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BEM-VINDO!

Curso Administração de Novos Negócios

Carga Horária: 40 Horas


SUMÁRIO:

Lição 01: Administração de Novos Negócios ..........................................................3

Lição 02: Oportunidades de Mercado e Novos Negócios .......................................5

Lição 03: Características Ideias do Empreendedor de Sucesso ............................7

Lição 04: Avaliação..................................................................................................8

Lição 05: Aliados do Empreendedor .....................................................................10

Lição 06: Plano de Negócios ................................................................................12

Lição 07: A quem se destina o Plano de Negócio ................................................14

Lição 08: Cuidados importantes ao redigir um Plano de Negócio ........................15

Lição 09: Roteiro de Plano de Negócios ..............................................................16

Lição 10: Constituição de Um Empreendimento ..................................................18

Lição 11: Contrato Social .....................................................................................21

Bibliografia ...........................................................................................................22
Lição 01: Administração de Novos Negócios

Administrar significa colocar em gerir, controlar e governar. Novos negócios relacionam-se com o mundo
empreendedor. O termo empreendedorismo é uma livre tradução que se faz da palavra francesa
entrepreneurship e designa realizar algo (iniciativa + inovação). Para nós, empreendedorismo é a
disciplina que tem por fundamento o gerenciamento e administração de um negócio/empreendimento
(empresa/ vida/trabalho [1] ).

O empreendedorismo é uma revolução silenciosa, que será para o século 21 mais do que a revolução
industrial foi para o século 20 [2] . No entanto, é certo que o empreendedorismo é um fenômeno cultural e
o empreendedor é objeto do meio social em que vive. Alertamos que o ensino tradicional não foi feito para
formar empreendedores, eis que a política aplicada no Brasil sempre foi equivocada, isto é, foi preparada
para criarem apenas empregados.

No mundo empreendedor, surge o nosso principal personagem, o “Empreendedor [3]”. Definimos


empreendedor como a pessoa que inicia e/ou opera um negócio para realizar uma idéia ou projeto
pessoal, assumindo e calculando os riscos e responsabilidades do negócio e sempre inovando.
Evidentemente que o risco do empreendedor deve ser sempre moderado, isto é, calculado [4] , tendo
plena ciência do risco, porém, minimizado através dos planejamentos. Filion [5] define empreendedor de
forma simples e abrangente: “uma pessoa que imagina, desenvolve e realiza visões”, (DOLABELA, p.29).

O espírito empreendedor envolve alto comprometimento, emoção, paixão, impulso, inovação, risco,
intuição, criatividade, racionalidade, muito trabalho, inovando continuamente, e, geralmente, são
influenciados por uma pessoa do círculo de relações (família ou amigos).

Há alguns anos acreditava-se que o empreendedorismo era inato ao ser humano, isto é, a pessoa já
nascia com um diferencial predestinado. No entanto, apesar de ainda existirem os
empreendedores inatos, atualmente acredita-se ser plenamente possível alguém se tornar
empreendedor através de estudos e técnicas apropriadas.

O bom empreendedor é aquele que está preparado para criar e manter seu negócio com um ciclo de vida
prolongado e obter retornos significativos de seus investimentos. O diferencial está no exercício de
percepção e de reformulação de conceitos estabelecidos e herdados através do conhecimento
geralmente vivenciado por outras pessoas. O verdadeiro empreendedor vive de aprender a aprender
continuamente, considerando a possibilidade de errar e corrigir, de se perder e encontrar. É ver o mundo
com novos olhos, com novos conceitos, com novas atitudes e propósitos.

O empreendedor precisa planejar e estar preparado para as tempestades, saber poupar e investir no
momento certo, trabalhando com dedicação e comprometimento, administrando com otimismo e coragem
os desafios de uma empresa. O empreendedor precisa definir seu negócio, estipular metas e objetivos,
enfrentando os desafios e gozando de privilégios próprios do empreendedor [6] . Já a figura do SÓCIO,
diz-se aquele que figura como proprietário de quotas de uma empresa, registrado no contrato social, junto
a Junta Comercial.

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O QUE LEVA UMA PESSOA A SER EMPREENDEDORA (VANTAGENS):

“independência” + Lucro + satisfação pessoal

HABILIDADES QUE LEVAM A PESSOA A SE TORNAR EMPREENDEDORA DE SUCESSO: Pessoal +


gerencial + técnica

________________________________________________________________________________

[1] Para o empreendedor estas relações andam muito próximas.

[2] Comentários de Fernando Dolabela in O segredo de Luisa.

[3] Palavra com origem francesa e quer dizer aquele que assume riscos e começa algo novo (junção
de iniciativa + inovação).

[4] Estudar os impactos da empresa na vida pessoal do empreendedor - vide pesquisa biografia de
um empreendedor de sucesso (pergunta de prova).

[5] Autor da teoria visionária.

[6] O balanceamento entre os aspectos racionais e emocionais do negócio é indispensável para o


sucesso do empreendimento.

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Lição 02: Oportunidades de Mercado e Novos Negócios

Pesquisa do Sebrae-SP mostra que mais de 2 em cada 3 empresas de pequeno porte, abertas em São
Paulo, não passam do quinto ano de existência. Baseado em fatos, ficam as perguntas: “o que leva
tantas empresas à extinção? O que faz com que outras sobrevivam aos trancos e barrancos?”.

