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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL EMPREENDE BAHIA

Componente Curricular
Empreendedorismo e Intervenção Social

Fonte: <https://conube.com.br/blog/dicas-para-se-manter-motivado/>.

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Empreendedorismo

Fonte:< http://blogrp.todomundorp.com.br/2016/02/empreendedorismo-como-diriam-os-mineiros-oncoto-proncovo-cumquivo/>.

Mais afinal o que é empreendedorismo?

Vivemos em uma era de desafios globais, a pandemia do COVID-19, crise financeira,


desemprego, envelhecimento, pobreza, falta de sustentabilidade ambiental. Entende-se
que são grandes os desafios para as novas gerações, portanto é preciso eficácia na
resolução dos problemas.
Muitas vezes já existem soluções que dão a resposta necessária, no entanto falta serem
disseminadas para outros locais, através de parcerias, colaboração, Adaptação de
grandes ideias. O objetivo é que elas sejam mais praticadas e não desperdiçadas,
reinventando e gastando recursos e tempo naquilo que já existe (CARVALHO, 2013).

O tema do Empreendedorismo vem crescendo a cada ano, as escolas,


universidades, estão inserindo essa disciplina em seus currículos por ser de
extrema importância para a formação do aluno.

O estudo do empreendedorismo tem por objetivo, despertar no estudante características


que não são percebidas por ele, fazendo que amplie sua visão para novas perspectivas
na carreira profissional. Vale lembrar que muitas empresas que hoje estão constituídas,
desenvolvidas e o mais importante, conquistaram seu lugar no mercado, nasceram em
salas de aula com a elaboração de Planos de Negócios.
De acordo com Dolabela (1999a) ―Empreendedorismo (entrepreneurship em inglês)
tem conotação prática, mas também envolve atitudes e ideias. Significa fazer coisas
novas, ou desenvolver maneiras novas de fazer as coisas. A iniciação para a prática
empreendedora envolve tanto o desenvolvimento da autoconsciência quanto o do know-
how, ou seja, um auto aprendizado adquirido pela vivência e pela prática. Para Filion
(apud Dolabela, 1999a), a literatura a respeito da definição sobre empreendedorismo
apresenta divergências.
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Duas correntes do pensamento abordam o conceito de empreendedor de formas
diferentes: os economistas o associam à inovação enquanto os comportamentalistas se
concentram nos aspectos, criativo e intuitivo.
Empreendedorismo é o envolvimento de pessoas e processos que, em conjunto, levam
à transformação de ideias em oportunidades. E a perfeita implementação destas
oportunidades leva à criação de negócios de sucesso (DORNELAS, 2005).

Empreendedorismo é o processo de criar algo novo com valor dedicando o


tempo e os esforços necessários, assumindo os riscos financeiros, psíquicos e
sociais correspondentes e recebendo as consequentes recompensas da
satisfação e independência econômica e pessoal (HISRICH, 2004, p. 29).

Schumpeter apud Drucker (1987), economista austríaco, associou o empreendedorismo


ao desenvolvimento econômico e mostrou como as ações inovadoras podem introduzir
descontinuidades cíclicas na economia. Para o autor, os papéis centrais do
empreendedor passaram, então, a fixar-se em três bases: a inovação, o assumir riscos
e a permanente exposição da economia aos estados de desequilíbrio, rompendo-se a
cada momento paradigmas que se encontravam estabelecidos.
Drucker (1992) analisa o empreendedor como aquele que pratica a inovação
sistematicamente. O empreendedor busca as fontes de inovação e cria oportunidades.
Para o autor, o significado da palavra empreendedorismo está associado àquela pessoa
que pratica uma empreitada trabalhosa e nada fácil. Junto com a habilidade de buscar e
capturar oportunidades rentáveis de negócios e disposição de correr riscos calculados
para atingir os objetivos da organização.

Um bom profissional precisa demonstrar algumas competências, tais como:

 Identifica e aproveita oportunidades rentáveis de negócios;


 Conhece profundamente o negócio, setor e mercado que possam revelar
oportunidades no mercado;
 Demonstra disposição em assumir riscos calculados para
atingir resultados;
 Busca maximização da relação custo X benefício para
clientes, fornecedores e parceiros;
 Estimula e dá apoio ao comportamento empreendedor de
outras pessoas.

A decisão de se tornar um empreendedor pode surgir por acaso, mas isso apenas
aparentemente. Essa decisão ocorre devido a fatores externos, ambientes sociais, a
aptidões pessoais ou um somatório de todos esses fatores, que são críticos para o

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surgimento e o crescimento de uma nova empresa. O processo empreendedor inicia-se
quando um evento gerador desses fatores possibilita o início de um novo negócio.

Para se tornar um bom empreendedor é preciso levar em conta alguns quesitos:

 A audácia tem seu preço e seus percalços no difícil caminho da aventura para o
sucesso, pois os empreendedores para atingi-lo, terão de vencer todas as etapas
com bastante determinação;

 O risco está sempre presente na vida do empreendedor, pois ao se arriscar no


desconhecido revelamos o espírito de jogador que existe em nós, embora na
atividade empresarial o risco possa ser calculado;

 A criatividade é a base do processo de inovação e modernização de qualquer


atividade que implica testar as novidades e ao introduzir um grau de incerteza
poderá incorrer no insucesso;

 A obstinação é a força interior que leva as pessoas a persistirem na sua


“obsessão” positiva, pois toda ousadia pode cair no vazio, se não tiver um bom
suporte e a certeza do que pretende alcançar;

 O inconformismo. O empreendedor inteligente que não aceita a mesmice ou a


submissão está, buscando sempre na sua fértil imaginação, em permanente
ebulição, uma maneira adequada de tratar os problemas da vida empresarial;

