa.
P
Á
G.
10
Figura 04
O plano de valor é uma das ca- não nos restringe sobre “à inteligência
racterísticas primordiais para ana- emocional”, no entanto vai um pou-
lisar os benefícios dos produtos e/ co além, pois geri-lo bem significa
ou serviços prestados por você, bem compreender a si próprio, conhecen-
como verificar as diferenças de seu do seus pontos fortes e fracos, onde
empreendimento com a concorrên- nos ajuda em determinadas atitudes
cia. É importante frisar que: O papel diante algumas situações.
da gerência de estratégias é nortear Algumas atitudes podem auxiliar
cenários e futuros objetivos, tudo a a usar a suas emoções a seu favor:
partir de apontamentos da própria
empresa. É um processo cheio de • Saber separar o profissionalismo
aprendizados contínuos. com o pessoal
• Usar técnicas de relaxamento
Gerência Emocional:
• Escutar e entender emoções
Gerência Emocional é entender
e considerar os nossos sentimen- Gerência de Pessoas e de
tos intrapessoais para temos melhor Processos:
compreensão com nossas ações nas
tomadas de decisão. É importante O maior enfretamento das em-
considerar que o nosso emocional presas é manter os planejamentos e
os focos em
EMPREENDEDORISMO
suas estratégias para o cresci- profissional. Aprendemos que o risco
mento empresarial, no mesmo mo- é intrínseco, pois empreender não tão
mento em que seus recursos este- fácil assim.
jam racionalizados. Para manter esse Empreender é encontrar oportu-
equilíbrio, é importante empregar nidades é transforma-las em reali-
uma gerência de processos, que em dades. Vimos
poucas palavras é organizar a rota-
tividade de trabalho, garantindo que as principais características do
a produtividade não perca seu ritmo. empreendedor, elencadas pelo SE-
O principal passo para isso dar certo BRAE, mostrando que em alguns con-
é investir em sua organização finan- juntos de conhecimentos podemos
ceira. ter sucesso em nossa gestão como
empreendedores. Pode-se perceber
Resumo que tornar-se empreendedor não
Neste primeiro módulo, foram é apenas ser patrão do seu próprio
abordados os conceitos, definições e empreendimento, ser empreende-
a importância do empreendedoris- dor é ter coragem e a capacidade de
mo. Que ser empreendedor é sonhar concretizar suas ideias e retira-las do
e correr atrás de ter seu próprio ne- papel. P
gócio para o investir em sua carreira Á
G.
11
Figura 05
Figura 05
EMPREENDEDORISMO
1. Diante do que aprendeu no Modulo 01 de Empreendedorismos, concei-
tue e defina as principais característica e importância do Empreendedo-
rismo.
Administrador X Empreen-
dedor
Administração é uma palavra que
está associada com outras que em
conjunto demostram um processo
de tomadas de decisão sobre obje-
tivos e situações; podemos dizer que
administração é grupo de princípios,
funções e normas que tem a finalida-
de de ordenar e controlar a produti-
vidade e a eficiência para realizar ou as oportunidades do mercado. Tem
concretizar um objetivo. aquele ditado que diz que empreen-
Logo podemos ver que um admi- dedor não é administrador, mas todo
nistrador é aquela pessoa que tem administrador é um empreendedor.
uma visão com amplitude sobre a De acordo com Kirzmer em 1973 “O
empresa, instruindo mais para a or- empreendedor é aquele que cria um
ganização, domínio e resoluções de equilíbrio, encontrando uma posição
conflitos em diferentes áreas. clara e positiva em um ambiente de
Sua atuação no trabalho é im- caos e turbulência, ou seja, identifica
pessoal e obedece a uma hierarquia oportunidades na ordem presente.”.
e a regras estabelecidas neste am- A impessoalidade não faz parte
biente. Dessa forma, o administrador do empreendedor, pois isso faz parte
é alguém que possui conhecimen- de seu sonho, não fica limitado às re-
tos técnicos e especializados, funda- gras da empresa, pois a força de sua
mentais para o bom funcionamento tendência de promover mudanças
das empresas (DORNELAS, 2012). nos processos da empresa é mais
O ser empreendedor faz aconte- forte, e na maioria das vezes não pos-
P cer as coisas, que sempre tem algo sui os conhecimentos técnicos, no
inovador para criar com valor, tem entanto possui o habito de “ver além”.
Á
uma visão como um todo sobre seu O lado visionário do empreendedor o
G. ajuda mais com as questões estraté-
negócio, não mede esforços para
14 buscar a transformação lucrativa e gicas, com o objetivo de unir todos os
competitiva de seu empreendimen- recursos para concretizar seu sonho
to, realiza seus sonhos, agarra todas de tornar seu empreendimento rea-
lidade.
Figura 06
EMPREENDEDORISMO
Figura 07
P
Vejamos a tabela abaixo, explicando de forma mais técnica a comparação:
Á
G.
15
Administrador Empreendedor
EMPREENDEDORISMO
Por sua grande influência na so- O intraempreendedor é aquele fa-
ciedade e na economia, os empreen- moso funcionário que “veste a cami-
dedores, como qualquer cidadão, sa da empresa”.
devem ser guiados por princípios e Esse tipo de empreendedor muda
valores éticos. [...] Empreendedorismo o ambiente de trabalho, tem inova-
não pode ser considerado exclusiva- ções, sugere ideias, procura diferen-
mente como uma via de enriqueci- tes maneiras para empresa crescer,
mento individual. [...] O empreendedor gerando rendimento, motivação e
deve apresentar alto comprometi- melhorando o relacionamento com
mento com o meio ambiente e com os outros colaboradores.
a comunidade; ser alguém com forte
consciência social. (DOLABELA, 2008, Empreendedor Independente: É
p. 34). aquele que aproveita oportunidades
e cria seu próprio negócio, onde tem
Tipos de Empreendedores diferentes motivações para abrir seu
Quando se trata de empreender empreendimento, pode vir de um so-
a primeira coisa que vem no pensa- nho, de uma obstinação, ou ainda,
mento é criar uma empresa; no en- podem ser pessoas que por alguma
P tanto existem outras formas de em- dificuldade criam um negócio e des-
preender e ser empreendedor. Vamos cobrem-se grandes empreendedo-
Á
conhecer alguns neste módulo. res. Mas para o empreendedor inde-
G. pendente dar certo é necessário:
Intraempreendedor: É aquele
16 Aceitação de Riscos – Precisa-
funcionário que age como um em-
preendedor, nas diversas situações, mos ficar ciente que do mesmo jei-
aquele que assume a responsabili- to nosso empreendimento pode ter
dade de suas decisões na empresa. situações benéficas, como ele tam-
bém pode ter situações maléficas;
Figura 08
EMPREENDEDORISMO
Os empreendedores,
como qualquer cidadão
devem ser guiados por
princípios e valores éticos.
EMPREENDEDORISMO
Figura 09
dedores, com a diferença de que ele dor. No universo dos negócios, é valo-
se realiza ao ver suas ações gerarem roso que as pessoas que se interes-
P resultados. sam pela sua empresa ou propõem
Á mudanças em um processo ou pro-
O Perfil Empreendedor duto de uma empresa saibam iden-
G. No caso da mentalidade em- tificar se têm ou não perfil para isso.
18 preendedora, a mesma permite que
Veja alguns sinais de perfis que a
ao visualizarmos um problema já
maioria dos empreendedores pos-
enxerguemos também possíveis so-
suem e análise com os seus.
luções para este problema. Para de-
senvolver esta mentalidade, a pessoa O empreendedor...
precisa ser bastante curiosa e deve • Faz antes das circunstâncias
buscar aprendizado contínuo. Além acontecerem;
disso, deve estar aberto para novas
• Enquadra-se rapidamente às
experiências e ter coragem para en-
mudanças;
frentar novos desafios.
• Busca as melhores maneiras de
Ao ingressar no mercado com
fazer as coisas;
seu próprio negócio, é comum você
ter mais medo do que imagina. Isso • Sacrifica-se sempre para reali-
acontece porque é normal ter cer- zar uma tarefa;
ta insegurança ou algum tipo de re- • Com seus erros pega grandes
ceio. Porém, é importante não dei- ensinamentos;
xar o medo impedir de se tornar um
• Estabelece suas metas e planeja
empreendedor de sucesso mesmo
as estratégias para alcançá-las;
diante dos desafios.
