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Bem-Vindo
Contemporâneo e
Transversal -
Empreendedorismo
Corporativo
PROFESSOR
Dr. Diego Milnitz
EXPEDIENTE
FICHA CATALOGRÁFICA
“Graduação - EaD”.
1. Empreendedorismo 2. Corporativo 3. Negócios 4.
Administração. 5. Diego Milnitz I. Título.
CDD - 658.421
Impresso por:
RECURSOS DE
IMERSÃO
PENSANDO JUNTOS
EXPLORANDO IDEIAS
NOVAS DESCOBERTAS
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A NATUREZA DO O PERFIL DO
EMPREENDEDORISMO EMPREENDEDOR:
HISTÓRICO E
CARACTERÍSTICAS
DO EMPREENDEDOR
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EMPREENDEDORISMO PLANO DE NEGÓCIO:
CORPORATIVO DANDO INÍCIO AO
EMPREENDIMENTO
UNIDADE 1
MINHAS METAS
• explicar a natureza do empreendedorismo.
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UNIDADE 1
NOVAS DESCOBERTAS
A NATUREZA DO EMPREENDEDORISMO
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UNIDADE 1
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UNIDADE 1
Conhecimento: Conhecimento:
conhecimento avaliação de
prévio viabilidade
Oportunidade Ação
de terceira empreendedora:
pessoa oportunidade de
primeira pessoa
Motivação: Motivação:
estratégia avaliação de
pessoal predisposição
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UNIDADE 1
NOVAS DESCOBERTAS
“
um exemplo de salto mental criativo parte do conhecimento sobre mer-
cados existentes para uma nova tecnologia que poderia levar a produtos/
serviços que satisfariam tal mercado. Outro salto mental criativo pode-
ria se originar de conhecimento sobre uma tecnologia até chegar a um
novo mercado que se beneficiaria de sua introdução. A realização dessas
conexões entre um novo produto (ou novo serviço, modelo de negócios
ou tecnologia) e um mercado-alvo no qual ele pode ser introduzido é au-
xiliada pelas semelhanças superficiais e estruturais entre a fonte (p. ex.: o
mercado) e o destino (p. ex.: tecnologia).
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UNIDADE 1
BRICOLAGEM
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“
Tim Grayson era um fazendeiro cujas terras eram atravessadas por minas
de carvão abandonadas. Ele sabia que os túneis (um incômodo para os
fazendeiros, pois tendem a desabar, o que cria sumidouros gigantescos
nos campos) também continham grandes quantidades de metano. O me-
tano é outro incômodo: um gás tóxico que contribui para o aquecimento
global, envenena mineiros e persiste em minas abandonadas por diversas
gerações. Grayson e um sócio perfuraram um buraco que ia da propriedade
de Grayson até um poço de mina abandonado, adquiriram um gerador
a diesel usado de uma fábrica local e o adaptaram de forma improvisa-
da para queimar metano. Durante o processo de conversão, Grayson foi
derrubado várias vezes com explosões desse gás incolor e inodoro. Sua
bricolagem produziu eletricidade, a maior parte da qual foi vendida à em-
presa de energia elétrica local usando comutadores reaproveitados. Como
o gerador de Grayson também produzia um calor residual significativo, ele
construiu uma estufa para plantar tomates hidropônicos, aquecida com a
água do sistema de refrigeração do gerador. Ele também utilizou a energia
elétrica gerada fora do horário de pico para alimentar lâmpadas especiais
para acelerar o crescimento das plantas. Com a disponibilidade de uma
estufa cheia de tanques com água rica em nutrientes aquecidos “de graça”,
Grayson percebeu que poderia criar tilápia, um peixe tropical cada vez
mais popular nos Estados Unidos. Ele introduziu os peixes nas águas que
banhavam as raízes dos tomateiros e usou seus dejetos como fertili-
zante. Finalmente, como ainda havia bastante metano à disposição, Tim
começou a vender o excesso para uma empresa de gás natural (BAKER;
NELSON, 2005, p. 341-342).