 A excelência é a busca incessante, do melhor em tudo, e implica no conceito de


perfeição baseada na concorrência da vida;

 O desafio é a chamada da competição que atiça as pessoas um lugar ao sol,


buscando principalmente melhorar a si mesmo;

 A coragem é o ato final da crença na sua invencibilidade ou na sua forte


motivação para cumprir suas tarefas;

 O entusiasmo é a sensação excitante causada pelas ideias que, se colocadas


em prática, trarão a compensação tão almejada pelas pessoas empreendedoras.
Retirar o componente emocional negativo, ou seja, o medo de falhar permitirá
ousar e tentar o sucesso com maior chance de alcança-lo;

 O equilíbrio é o que importa tanto nessas forças positivas que podem levar o
empreendedor ao sucesso quanto nas negativas que o levam ao fracasso. O
equilíbrio é a base da contraposição de forças tais como o medo de falhar, a
penalização da sociedade e da justiça cega, do prejuízo financeiro, do
conservadorismo, do desânimo em começar de novo ou ter que se reconstruir a
partir dos escombros ou força interior.

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Todos esses quesitos levam o empreendedor a uma atitude cautelosa quanto à audácia
e, portanto mais equilibrada. Apesar dessas dificuldades e perigos, a aventura de ousar
continuará sempre, pois a motivação do ser está na busca do sucesso.
Então compreendemos, que empreender com inovação e confiança empodera e faz dos
beneficiários parte da solução!

Para saber mais.

 Reportagem: O que é ser empreendedor?


Link: https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/bis/o-que-e-ser-
empreendedor,ad17080a3e107410VgnVCM1000003b74010aRCRD

 Vídeo: Empreendedorismo - 10 Características do Empreendedor.


Link: https://www.youtube.com/watch?v=xfIU6oukqes

 Livro: Manual para sonhadores.


Link: http://www.fanap.br/Documentos/33_Nat1_Cov-Chap5.pdf

 Sugestão de filme: “Á procura da felicidade”.

Pensando sobre o assunto.

Se você fosse iniciar um negócio nesse momento, qual seria seu negócio? Quais os
produtos e serviços iria oferecer? Quais pontos precisaria melhorar em você para
que seu negócio obtenha sucesso?

Empreendedorismo Individual

Fonte:<http://www.produzindo.net/empreendedor-individual-o-que-e-e-como-obter-seu-cnpj/>.

Empreendedor individual é quem cria a empresa por conta própria, sem sócios. Já o termo
Empresário Individual, abreviado pela sigla EI, é um termo que designa um tipo jurídico
de empresa no Brasil. Trata-se de uma forma simples de empreender por conta própria.
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Como EI, o empreendedor pode escolher o regime tributário Simples Nacional, que
facilita muito o pagamento de impostos. Nesse tipo societário, o proprietário responde
de forma ilimitada pelos débitos da pessoa jurídica.
O empreendedor individual tem diferentes enquadramentos de porte a escolher: MEI
(Microempreendedor Individual), ME (Microempreendedor) e EPP (Empresa de
Pequeno Porte).
O empreendedor individual é uma modalidade relativamente nova de empresa que foi
criada no Brasil para combater o trabalho informal.
Graças a esse modelo, também conhecido como MEI, trabalhadores autônomos,
comerciantes e prestadores de todo tipo de serviços podem constituir legalmente uma
empresa e expandir suas visões de negócios.

A legislação brasileira permite que as pessoas constituam empresas e se legalizem


individualmente, sem que para tanto, precisem obrigatoriamente de um parceiro. É o
caso das figuras do microempreendedor individual (MEI), empresário individual (EI) ou a
empresa individual de responsabilidade limitada (EIRELLI).
Cada um desses modelos apresenta particularidades que se adaptam a situações
distintas e contemplam uma série de atividades.

O MEI é um tipo de empreendedorismo individual de menor porte. Criado em 2009, a


categoria de microempresas individuais tem como objetivo contemplar pequenos
negócios que sobreviveram na informalidade e ilegalidade por muitos anos, deixando de
receber diversos benefícios que a formalização oferece.

A Lei Complementar nº 128/2008 alterou a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa e


criou a figura do Microempreendedor Individual. Para conseguir se formalizar e ter
acesso às vantagens previstas na lei, é necessário cumprir os requisitos seguintes:

 Ter faturamento máximo de R$ 81 mil por ano;


 Não participar como sócio, administrador ou titular de outra empresa;
 Ter no máximo um empregado;
 Exercer uma das atividades econômicas previstas no Anexo XI, da Resolução
CGSN nº 140, de 2018.

Quem opta por se tornar um empreendedor individual pelo MEI só


precisa se cadastrar no Portal do Empreendedor, informando
dados pessoais para obter seu CNPJ na hora.

Após a regularização, o Microempreendedor Individual deve recolher mensalmente as


contribuições ao INSS (acrescido de um valor no caso de prestadores de serviço ou
outro valor para comércio e indústria) por meio do DAS (carnê).
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Nessa modalidade, o empresário não precisa encaminhar nenhum documento à Junta
Comercial e obtém imediatamente seu alvará provisório de funcionamento, que consta
no Certificado de Condição de Microempreendedor Individual.
Agora, se a opção for pelo EI nos modelos de ME ou EPP, o processo é um pouco mais
complexo.
Nesse caso, o empresário precisa realizar o registro do contrato social em uma Junta
Comercial e escolher o regime tributário mais adequado ao negócio (Simples Nacional,
Lucro Real ou Lucro Presumido).
Vale lembrar que o empresário individual não precisa de sócios para abrir sua empresa,
mas seus bens serão usados como garantia em caso de endividamento.