• Busca sempre seu feedback so-
Se você uma pessoa perseveran-
bre seu comportamento e usa as in-
te, confiante e obcecada com a evo-
formações com finalidade de melho-
lução pessoal, saiba que tem boas
rar seu desempenho;
credenciais para ser um empreende-
EMPREENDEDORISMO
• é conduzido para seus resulta- pos de empreendedores. Não esque-
dos; ça de que elas não natas e, sendo
• Retem seu networking; assim, podem ser desenvolvidas ao
longo do tempo.
• é criativo e inovador;
Flávio Augusto da Silva, Presiden-
• é altamente consciente de seus te & Founder da Wiser Educação
atos; e uma grande referência para o em-
• busca sempre por novos ensi- preendedorismo no Brasil, fala sobre
namentos. esse perfil.
Lembre-se de que o empreende- Ele destaca que o movimento é a
dor é alguém que gosta de arriscar principal característica do empreen-
e explorar terras ainda desconheci- dedor. Não dá para ficar parado.
das, portanto, quando ele se conhe- “Eu sou inquieto, sou inconforma-
ce, toma as melhores decisões e está do e gosto disso. Gosto de mudança,
mais preparado para sair de situa- gosto de criar coisas diferentes, gosto
ções complexas. de liderar pessoas e de vê-las mu-
Resumo dando suas realidades.”
P
No segundo módulo de nosso Flávio Augusto da Silva,
Á
curso de Empreendedorismo conhe- Presidente & Founder – Wiser
cemos algumas características e ti- Educação. G.
19
Figura 10
EMPREENDEDORISMO
1. Após um vasto estudo sobre características e tipos de empreendedores,
defina a seguir as características dos empreendedores elencados:
a) Empreendedorismo de negócios
b) Empreendedorismo social.
P c) Intraempreendedor
Á
G. 2. Escolha nas colunas abaixo aquela que possui algumas das característi-
cas indicadas nessa aula como sendo típicas de um empreendedor.
20
Capacidade de
Organização Aceitação de Risco
Decisão
Figura 17
Figura 21
Resumo oportunidades, logo existem alguns
riscos e, para evita-los, busque dicas
Nesta Módulo aprendemos a ob-
e técnicas na tentativa de dirimir da
servar os detalhes da Identificação
melhor forma.
e Avaliação Ideias e Oportunidades
que podem surgir em nossos cami- Vimos que se precaver é impres-
nhos como futuros empreendedores, cindível, mas você não está sozinho
onde é trilha de grandes surpresas e nesta empreitada, procure parcerias
temos que estar sempre preparado com as instituições que trabalham
para essas mudanças. com esse intuito, pois ser empreen-
dedor é saber se recriar sempre.
Contudo, assim como existem
ATIVIDADES
1) Cite alguns fatores que podem intervir no processo empreendedor:
2) Em nosso texto foi possível perceber que nas crises as pessoas criativas
se destacam. Neste sentido, faça uma pesquisa sobre “tensão criativa” e
qual sua relação com o empreendedorismo.
P
Á
G.
28
Figura 22
Faturamento Anual
Um dos órgãos que tem como base o faturamento anual bruto como cri-
tério é a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Além de seguir os
valores determinados pela lei que supracitamos para micro e pequenas em-
presas, ela utiliza os valores da tabela abaixo para classificar os demais portes:
PORTE FATURAMENTO
Microempresa Menor ou Igual à R$ 360.000
Menor ou Igual à R$ 4,8 milhões e
Microempresa
Maior que R$ 360 mil
Grupo IV – Empresa de Médio Porte Menor ou Igual à R$ 6 milhões
Menor ou Igual à R$ 20 milhões e
Grupo III – Empresa de Médio Porte
Maior que R$ 6 milhões
Menor ou Igual à R$ 50 milhões e
Grupo II – Empresa de Grande Porte
Maior que R$ 20 milhões
Grupo I – Empresa de Grande Porte Maior que R$ 50 milhões
EMPREENDEDORISMO
Receita Bruta Operacional
Os valores utilizados pelo BNDES para a classificação das empresas quanto
ao porte são:
PORTE FATURAMENTO
P
Á
Números de Colaboradores
G.
Como mencionamos a cima O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) e o SEBRAE categorizam o porte das empresas de acordo com o número 29
de colaboradores conforme a lista abaixo:
Empresas da Indústria
Figura 23
EMPREENDEDORISMO
Empresas de Comércio e Serviços
EMPREENDEDORISMO
Figura 25
EMPREENDEDORISMO
1. Sabemos que para classificar os portes das empresas criadas são muitas
categorias. Responda a seguir, quais as categorias e os portes das empresas
de acordo com:
a) Faturamento Anual
P
b) Receita Operacional Bruta
Á
G. c) Números de Colaboradores
32
2. Com a leitura feita durante o Módulo 04, cite os principais tipos de societá-
rios.
MÓDULO 05 05PLANO DE
NEGÓCIOS
EMPREENDEDORISMO
similares no mercado; qual vai aderir é importante, pois im-
Estruture o processo básico de pacta em todo o planejamento finan-
logística: É preciso prever como será ceiro. Contrate um bom profissional
a produção, distribuição e organiza- de contabilidade para buscar e ter as
ção da empresa quanto a tudo, prin- melhores recomendações.
cipalmente ao produto; A Divulgação
Planeje seu marketing: Quais são Comunicação e marketing tam-
os canais, os mercados em que a bém têm regras. Fique atento às nor-
empresa vai atuar, o posicionamento mas de publicidade para seu pro-
da marca perante todos os seus pú- duto e saiba como ela pode afetar
blicos estratégicos. negativamente sua divulgação e co-
mercialização. Além disso, estude so-
FIQUE DE OLHO bre a Lei Geral de Proteção de Dados
A Burocracia - LGPD. Vistos esses detalhes, é hora
Infelizmente, ainda temos mui- de entender como transformar o in-
ta burocracia e é preciso ficar aten- vestimento inicial.
to a cada faceta dela. Cada cidade Quanto vai custar tirar a ideia do
e cada estado possui regras próprias papel? P
para registros de empresas. Uma, Essa pergunta pode parecer in- Á
porém, não muda: fazer o registro na conveniente, mas é muito necessá- G.
junta comercial. É nessa etapa que ria para a conclusão do seu plano de
você vai definir seu nome Fantasia, 35
negócios e, também, para a busca
sua marca e sua Razão Social, que de investimentos. Sabemos que é di-
nada mais é do que o nome dado a fícil organizar a casa financeiramente
ela para fins de registro e contabili- ou obter um bom investimento sem
dade. complicar as coisas no futuro. A dica
O Alvará diante desse desafio é estabelecer
Alguns nichos de mercado pre- tudo em números. Antes de inaugurar
cisam de alvará para funcionar. As sua loja, por exemplo, você precisará
prefeituras, inclusive, realizam a fis- ter clareza sobre alguns itens:
calização dos formatos MEI (Mi- Quais são as despesas fixas, as
croempreendedor Individual) e ME variáveis e as fontes de receita do seu
(Microempresa) de acordo com a ra- negócio?
zão social e área de atuação. Então, Quais são suas previsões de en-
fique atento se você vai precisar ou trada, saída e o saldo disponível du-
não deste documento. rante um determinado período (por
Geralmente, faz-se necessário exemplo: diário, semanal ou mensal)?
para lojas, bares, salões, restaurantes Quanto de capital de giro você
etc. estima ter para uma eventual crise e
Os Impostos por quanto tempo ele poderá custear
Toda empresa precisa emitir nota o básico da sua operação?
fiscal e recolher impostos. Escolher Para começar, pense no proje-
EMPREENDEDORISMO
to daqui a um, três e cinco anos. Ah! • Necessidades exigem e justifi-
Certifique-se de separar o dinheiro cam uma oferta diferente
do seu negócio das suas despesas • São alcançados por canais de
particulares. distribuição diferentes
Business Model Canvas • Exigem diferentes tipos de rela-
Um Canvas nada mais é do que cionamento
um framework, um mapa simples e • Têm lucratividades substancial-
visual que abrange os aspectos mais mente diferentes
importantes que um empreendedor • Estão dispostos a pagar por as-
deve considerar antes de começar. pectos diferentes
“Um modelo de negócios descre- Por existirem segmentos distintos,
ve a lógica pela qual uma organiza- uma dica é focar num nicho específi-
ção cria, entrega e captura valor.” co que seja grande o suficiente para
Agora entenderemos todos os 9 se obter um bom lucro, no entanto
blocos: com características peculiares, per-
Segmento de Clientes mitindo que você tenha uma apro-
P ximação maior com seu cliente e as
Segmentos de clientes define os necessidades dele.
