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Empreendedorismo

sua cronologia e natureza


Quando e onde surgiu o
empreendedorismo
Primórdios da Natureza Empreendedora

• França: 1437: aparição do termo 'entrepreuner'


(empreendedor).

• Idade Média: O termo era usado para descrever pessoas que


participavam ou gerenciavam grandes projetos de produção;

• XVII – Noção de risco foi associada ao empreendedorismo –


Richard Cantilon;

• XVIII: O empreendedor passa a ser visto como essencial


para o bom funcionamento da economia, como salientava
Jean Baptiste Say.Ascensão do sistema capitalista;

• XVIII e XIX – O termo empreendedor: empresário


Quais são as eras do
empreendedorismo
Eras do empreendedorismo

Séc. XIX. Séc. XX. Séc. XX

1850 1900 1950 2000

Landströn & Lohrke (2010)


Era Econômica (contexto social)
Era Econômica (1870-1940)

Foco no risco, incertezas, mudanças e inovação. (LUCRO)

Diferenciação de empreendedor e capitalista

O empreendedor é o agente do processo de destruição


criativa. Segundo Shumpeter, este processo é o
impulso fundamental que aciona e mantém em
marcha o motor capitalista, constantemente criando
novos produtos, novos métodos de produção, novos
mercados e, implacavelmente, sobrepondo-se aos
antigos métodos menos eficientes e mais caros.

Aqui, quem administra eficientemente uma organização


não pode ser considerado empreendedor, pois não
rompeu com a barreira entre a inovação e o
tradicional.
... Joseph Shumpeter
O empreendedor é uma pessoa que assume riscos e
incertezas, organiza e coordena os fatores de
produção com a visão de um agente inovador
Era Ciências Sociais (contexto social)
Era Ciências Sociais (1940-1970)

Foco no empreendedor como indivíduo e no contexto social –


estudiosos das áreas de Psicologia e Ciências Sociais

McClelland afirma que a motivação é u m dos fatores que


contribui para o crescimento econômico de uma nação. Essa
motivação poderia se desenvolvida por meio da cultura,
experiências e aprendizagem.

Três maiores motivos que impactam o comportamento


empreendedor: necessidade de realização, n ecessidade de
afiliação e conceito de poder. - MOTIVAÇÃO

O empreendedor era, para McClelland, u m produto do meio.


Schumpeter (1997), Max Weber (1982), McClelland (1972)
David McClelland
Era Gerencial - atualidade (contexto social)
Era Estudos da Gestão (1970- atualidade)

Foco no comportamento gerencial do empreendedor - como ele


age na criação de novos empreendimentos - e nas
oportunidades e tendências tecnológicas.

Diferença entre empreendedor e inventor.

A oportunidade se refere a uma série de condições externas


comprovadamente favoráveis para identificação e exploração
de novos negócios, ou seja, ela é fonte de inovação. Saber
identificar oportunidades é a habilidade de um empreendedor de
sucesso.

Israel Kirzner
Era Estudos da Gestão (1970- atualidade)

O empreendedorismo, como uma área de negócios, busca


entender como surgem as oportunidades para criar algo novo
(novos produtos ou serviços, novos mercados, novos processos
de produção ou matérias primas, novas formas de organizar as
tecnologias existentes); como são descobertas ou criadas por
indivíduos específicos que, a seguir, usam meios diversos para
explorar ou desenvolver essas coisas novas, produzindo assim
uma ampla gama de efeitos. (SHANE; VENKATARAMAN, 2000,
p. 218)

Scott Shane & Sankaran Ventakaraman


Era Estudos da Gestão (1970- atualidade)

Teoria effectuation

Empreendedores: (a) identificam oportunidades a partir de


recursos existentes, (b) tomam decisões de investimento com base
no que estão dispostos a perder, (c) aproveitam as contingências e
(d) estabelecem relações estratégicas com stakeholders.

O processo effectual utiliza os recursos disponíveis e foca na


seleção dos efeitos possíveis de se alcançar utilizando esses
recursos, assumindo como pressuposto central do processo
effectual a lógica de que: “à medida que podemos controlar o
futuro, não precisamos prevê-lo” (Sarasvathy, 2001a, p. 251).

Saras D. Sarasvathy
Empreendedorismo no Brasil

No Brasil, a figura empreendedora começou a se destacar


somente a partir de 1990 devido ao avanço tecnológico,
abertura do mercado e globalização.

Incentivos governamentais a novos investimentos, e


desburocratização de financiamentos para implantação de
novos negócios.

Em 1990 houve a criação do Serviço Brasileiro de Apoio às


Pequenas e Médias Empresas (Sebrae). Instituição privada, sem
fins lucrativos, mantida por repasses das maiores empresas do
país, proporcionais ao valor de suas folhas de pagamento.

Lei Complementar nº 123/2006 - Lei Geral da Micro e Pequena


Empresa.

Lei Complementar nº 128/2008 - Cria a figura do


Microempreendedor Individual - MEI.
Motivações que levam os indivíduos a empreender no Brasil
Empreender por...