Para saber mais.

 Reportagem: Tudo o que você precisa saber sobre o MEI.


Link: https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/sebraeaz/o-que-e- ser-
mei,e0ba13074c0a3410VgnVCM1000003b74010aRCRD

 Vídeo: como abrir o MEI gratuitamente?


Link: https://www.youtube.com/watch?v=-oqcbToNYKo

 Guia: Microempreendedor Individual.


Link:https://www.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/UFs/BA/Anexo
s/guia_do_microempreendedor_(2).pdf

Sugestão de filme: “Joy - o nome do sucesso”.

Pensando sobre o assunto.

Se você decidisse se tornar um microempreendedor individual, do que você


precisaria para abrir seu pequeno negócio?

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Empreendedorismo Coletivo

Fonte:<https://panoramacomunicacao.wordpress.com/2014/07/22/colaboracao/>.

Se empreender é um desafio, empreender sozinho é um desafio ainda maior. E por que


não empreender em conjunto, então, aproveitando as habilidades, conhecimentos e
competências de todo um grupo de empreendedores? Essa é a ideia geral por trás do
Empreendedorismo Coletivo. Um conceito que tem tudo a ver com a cooperação.
O empreendedorismo coletivo, também conhecido como compartilhado, pode ser
representado por formas de associativismo que vão desde a criação de entidades de
representação política e sindical até ações como compra em comum, serviços pós-
venda, prospecção e venda nos mercados externos, controle de qualidade e aval
solidário. As empresas de pequeno porte possuem muitas dificuldades, que podem ser
superadas por meio deste tipo de empreendedorismo (SACHS, 2003).
Conforme Martinez (2004), este tipo de empreendedorismo só ocorre em uma equipe,
em um grupo, dentro de uma empresa ou em uma rede de empresas. Ele ressalta que
o empreendedorismo coletivo não é simplesmente a soma do empreendedorismo
individual de cada membro da equipe, pois em muitos casos um indivíduo sozinho não
é empreendedor, mas quando trabalha em equipe torna-se um. Nesse contexto, o
empreendedorismo coletivo significa uma melhoria constante envolvendo todos para o
trabalho em conjunto.

De acordo com o entendimento de Dolabela (2003), o empreendedor coletivo desenvolve


várias ações que têm por objetivo:

a) Sensibilizar as diversas forças da comunidade para a necessidade da


cooperação;
b) Incentivar a conectividade entre os setores da comunidade;
c) Estimular foros de discussão para discutir democraticamente
os principais problemas da comunidade;
d) Estimular a construção de uma agenda local com as prioridades definidas pela
comunidade;
e) Criar meios para a elaboração de projetos e estratégias para a solução dos
problemas;
f) Construir processos de cooperação dentro e fora da comunidade para a
realização do sonho coletivo.
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Quais as vantagens do Empreendedorismo Coletivo?

1. Compartilhamento de recursos: Uma das dificuldades na hora de empreender


está relacionada aos recursos necessários – dinheiro, máquinas, estruturas, etc.
Há casos em que a escala de produção não é suficiente para a aquisição de novos
recursos necessários, bem como outras situações em que máquinas e
equipamentos estão ociosos e poderiam ser liberados para outros fins.
Uma saída estratégica, para casos como esses, pode ser o compartilhamento de
recursos, criando uma forma de uso cooperativo dos bens e aumentando, assim,
a eficácia operacional de todos os envolvidos.

2. Combinação de competências: Trata-se do compartilhamento de


conhecimentos e habilidades, de forma intencional e organizada. Normalmente,
ocorre com mais frequência como forma de solucionar demandas pré-existentes
dentro de uma empresa, do que entre empreendedores autônomos. Mas essa
prática também pode ter excelentes resultados. Afinal, com o esforço cooperativo
no sentido de incrementar o conhecimento geral, pode-se aumentar a eficácia
operacional de todas as partes.

3. Fortalecimento do poder de compra e venda: Quando empreendedores


trabalham juntos, cooperativamente, ganham escala e, assim, podem ter acesso
a melhores condições de negociação. Essa prática já é comum em modelos
organizados formalmente, como nas cooperativas, nas associações, nas centrais
de negócios e nas redes empresariais.
Produtores rurais que se associam a cooperativas agrícolas, por exemplo, podem
ampliar seu alcance de mercado, conseguindo também melhores preços em seus
produtos. Ou seja, os benefícios decorrentes da melhoria das condições de
compra de insumos e da venda de produtos são mais palpáveis.

4. Aumento de pressão no mercado: Trabalhar de forma cooperativa e organizada


aumenta a eficácia na hora de se relacionar com o mercado. É possível, por
exemplo, trabalhar em conjunto para melhorar uma condição de fiscalização, para
promover uma sensibilização de mercado, para alterar uma legislação, etc.
A questão é que, cooperando, consegue-se maior poder de barganha, de
mobilização e de negociação. E essa é mais uma vantagem do
Empreendedorismo Coletivo.

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5. Divisão de ônus em pesquisas tecnológicas: Para conseguir lançar inovações
tecnológicas – tão em evidência no momento – são necessárias muitas
pesquisas, testes e investimentos. O que poderia significar perda de
competitividade para pequenas empresas que não tem como apostar recursos na
área. Aliás, a limitação tecnológica pode significar muitas dificuldades no futuro.
Uma forma de viabilizar pesquisas tecnológicas e outros avanços similares é
dividir o investimento com outros empreendedores/empresas que também
tenham interesse nos resultados. Outro modo cooperativo de aumentar a eficácia
operacional.