Á variados grupos de pessoas ou or-
ganizações que uma empresa bus- Aqui estão algumas perguntas
G.
ca conquistar e servir (e quais deseja que podem lhe auxiliar na elabora-
36 ção desse bloco:
conscientemente fingir a inexistên-
cia). Tudo começa com quem quere- • Estamos criando para quem os
mos satisfazer uma necessidade. valores?
Clientes representam segmentos • Quais são nossos consumidores
distintos: mais importantes?
Figura 27
EMPREENDEDORISMO
Proposta de Valores • Qual necessidade estamos sa-
A proposta de valores é um con- tisfazendo?
junto de benefícios que a empresa • O que estamos oferecendo para
oferece. É o motivo pelas escolhas cada segmento de cliente?
dos clientes por sua empresa, e não Canais
a empresa do concorrente.
Os canais são a comunicação de
Nesse bloco deve descrever de uma empresa, com os quais ela in-
maneira compreensível o valor que terage e alcança seus Segmentos
você está oferecendo, como você irá de Clientes para entregar a Propos-
satisfazer a necessidade, ou como irá ta de Valor. E esse ponto é de extre-
resolver o problema do seu consumi- ma importância, afinal, você já defi-
dor. niu quem são seus clientes e o que é
O importante da sua proposta é valor para eles, então agora precisa
que tenha valor para o seu público saber como alcançá-los.
alvo! Independente se ela é comple- Como sabemos, hoje em dia
tamente radical ou pareça com a da existem vários meios de comunica-
concorrência, precisa ficar claro seu ção (televisão, redes sociais), distri-
diferencial, a proposta precisa ter um P
buição (correios e transportadoras) e
diferencial a mais, algo que a torne vendas (telefone, site). Á
única.
Suas principais funções são: G.
Alguns exemplos são por meio de:
• Ampliar o conhecimento dos 37
• Novidade clientes sobre produtos e serviços
• Desempenho • Ajudar os clientes a avaliar a
• Personalização Proposta de Valor
• ”Fazendo o que deve ser feito” • Permitir que os clientes adqui-
• Design ram produtos e serviços
EMPREENDEDORISMO
Relacionamento
Os relacionamentos com o cliente
são os tipos de relação que uma em-
presa estabelece com Segmentos de
Clientes específicos.
A relação pode estar baseada
na interação humana, o que torna o
contato mais pessoal. Também pode
ser "self-service", onde a
empresa oferece tudo que o cliente
precisa para "servir" sozi-
nho ou consegue escolher por conta
própria utilizando serviços automati-
zados.
Escolher o relacionamento ideal é
de grande importância para o suces-
P so do seu plano de negócios, pois vai
Á impactar diretamente na experiência
de cada cliente com sua empresa,
G. podendo surtir efeitos positivos e ne-
38 gativos.
Para isso deve fazer as seguintes
perguntas:
• Que tipo de relacionamen-
to cada um dos seus segmentos de
clientes
espera que a você tenha com
eles?
• Qual é o custo de cada um?
• Como ele se integra ao restante
do seu modelo de negócios?
Fluxo de receita
Fluxo de Receita é basicamente
o dinheiro gerado a partir de cada
Segmento de Clientes e como eles
pagarão. De acordo com seu mode-
lo de negócios podemos ter mais de
uma fonte de receita.
Exemplos que podem gerar fontes
de receita são: aluguel, taxas de as-
Figura 28 sinatura, corretagem, venda de pro-
EMPREENDEDORISMO
dutos, prestação de serviços, etc. Ino- • Que recursos principais nossa
vação nessas horas é sempre válido, proposta de valor precisa?
cabendo apenas avaliar se é viável • Quais recursos e infraestruturas
para o seu modelo de negócio. serão necessárias para criar, entre-
Para preencher as fontes de re- gar e capturar valor para o seu clien-
ceita do seu Canvas podem-se fazer te?
as seguintes perguntas: • O que você precisa para que o
• Quais valores nossos clientes es- negócio funcione?
tão dispostos a pagar? Atividades-chave
• Como o cliente pagará pelo pro- As atividades-chaves são as
duto / serviço? ações mais importantes que uma
• Quais serão as fontes de receita? empresa deve realizar para conseguir
Recursos-chave manter o seu modelo de negócio. As-
sim como os blocos acima, essas ati-
Os Recursos mais importantes vidades também dependem do seu
exigidos para fazer o modelo de ne- modelo de negócios.
gócio funcionar são: P
As atividades-chave que podem
• Físico: Fábricas, edifícios, veícu- Á
fazer parte do seu negócio são:
los, máquinas, lojas. G.
• Produção: Manufatura
• Intelectual: Marcas, patentes e 39
registros. • Resolução de Problemas: Geren-
ciamento de conhecimento Treina-
• Humano: Criatividade, Expertise mento contínuo
Técnica.
• Plataforma/rede: Gerenciamen-
• Financeiro: Dinheiro ou linhas de to de plataformas Fornecimento de
crédito. serviços Promoção de Plataformas.
Os principais recursos presen- As seguintes perguntas podem te
tes no seu Canvas podem variar de auxiliar no preenchimento desse blo-
acordo com seu plano. No ramo in- co do seu Canvas:
dustrial, o principal recurso é físico,
que são as máquinas, e no ramo de • Quais atividades constantes se-
prestação de serviços são pessoas, rão necessárias para que o seu mo-
ou seja, recurso humano. delo e os recursos-chave determi-
nados funcionem corretamente com
Para elaborar esse bloco, faça-se alto desempenho?
essas perguntas:
• Em termos operacionais, o que
será vital ao negócio?
Parcerias-chave Iremos mostrar alguns exemplos
Falar sobre a rede de fornecedo- de parceria: alianças estratégicas
res e parceiros necessários ou alta- entre não competidores (como por
mente desejáveis para o negócio. exemplo para obter um brainstor-
ming de mercado), parcerias estra-
As parcerias principais são extre- tégicas entre competidores (tendo o
mamente importantes para um pla- exemplo da Apple e da Samsung, que
no de negócios, principalmente se as vezes compartilham informações
um dos parceiros for responsável por e tecnologia para desenvolvimento
uma das atividades chave, como por mútuo) e a relação entre comprador
exemplo, um fornecedor de matéria- e fornecedor.
prima.
Para preencher esse bloco do seu
Essas parcerias possuem um Canvas, faça essas perguntas:
cunho estratégico, pois surgem da
necessidade de fluir os processos, • Quem (pessoa ou empresa) será
economia de escala, reduzir riscos e necessária ou poderá agregar valor
incertezas, atrair recursos e ativida- ao seu produto ou serviço?
des particulares, obter conhecimen- • Quais parcerias poderão auxi-
P tos de mercado, dentre outros coisas. liar na obtenção de Recursos-chave,
Á Pare para pensar: mas e se mi- realizar Atividades-chave, minimizar
nha empresa tiver muitas parcerias? ou eliminar Custos?
G.
Devo colocar todas no meu Canvas? • Que recursos principais você
40
A resposta é não. Apenas as parce- está adquirindo dos parceiros?
rias mais importantes para seu mo- • Que atividades-chave são exe-
delo de negócio devem. cutadas por parceiros?
Figura 29
EMPREENDEDORISMO
de minimizar custos sempre que pos-
sível ou direcionada pelo Valor, sen-
do menos preocupada com custo e
mais com o valor gerado ao cliente.
• Custos fixos;
• Custos variáveis;
• Economia de escala;
• Economia de escopo.
As perguntas para auxiliar a
preencher esse bloco do seu Canvas
são:
• Qual os principais custos envol-
vidos no seu negócio?
• Como você pode reduzir ou eli-
minar alguns custos?
• Quais são as despesas associa- P
das a cada bloco?
Á
Resumo G.
Neste módulo aprendemos sobre 41
o Plano de Negócios e sua importân-
cia para iniciar uma empreitada no
mundo do empreendedorismo, que
através de estudos mais aprofunda-
dos sobre o tema, análise e monito-
ramento da concorrência, e a escu-
ta ativa em busca de entender a dor
dos futuros clientes, de modo a suprir
suas necessidades.