O fracasso pode estar ligado à falta de dinheiro; no mercado, escassez de recursos, burocracia,
carga tributária, falta de conhecimento e criatividade entre outras. Mas outras causas podem estar
relacionadas com os próprios empreendedores, isto é, a falta de habilidade administrativa,
financeira, tecnológica e mercadológica e a principalmente a aptidão para o negócio.

A força que empurra o empresário para o sucesso é, sem dúvida, a vontade de enfrentar o desafio de
abrir o próprio negócio. Mas, somada a essa vontade tem que haver a disposição para adquirir
conhecimentos e para desenvolver comportamentos adequados a empreendedores bem sucedidos.

Pesquisas feitas com empresários bem-sucedidos identificaram qualidades especiais comuns a todos
eles, tais como: ousadia, criatividade, persistência, atualizado, inovador, político (no bom sentido da
palavra), insistente, culto, confiante, oportunista, corajoso, líder, sonhador, independente,
polivalente, otimista, revolucionário, comprometido, experiente, dinâmico, capacitado, organizado,
planejado e conhecedor (prático e teórico), e por que não “ético”.

O Professor Dornelas montou-se um decálogo [1] do empreendedor de sucesso. Itens que revelam a
personalidade de homens e mulheres que foram à luta e obtiveram seu lugar no mercado.
Decálogo:

1. Assumir riscos: Esta é a primeira e uma das maiores qualidade do verdadeiro empreendedor.
Arriscar conscientemente é ter coragem de enfrentar desafios, de tentar um novo empreendimento,
de buscar, por si só, os melhores caminhos. É ter autodeterminação. Os riscos fazem parte de
qualquer atividade e é preciso aprender a lidar com eles, eis que o empreendedor só deve assumir
riscos moderados.

2. Identificar oportunidades: Ficar atento e perceber, no momento certo, as oportunidades que o


mercado oferece e reunir as condições propícias para a realização de um bom negócio é outra marca
importante do empresário bem-sucedido.

3. Conhecimento: Quanto maior o domínio de um empresário sobre um ramo de negócio, maior é


sua chance de êxito. Esse conhecimento pode vir da experiência prática, de informações obtidas em
publicações especializadas, em centros de ensino, ou mesmo de "dicas" de pessoas que montaram
empreendimentos semelhantes. O empreendedor é um indivíduo curioso e atento a informações, pois
sabe que suas chances melhoram quando seu conhecimento aumenta.

4. Organização: Ter capacidade de utilizar recursos humanos, materiais financeiros e tecnológicos


de forma racional. Resumindo: ter senso de organização. Na maioria das vezes a desorganização,
principalmente no início do empreendimento, pode comprometer seriamente seu funcionamento e
seu desempenho.

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5. Tomar decisões: O sucesso de um empreendimento, muitas vezes, está relacionado com a
capacidade de decidir corretamente. Tomar decisões acertadas é um processo que exige o
levantamento de informações, análise fria da situação, avaliação das alternativas e a escolha da
solução mais adequada. O verdadeiro empreendedor é capaz de tomar decisões corretas, na hora
certa.

6. Liderança: Liderar é saber definir objetivos, orientar tarefas, combinar métodos e procedimentos
práticos, estimular as pessoas no rumo das metas traçadas e favorecer relações equilibradas dentro
da equipe de trabalho, em torno do empreendimento. Dentro e fora da empresa, o homem de
negócios faz contatos. Seja com clientes, fornecedores e empregados. Assim, a liderança tem que ser
uma qualidade sempre presente.

7. Dinamismo: Um empreendedor de sucesso nunca se acomoda, para não perder a capacidade de


fazer com que simples idéias se concretizem em negócios efetivos. Manter-se sempre dinâmico e
cultivar certo inconformismo diante da rotina é um de seus lemas preferidos.

8. Independência: Determinar seus próprios passos, abrir seus próprios caminhos, ser seu próprio
patrão, enfim, buscar a independência é meta importante na busca do sucesso. O empreendedor
deve ser livre, evitando protecionismos que, mais tarde, possam se transformar em obstáculos aos
negócios.

9. Otimismo: Esta é uma característica das pessoas que enxergam o sucesso, em vez de imaginar o
fracasso. Capaz de enfrentar obstáculos, o empresário de sucesso sabe olhar além e acima das
dificuldades.

10. Tino empresarial: O que muita gente acredita ser um "sexto sentido", intuição, faro empresarial,
típicos de gente bem-sucedida nos negócios é, na verdade, na maioria das vezes, a
soma de todas as qualidades descritas até aqui. Se o empreendedor reúne a maior parte dessas
características terá grandes chances de ter êxito. Quem quer se estabelecer por conta própria no
mercado brasileiro e, principalmente, alçar vôos mais altos, na conquista do mercado externo, deve
saber que clientes, fornecedores e mesmo os concorrentes só respeitam os que se mostram à altura do
desafio.

O texto acima deixa claro que algumas características são decisivas para quem pretende aventurar -se
pelo mundo dos negócios. Na maioria das vezes as características são natas, mas, acreditamos ser
plenamente possível adquiri-las através de técnicas e estudos.

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Lição 03: Características Ideias do Empreendedor de Sucesso

A humildade é detalhe importante nos grandes empreendedores nas decisões dia-a-dia. Tal característica
faz com que o trabalhador sinta-se valorizado e respeitado, e, consequentemente, aumente sua
produtividade. Porém, a busca do lucro e a independência são elementos primordiais para o
empreendedor.