6. Oferta de produtos de qualidade superior diversificada: Com o


Empreendedorismo Coletivo, é possível realizar o compartilhamento de
estruturas, recursos e conhecimentos. Com isso, torna-se viável a criação e a
oferta de melhores produtos e serviços.
Há empresas que buscam obter esses ganhos por meio de fusões, por exemplo.
Mas, muitas vezes, é possível chegar a resultados melhores por meio de
negociações e acordos cooperativos, sem que seja preciso abrir mão da sua
identidade empresarial.

7. Partilha de riscos e custos na exploração de novas oportunidades: Quando


se fala na exploração de novos mercados ou na experimentação de novas
técnicas, os custos envolvidos costumam ser altos.
Porém, isso pode ser superado de forma cooperativa. As empresas podem, por
exemplo, dividir os custos da participação em feiras e eventos, compartilhar
pesquisas de mercado e trabalhar em conjunto na construção de marcas. Se os
interesses são comuns, pode-se atingir, pelo esforço comum, resultados bons
para todos.

8. Obtenção de certificação coletiva de produtos e serviços: Em um mercado


cada vez mais exigente, obter certificações é uma das maneiras de se alcançar
diferenciais competitivos em diversos ramos de atividades empresariais. Mas,
para isso, costumam ser necessárias adequações do processo produtivo,
melhorias no produto, entre outros investimentos. Também nesse caso, cooperar
pode ser a forma mais indicada para viabilizar a obtenção de certificações
coletivas de grupos organizados de pequenas empresas. Nesse sentido, o
Empreendedorismo Coletivo facilita e racionaliza o processo de obtenção de
certificação, além de ser fundamental ao processo de manutenção e gestão da
condecoração.

9. Melhoria das condições de acesso a serviços financeiros: Já é comprovado


que a cooperação é uma forma eficaz de facilitar o acesso ao crédito saudável e
a outros serviços financeiros de forma mais vantajosa, acelerando, assim, o
desenvolvimento dos pequenos negócios.
As cooperativas de crédito são ótimos exemplos de empreendimentos coletivos
desse tipo, oferecendo os mesmos produtos e serviços de um banco comum, só
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que com taxas bem menores, além da distribuição de sobras, entre outras
vantagens.

Para Saber Mais.

 Reportagem: Empreendedorismo de perifa.


Link: https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/meu-
lugar/ceilandia/2019/2019/03/27/noticia-meulugarceilandia-
2019,745375/empreendedorismo-de-perifa.shtml

 Série: Empreendimentos Coletivos - cooperar para competir. Link:


https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/serie- empreendimentos-
coletivos-cooperar-para- competir,2fa5438af1c92410VgnVCM100000b272010aRCRD

 Live: Empreendedorismo Coletivo Periférico.


Link:https://www.facebook.com/watch/live/?v=701423964139775&ref=wa
tch_permalink

 Sugestão de Documentário: “Quem se importa?”

Pensando sobre o assunto.

Olhando para a comunidade em que você está inserido, pense em quais as


estratégias empreendedoras que você utilizaria para unir e fortalecer os pequenos
negócios.

Cooperativismo

Fonte:<https://empresasecooperativas.com.br/cooperativismo-no-brasil/>.

O cooperativismo, na forma como conhecemos, teve sua origem na Europa. A Inglaterra,


França, Suíça e Alemanha foram os primeiros países a terem as primeiras sociedades
cooperativas modernas, organizadas com os princípios de solidariedade e busca de um
sistema a serviço igualitário a todos os envolvidos (OCB, 2015).
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Uma sociedade cooperativa de consumo organizada surgia em função das péssimas
condições de vida e do baixo poder aquisitivo dos operários no período da revolução
industrial.
No Brasil, o cooperativismo surgiu no final do século XIX, também na área urbana. A
primeira cooperativa que se tem registro no Brasil é uma cooperativa de consumo
fundada em Ouro Preto (MG), no ano de 1889, denominada Sociedade Cooperativa
Econômica dos Funcionários Públicos de Ouro Preto (OCB, 2015).
O cooperativismo tem sua identidade em três conceitos fundamentais: cooperar,
cooperação e sócios.

Fonte: <http://estudio01.proj.ufsm.br/cadernos_fruticultura/sexta_etapa/arte_associativismo_cooperativismo>.

Em 1902, surgiram as cooperativas de crédito no Rio Grande do Sul, por iniciativa do


padre suíço Theodor Amstad. E a partir de 1906, nascem e se desenvolvem as
cooperativas no meio rural, idealizadas por produtores agropecuários, cuja propagação
deu-se em vários estados, principalmente junto às comunidades de imigrantes alemães
e italianos, dando forma ao cooperativismo hoje existente no país.
Percebe-se, com a história, que a cooperação rural surgiu em função das necessidades
dos agricultores e da força adquirida pelos mesmos, ao se organizarem. Nesse sentido,
voltamos a destacar a importância da organização para que os agricultores familiares se
fortaleçam e façam valer a sua voz e seus interesses.
Segundo a OCB (2015) a ―Cooperativa é uma organização de pessoas que se baseia
em valores de ajuda mútua e responsabilidade, democracia, igualdade, equidade e
solidariedade. Seus objetivos econômicos e sociais são comuns a todos. É fundamental
para uma organização cooperativa que seus associados tenham como valores éticos:
honestidade, transparência, responsabilidade social e preocupação pelo seu semelhante
(OCB, 2015).

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A Figura 3.1 explica cada um desses conceitos.