Vimos também sobre o Business
Model Canvas que possui blocos que
abordam os 9 pilares de sustentação
de toda empresa; sua grande van-
tagem está em ter em mãos uma
Figura 30
simples folha de papel, a qualquer
momento; o Canvas é a construção
Estrutura de custos
de um modelo de negócios de forma
Neste último bloco, descrevemos simples, visual e dinâmica. Como a
todos os custos envolvidos na ope- própria definição nos diz: “Um mode-
ração para fazer acontecer o modelo lo de negócios descreve a lógica de
de negócio. A organização pode ser como uma organização cria, entrega
direcionada pelo Custo, que se trata e captura valor”.
EMPREENDEDORISMO
1. Fazer uma Plano de Negócios é muito importante antes de por em práti-
ca todas as nossas ideias sobre a empresa que queremos criar. Cite alguns
pontos importantes de Plano de Negócios.
P 2. Business Model Canvas é uma modelo de negócios muito prático para nos
ajudar na organização de nosso empreendimento. Diga algumas caracterís-
Á
ticas do Modelo Canvas.
G.
42
3. Diante do que aprendemos, crie seu Business Model Canvas de um peque-
no negócio que intuito de angariar fundos para a compra de materiais para
reforma frente da instituição no valor de R$ 6.550,00.
MÓDULO 06 06A IMPORTÂNCIA
DO MARKETING
Figura 31
P
Á
Figura 32 G.
45
De Anáguas a Athleisure (com- ra customer-centric de vender rou-
binação entre as palavras athletic pas esportivas, porque é uma ten-
(atlético) + leisure (lazer), que define dência o que significa que os clientes
o estilo que levou o sportswear das adoram.
academias para o mundo da moda). Tanto é assim que até os varejis-
Vemos uma Evolução Semelhante tas esportivos não tradicionais capi-
no Vestuário Esportivo: talizaram isso.
Do product-centric para custo- Esses três exemplos de product-
mer-centric: por exemplo, de aná- centric versus customercentric são
guas e sandálias para levantamento os principais nichos de moda de 2019:
de peso para athleisure, priorizando shapewear, smartwatches e athlei-
o cliente, seu conforto e a liberdade sure. Cada um demonstra uma mu-
de movimentos. Athleisure vem tendo dança do marketing do produto para
aumento exponencial de vendas nos o marketing do cliente.
últimos anos. Passando do product-centric
Athleisure basicamente prioriza para customercentric para os dois.
o conforto de uma pessoa em de- O que discutimos pode ser atri-
trimento da moda (embora até 1956 buído a uma evolução no marketing.
mostrar as meias com sandálias es- Então, o que vem pela frente?
tava na moda).
Há uma nova era sobre nós, mas
Athleisure também é uma manei- que já está acontecendo nas sutis
EMPREENDEDORISMO
periferias do comércio eletrônico. Tra-
ta-se da interseção das abordagens
product-centric e customer-centric.
No blog de Mark Hocknell, ele diz
que o produto e o cliente são uma
“dicotomia de ideias opostas”. Este
artigo diz muito do mesmo. Achamos
que não deveria haver oposição.
Product-centric versus customer-
centric é uma maneira antiga de
pensar em vender produtos. Ao re-
mover essa crença em um contra o
outro, você pode fazer mais com os
dados do cliente e do produto.
Por que devemos reunir os con-
ceitos de produto e foco no cliente?
P
Obviamente, fazer mais com os
Á dados do produto começará online.
G. Mas você pode facilmente usar esses
dados em todos os seus canais e na
46 loja.
Para o comércio eletrônico, reunir
os conceitos de produto e centralida-
de no cliente definirá o caminho a se-
guir para a inteligência do cliente.
O que começaremos a ver é um
ciclo de feedback em que a maneira
como os clientes interagem com os
produtos será usada para aprimorar
seus perfis de dados, o que acabará
por levar a gatilhos melhores para os
esforços de personalização.
Há duas razões cruciais a favor
dessa nova direção:
Os dados do cliente estão prote-
gidos
Todos sabemos que, devido a
escândalos recentes, os dados do
cliente estão se tornando cada vez
mais protegidos. O General Data Pro-
tection Regulation (GDPR, Regulação
de Proteção de Dados Gerais) na Eu- Figura 33
ropa já cria barreiras protetoras aos
dados de um navegador, como con-
sentimento de cookies ou caixas que
verificam dados confidenciais.
Em breve, a legislação nacional
também será adotada, como previs-
to por Inmoment (em 2018).
Dito isso, a maneira mais segu-
ra de continuar a coletar dados para
otimizar suas oficinas on-line e per-
sonalizar a customer experience (CX,
experiência do cliente) é mudar o
foco para seus produtos e o que seus
clientes adoram. Este é o seu loop de
feedback de dados em ação.
Manter-se relevante no mercado
orientado ao cliente P
Outro motivo para sintetizar as Á
abordagens product-centric versus G.
customer-centric é devido à grande
quantidade de opções que existe no 47
mercado.
Os consumidores têm uma vasta
gama de produtos na ponta dos de-
dos, o que significa que podem com-
prar qualquer coisa, em qualquer lu-
gar, e a qualquer momento.
Então, como você se destaca?
Isso significa que você precisará
comercializar com mais inteligência.
E uma maneira de fazer isso é perso-
nalizando seus produtos para com-
pradores individuais, para que seus
produtos se tornem mais relevantes.
Trata-se de criar produtos centra-
dos no cliente que promovem expe-
riências mais significativas com sua
marca.
Criar insights que direcionem o
comportamento de compra a par-
tir dos dados do produto é algo que
Figura 33 chamamos de “inteligência do pro-
duto”, e é por isso que a interseção (PIM) com informações relevantes
entre produto e cliente é tão impor- do produto, enquanto diz algo sobre
tante. quem são seus clientes como pes-
Inteligência de produto para co- soas.
mércio eletrônico significa Veja, por exemplo, o Shoe Finder
• Compreender todos os pon- (touch screen localizador de calça-
tos de contato que seus clientes têm dos) numa loja Asics. Este é basica-
com seus produtos; mente um assistente de compras
que ajuda os clientes a encontrar o
• Analisar como seus clientes res- sapato perfeito para suas necessida-
pondem a diferentes mensagens, por des de corrida.
exemplo, em emblemas de produtos;
No entanto, o que o Shoe Finder
• Testar quais atributos do produto também faz é usar os dados do pro-
se relacionam com quais segmentos duto do questionário para adaptar a
de clientes; e experiência de compra ao cliente in-
• Usar essas informações para dividual que inseriu suas opções pre-
criar experiências de produtos omni- feridas.
P channel relevantes para seus maio- Portanto, a loja Asics pode reco-
res segmentos de clientes. mendar ainda tênis de corrida em
Á
Inteligência do produto: quais campanhas por email ou outros pro-
G.
produtos os atributos dos seus clien- dutos, oferecendo dicas e truques re-
48 tes também responderão muito so- levantes relacionados às metas de
bre quem eles são como pessoas, corrida de seus clientes. Isso dá apoio
ajudando você a otimizar o que você o CX geral.
(por sua vez) diz sobre seus produtos. A Asics vai um passo adiante e
Inteligência de produto é o que usa essas informações para redire-
você extrai dos dados do marketing cionamento no local, personalizando
de produtos centrados no cliente. a product listing page (PLP) do cliente
visitante.
Esse novo caminho a seguir subs-
titui a dicotomia por um loop de fee- O que os clientes verão é o rótu-
dback dinâmico. É um motivo crucial lo do produto “Shoe Finder Highlight”,
para reunir os conceitos de produto e que sugere aos clientes uma opção
foco no cliente. escolhida para eles com dados do
questionário.