Independência também é definida como satisfação pessoal, e, logo em seguida, o lucro como resposta
pelo trabalho, pois, torna-se consequência de seu trabalho. O perfil ideal do empreendedor (utópico) é ser
um bom: planejador, ousado, corajoso,
ético, inovador, criativo, insistente, culto, confiante, oportunista, líder, persistente, sonhador,
independente, polivalente, dedicado, dinâmico, otimista, revolucionário, comprometido, organizado,
conhecimento (teórico e prático), arrojado entre outros citados no texto anterior.

Já o fracasso do empreendedor, basta inverter os perfis acima e, quanto mais pontos negativos, maior
será a chance de falência do empreendimento. Figura no topo desta lista a falta de
planejamento, o despreparo (conhecimento) na implantação e inaptidão para o negócio.

MUNDO DOS NEGÓCIOS

(VANTAGEM/DESVANTAGENS)

A principal pergunta do futuro empreendedor é: “vale a pena assumir os riscos e encarar


assumir um negócio?” Para responder esta questão é necessário avaliar um conjunto de quesitos,
pois existem vantagens e desvantagens em ser dono do seu próprio empreendimento e você deve
analisar com cautela a oportunidade e calcular os riscos do empreendimento.

Ter um patrão ou ser dono do próprio negócio? Optando pela segunda opção, o empreendedor deverá ter
o preparo técnico e profissional para o novo desafio, pois, prever os riscos e os possíveis tropeços
aumenta substancialmente as chances de sucesso.

O estudo (conhecimento) também é essencial para o sucesso, pois o empreendedor pode utilizar de
técnicas empresariais consagradas de sucesso, tal como: “benchmarking”, que consiste no processo
de avaliação da empresa em relação à concorrência [3] , por meio do qual incorpora os melhores
desempenhos de outras firmas e/ou aperfeiçoa os seus próprios métodos.

Estudos de viabilidade para questões empreendedoras

Muitos são os problemas enfrentados pelos empreendedores brasileiros, tais como falta de capital de
giro e de pesquisa de mercado, burocracia, altos índices de tributos e impostos, corrupção, carência
de capacitação e treinamento dos empreendedores; ineficiência administrativa; falta de redes
associativas; exclusão digital; inexperiência entre muitos outros.

Assim, dentre os principais, destacam-se: falta de capacitação; alta carga tributária; falta de
capital; burocracia; concorrência; Outros: fraude, mão-de-obra não qualificada e/ou alta, falta de
planejamento, roubo, sócio, localização inadequada, desorganização, isolamento, fraude, logística,
empresarial, má administração (geral) etc.

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Lição 04: Avaliação
AVALIAÇÃO DOS NOVOS NEGÓCIOS NA ECONOMIA BRASILEIRA [1]

Infelizmente, o caminho percorrido pelo empreendedor brasileiro (como qualquer outro) é árduo, mas,
tende a ser gratificante e lucrativo. Mas, diante dos enormes problemas enfrentados, é necessário o
empreendedor prevê-las e saber solucioná-las. De fato, o empreendedor dá um grande salto
reconhecendo os problemas e oferecendo soluções viáveis.

No primeiro lugar, lembramos que a “legislação” é a solução para a maioria dos itens elencados
(burocracia, carga tributária, capacitação etc.), desta forma, quanto mais políticos comprometidos e
honestos, maior será a chance aumentarmos o sucesso de nossas empresas com o aparecimento de leis
que favoreçam o empresário.

Problema como a inexperiência, (embutidos a falta de conhecimento do produto ou do mercado, falhas


administrativas, inexperiência prática e teórica entre outros), sempre acaba com a
capacitação do empreendedor. Para resolver esta questão é necessário primeiro o nosso próprio
empreendedor buscar ‘conhecimento’ através de cursos, palestras, congressos, revistas, seminários,
feiras, jornais, inclusive matriculando-se no curso de pós-graduação da UniRadial/Estácio, curso
“Gestão Empreendedora”, além de, indiscutivelmente, realizar um estágio prático (média ideal seis
meses).

Sabemos que o brasileiro é reconhecido mundialmente pela vocação empreendedora e criatividade, no


entanto, lamentavelmente há problemas quando nos referirmos ao capital na hora de abrir uma empresa
e, por sua vez, o Estado não valoriza e não dispõe de mecanismos eficazes para solucionar a vocação
brasileira empreendedora. Tratando-se de instituição privada, infelizmente é necessário ter garantia para
obtenção dos empréstimos (hipoteca, caução, fiança etc.), caso contrário, tal ajuda é quase impossível.

De qualquer forma, o bom empreendedor conhece os órgãos públicos capazes de financiar excelentes
ideias (BNDS, Fapesp, Incubadoras, Banco do Brasil), ou, buscando sócios injetores de dinheiro, tal
como: investidor anjo [2] .

Para atenuar o problema da concorrência, lançamos mão das regras básicas do mercado,
oferecendo: preço, forma de pagamento facilitada, qualidade, inovação, atendimento exemplar, “4
Ps" [3] etc.

Ainda do item concorrência, não podemos deixar de mencionar a ferramenta do ‘Benchmarking’,


consistente num processo contínuo de avaliação dos produtos, serviços e práticas dos concorrentes,
aplicando de forma melhorada em sua empresa. Quanto a fraude, um ótimo mecanismo é informatização,
instalando equipamentos de segurança (filmadoras, cartão de ponto eletrônico, bloqueios de página na
internet [4] etc.).