Fonte:(http://www.ead.go.gov.br/cadernos/index.php/CDP/article/download/143/106/)

O marco legal das cooperativas no Brasil é constituído por:

a) Lei nº 5.764, de 16 de dezembro de 1971 – define a Política Nacional de


Cooperativismo, institui o regime jurídico das sociedades cooperativas e dá outras
providências.
b) Capítulo 1, art. 5º, item XVIII, da Constituição da República Federativa do Brasil
(1988), define os Direitos e Deveres Individuais e Coletivos.
c) Medida Provisória nº 1.715, de 3 de setembro de 1998 – cria o Serviço Nacional
de Aprendizagem do Cooperativismo (SESCOOP).
d) Decreto nº 3.017, de 6 de abril de 1999, que regulamenta e aprova o Regimento
do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (SESCOOP).
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O SESCOOP é uma instituição do sistema ―S‖ e tem por objetivo o ensino, a formação
profissional, a organização e a promoção social dos trabalhadores, associados e
funcionários das cooperativas brasileiras (OCB, 2015).

O que é uma sociedade cooperativa?

São sociedades cooperativas aquelas ―sociedades que celebram contrato de


sociedade cooperativa as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir com
bens ou serviços para o exercício de uma atividade econômica, de proveito comum,
sem objetivo de lucro‖ (Lei nº 5.764, art. 3º).

Uma questão importante e que não pode gerar dúvidas é a natureza não lucrativa das
cooperativas, assim todo o excedente gerado por operações comerciais deve ser dividido
entre os associados no final do exercício financeiro ou aplicado em melhorias nos serviços
prestados aos associados.
No Brasil, existem duas instituições responsáveis pelo apoio e fomento do
cooperativismo: a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e a União Nacional
das Cooperativas de Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes).
A OCB foi criada em 1969, durante o IV Congresso Brasileiro de Cooperativismo‖ e tem
por missão promover um ambiente favorável para o desenvolvimento das cooperativas
brasileiras, por meio da representação político-institucional (OCB, 2015).
A Unicafes foi fundada em 2005 a partir da discussão dos movimentos sociais de que a
agricultura familiar e a economia solidária carecia de uma representação cooperativista
mais de acordo com as peculiaridades desse público.
A missão da Unicafes é: Tornar o cooperativismo um instrumento de desenvolvimento
local sustentável dos agricultores e das agricultoras familiares, provendo a inclusão
social articulando iniciativas econômicas que ampliem as oportunidades de trabalho, de
distribuição de renda, de produção de alimentos, das melhorias de qualidade de vida, da
manutenção da biodiversidade e da diminuição das desigualdades (UNICAFES, 2015,
s. p.).

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Fonte: <http://www.ead.go.gov.br/cadernos/index.php/CDP/article/download/143/106/>.

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Existem características que definem as sociedades cooperativas e que norteiam o
funcionamento das mesmas em vários segmentos, como podemos ver no quadro abaixo:

Fonte:<http://www.ead.go.gov.br/cadernos/index.php/CDP/article/download/143/106/>.

Uma cooperativa para ser constituída deve ter no mínimo 20 sócios. É importante
salientar que as cooperativas não têm fins lucrativos e sua função é prestar serviços a
seus associados. Assim, todos os resultados econômicos alcançados devem ser
distribuídos para os cooperados ou ir para fundos específicos para a prestação de
serviços aos cooperados ou para a manutenção do capital de giro.
O ingresso de associados nas cooperativas é livre a todos os que preencherem as
condições estabelecidas no estatuto, aderirem aos propósitos sociais da organização e
desejarem utilizar os serviços prestados pela mesma (ZANLUCA, 2015). Outro aspecto
fundamental é que todas as cooperativas, independentemente do tamanho, são
obrigadas a realizar escrituração contábil (CFC, 2005). As cooperativas exercem funções
diferentes de acordo com sua natureza e objetivos sociais.

Os mesmos preceitos discutidos na mobilização e motivação do grupo, para formar uma


associação, servem para a cooperativa. Muitas vezes, se começa o trabalho de
mobilização tendo em mente uma cooperativa e os agricultores optam pela associação
ou vice versa.
Lembrem-se sempre, o produto final: cooperativa ou associação vai depender dos
interesses do grupo e da maturidade do processo organizativo.
Para Alves et al. (2010), uma questão importante nesse momento é a construção de
parcerias, ou seja, buscar apoio nas entidades municipais e regionais. A partir disso,
começa o trabalho de base. No entanto, é importante observar que:
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 Se a cooperativa nasce da necessidade de um grupo pequeno e já delimitado,
como uma associação já existente ou um grupo informal, esse grupo deve definir
se vai convidar mais pessoas para participar das discussões ou se vão continuar
com o mesmo quadro social.
 Se a intenção é organizar uma cooperativa nova, com um número maior de
associados é necessário realizar reuniões nas comunidades para informar sobre
a intenção da organização da cooperativa e para convidar os interessados para
participar das reuniões de discussão e elaboração do estatuto social.

O processo de reuniões prévias é importante, pois só irão para as discussões aqueles


agricultores que estão realmente interessados em participar da cooperativa. É
obrigatório constituir uma comissão de constituição da cooperativa. Desta comissão
poderão fazer parte agricultores e representantes das entidades parceiras.
A comissão ficará responsável de fazer os convites para as reuniões, realizar as reuniões
na base, preparar a metodologia e coordenar as reuniões para a construção do estatuto,
organizar a assembleia de fundação da cooperativa, realizar os registros das reuniões,
fazer a redação dos capítulos do estatuto depois das discussões, coletar os dados e
documentos dos associados, apoiar a constituição das chapas para a eleição da primeira
diretoria, auxiliar a diretoria eleita e realizar os trâmites burocráticos.
A partir da definição dos objetivos da cooperativa, a comissão poderá realizar um estudo
de viabilidade e apresentar ao grupo, neste estudo deverá constar as despesas mínimas,
possibilidades de financiamentos, necessidades de investimento, estudo de mercados.