Vamos dar uma olhada em como
os varejistas estão fazendo isso hoje. Este é um bom exemplo de inte-
ligência do produto, ou de uso das
Customer-centric products: “inte-
informações do produto de maneira
ligência do produto” em ação. Exem-
acionável e transparente, que, em úl-
plos de foco no cliente com dados
tima análise:
do produto: Na prática, a inteligência
do produto ajudará a otimizar toda a - Beneficia o cliente, direcionando
sua cadeia de suprimentos. Ela forne- a atenção e personalizando as reco-
ce (customer data platforms (CDPs) mendações do produto.
e product information management - Torna a loja virtual mais relevan-
EMPREENDEDORISMO
te para o visitante e otimiza a CX. dados pode ser benéfico não apenas
Como alternativa, uma loja da para os profissionais de marketing,
Converse usa a inteligência do pro- como também para os departamen-
duto para entender o que agrada tos de merchandising, para pensar
aos seus clientes. Ao permitir que o em maneiras de inovar para linhas
cliente “personalize” seu sapato, eles futuras.
podem entender o que os diferentes Marketing customer-centric com
segmentos de visitantes adoram no inteligência de produto.
produto. Anúncios orientada a dados que
É o tradicional cano alto? O logoti- realcem o atributo orgânico do cre-
po? A faixa no calcanhar? Ou talvez os me para o rosto e fazer um anúncio
clientes gostem de reinventar a tradi- personalizado para o seu segmento
ção, escolhendo cores descoladas. feminino holandês acima de 30 anos.
O que quer que o cliente decida Essa é mudança de uma abor-
ao personalizar o sapato se configu- dagem product-centric para uma
ra em informações relevantes sobre abordagem mais marketing custo-
quem ele é como comprador e pes- mer-centric.
soa. P
Grandes nomes com Yotpo
Com isso em mente, essa loja da Á
Um estudo de caso que utiliza in-
Converse também pode fornecer re- teligência de produto é a ferramenta G.
comendações dinâmicas de pro- de comércio eletrônico YotPo. A Yot- 49
dutos com base em o que os seus Po fornece ao varejista Greats uma
clientes escolheram na página “per- caixa de avaliação e classificação
sonalizar”: que os clientes podem preencher ao
Dica adicional: destacar esses comprar um tênis.
Figura 34
EMPREENDEDORISMO
Figura 35
EMPREENDEDORISMO
em um ciclo de feedback para um DIAGNÓSTICO DO NEGÓCIO E
marketing mais inteligente.
PERSONA: GOING UP STEPS!
As percepções dos clientes ob-
Diagnóstico do Negócio:
tidas a partir dos dados do produ-
to são chamadas de inteligência do • Qual é o problema que você re-
produto, e serão um novo caminho a solve, qual é a dor da sua empresa?
seguir para o comércio eletrônico e o • Qual é a sua persona, e quem
varejo. você atende?
Os melhores varejistas já estão • Job to be done: o que você re-
fazendo isso, desde personalização solve?
no local até marketing centrado no
• Proposta de valor: por que você
cliente.
existe?
Ao usar a inteligência do produto
Maiores Causas de Mortes das
dessa maneira criativa, os varejistas
Startups:
podem encontrar um ajuste de pro-
duto para o cliente que revoluciona o • Falta de mercado: 42%;
paradigma tradicional de ajuste de • Fim do dinheiro em caixa: 29%; P
produto/mercado. Á
• Equipe incompleta: 23%.
No futuro, o varejo tratará de ino- G.
Startups Resolvendo os Proble-
vação constante, tornando os dados
mas: 51
de marketing tradicionais orientados
por dados e quebrando dicotomias • Rappi;
para uma abordagem coesa e sem • Contabilizei; e
ruídos. Você não quer começar cedo
para se antecipar? • Quinto Andar.
Tendo clareza e foco, sendo um
Figura 36
“atirador de elite”. Uma solução em vai entender quais são os comporta-
world class. mentos dessa persona, que tipo de
Persona não é um grupo que insight ela vai te dar nas conversas.
quero atingir: • Entender os objetivos, os pain
• Definir quem é a persona do seu points.
negócio, do seu produto: - Esse é o esqueleto de como
- Por exemplo: quem é a persona analisar a persona.
que assiste à série “x” na Netflix? - Entendendo a jornada:
- Essa pessoa que consome esse • Escolha;
produto; o que será que a Netflix vai • Compra;
oferecer para ela quando acabar?
• Utilização;
- Ajuda na estratégia de aqui-
sição desses clientes, pois assim se • Relacionamento; e
entende quem eles são. • Recompra.
- Ajuda na comunicação, pois Diagnóstico Empresarial: Uma
adéqua-se à a linguagem da sua Abordagem
P persona, o que é determinante para
Compreender como está o de-
Á o seu negócio.
senvolvimento da empresa, quais
G. No processo de pesquisa para os seus pontos fortes, onde estão as
validar a dor que se vai atender, você oportunidades, e quais são as carac-
52
Figura 37
EMPREENDEDORISMO
terísticas que demandam melhorias Qual a sua importância?
é primordial para que ela se mante- Quando criamos nosso negócio,
nha competitiva no mercado. costumamos utilizar um planejamen-
O diagnóstico empresarial é o to e traçar metas que serão concreti-
momento de recolher todas as infor- zadas de forma concreta.
mações necessárias, para nos auxi- Isso nos obriga a revisar e ajustar
liar em cada uma dessas tomadas o plano traçado no início. Portanto,
de decisões. quem deseja ter um negócio rentável
É a partir desse diagnóstico bem e saudável deve conhecer suas es-
elaborado que podemos dar um nor- pecificidades.
te para todos os setores e passos no Entre as vantagens de fazer um
negócio, deixando as atividades es- diagnóstico, podemos citar:
truturadas e encontrando novas so-
luções para os possíveis problemas. • Não agir no escuro
EMPREENDEDORISMO
Figura 38 ser usadas para se fazer suposições
e posteriores testagens — isso tudo
ajuda a tornar a empresa mais com-
petitiva.
• Reduzir gastos
Algumas decisões tomadas no
início de um negócio, como as rela-
cionadas à tributação, podem não
ser as melhores escolhas hoje.
O crescimento do seu negócio ou
mudanças na legislação, por exem-
plo, fazem com que você tenha que
pensar em soluções que tragam ain-
da mais economia de custos.
• Descobrir riscos
Na gestão empresarial, um dos
fatores mais importantes a conside-
rar está relacionado aos riscos em-
presariais.
Os riscos fiscais referem-se, por
exemplo, a questões relacionadas
com impostos e notificações.
Se dermos informações falsas,
essa atitude pode ser interpretada
como sonegação de impostos, o que
coloca a empresa em grande risco.
Riscos estratégicos também de-
vem ser evitados, pois a incompatibi-
lidade de objetivos e atividades acar-
retaria sérios prejuízos à empresa.
Tais ameaças devem ser identifi-
cadas rapidamente para evitar per-
da de produtividade e economia.
O diagnóstico nos ajuda a encon-
trar as áreas de maior risco para que
possamos eliminá-las o mais rápido
possível.
• Descobrir o grau de maturidade
do negócio
O grau de maturidade em uma
empresa tem a ver com os conhe-
cimentos adquiridos e a possibilida- tam o ambiente interno e o desem-
de de transformá-los em benefícios, penho da empresa também.
para um processo de evolução con- Como fazer um diagnóstico em-
tínua. presarial?
Ter essa noção permite imple- Um diagnóstico empresarial
mentar um processo de melhoria completo precisa envolver ao me-
constante, para oferecer produtos e nos quatro passos. A seguir, listamos
serviços melhores aos clientes além cada um deles.
de mais lucro aos gestores.
• Coleta de informações
• Estar por dentro da legislação
O primeiro passo é coletar os da-
Algumas normatizações mudam, dos sobre todas as áreas da organi-
e deixam os processos de uma em- zação, a partir de cada atividade de-
presa ultrapassados. Além disso, sempenhada.
existem práticas obrigatórias.
Nesse momento, é preciso saber
No controle patrimonial, por a realidade na qual a empresa se en-
exemplo, a legislação exige o registro contra, como: P
por meio de demonstrações contá-
beis. Esse é outro aspecto que deve - Resultados financeiros; Á
ser avaliado no momento do diag- - Satisfação dos colaboradores; G.
nóstico.