Oportunidade Necessidade
Os empreendimentos são criados
Os empreendimentos são criados a porque o empreendedor não consegue
partir da identificação de uma encontrar trabalho no mercado,
oportunidade; n ecessit an do empreender para
sobreviver;
Os empreendedores buscam
melhorar sua condição de vida a Na verdade, quanto m ais
partir da exploração da desen volvido o país, há u m a
oportunidade vislumbrada; t en dên cia a baixar o
Empreendedorismo por necessidade;
Em geral, há uma preparação
prévia, conhecimento ou Crises econômicas podem ajudar a
experiência de mercado. aumentar o empreendedorismo por
necessidade.
Tipos de empreendedores

Empreendedor nato: sem conhecimento, tem habilidades para empreender.


Ex. Silvio Santos.

Em preen dedor corporat ivo (in t raem preen dedor): am bien t e organ izacion al
propício para a inovação dentro da organização. Ex. 3M - Post-it

Empreendedor social: seus projetos trazem resultados para os outros, e não


para si próprio. Ex. Instituto Ayrton Senna.

Empreendedor por sucessão familiar: assume a missão de levar em frente o


legado da família.
Ser empreendedor
vantagens e/ou desvantagens
Por que se tornar empreendedor?

Obt er pat rim ôn io fin an ceiro pessoal, se o em preen dedor for u m a pessoa
preparada e ciente de suas reais capacidades e limitações;

Ter liberdade e independência do emprego oferecido por outros;

Se sentir realizado;

Vontade de ser seu próprio patrão - autonomia;


Por que não se tornar empreendedor?

Requer muito trabalho, horas de dedicação e energia emocional;

Tensão inerente ao se dirigir u m negócio próprio;

Lidar com riscos;

Pouca previsibilidade e estabilidade;


Impactos positivos da atuação empreendedora

Desenvolvimento de produtos/serviços mais inovadores e eficientes;

Gerar emprego e aumento do crescimento econômico;

Valorizar o comércio e indústria regional;

Criar uma competição saudável no mercado;

Estimular novos mercados e o aumento da produtividade;

Encorajar pesquisas, estudos e o desenvolvimento tecnológico;

Reduzir a economia informal.


Fatores inibidores do potencial empreendedor

Imagem social: alguns indivíduos após terem uma boa posição como
empregados, acabam pensando que as tarefas necessárias para iniciar um
novo negócios vão prejudicar sua imagem social.

Capital social: são valores ou ideais que estão incutidos no nosso


inconsciente que orientam a nossa vida. Ex.: pais com profissões de sucesso,,
pais empreendedores, 'geração concurso público'.

Falta de conhecimento e autoconfiança: raramente uma pessoa que não


possua tais atributos se arriscará em criar seu próprio negócio.

Questões macroeconômicas: impostos, legislação trabalhista, cartéis.


O empreendedorismo é
genético
Todos nós somos
empreendedores. A
vontade de criar coisas
está no nosso DNA.

Reid Hoffman
Co-fundador da rede Linkedin
Espírito empreendedor

Embora alguns autores acreditavam que o empreendedorismo fosse uma


capacidade inata, hoje, acredita-se que as habilidades empreendedoras
possam ser ensinadas e aprendidas.

Os empreendedores desenvolvem e aprimoram suas aptidões com o tempo,


e a capacidade de perceber oportunidades é melhorada com o decorrer dos
anos.

MITO (falso) -> 'Empreendedores são natos, nascem para o sucesso'.


Características do espírito empreendedor

Comprometimento e determinação
1. Proatividade na tomada de decisão.
2. Tenacidade, obstinação.
3. Disciplina, dedicação.
4. Persistência em resolver problemas.
5. Disposição ao sacrifício para at ingir met as.

Motivação e superação
1. Orient ação a met as e result ados.
2. Dirigido pela necessidade de crescer e at ingir melhores result ados.
3. Não se preocupa com st at us e poder.
4. Autoconfiança.
5. Cient e de suas fraquezas e forças.
6. Tem senso de humor e procura est ar animado.
7. Tem iniciativa.
8. Poder de aut ocont role.
9. Transmit e int egridade e confiabilidade.
10. É pacient e e saber ouvir.
11. Sabe construir times e trabalhar em equipe.
Características do espírito empreendedor

Obsessão pelas oportunidades

1. Procura ter conhecimento profundo das necessidades dos clientes.


2. É dirigido pelo mercado.
3. Obsessão em criar valor e sat isfazer aos client es.

Tolerância ao risco, ambiguidade e incertezas

1. Toma riscos calculados (analisa tudo antes de agir).


2. Tolerância às incert ezas e falt a de est rut ura.
3. Tolerância ao est resse e conflit os.
4.Hábil em resolver problemas e int egrar soluções.
Características do espírito empreendedor

Criatividade, autoconfiança e habilidade de adaptação

1. Não-convencional, cabeça abert a, pensador.


2. Não se conforma com o st at us quo.
3. Hábil em se adapt ar a novas sit uações.
4.Não tem medo de falhar.
5.Hábil em definir conceit os e det alhar ideias.
Características básicas do empreendedor

Chiavenato (2012)
Habilidades do empreendedor

Técnicas – relacionadas à redação, at enção, oralidade, organização, t reinament o,


t rabalho em equipe e know-how t écnico;
Administrativas – referem-se à criação, ao desenvolviment o e à administ ração de
empresas;
Pessoais – diz respeito ao controle interno (disciplina), risco, capacidade de inovar,
persistência, liderança visionária e orientação para mudanças.
Habilidades do empreendedor

(HIRISH; PETERS, 2009)

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