Para saber mais.

 Reportagem: Cooperativa: o que é, para que serve, como funciona. Link:


https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/bis/cooperativa-o-que-e- para-que-
serve-como- funciona,7e519bda15617410VgnVCM2000003c74010aRCRD

 Livro: Cooperativa
Link:http://www.bibliotecas.sebrae.com.br/chronus/ARQUIVOS_CHRONUS/bd
s/bds.nsf/65f0176ca446f4668643bc4e4c5d6add/$File/5193.pdf

 Vídeo: Cooperativas agropecuárias | AgroCultura


Link: https://www.youtube.com/watch?v=JuoTtPw62y8

Sugestão de filme: “Da pra fazer”.

Pensando sobre o assunto.

Na hipótese de você ter sido convidado a participar de em uma cooperativa em sua


comunidade, levando em conta os pontos positivos e negativos você aceitaria essa
oportunidade? E porquê?

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Associativismo

Fonte: < http://www.cmlajesdasflores.pt/noticias/ver.php?id=2958>.

De acordo com o Código Civil, a Lei nº 10.406 de 2002, as associações são pessoas
jurídicas de direito privado e têm por objetivo a realização de atividades culturais, sociais,
religiosas, recreativas, etc., sem fins lucrativos, ou seja, não visam lucros e são dotadas
de personalidade distinta de seus componentes. Cada associado constituirá uma
individualidade dentro da associação, possuindo bens, direitos e obrigações.
A associação deverá ter no mínimo dois sócios para ser constituída. O associativismo
é uma forma de organização que tem como finalidade conseguir benefícios comuns para
seus associados por meio de ações coletivas (Felix et al.,s. d.).
No caso do meio rural, o associativismo é um instrumento vital para que uma
comunidade saia do anonimato e passe a ter maior expressão social, política, ambiental
e econômica‖ (FUNDAÇÃO BANCO DO BRASIL, 2009, p. 2).
A7 construção de uma associação prescinde de união, objetivos comuns e vontade de
trabalhar juntos para enfrentar os problemas e melhorar a vida do grupo. Existem vários
tipos de associações e muitas delas fazem ou fizeram parte do cotidiano das pessoas.
O tamanho da associação vai depender dos objetivos da mesma.
As associações comunitárias, por exemplo, costumam ter um grande número de
pessoas, pois visam ações mais relacionadas ao lazer e à vida comunitária, assim é
possível agregar um grande número de pessoas. Já uma associação de agricultores,
que visa compartilhar maquinário agrícola ou acessar um determinado mercado, por
exemplo, deve visar um número de associados condizente com as capacidades que
serão instaladas, caso contrário ficará difícil de viabilizar e administrar.

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No Quadro 2.1 vamos descrever os principais tipos de associações:

O associativismo também é um dos caminhos para as famílias de agricultores se


empoderar e buscar maior inserção e visibilidade na sociedade. O associativismo é mais
do que uma forma de organização, é uma construção e uma conquista social‖
(FUNDAÇÃO BANCO DO BRASIL, 2009, p. 2).
A transformação da atuação individual e familiar para uma atuação e participação grupal
e comunitária pode ser um mecanismo importante de garantia de maior renda para as
famílias rurais, acesso qualificado ao mercado, processamento de produtos, diminuição
da penalidade do trabalho, assessoria de qualidade. Outra questão importante é que a
atuação em grupo possibilita a troca de experiências e o melhor aproveitamento do
aprendizado individual de cada família.
As associações rurais, normalmente, são formadas por grupos de vizinhos que ao
buscarem soluções de seus problemas em conjunto criam estratégias diferenciadas de
desenvolvimento da propriedade e do meio rural. Os agricultores, organizados em
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associações, têm mais força para reivindicar apoio do poder público municipal, junto aos
órgãos de extensão, de ensino e de outras entidades que possam auxiliá-los em seus
processos de desenvolvimento. Outra questão importante é o acesso a recursos de
programas governamentais que visam grupos formalmente constituídos.

Para saber mais.

 Reportagem: Associativismo - o que é?


Link:https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ufs/ap/artigos/associa tivismo-o-
que-e,01353ea344900610VgnVCM1000004c00210aRCRD

 Vídeo: Associativismo Rural unindo agricultores. Link:


https://www.youtube.com/watch?v=huQ9iJfA_DQ

 Livro: Associativismo e Novos Laços Sociais.


Link:https://www.researchgate.net/publication/279751319_Associativism
o_e_Novos_Lacos_Sociais_livro_completo

 Sugestão de filme: “Buscando minha turma”.

Pensando sobre o assunto.

Quais seriam os benefícios da criação de uma associação representativa, que


defendesse os interesses dos empreendedores em sua comunidade?

Qualidade e Produtividade

Fonte:<https://gestaoservicosuni.wordpress.com/2016/04/26/melhoria-da-produtividade/>.

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Qualidade e produtividade são fatores-chave para a competitividade e sempre foram
preocupações dos setores produtivos. A qualidade é a característica inerente do produto
ou do serviço, enquanto que a produtividade é a medida da eficácia do uso dos recursos
para produzir esse produto ou processar esse serviço.

A Gestão de qualidade e produtividade é uma estratégia de administração que


consiste em manter a qualidade dos processos organizacionais, para a
manutenção da máxima economia para as empresas e plena satisfação para os
consumidores.