- Desempenho das vendas; 55
Neste aspecto, contar com uma
- Reclamações dos clientes; e
assessoria jurídica preventiva e
atuante no dia a dia da empresa faci- - Produtividade interna.
lita o acompanhamento das novida-
des da legislação e ajuda a colocar Figura 39
EMPREENDEDORISMO
Isso significa que o estoque tem não deixar nada para trás e sempre
de conter a quantidade certa de pro- surpreender seus clientes.
dutos para atender a todos os pedi- Nesta abordagem vimos sobre
dos. Já para a entrega das merca- product-centric, os produtos são-
dorias, é importante traçar uma rota, comercializados com base em seus
buscando economia de tempo e de atributos e sobre o customer-cen-
combustível. tric, os produtos são comercializados
Ter condutas para evitar perdas com base em o que eles representam
e avarias nesse sentido também é para o cliente, tornando os dados de
importante. Outra ação a ser revista marketing tradicionais orientados por
nessa área é a devolução de produ- dados e quebrando dicotomias para
tos. É inclusive interessante pesquisar uma abordagem coesa e sem ruídos.
se têm havido gastos exagerados. Tenha em vista que trabalhamos
Resumo com estratégias para melhorar a ro-
tatividade tecnológica que estamos
Neste último módulo aprendemos vivendo e como atribuí-las em nosso
sobre a importância do marketing e negócio focando sempre nas melho-
como a globalização está evoluindo rias e principalmente no crescimento
de forma que as atuais empresas e do empreendimento.
futuras precisam se adequar para
ATIVIDADES
1. Qual a importância do Marketing para uma empresa. Cite alguns pontos
estratégicos:
EMPREENDEDORISMO
MÓDULO 07 07GESTÃO DE
NEGÓCIOS
Figura 42
EMPREENDEDORISMO
de forma clara e latente, que em um gitais) apresentam custos reduzidos
ambiente cada vez mais acirrado, os para o desenvolvimento de produtos,
negócios mais frágeis não resistirão porque os projetos são mais bem de-
por muito tempo, pois as empresas finidos, já que foram criados a partir
mais competitivas estão continua- da experiência e focado na necessi-
mente desenvolvendo e aperfeiçoan- dade do cliente. Além disso, incentiva
do novas capacidades e vantagens a interação do cliente com a empre-
competitivas. sa (conexão com a marca), criando
Nesse contexto, veja a importân- fidelidade e aumentando as chances
cia de cada etapa em relação à ela- de que ele recomende a empresa ou
boração de uma estratégia forte: o produto.
Figura 43
Como trabalhar o relacio-
namento com o cliente
Uma empresa voltada para o
cliente busca entender suas neces-
sidades e não mede esforços para
melhorar cada vez mais essa expe- P
riência. Whiteley (1992) conduziu um
Á
estudo que demonstrou que o que
realmente gera valor para o cliente G.
está mais ligado à qualidade do ser- 61
viço do que à qualidade do produto
em si.
70% das razões identificáveis pe-
las quais os clientes abandonaram
as companhias nada tem a ver com
o produto.
O relacionamento com o cliente
deve ser pensado em todos os canais
e tipos de atendimento: pessoal, por
telefone, via chat, autoatendimen-
to etc. O uso da tecnologia favorece
muito a agilidade no contato com o
cliente, mas precisa ser pensado de
forma a manter a interatividade mais
humanizada e ser intuitivo para que a
experiência do cliente (ux ou user ex-
perience) seja a melhor possível.
Estudos demonstram que empre-
sas que se atentam à experiência do
cliente ao definir sua estratégia de
venda (especialmente nos canais di-
EMPREENDEDORISMO
Figura 44
P
Um time engajado constrói uma como nos externos;
Á
marca forte 4. Identificar obstáculos que im-
G.
Ter um time multidisciplinar que pedem a execução de uma estraté-
62 se entrega e está alinhado ao propó- gia vitoriosa centrada no cliente;
sito da empresa é fundamental para 5. Compreender o papel do líder
o sucesso de qualquer negócio. Um em fazer as coisas acontecerem.
ambiente que favoreça a integração
de diferentes ideias e perspectivas é O relacionamento ruim com o
essencial para que nasçam as solu- cliente interno impacta diretamente
ções mais inovadoras. no resultado da empresa, pois afeta
negativamente sua vantagem com-
Para Whiteley (1992), a capacida- petitiva, aumenta custos, diminui sua
de de gerar crescimento, lealdade, participação no mercado, provoca
lucros e um serviço excepcional re- mau desempenho em relação ao or-
quer que as empresas tenham um çamento, desperdício de vitalidade,
posicionamento que coloque o fun- tanto física quanto emocional, pre-
cionário como agente fundamental domínio de vaidade pessoal e perda
na elaboração e execução das estra- de clientes para os concorrentes.
tégias. Para isso, as empresas devem:
O produto que gera valor
1. Buscar meios de engajar os fun-
cionários para que compreendam, Dentro do modelo de Porter (2004),
adotem e executem uma estratégia uma empresa pode se diferenciar no
centrada no cliente; mercado através da criação de
2. Tornar cada funcionário um atributos relacionados aos produ-
embaixador da marca; tos que possam ser percebidos pelo
cliente como exclusivos ou únicos.
3. Focar tanto nos clientes internos
EMPREENDEDORISMO
Esses atributos, que conferem o Trabalhando o preço de ma-
caráter diferencial ao produto podem
neira estratégica
estar associados à qualidade, marca,
atendimento, tecnologia, peculiari- Porter (2004) afirma que, para
dades etc. desenvolver uma estratégia de dife-
renciação bem-sucedida, a empresa
Esta diferenciação irá criar uma
precisará alocar recursos substan-
relação de lealdade entre o cliente
ciais em atividades diversas, sendo
e a marca e menor sensibilidade a
algumas mais intensivas que outras
preços por parte do cliente.
em função da dimensão de diferen-
ciação desejada pela em-
presa.
Idealmente, a diferen-
ciação deve ocorrer em
mais de uma dimensão. As
atividades que demandam
recursos para gerar a di-
ferenciação são: pesquisa
e desenvolvimento, tecno- P
logia, matériasprimas es- Á
peciais, publicidade, pro-
G.
moções, atividades de pós
vendas, atendimento, etc. 63
Por conta desta aloca-
ção de recursos para gerar
a diferenciação, pode-se
afirmar que os custos não
são o alvo estratégico prin-
Figura 45 cipal.
Stelios Kavadias e Kostas Ladas, Apesar dos custos mais elevados
da University of Cambridge e Chris- do que a média do mercado, o re-
toph Loch, da Judge Business School, torno gerado também será relativa-
conduziram um estudo em 2016 com mente alto por conta da baixa sen-
mais de 40 novos modelos de ne- sibilidade aos preços por parte dos
gócio e identificaram que uma das clientes, o que permitirá à empresa
chaves de sucesso para um negócio praticar preços relativamente altos.
transformador é oferecer um produ-
to ou serviço mais personalizado, ou O preço baseado no uso é uma
seja, mais adequado às necessida- outra estratégia de preço identificada
des individuais e imediatas dos clien- por Stelios Kavadias e Kostas Ladas,
tes. da University of Cambridge, e Chris-
toph Loch, da Judge Business School,
Muitas empresas aproveitam a que conduziram um estudo em 2016
tecnologia para alcançar esse obje- com mais de 40 novos modelos de
tivo e se tornarem mais competitivas. negócios. Alguns modelos cobram
EMPREENDEDORISMO
os clientes quando utilizam o produto Porter (2004) atribui grande im-
ou serviço, em vez de exigir que com- portância à área de distribuição den-
prem algo imediatamente. Os clien- tro da estratégia competitiva. Segun-
tes se beneficiam porque incorrem do ele, a coordenação e a otimização
em custos somente na medida em em conjunto com os canais podem
que as ofertas geram valor; a empre- reduzir o custo ou aumentar a dife-
sa se beneficia porque é provável que renciação. A segregação das ativida-
aumente o número de clientes. des de distribuição e produção entre
diferentes organizações tem sido a
Como sustentar seu negó- maneira mais eficiente de fazer os
cio por meio da distribuição? produtos chegarem às mãos do con-
Os canais de distribuição são for- sumidor final.
mados por representantes, atacadis- Mintzberg e Quinn (2001) pressu-
tas, brokers, distribuidores especia- põem a necessidade de definição de
lizados e varejistas. Os participantes objetivos de distribuição claros para
do canal agregam valor ao produto projetar as estruturas de distribuição,
conforme este se desloca da produ- pois a correta gestão dos canais de
ção em direção ao seu mercado con- distribuição estabelece vantagem
P
sumidor. Nesse percurso, demanda competitiva sustentável para as em-
Á recursos que podem variar conforme presas.