Para o problema da burocracia, fica a sugestão de uma excelente assessoria (contábil, jurídica), para
minimizar e atenuar o descaso do Poder Público. De tal forma, resta informar que é
possível realizar, apesar de limitado e tímido o número de serviços, de forma rápida a aquisição de
algumas certidões e diversos serviços pela internet [5] . Outro grande problema nacional é alta
carga tributária. Para atenuar, dependendo da situação (Federal, Estadual ou Municipal) é possível optar
pelo “Simples [6] ”.

Observação: Tratando-se de problemas empresariais, preferirmos excluir o “azar” desse rol, eis
que, pessoalmente reconheço que existem pessoas preparadas, capacitadas e criativas que 8
concorrem para o sucesso pessoal e empresarial [1] .
[1] Vide comentários Plano de Negócios

[2] O angel é o investidor pessoa física, um capitalista de risco que possui dinheiro e busca
alternativas para obter melhor rentabilidade para esse dinheiro. Mas, para isso, analisa muito bem o
plano de negócios da empresa e seu potencial. Geralmente, são homens que já obtiveram sucesso
empresarial na vida e buscam o retorno do capital em curto e médio tempo.

[3] Vide “4 Ps": (Preço: mínimo, ideal); (Ponto: distribuição, locais de venda, transporte, entrega);
(Produto: características, diferencial, necessidades a ser supridas); (Promoção: propaganda,
comunicação).

[4] No entanto, estas gravações devem ser comunicadas previamente aos funcionários e clientes,
sob pena de violar privacidade alheia e a empresa sofrer sanções judiciais.

[5] A Prefeitura Municipal de São Paulo promete conceder o alvará de funcionamento pela internet
em apenas dois dias, (Diário do Comércio, 27 de fevereiro de 2008).

[6] Uma tentativa de unificação tributária, com alíquota de tributos de acordo com o faturamento da
empresa.

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Lição 05: Aliados do Empreendedor
ALIADOS DO EMPREENDEDOR (OU INIMIGOS)

Uma forma de auxiliar, colaborar e incentivar o empreendedor e ajudá-los nas soluções dos problemas
são os aliados. No entanto, mesmo os aliados podem torna-se inimigos dependendo da
situação e do problema. De qualquer forma, devemos encarar como aliados do empreendedor:

-Auxílio financeiro e técnico: Incubadoras [1], Bancos e Financiadoras, investidor anjo;

-Família [2] (apoio moral, financeiro e emocional);

-Conselheiro [3] : espécie de padrinho (preferencialmente um empresário de sucesso);

-Empregado (reconhecido gentilmente como colaborador);

-Mercados: Fornecedor, consumidor e concorrente;

-Sócio (apoio moral, técnico e financeiro);

-Cliente (principal propagador da empresa);

-Assessoria [4] : (contadores, advogados, consultores etc.);

-Fornecedor (diversos contratos de parceria);

-Diversos: Sebrae [5] , Sindicatos, Professores, Associações, Instituições de ensino, livros, feiras,
congressos, ABF (Associação Brasileira de Franquia); ACSP (Associação Comercial de São Paulo)
etc.

OBSERVAÇÕES:

De acordo com o aliado, o empreendedor deve focar seus esforços e aproveitá-lo da melhor forma.
Exemplo: O Mercado concorrente pode ser útil através de alianças (seja na exportação ou
importação), ou através rede associativa e melhorar condições de compra/venda produto; e ainda
através de benchmarking ou networking.

[1] Incubadora é entidade destinada a amparar (principalmente o estágio inicial) empresas que se
enquadram em determinadas áreas de negócios. Além da assessoria na gestão técnica e empresarial
da organização, a incubadora oferece a possibilidade de serviços compartilhados como telefone,
secretária, água, internet, segurança, aluguel etc. A empresa incubada não encontrará fora da
incubadora as facilidades existentes dentro dela, a preços tão competitivos e de forma tão integrada.
Por isso, a taxa de mortalidade de empresas incubadas é muito menor. O principal objetivo deve ser
a produção de empresas de sucesso. Portanto, incubadora de empresas pode ser chamada de
‘fábrica de empresa’.
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[2] Vide TESTAMENTO ÉTICO: Um documento em que pais transmitem aos filhos padrões e
valores morais, além de histórias familiares, favorecendo o sucesso de gerações por gerações. Essas
pessoas, por meio dessa modalidade de testamento, recebem diretrizes perenes para suas vidas e
atividades, contudo, no Brasil é ainda pouco praticado, sendo comum nos Estados Unidos.

[3] Vide exemplo de Fernando Dolabela em “O segredo de Luísa”.

[4] É de extrema importância que o empreendedor seja muito bem assessorado, desde o início, em
relação aos aspectos jurídicos e contábeis de seu negócio.

[5] O Sebrae: (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) é uma sociedade civil
sem fins lucrativos, que tem o objetivo de promover a competitividade e o desenvolvimento
sustentável dos empreendimentos de micro e pequeno porte. Sua receita principal advém da
contribuição das empresas, em média 0,6% sobre a folha de pagamento, recolhida pelo INSS.
Atualmente é a principal entidade que apóia os empreendedores brasileiros, desde conselhos,
passando por consultorias básicas e pontuais, até cursos sobre gestão de qualidade, fluxo de caixa,
marketing, finanças etc.

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Lição 06: Plano de Negócios
PLANO DE NEGÓCIOS

Um negócio bem planejado terá mais chances de sucesso que

aquele sem planejamento, na mesma igualdade de condições.

Dornelas

O QUE É UM PLANO DE NEGÓCIO (PN)?