Como podemos ver, pensar e agir de forma criativa, usando a bricolagem, pode
se tornar uma fonte importante para aproveitar oportunidades empreendedoras.
EFETUAÇÃO
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UNIDADE 1
“
Imagine um chef com a tarefa de preparar um jantar. Há duas maneiras de
organizar essa tarefa. Na primeira, o anfitrião ou cliente escolhe um car-
dápio de antemão. Tudo o que o chef precisa fazer é listar os ingredientes
necessários, comprá-los e depois preparar a refeição. Esse é um processo
da causalidade. Ele começa com um cardápio determinado e se concentra
em escolher dentre as maneiras de preparar a refeição.
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UNIDADE 1
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UNIDADE 1
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UNIDADE 1
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NOVAS DESCOBERTAS
Vamos, agora, falar do papel fundamental do empreendedor, visto que, com o seu
anseio por conquistar sua independência e autorrealização, ele é o responsável
pelas novas ideias que movem a economia, criando e iniciando coisas novas,
correndo riscos e aproveitando oportunidades que poucos veem (DOLABELA,
2012; AFFONSO, 2018a).
Dornelas (2013) e Affonso (2018a) destacam que não existe um padrão de perfil
dos empreendedores, porém pode-se listar algumas características comuns, como:
Dornelas (2013) ainda destaca que empreendedores que buscam seu próprio
desenvolvimento, tendem a realizar autoavaliações, autocriticas e autocontrole.
Além disso, o indivíduo deve ser imaginativo, determinado, conhecer de forma
técnica as etapas e processos, conhecer fatores externos (concorrência, clientes,
mercado) e internos (forças e fraquezas) da empresa e ser capaz de organizar e
liderar pessoas (AFFONSO, 2018a).
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EMPREENDEDORISMO CORPORATIVO
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UNIDADE 1
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Diante de todo esse cenário, a necessidade de as empresas inovarem con-
tinuamente para ampliar seu potencial competitivo e manter sua sobrevi-
vência no mercado vem aumentando. Tal fato exige dos gestores a busca
e a implementação de práticas gerenciais capazes de estimular e ampliar
a capacidade de inovação de produtos, serviços, processos e modelos de
gestão e a criação de novos negócios e novos mercados. Assim, é impor-
tante que os gestores criem um ambiente interno que favoreça as práticas
de empreendedorismo corporativo.
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UNIDADE 1
Para que uma empresa se torne empreendedora é preciso que mude seu com-
portamento e sua cultura, estimulando seus funcionários a empreender e
criando um ambiente favorável para isso, o que torna necessário mudanças
até em suas práticas gerenciais.
Dessa forma, Hisrich, Peters e Shepherd (2013) destacam algumas diferen-
ças entre a gestão tradicional e a gestão empreendedora, que são: orientação
estratégica; comprometimento com a oportunidade; comprometimento com
recursos; controle de recursos; estrutura administrativa; sistema de recompen-
sas; orientação para o crescimento; e cultura empreendedora. Vamos entender
cada uma dessas diferenças detalhadamente?
Segundo Affonso (2018b), em empresas tradicionais, a orientação estraté-
gica volta-se para o uso eficiente dos recursos disponíveis, ou seja, o futuro da
empresa depende dos recursos que se têm ou que possuem fácil acesso, e isso é
o que determina as oportunidades que a empresa irá buscar. Já as empresas em-
preendedoras focam suas estratégias para gerar ou aproveitar oportunidades
empreendedoras, a fonte de obtenção dos recursos e sua organização fazem
parte de uma etapa secundária, assim como a elaboração da implementação das
oportunidades que forem descobertas (HISRICH; PETERS; SHEPHERD, 2013).