G. o tipo de produto e a complexidade
do percurso que deve ser percorrido. O poder da comunicação
64 As empresas que conseguirem aper- para geração de receita
feiçoar a prestação do serviço de Em um mundo instável e caótico,
distribuição ao menor custo possível as empresas precisam estar prepa-
conseguirão uma vantagem compe- radas para acompanhar as mudan-
titiva sustentável sobre a concorrên- ças, fazer a gestão de crise e se co-
cia.
Figura 46
EMPREENDEDORISMO
Figura 47
municar com seu público (interno e dutos e serviços que não atendam
externo). Nesse sentido, a comunica- às necessidades do cliente. Por outro
ção é fundamental para sustentar a lado, a empresa também precisa que
estratégia e o negócio da empresa. sua política de atuação e seus propó-
Para Torquato (1991), a comunica- sitos sejam corretamente entendidos
ção interna ou externa ocorre a par- e compartilhados por seus funcioná-
tir de ferramentas da comunicação rios: a empresa precisa ser apoiada
como a propaganda, promoção de por eles. As grandes empresas que
vendas, relações públicas, assessoria revolucionaram o mercado deixam
de imprensa e internet (além, é claro, clara a importância da comunicação
das redes sociais). para se relacionar com todos os seus
stakeholders. Ainda há muito mais o
Toda organização depende, para que explorar sobre todas as seis eta-
seu crescimento e prosperidade, da pas acima.
manutenção da confiança na sua in-
tegridade e no bom senso da sua po- Ferramentas de Análise para To-
lítica de atuação. Isso se aplica tanto madas de Decisões Estratégicas
na comunicação interna quanto na Colocar ideias e até mudanças
comunicação com clientes, fornece- em prática para garantir a sustenta-
dores e acionistas. E isso só se conse- bilidade do negócio demanda o uso
gue com um bom programa de co- de ferramentas que permitam uma
municação. visão ampla, ou seja, que possibilitem
A Comunicação, nesse sentido, avaliar como a empresa está (olhar
tem a ver com engajamento, pois não para dentro) e perceber o mercado
faz sentido uma empresa ofertar pro- (olhar para fora). Por isso, este ma-
EMPREENDEDORISMO
Dessa forma, a adoção de fer-
ramentas adequadas por parte do
gestor permitirá o diagnóstico correto
da situação da empresa e uma boa
aplicação da estratégia do seu negó-
cio, bem como o adequado uso dos
recursos e tecnologias disponíveis.
Assim, o empreendedor estará apto
para transformar ideias em ação.
Veja a seguir cinco opções que
otimizam a execução de uma ope-
Figura 48 ração eficaz, por fomentarem o olhar
terial apresenta algumas ferramen- para o cenário do negócio:
tas úteis que auxiliam na formulação
Ferramenta 1: MATRIZ SWOT
da estratégia macro e na tomada de
decisões. O que é: trata-se de uma ferra-
menta útil para identificar e com-
No novo mundo, a transformação
preender aspectos internos da em-
P digital passou a ter um papel funda-
presa (forças e fraquezas), bem como
Á mental para a sustentabilidade do
aspectos externos (oportunidades e
negócio a longo prazo. Ela pode ser
G. ameaças), sendo muito usada como
definida como o uso da tecnologia
base para a gestão e o planejamen-
66 para melhorar radicalmente a per-
to estratégico de uma organização. É
formance e o alcance das organiza-
um sistema simples para posicionar
ções (Westerman, Bonnet, & McAfee,
ou verificar a posição estratégica da
2014).
empresa no ambiente em questão
Porém, é muito mais que apenas (DAYCHOUW, 2007).
digitalizar atividades e processos ou
Figura 49
estar presente em mídias digitais:
significa mobilizar tecnologias, pes-
soas e processos para transformar
três aspectos principais da organiza-
ção: a experiência do cliente, os pro-
cessos operacionais e os modelos de
negócio.
É possível afirmar que a transfor-
mação digital e os demais aspectos
do novo mundo influenciam direta-
mente na mudança de padrões de
comportamento de consumo, rela-
ções intergovernamentais, o próprio
modo com o qual a sociedade se
configura e os limites entre o visível e
o não visível.
EMPREENDEDORISMO
Os aspectos internos são todos
aqueles que a empresa pode contro-
lar para, no caso das forças, usá-las
a seu favor; no caso das fraquezas,
reconhecer que elas existem e bus-
car formas de eliminá-las, ou meios
para reduzir seu impacto no negócio.
Os aspectos externos mostram,
por um lado, as oportunidades dis-
poníveis no mercado e que devem
ser aproveitadas; por outro lado, per-
mitem identificar as ameaças que
podem afetar o negócio.
Ao estar ciente destas ameaças,
o empreendedor pode adotar ações
para mitigar seu impacto na organi-
zação.
Quando usar a análise SWOT: para P
encontrar nichos de atuação, avaliar Á
impacto de questões externas (mu-
G.
danças econômicas, leis, concorrên-
cia, crise, entre outros). 67
A análise SWOT, na visão de BAR-
NEY & HESTERLY (2009), funciona como
uma ferramenta organizacional, co-
locando as questões corretas acerca
de fatores internos e externos deven-
do, no entanto, ser complementada
com outras ferramentas que possam
responder às questões colocadas
pelo modelo acerca das forças, fra-
quezas, oportunidades e ameaças.
A análise de strengths, opportu-
nities, weaknesses and threats (SWOT,
forças, oportunidades, fraquezas e
ameaças) nos ajuda no diagnósti-
co organizacional, ao avaliar os am-
bientes interno (parte controlável
pela empresa) e externo (parte em
que a empresa não controla, mas à
qual pode reagir), para que saibamos
qual tipo de estratégia adotar.
Figura 50
EMPREENDEDORISMO
Em sua verificação, é preciso se- • Fraquezas + ameaças = estra-
parar: tégia de sobrevivência: ao verificar
• Forças: revelam as vantagens que existem muitas fraquezas inter-
do ambiente interno. Alguns exem- namente e ameaças externamente,
plos são: ter a ajuda de uma equipe compreendemos que não é o mo-
especializada em contabilidade, e mento de investir ou arriscar em no-
contar com colaboradores com alto vidades, mas de se empenhar em
grau de desempenho; eliminar as falhas, para o negócio
não afundar;
• Fraquezas: revelam as desvan-
tagens do ambiente interno. Alguns • Forças + ameaças = estratégia
exemplos são: descontrole total das de manutenção: sugere a existência
finanças e poucas vendas; de pontos positivos dentro da em-
presa, e eles precisam ser mantidos.
• Ameaças: revelam as desvan- É preciso fazer algo para a ameaça
tagens do ambiente externo. Alguns externa não afetar a produção;
exemplos são: entrada de novos con-
correntes e aumento dos impostos; • Fraquezas + oportunidades =
estratégia de crescimento: os be-
• Oportunidades: revelam as van- nefícios externos sugerem momen-
P
tagens do ambiente externo. Alguns tos oportunos para investir e ajudar o
Á exemplos são: mudança benéfica em empreendimento a se desenvolver;
G. leis e possibilidade de investimento
para a empresa crescer. • Forças + oportunidades = estra-
68 tégia de alavancagem: é a melhor
Depois disso, associamos os am- realidade possível. Unindo os pontos
bientes interno e externo, e podemos fortes dos dois ambientes, é possível
ter os resultados a seguir, com suas se alavancar no mercado.
devidas estratégias:
Figura 51
EMPREENDEDORISMO
Ferramenta 2: CICLO DE DEMING
OU CICLO PDCA (PLAN-DO-CHECK-
ACTION)
O que é: um ciclo de atividades
interativas, de quatro etapas, para a
realização de mudanças nas empre-
sas. É representado por um círculo,
que não tem fim, devendo ser repe-
tido mais de uma vez para garantir
melhoria contínua. É uma ferramen-
ta que gera bastante engajamento,
já que as equipes precisam traba-
lhar juntas para que as etapas sejam
concluídas.
Quando usar o Ciclo PDCA: é uti-
lizado como um modelo de melhoria
contínua e deve ser acionado sem-
pre que se iniciar um novo projeto de P
melhoria. Também é útil ao desenvol-
Á
ver um novo de um processo, produto
ou serviço. Ao definir um processo de G.
trabalho repetitivo, essa ferramenta 69
pode ser bem útil.
Esse contexto acelerado em que
estamos vivendo, no qual são neces-
sárias atualizações contínuas sobre
as tendências do mercado, com a
ascensão da tecnologia e do mundo
digital, exige-se que sejam feitas me-
lhorias constantes, pois são elas que
impulsionam os negócios.