O Plano de Negócio é um documento que reúne informações sobre as características, condições e


necessidades do futuro empreendimento, com o objetivo de analisar sua potencialidade e viabilidade,
facilitando sua implantação.

O Plano de Negócio também é um importante instrumento de ajuda ao empresário para enfrentar


obstáculos e mudanças de rumos na economia ou no ramo em que atua. Para os empreendedores,
que costumam ser mais realizadores do que redatores de propostas, uma ferramenta extremamente
útil.

Não existe um modelo de plano de negócios determinado em livros ou programas a ser seguido, todavia,
vale a pena o empreendedor verificar as estruturas de modelos de autores conceituados, bem como,
entidades como Sebrae, Endeavor, incubadoras, etc.

Um bom plano é uma peça indispensável para o sucesso de qualquer negócio!

PARA QUE SERVE O PLANO DE NEGÓCIOS?

a) Examina a viabilidade do empreendimento nos aspectos mercadológico, financeiro e operacional: O PN


permite desenvolver idéias a respeito de como o negócio deve ser conduzido. É uma oportunidade para
refinar estratégias e cometer erros no papel em lugar da vida real,
examinando a viabilidade da empresa sob todos os pontos de vista, tais como o mercadológico, o
financeiro e o operacional.

b) Integra o Planejamento Estratégico: O PN é uma ferramenta pela qual o empresário pode avaliar
o desempenho atual da empresa ao longo do tempo. Por exemplo: a parte financeira de um plano de
negócios pode ser usada como base para um orçamento operacional e ser cuidadosamente
monitorada, para se verificar o quanto a empresa está se mantendo dentro do orçamento. Depois de
decorrido algum tempo e, a partir de então, periodicamente, o PN deve ser examinado, para ver
onde a empresa desviou do rumo e se esse desvio foi benéfico ou danoso e como ela deverá operar
no futuro.

c) É ferramenta de negociação e ajuda a levantar recursos: A maior parte dos financiadores ou


investidores não colocará dinheiro em uma empresa sem antes ver o seu plano de negócio. O
empreendedor poderá não ser levado a sério, nem mesmo convidado a voltar. O plano pode ser usado
como uma ferramenta de negociação e contribui para aprovação de empréstimos nos bancos e acesso a
linhas de financiamento.
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ATENTE: Ser empreendedor não é só ganhar muito dinheiro, ser independente ou realizar algo. Ser
empreendedor também tem um custo que muitos não estão dispostos a pagar. É preciso esquecer,
por exemplo, uma semana de trabalho de 40 horas, de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h e com
duas horas de almoço. Normalmente, o empreendedor, mesmo aquele muito bem sucedido, trabalha
de 12 a 16 horas por dia, não raro sete dias por semana. Ele sabe o valor do seu tempo e procura
utilizá-lo trabalhando arduamente na consecução de seus objetivos. O sucesso na criação de um
negócio próprio depende basicamente do desenvolvimento, pelo empreendedor, de:

- Identificar a oportunidade de negócio e levantar informações.

- Detalhar o empreendimento, definir as necessidades de recursos, calcular a viabilidade


econômica, completar o plano.

- Desenvolver e Avaliar o conceito do negócio, com base nas informações coletadas, identificar
experiências similares e avaliar os riscos e resultados, quantificando o potencial de lucro e
crescimento, definindo estratégia competitiva.

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Lição 07: A quem se destina o Plano de Negócio

Público-alvo:

Mantenedores de Incubadoras: iniciação de empresas, com condições operacionais facilitadas,


mantidas por instituições de classe, centros de pesquisas, órgãos governamentais;

Parceiros: para definição de estratégias e discussão sobre formas de interação entre as partes;

Bancos: para pleitos de financiamentos de equipamentos e instalações, capital de giro, expansão da


empresa etc.;

Investidores: entidades de capital de risco, pessoas jurídicas, bancos de investimento etc.;

Fornecedores: para negociação na compra de mercadorias, matéria-prima e formas de pagamentos;

A própria empresa: para comunicação, interna, da gerência com o conselho de administração e com
os empregados (comprometimento mútuo de metas e resultados);

Clientes: para venda do produto e/ou serviço e publicidade da empresa;

Sócios e sócios em potencial (para convencimento em participar do empreendimento e formalização


da sociedade).

Outros: grandes clientes atacadistas, parceiros, distribuidores, franqueados etc.

OBSERVAÇÕES:

1-A apresentação do Plano de Negócio é formatada objetivamente de acordo com o público alvo
específico.

2-O Plano de Negócio é um documento confidencial [1] . Deve ser distribuído somente àqueles que
têm necessidade de vê-lo, tais como a equipe gerencial, conselheiros profissionais e fontes
potenciais de recursos.

_________________________________________________________________________________
[1] Vide contrato de confidencialidade

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Lição 08: Cuidados importantes ao redigir um Plano de Negócio
As informações de um Plano de Negócios devem ser precisas, mas transmitindo uma sensação de
otimismo e entusiasmo. Ao preencher o Plano, tenha sempre em mente o objetivo para o qual ele está
sendo escrito. O tom deve ser empresarial, sem sentimentalismo, para ser levado a sério. Os possíveis
investidores reagirão bem a uma apresentação positiva e interessante, mas reagirão com indiferença
diante uma apresentação vaga, prolongada, ou que não tenha sido bem ponderada e organizada.
Cuidado ao dar ênfase no preenchimento a argumentos exclusivamente de venda da ideia. Esta ênfase
pode levá-lo a redigir um plano exagerado, destituído de objetividade.