A qualidade que conhecemos hoje se destacou na Segunda Guerra Mundial, partindo


da preocupação de que os produtos deveriam ser padronizados, para que o percentual
de defeito fosse mínimo e não gerasse riscos a quem fosse utilizá-los.
Um produto ou serviço com qualidade é aquele que atende sempre perfeitamente e de
forma confiável, acessível, segura e no tempo certo às necessidades do cliente.
No Brasil, a gestão de qualidade se disseminou a partir de 1990, com a globalização da
economia. Com foco em maximização de resultados, as empresas passaram a implantar
os sistemas de gestão e a aprimorar suas competências por meio de novos
procedimentos.

Em 1991, o governo brasileiro criou o Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade,


com o intuito de difundir os novos conceitos de qualidade, gestão e organização da
produção, e com o objetivo de auxiliar na competitividade das empresas brasileiras.

Os princípios básicos da qualidade total

 Foco no Cliente - O sucesso de uma organização depende de seus clientes e,


portanto, é necessário compreender as suas necessidades atuais e futuras com foco
não apenas em supri-las, mas em exceder às expectativas.

 Liderança - A missão do líder é estimular um ambiente colaborativo, no qual todos


se sintam envolvidos e motivados em contribuir com os propósitos e objetivos da
organização.

 Envolvimento das pessoas - Empresas são resultados de pessoas, ou seja, a


essência de uma organização é formada por seu capital humano. Portanto, as
ações de gestão devem envolver todos os integrantes que fazem parte dela, em

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todos os níveis de atuação, possibilitando a utilização de suas habilidades em
benefício da organização.

 Abordagem por Processo - Resultados esperados são alcançados com mais


eficiência a partir da abordagem das atividades da empresas divididas por
processos.

 Abordagem sistêmica de gestão -Identificar, compreender, gerenciar e Inter-


relacionar os diferentes processos da organização para atender os objetivos
determinados.

 Melhoria contínua - O objetivo permanente de uma organização deve ser a


melhoria contínua, em prol de si, de seus colaboradores e de seus clientes.

 Abordagem factual para tomada decisões - Todas as decisões devem ser


tomadas e ponderadas a partir da análise de dados e informações.

 Relações mutuamente benéficas com fornecedores - Considerando que


empresa e fornecedores são interdependentes, sua relação deve ser sustentável
e uma parceria que agregue valor para ambas as partes e consequentemente ao
consumidor final.

 Processos e ferramentas para a gestão de um empreendimento.

Realizar uma gestão focada em processos de qualidade é uma abordagem


abrangente que visa melhorar a competitividade, a eficácia e a flexibilidade de
uma empresa por meio de planejamento, organização e compreensão de cada
atividade, envolvendo cada indivíduo em cada nível, sendo útil para todos os
tipos de empresas.

As ferramentas de gestão proporcionam uma alternativa de otimizar as tarefas que


devem ser realizadas cotidianamente e reduzir o tempo gasto em cada tarefa. A
utilização de softwares e aplicativos de gestão melhora a utilização das metodologias e
técnicas já consolidadas.

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- Ferramentas de gestão da qualidade
Utilizando essas ferramentas, o gestor poderá garantir a qualidade dos processos de
produção e serviços prestados. Confira agora as principais ferramentas para gestão da
qualidade que deveriam entrar para a sua lista de prioridades.

Six Sigma - Essa é uma das ferramentas mais conhecidas do mundo empresarial. Ela
surgiu no Japão e é aplicada nos mais diversos setores e para diferentes portes.

Fonte:< https://leonardo-matsumota.com/2020/05/27/o-roteiro-dmaic-na-melhoria-dos-processos-six-sigma-parte-i/>.

Essa ferramenta é baseada na diminuição das falhas e na análise estatística dos


processos em andamento. Tem duas formas de aplicação: para processos, serviços ou
produtos que estão em desenvolvimento e para aqueles que já estão sendo produzidos,
porém devem ser melhorados.

Ciclo PDCA - O objetivo dessa grande ferramenta é garantir a melhoria contínua dos
processos. Isso ocorre por meio de quatro etapas: planejar (plan), fazer (do), checar
(check) e agir (act).

Fonte:< https://viridis.energy/pt/blog/o-ciclo-pdca-na-gestao-de-energia-e-utilidades>.

A grande sacada dessa metodologia é entender qual a causa raiz do problema em vez
de focar apenas na solução. Com a identificação da causa, pode ser posta em prática
uma ação de contenção que será validada e, se necessário, ajustada.

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Análise SWOT - Já consolidada entre as grandes empresas, a Análise SWOT é uma
metodologia de gestão que também pode ser facilmente aplicada às micro e pequenas
empresas. De forma direta, essa ferramenta auxilia os gestores a realizarem análises
mais objetivas de seus empreendimentos, de forma a definir melhor os planos de ação.

Fonte: < https://www.treasy.com.br/blog/matriz-swot-analise-swot-matriz-fofa/>

A ferramenta parte da premissa de que todo empreendimento tem seus pontos fortes e
fracos, oportunidades e ameaças. A análise é geralmente mostrada em forma de
quadrante, em que forças e fraquezas estão relacionadas ao ambiente interno da
empresa e oportunidades e ameaças estão ligadas ao ambiente externo.
Dessa forma, a metodologia proporciona ao gestor um panorama detalhado da situação
do projeto no cenário econômico, dando base à tomada de decisões bem fundamentada
para o objetivo final do empreendimento.
 Estratégias em negociações
As estratégias, em negociações, pode ser definidas como a inteligente utilização dos
recursos disponíveis, como, por exemplo, a sequência de ações, planos, pensamentos,
táticas e comportamentos empregados pelo negociador, com a finalidade de atingir um
determinado objetivo, onde, para tanto, são exploradas as condições favoráveis e ainda
são levados em conta as competências organizacionais e pessoais, as vantagens
competitivas, estruturação dos recursos disponíveis, entre outros elementos voltados
para o desenvolvimento harmônico a médio ou longo prazo.