Figura 52 Figura 53
EMPREENDEDORISMO
Ferramenta 3: AS CINCO a qualquer segmento da economia
que procura por rentabilidade e atra-
FORÇAS DE PORTER
tividade.
O que é: trata-se de uma ferra-
Quando usar: As cinco forças de
menta que analisa cinco forças com-
Porter são frequentemente usadas
petitivas que moldam todos os seto-
para analisar o ambiente competiti-
res e ajuda a determinar os pontos
vo no qual a organização está inse-
fracos e fortes de uma indústria. Foi
rida e para determinar o melhor po-
desenvolvido para identificar a es-
sicionamento do negócio diante dos
trutura de uma indústria e determi-
concorrentes, possibilitando, assim,
nar a estratégia corporativa. Ao lon-
uma visão mais abrangente da con-
go do tempo, passou a ser aplicado
corrência e do mercado.
P
Á
G.
70
Figura 54
EMPREENDEDORISMO
P
Á
G.
71
Figura 55
EMPREENDEDORISMO
Ferramenta 5: DESIGN design thinking, pois coloca uma
equipe multidisciplinar em uma “cor-
THINKING
rida” de cinco dias para resolver um
O que é: É O design thinking é uma problema.
abordagem para resolução criativa
Colocando as Ferramentas em
de problemas. Ele tem como base o
Prática
pensamento divergente e conver-
gente para a criação de soluções Entenda que, em geral, empreen-
inovadoras, com foco no usuário. dedores são muito intuitivos e ten-
dem a preferir menos estrutura e
Demanda uma equipe multidisci-
mais ação. No entanto, é possível di-
plinar e aposta na colaboração para
zer que empreendedores de suces-
acelerar os projetos, por meio da pro-
so conseguem conciliar a habilidade
totipagem rápida.
de inovação com a adoção de fer-
Quando usar: É uma importan- ramentas que estruturam o negócio
te ferramenta na busca por soluções (não a ponto de reprimir a criativida-
inovadoras, práticas, rápidas e segu- de), o que amplia as chances de se
ras, com maior margem de acerto. construir uma empresa sustentável.
P Contribui com processos em que a
Por essa razão, ter uma estrutura
empresa deseja atender às neces-
Á para identificar os problemas (inter-
sidades do consumidor, propondo
nos e externos) de maneira sistemá-
G. abordagens assertivas para os pro-
tica é fundamental para mitigar ris-
blemas identificados.
72 cos, aproveitar as oportunidades e
O sprint design é primeira e mais garantir que seu negócio realmente
importante fase de um processo de vai mudar seu contexto.
Figura 56
EMPREENDEDORISMO
MÓDULO 08 08DESENVOLVIMENTO
DAS HABILIDADES
SOCIOEMOCIONAIS
Figura 57
EMPREENDEDORISMO
Figura 59
Figura 62
Aspecto Social
• Trabalho em Equipe e Competi-
ção Saudável
• Comunicação Interacional (Cla-
reza e Coerência)
• Identidade Profissional, Social e
Pessoal
• Diversificação cultural
Trabalhar o aspecto social com o
Figura 61 empreendedorismo e promover uma
Aspecto Emocional mudança grandiosa na sociedade,
pois está presente no ambiente de
• Inteligência Emocional Pessoal e
solidariedade, seguranças, qualifica-
Profissional
ção profissional, saúde, educação e
• Desenvolvimento da Autoavalia- na reinserção social. Com base nesse
EMPREENDEDORISMO
aspecto social, ele vem na tentativa permitem que desenvolvamos solu-
de solucionar problemas nas rela- ções de forma criativa e inovadora,
ajudando para construção de cami-
nho saudável e produtivo de seu em-
preendimento.
O desenvolvimento das habili-
dades socioemocionais tem seu ini-
cio na faculdade e nas escolas, pelo
uso das metodologias inovadoras. O
crescimento da tecnologia mudou as
formas de aprendizados, pois a par-
ticipação do educando está muita
Figura 63
mais ligada em sua formação. Essa
finalidade tem de mostrar para a
ções humanas e promover a equida- sociedade que empreender é muito
de, dignidade e unicidade. mais fácil que imaginamos, que não
Aspecto Ético precisamos ter muito dinheiro para
• Tolerância, Respeito e Empatia criar nossa empresa, basta ter o pla-
P
nejamento certo e fortificado.
• Ações para o bem comum Á
Resumo
O aspecto ético no meio em- G.
preendedor auxilia na garantia de Neste módulo abordamos so-
bre o Desenvolvimento das Habi- 77
andamento das atividades e princi-
palmente cria um clima organizacio- lidades Socioemocionais, mostra-
nal mais saudável. mos com detalhes sua importância
para o mundo profissional e pessoal.
Com isso, estabelecemos mais Identificamos que a grande impor-
confiança entre todos, onde aumen- tância de aprimorar a gerência de
ta a produtividade. Podemos validar suas emoções, compreender melhor
que a ética em um empreendimento seus colegas, organizar e trabalhar
serve de grande modelo para outros, nas coisas importantes e o estreita-
mesmo que mudemos de negócios mento dos laços, capacidades es-
ou ideias, ainda teremos grandes la- sas que são relevantes tanto para o
ços profissionais e importantes para empreendimento como para carreira
a rede de networking. profissional.
Habilidades Socioemocio- Que diante da globalização e com
nais a Chave para o Futuro o uso dessas metodologias socioe-
mocionais, podemos melhorar os
As habilidades socioemocionais 4 aspectos do ser humano que tra-
dão para o empreendedor a capaci- balha com o Cognitivo, Social, Emo-
dade de lidar com os diferentes tipos cional e Ético; esses aspectos tem
de situações que aparecem em sua grande importância para a evolução
trajetória empreendedora; por isso como pessoa e principalmente dar
essas habilidades são a chave para o um norte para melhorar na vida de
futuro do empreendimento, pois elas modo geral na sociedade.
EMPREENDEDORISMO
1. De acordo com o que foi aprendido nesse módulo, cite três objetivos do de-
senvolvimento das habilidades socioemocionais.
Figura 64
EMPREENDEDORISMO
DOLABELA, F. Oficina do empreendedor (6ª ed.). São Paulo: Cultura, 1999.
_________. Empreendedorismo a viagem do Sonho: como se preparar para
ser um empreendedor. Brasília: Aed, 2002.
DOLABELA, Fernando. O Segredo de Luísa. 1ª Ed. São Paulo: Cultura Editores As-
sociados, 1999.
EMPREENDEDORISMO
Figura 01: http://www.idebrasil.com.br/blog/wp-content/uploads/2020/01/blog-
quaistiposdeempreendedorismovoceconhece.jpeg
P
Á Figura 03: https://www.perftracker.com.br/wp-content/uploads/2020/01/plane-
jamento.png
G.
80
Figura 04: https://jornaldoempreendedor.com.br/wp-content/uploads/2012/09/
mulheres.jpg
EMPREENDEDORISMO
Figura 10: http://painelfinanceiro.com.br/site/wp-content/uploads/2018/05/per-
sonal-branding-1024x679.jpg
P
Figura 15: https://www.handtalk.me/br/wp-content/uploads/sites/8/2018/10/
057-texto-Udemy.png Á
G.
EMPREENDEDORISMO
Figura 23: https://classic.exame.com/wp-content/uploads/2022/01/GettyIma-
ges-1212077495.jpg?quality=70&strip=info&w=1024
EMPREENDEDORISMO
Figura 34: https://media-exp1.licdn.com/dms/image/ C5112AQFYlaPycuJr6w/
article-cover_image-shrink_600_2000/0/1520187295374? e=2147483647&v=be-
ta&t=gFMUNNdF6PGPcmI04mtylv1cmU_F7LJqgLsuYRmoTQ4
EMPREENDEDORISMO
Figura 46: https://www.contabeis.com.br/assets/ img/news/n_41172_7cb43cbc-
f50b923a4ab7886870027cc0.jpg?v=
EMPREENDEDORISMO
Figura 58: http://www.extranet.senac.br/socioemocionais/imagem/matriz.jpg
EMPREENDEDORISMO
(92) 3643-2084
UNICENTER - Sala 122 (LABITICE)
Av. Prof. Nilton Lins, 3259 - Flores, Manaus - AM
CEP: 69058-030