Se o plano transmitir de forma clara e legível as metas e métodos básicos da empresa, o investidor
dará atenção ao documento. Caso necessite de mais informações, com certeza ele pedirá. Preocupem-
se em apresentar informações reais e que possam ser comprovadas quando solicitadas. Não tenha
pressa ao elaborar o seu Plano de Negócio. Para garantir a qualidade, um bom plano deve cobrir
informações abrangentes, bem resumidas e pertinentes. Na maioria das vezes, estas informações não
se encontram facilmente consolidadas. Elas devem ser procuradas, trabalhadas e manipuladas. É
recomendável que se escreva o Plano paulatinamente, na medida em que as informações forem obtidas,
e não de uma só vez. Nem muito longo, nem muito curto. O tamanho ideal é de 20 a 25 páginas,
dependendo do objetivo, porte e situação da empresa, bem como, o destinatário do plano.

Tenha em mente esta informação enquanto preencher, de forma a manter a objetividade, coloca ndo
apenas as informações relevantes e deixando todo e qualquer material demonstrativo, suplementar
ou ilustrativo como anexo ao final do documento. Não se esqueça da revisão ortográfica. Esses erros
podem gerar uma imagem negativa sobre o empreendedor, e, portanto, sobre todo o empreendimento.
Faça com que alguém qualificado nessa área revise o Plano, para eliminar esses pequenos
aborrecimentos, que podem ter um forte impacto sobre os leitores.

As fontes de financiamento não vêem com bons olhos um plano que está sendo “leiloado” por aí. O
ideal é que seja enviado para poucos. Ao determinar a quem enviar o plano, pesquise
cuidadosamente que espécies de fontes estão interessadas no campo em que eles estão. Espere a
resposta de cada instituição, antes de passar à seguinte.

Alguns bancos somente emprestam em certas áreas geográficas; alguns investidores só investem em
determinados tipos de empresas. É importante fazer com que o Plano chegue ao grupo certo e, melhor
ainda, à pessoa certa. Se houver dúvidas sobre o destino dado ao documento, pode-se solicitar que o
destinatário assine um termo confidencial para minimizar as chances das informações -chave da
empresa ou da ideia sejam utilizadas ou divulgadas a terceiros.

Não se recomenda a produção de grande quantidade de cópias, nem que sejam confeccionadas de
forma diferenciada do usual.

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Lição 09: Roteiro de Plano de Negócios

CAPA
ÍNDICE
SUMÁRIO EXECUTIVO

a. Descrição da Empresa (dados gerais *contrato social)

b. Produto

c. Responsáveis pelo negócio (sócios)

d. Objetivos
i. Missão
ii. Visão

e. Mercado Consumidor (resumir objetivamente)

f. Parcerias (terceirização, representantes, consultorias etc.)*contrato de


confidencialidade [2]

g. Responsabilidade social

h. Empregados *contrato de trabalho

2. ESTRUTURA OPERACIONAL

a. Produto

i. Características

ii. Vantagens (diferencial)

iii. Desvantagens

b. Mercado Fornecedor

c. Mercado Concorrente

d. Mercado Consumidor: (detalhar: Público alvo, tendência etc.)

e. Relacionamento com o cliente (virtual, presencial, telefone, em domicílio etc.)

f. Cronograma de atividades

3. PLANO FINANCEIRO

a. Investimento inicial
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b. Orçamento: despesas, lucros, receitas, investimentos etc.
c. Previsão (necessidade, volume, produção, matéria-prima etc.)

d. Fluxo de caixa

e. Viabilidade do negócio (rentabilidade, retorno do investimento etc.).

4. PLANO ESTRATÉGICO DE VENDAS (MARKETING)

Estratégia competitiva: estratégia geral de vendas, distribuição, política de preços,


controle de qualidade, propaganda e promoção, pré/pós-venda, garantia, forma, meio, prazo,
“4 Ps” etc

5. ANEXOS:
(documentos facultativos diversos: currículos sócios, contrato social, contrato locação, carta
referência, layout da empresa etc.).

17
Lição 10: Constituição de Um Empreendimento

CONSTITUIÇÃO DE UM EMPREENDIMENTO

A melhor forma de o empreendedor satisfazer-se é através da abertura de seu próprio negócio. No


entanto: “o processo de criação de uma empresa às vezes é tedioso e estressante, mas todo
empreendedor deve entender a legislação à qual sua empresa está enquadrada, buscando sempre
tirar vantagem competitiva desse processo [1] ”. Assim, o empreendedor precisa conhecer os tipos
de empresas e suas características. Veja: Sociedade mercantil é constituída por duas ou mais
pessoas que visam à exploração de atividade do comércio ou indústria, podendo comumente ser:
anônima ou sociedade por quotas de responsabilidade limitada.

Uma sociedade Anônima [2] tem o capital dividido em ações e a responsabilidade dos sócios (ou
acionistas) será limitada ao preço de emissão das ações subscritas ou adquiridas. S/A é um tipo
societário muito utilizado por grandes empreendimentos, principalmente pelo custo além de conferir
maior segurança a seus acionistas, com regras mais rígidas, por sua vez, torna-se inviável para
pequenas empresas em virtude do alto custo operacional (apesar de ter maior credibilidade).

Já uma sociedade por quotas de responsabilidade limitada (Ltda., formada no mínimo 2 e sem número
máximo de sócios), tem o capital social da empresa dividido em quotas, iguais ou desiguais, distribuídos
entre os sócios e cada sócio tem responsabilidade limitada ao valor de sua quotas, mas, todos
respondem solidariamente pela integralização [3] do capital social [4] .