Quanto ao comprometimento com a oportunidade, Hisrich, Peters e
Shepherd (2013) e Affonso (2018b) destacam que, no modelo tradicional, as
oportunidades são avaliadas minunciosamente antes de se tomar uma deci-
são, coletando dados e informações, e projetando os retornos que poderão
obter antes de decidir. Enquanto isso, no modelo empreendedor, as opor-
tunidades são aproveitadas rapidamente, antes que outras empresas as
aproveitem. E, caso a empresa verifique que a oportunidade não está sendo
favorável, pode retirar os recursos investidos na mesma velocidade com que
os destinou, o que minimiza as suas perdas.
O comprometimento com os recursos é outro ponto de diferença entre as
duas formas de gestão. Como já mencionamos, antes de comprometer seus recur-
sos, a empresa tradicional faz uma pesquisa detalhada, o que lhe permite destinar
um volume grande de recursos à ideia, visto que as possibilidades e riscos já são
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“
Para implementar uma cultura empreendedora em uma organiza-
ção, é fundamental o apoio e o interesse da alta administração em
relação à criação e ao desenvolvimento de novas ideias, bem como o
comprometimento dos demais níveis da organização. Só assim será
possível passar por todas as etapas do processo de mudança cultural.
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UNIDADE 1
O empreendedorismo e a criatividade
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Atualmente, as empresas enfrentam uma concorrência cada vez maior, visto que
o número de pequenas empresas vem aumentando e estas têm se tornado cada
vez mais ágeis. Essa intensificação na concorrência faz com que as empresas já
inseridas no mercado invistam cada vez mais para a promoção do empreende-
dorismo interno, buscando ampliar suas inovações e o seu nível de aprendizagem
organizacional.
Quando a empresa opta por incentivar esse lado criativo de seus funcionários
para a solução de problemas e identificação de oportunidade, passará por experi-
mentações contínuas, melhorias e ampliará sua capacidade de fornecer aos seus
clientes bens e/ou serviços cada vez melhores e inovadores (JONES; GEORGE,
2012). Vejamos, agora, alguns exemplos de promoção do empreendedorismo
interno destacados pelos autores:
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O planejamento do empreendimento
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UNIDADE 1
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por meio do plano de negócio, os empreendedores/gestores podem traçar
objetivos que o negócio necessita atingir e delinear os caminhos para que
isso aconteça, compreendendo que, sem uma definição clara de objetivos
e metas e sem o desenho de um caminho para alcançá-las, fica impossível
mensurar recursos (humanos, técnicos e financeiros) necessários, bem
como ter o controle dos resultados alcançados.
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O plano de negócio
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Conforme Terribili Filho (2012), a elaboração do plano de negócio pode ser feita
a partir dos seguintes passos:
Cada uma dessas etapas possui diversas atividades a serem realizadas, e isso fa-
cilita ao empreendedor compreender o que irá realizar e como fará isso. E para
que o plano de negócios seja bem-sucedido, é preciso que o empreendedor colete
diversas informações e que essas informações sejam de qualidade para que o
cenário construído seja o mais verídico possível (RUWER, 2018).
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NOVAS DESCOBERTAS
Algumas informações devem sempre estar claras no plano de negócio, como, por
exemplo: quem são os empreendedores; qual o produto/serviço a ser ofertado;
qual o montante a ser investido; qual o mercado; qual o público-alvo a ser atin-
gido; como é a estrutura da empresa; como ocorre o processo produtivo; quais
as projeções financeiras, dentre outros (RUWER, 2018).
Esse documento é importante tanto para o empreendedor quanto para pos-
síveis investidores e colaboradores e, para isso, deve ser elaborado de uma for-
ma que responda aos questionamentos de todos os interessados, mitigando o
máximo de dúvidas possíveis sobre o negócio. Os detalhes e a profundidade do
documento dependerão do tipo do empreendimento proposto, do mercado em
que estará inserido, do nível de concorrências que há nesse mercado e das possi-
bilidades de crescimento (HISRICH; PETERS; SHEPHERD, 2014).
Dornelas (2017) destaca os principais stakeholders interessados no plano de
negócios de uma empresa e os seus objetivos, vejamos a seguir.
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AFFONSO, L. M. F. O perfil do empreendedor: histórico e características. In: AFFONSO, L. M.
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