As estratégias negociais se alicerçam em três elementos básicos: informação,


tempo e persuasão. Assim, quem mais obter o planejamento e,
consequentemente, o controle desses três elementos, melhor se sobressairá em
qualquer negociação.

O primeiro passo para se construir uma estratégia eficaz consiste em explorar as


condições favoráveis de uma negociação, tendo-se por base os recursos disponíveis,
principalmente no que diz respeito às informações, ao tempo e aos objetivos desejados.

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E dependendo de onde se quer chegar com a negociação, a estratégia a ser emplacada
vislumbra uma série de táticas convenientes a cada caso e à cada situação. E
dependendo do tipo de estratégia adotada, as táticas, ou técnicas, devem sofrer
adaptações a fim de atingirem os objetivos propostos.

- A formação das estratégias


O primeiro passo para se construir uma estratégia eficaz consiste em explorar as
condições favoráveis de uma negociação, tendo-se por base os recursos disponíveis,
principalmente no que diz respeito às informações, ao tempo e aos objetivos desejados.
E dependendo de onde se quer chegar com a negociação, a estratégia a ser emplacada
vislumbra uma série de táticas convenientes a cada caso e à cada situação.
Nesse sentido, temos que podemos tangenciar as negociações sob as seguintes
estratégias:

 Individual ou em equipe.
 Branda ou agressiva.
 Em cooperação ou individualista.
 Em casa ou no campo inimigo.
 Pessoalmente ou à distância.
 Baseada em princípios ou em competências.

- Dicas estratégicas
Independente de qual seja a estratégia adotada para viabilizar uma negociação, o atento
negociador deve começar por desenvolver o seu planejamento estratégico, e, nesse
sentido, pedimos sua especial atenção para com os seguintes pontos:

 O planejamento, a fim de evitar improvisos ou desvios do seu foco, deve ser


desenvolvido sempre por escrito.
 Ao realizar o planejamento, leve em conta o princípio da negociação ganha-
ganha, onde, para alcançar o sucesso nos negócios, todas as partes envolvidas
devem ganhar em algum ponto.
 A estratégia deve ser balizada de modo que a política negocial seja adequada às
necessidades reais das partes.

Essa intervenção pode ser feita através de abordagens e ferramentas que desafiam o
que está posto e não tem funcionado, ou funciona precariamente.

A busca é transformar as mentalidades e as dinâmicas da sociedade, envolvendo e


capacitando os beneficiários, dando possibilidade de crescer e se replicar.
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Isso tudo pautado em modelos de funcionamento eficientes e viáveis. Os
empreendedores sociais geram valor com recursos locais e a educação deve assumir
um papel ativo na mudança pretendida.

Como podemos agir?

 ACREDITAR em si e no potencial transformador da ideia;


 Se COMPROMETER e PERSISTIR na causa que nos move;
 Se ENVOLVER e AGREGAR pessoas que partilham a mesma ideia;
 IMPLEMENTAR a ideia e REPETIR até alcançar o objetivo.

Para saber mais.

 Reportagem: Tudo o que você precisa saber para criar o seu plano de
negócio.
Link: https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/como-elaborar-um-
plano-de-negocio,37d2438af1c92410VgnVCM100000b272010aRCRD

 Vídeo: Como elaborar um plano de negócio. Link:


https://www.youtube.com/watch?v=V3u2Tu6t1UU

 Livro: Como elaborar um plano de negócios


Link:https://www.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/Anexos/COMO%20
ELABORAR%20UM%20PLANO_baixa.pdf

 Sugestão de filme: “A Vida e a História de Madam C.J. Walker”.

Pensando sobre o assunto.

Depois de aprender sobre empreendedorismo e intervenção social, idealize um


plano de negócio para você, levando em conta os objetivos do seu negócio. Se
questione sobre quem seriam seus clientes, seus concorrentes e seus
fornecedores. Onde seria localizado o seu negócio? Quais seriam seus pontos
fortes e seus pontos fracos?

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Referências

BERNARDI, L. A. Manual de Empreendedorismo e Gestão: Fundamentos, Estratégias e


Dinâmicas. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2013.
CARVALHO, Isabel L de. Empreendedorismo Social: Catalisar e Inspirar para um
Mundo Melhor, IES-Instituto de Empreendedorismo Social, 2013.
CAVALCANTI, M; FARAH, O. E.; MARCONDES, L. P. Empreendedorismo Estratégico:
Criação e Gestão de Pequenas Empresas. São Paulo: Cengage Learning, 2008.
DORNELAS, J. C. A. Empreendedorismo: transformando ideias em negócios. 5.ed.
Rio de Janeiro: LTC, 2014.
HASHIMOTO, M.; LOPES, R. M. ANDREASSI, T. NASSIF, V.M. J. Práticas de
Empreendedorismo: Casos e Planos de Negócios. Rio de Janeiro: Campus Elsevier,
2012.
MIRANDA, Humberto do N. Palestra- Semiárido Brasileiro e Baiano: Dimensão Territorial
e Estratégia de Desenvolvimento. 48º SOBER-Sociedade Brasileira de Economia,
Administração e Sociologia Rural, Campo Grande, 2010. Disponível em:
<http://www.sober.org.br/palestra/15/1199.pdf>. Acesso em: 12/03/2020.
PRONATEC. Técnico em alimentos. Modulo II. Salvador, BA. 2020

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