Sociedade Limitada [5] é o tipo de sociedade mais comum adotada para pequenas empresas porque
a constituição é mais simples e a responsabilidade limitada, além do custo menor comparada a uma
S/A. Frisa-se que a pessoa jurídica não se confunde com as
pessoas físicas dos sócios. Desta forma, a empresa tem direitos e obrigações e tudo que for
praticado em seu nome, é ela quem responde perante os credores (isto é, responsabilidade
limitada da Pessoa Jurídica). Entretanto, o juiz pode decidir e entender que a
responsabilidade seja ilimitada, ou seja, que os efeitos de certos atos sejam estendidos aos
bens particulares dos sócios (exemplos: desvio de bens; ações trabalhistas). A sociedade
será gerenciada por uma ou mais pessoas (sócios ou não) designadas no contrato social,
denominado Administrador.

Sociedade Simples [6] são aquelas formadas por pessoas que exercem profissão intelectual, de
natureza científica, literária ou artística. Seu objetivo será somente a prestação de serviços
relacionados à habilidade profissional e intelectual pessoal dos sócios, é vedado o enquadramento das
empresas com atividade de comércio e indústria nessa espécie de sociedade. A responsabilidade de
cada sócio é ilimitada e os sócios respondem, ou não, subsidiariamente pelas obrigações sociais,
conforme previsão no Contrato Social.

Autônomo [7] é aquele que exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística sem
estrutura física (estabelecimento). Uma das características do profissional autônomo é ser
exclusivamente prestador de serviços e não possuir CNPJ - Cadastro Nacional Pessoa Jurídica. É
vedada a possibilidade do exercício do comércio ou de atividade industriais sem o devido registro
como empresário ou como sociedade empresária. O profissional autônomo formaliza sua atividade
mediante alvará da Prefeitura Municipal e inscrição no INSS como tal. É importante consultar a
legislação Municipal de sua cidade para verificar a possibilidade de registro da sua atividade.
Lembrando que os profissionais de atividades legalmente regulamentados, por exemplo: contadores,
advogados, médicos etc., devem observar as exigências de seus respectivos conselhos de classe,
além das previstas na legislação municipal.

Fundação tem nítido interesse social na sua atividade e devem sofrer a fiscalização do Ministério
Público. A criação de fundações está prevista no Art. 62 do Código Civil: “Para criar uma fundação, o
seu instituidor fará, por escritura pública ou testamento, dotação (doação) especial de bens livres,18
especificando o fim a que se destina, e declarando, se quiser a maneira de administrar.”, sob a
fiscalização direta pelo Ministério Público.
Associação: O objetivo de uma associação (sociedade de pessoas) é realizar atividades assistenciais
culturais, esportivas, filantrópicas, etc., portanto as associações somente poderão ser
constituídas com fins não econômicos (art. 53 do Novo Código Civil). Não existe um número
mínimo de associados para sua constituição, tendo estes apenas direito a um voto e seu registro é
feito no Cartório de Registros de Títulos e Documentos do município onde ela estiver localizada.
Ressalta-se uma associação não pode gerar lucro excedente.

Cooperativa: Já uma cooperativa é uma sociedade de pessoas no mínimo de 20 cooperados, com


direito apenas a um voto por cada cooperado. O registro das cooperativas é realizado na Jucesp.
Como vantagem menciona-se a burocracia em abrir uma cooperativa é menor comparada a outros
tipos de empresa, bem como redução da carga tributária e sua competitividade. Como
desvantagens, mencionamos: Controle democrático, isto é, um homem, um voto; número ilimitado
de associados; não é permitida a transferência das quotas partes a terceiros, estranhos à sociedade;
retorno proporcional ao valor das operações; dificuldade maior em obter financiamento e
empréstimos; número mínimo de 20 cooperados. Por fim, há também a pessoa jurídica denominada
“sociedade simples”, que são sociedades formadas por pessoas que exercem profissão intelectual
de natureza científica, literária ou artística. O registro é arquivo no Cartório de Registro civil de
pessoas jurídicas.

Firma Individual [8] é aquela pessoa que exerce profissionalmente atividade econômica organizada
para a produção ou circulação de bens ou de serviços, ou melhor, é a pessoa física, individualmente
considerada com responsabilidade Iltda. A característica fundamental é o fato de que o patrimônio
particular do sócio confunde-se com o da empresa. A consequência é que as dívidas existentes da
empresa podem ser cobradas da pessoa física, fato este que faz com que os empreendedores
busquem outro tipo empresa para evitar esta situação. Desta forma, caso não tenha interesse na
criação de uma sociedade, o cidadão poderá abrir uma firma individual, pois este tipo de firma é
aquela constituída por uma única pessoa, onde esta é individual e ilimitadamente responsável
pelos atos financeiros de sua empresa. Na firma individual a empresa em si é intransferível ou
seja, não se transfere a Razão Social. Para constituição da firma individual não há contrato social, mas
é necessário o documento Declaração de Firma Individual. Temos vantagens e desvantagens,
vejamos: Custos iniciais para abertura são relativamente pequenos; o empresário possui total
autonomia administrativa; a empresa usufrui vantagens fiscais; facilidade para dissolução da
empresa; participação integral nos lucros; as obrigações são ilimitadas; geralmente, os clientes com
maior poder de compra não depositam confiança na capacidade da firma individual para aquisição
dos produtos ou serviços.

Obs.: alteração significativa com a promulgação da Lei 12.441/2011. Esta norma criou a as empresas
individuais de responsabilidade limitada, cujo capital social não será inferior a 100 (cem) vezes o maior
salário-mínimo vigente no País.

O nome empresarial deverá ser formado pela inclusão da expressão "EIRELI" após a firma ou a
denominação social da empresa individual de responsabilidade limitada.

A pessoa natural que constituir empresa individual de responsabilidade limitada somente poderá
figurar em uma única empresa dessa modalidade. Aplicam-se à empresa individual de
responsabilidade limitada, no que couber, as regras previstas para as sociedades limitadas.

___________________________________________________________________________________

19

[1] In: Dornelas, Empreendedorismo: Transformando idéias em negócios”, Ed. Campus, p. 218.
[2] Estudar Ações ON e PN e empresa de Capital aberto e fechado.

[3] A integralização do capital é o cumprimento da promessa, quando o sócio efetivamente entrega


os valores ou bens para a empresa.

[4] Mesmo após a venda da empresa, o empreendedor fica responsável pelas dívidas após dois anos
da averbação na Jucesp (artigo 1003, parágrafo único do Código Civil).

[5] Diz-se responsabilidade limitada dos sócios porque a responsabilidade é restrita ao valor de suas
quotas.

[6] A inscrição da sociedade Simples deve ser feita no Registro Civil das Pessoas Jurídicas (Cartório)
do local da sua sede e não na Junta Comercial como as sociedades empresárias.

[7] De um modo em geral, uma empresa possui carga tributária menor que a do autônomo.

[8] Estudar a figura do MEI (Micro empreendedor Individual). “O Empreendedor Individual é a


pessoa que trabalha por conta própria e que se legaliza como pequeno empresário. Para ser um
empreendedor individual, é necessário faturar no máximo até R$ 36.000,00 por ano, não ter
participação em outra empresa como sócio ou titular e ter um empregado contratado que receba o
salário mínimo ou o piso da categoria”. (www.portaldoempreendedor.gov.br).

20
Lição 11: Contrato Social
O principal documento de uma sociedade é o “contrato social” no caso de sociedade e “declaração de
firma individual” no caso de firma individual. Este documento estabelece norma de relacionamento entre
os sócios e a sociedade, e entre a empresa e terceiros, além de determinarem direitos e obrigações aos
proprietários, com validade apenas quando devidamente registrado.

Sendo prestador de serviços (sociedade simples) o órgão competente pelo arquivamento e alterações
de dados é o Registro Civil de Pessoas Jurídicas, e, sendo mercantil (indústria ou comércio) é a Junta
Comercial do Estado (em São Paulo, JUCESP [1] ).

A Jucesp é órgão de arquivamento público e oferece mecanismos de buscas de toda a vida da


empresa ou certidão de breve relato (alteração dos sócios, endereço, filial, alteração do capital social
etc. [2] ).

As principais partes (resumidamente) do contrato social são:

- Denominação social (razão social, nome fantasia);

- Nome e qualificação dos sócios;

- Capital social [3]

- Objetivo da empresa

- Administração da empresa e tempo de duração;

- Dados dos sócios e respectivas assinaturas.

Roteiro simplificado de abertura de uma empresa:

1- Consulta prévia para adquirir um nome inédito no órgão de registro, que pode ser na Junta
Comercial do Estado ou Registro Civil de Pessoa Jurídica, - a consulta é pública com relação a todos
os dados cadastrais.

2- Elaboração do contrato social (ou declaração firma individual) e respectivo arquivamento no


órgão de registro (Junta Comercial ou Cartório de Pessoa Jurídica);

3- Receita Federal (para obtenção do CNPJ);

4- Secretaria Fazenda Estadual, (para obtenção da inscrição estadual[1]);

5- Sub-Prefeitura, obtenção de alvará de funcionamento (no caso de prestação de serviço, é


necessária a inscrição no Cadastro de Contribuinte Municipal - CCM, além do ISS);

6- Outros, quando necessário: INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial, referentes a


registro e arquivamento de marcas e patentes que não se confunde com o arquivamento e registro

21
da empresa na Junta Comercial), Vigilância sanitária, Delegacia Regional do Trabalho,
INSS, Polícia Federal, Ministério da Saúde, Sindicato, Corpo de Bombeiros, Ministério do trabalho
etc.

Bibliografia

INDICAÇÃO BIBLIOGRÁFICA

CHIAVENATO, Idalberto. Empreendedorismo - Dando asas ao espírito empreendedor. São Paulo:


Saraiva, 2005.

DOLABELA Fernando. O segrego de Luísa. 7ª ed., São Paulo: Cultura, 2000.

_____ Oficina do Empreendedor - A metodologia de ensino que ajuda a transformar conhecimento em


riqueza.. 1a. ed., São Paulo: Cultura, 1999.

_____ O segredo de Luísa - Uma idéia, uma paixão e um plano de negócios: como nasce o
empreendedor e se cria uma empresa. São Paulo: Cultura,1999.

DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo - Transformando idéias em negócios. Rio de


Janeiro: Elsevier, 2001.

RUSSO, Francisco. Manual prático de constituição de empresas. São Paulo: Atlas, 2004.

SALIM, César Simões e outros. Construindo Planos de negócios - Todos os passos necessários para
planejar e desenvolver negócios de sucesso. 3ª ed., Rio de Janeiro: Ed. Elsevier, 2005.

Revista Pequenas Empresas e Grandes Negócios, Editora Globo.

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