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MÉTODO
O método o qual foi utilizado para a realização da presente apresentação descreve-se
por pesquisa qualitativa, sendo esta caracterizada por uma metodologia de caráter
exploratório em que é visada a intelecção das experiências profissionais do sujeito
entrevistado, nesse caso, no ramo da psicologia infantil. Sendo assim, por meio deste método,
é possível maior profundidade no entendimento acerca do assunto.
Adicionalmente, a entrevista realizada com Susete Figueiredo, psicóloga infantil e
professora universitária, foi produzida de modo semi estruturado por meio de um breve
roteiro, o que permite a conversação e diálogo livre entre os entrevistadores e o entrevistado.
E, em conclusão, foi utilizada uma seleção de artigos e textos para a construção do
embasamento teórico da pesquisa e da construção do roteiro da entrevista.
OBJETIVO GERAL
O presente estudo tem como objetivo a apresentação da problematização do impacto
da mídia em relação à erotização infantil e, mais especificamente, o impacto da publicidade
que, como forma de gerar lucro, trata crianças de forma “adultizada” em prol do consumismo.
OBJETIVO ESPECÍFICO
Foi realizada uma entrevista com a psicóloga infantil Susete Figueiredo, com o
objetivo de averiguar as consequências da erotização infantil na vida das crianças e
comprovar a influência da mídia e da publicidade na contínua sexualização de corpos infantis.
REVISÃO LITERÁRIA
É a partir do século XX que a criança passa a ter seu lugar na sociedade, que
iniciam-se os estudos sobre a psicologia e o desenvolvimento físico e social da infância. Além
disso, discute-se a posição do infante na sociedade o que, por consequência, acarreta no
crescimento do papel da criança dentro do mercado consumidor. Porém, é no século XXI que
o impacto juvenil atinge seu ápice dentro de uma ótica de mercado e passam a ser criados
diversas espécies de produtos e mídias focalizadas exclusivamente nessa faixa etária, que, por
sua vez, consegue mais facilmente atingir seu público alvo devido à facilidade ao acesso ao
conteúdo que a internet proporciona. A mídia ganha um papel tão significante na formação
social do infante que passa a ter um mesmo poder (ou, em alguns casos, mais poder) de
influência do que a família, a escola e a igreja, por exemplo.
Nesse aspecto, é a partir do enorme fluxo de informações, filmes, músicas, danças,
padrões e modos de agir que a criança forma grande parte de sua personalidade e esse
processo ocorre devido à crença por parte da mesma de que o padrão exibido midiaticamente
é o padrão socialmente esperado para ela. Sendo assim, "as crianças atribuem poder aos
personagens que a televisão apresenta e, ao mesmo tempo, estabelecem um vínculo afetivo
(BELLONI, GOMES, 2008 p. 718-723)” e, ao verem personalidades e ídolos, usando um
determinado modelo de vestimentas ou performando 'sensualmente', passam a reproduzir
esses comportamentos e a os normalizarem, o que seria uma das grandes causas do processo
de sexualização extremamente precoce.
Segundo Silva (2007), podemos definir erotização infantil como uma forma de
emergir a sexualidade precocemente trazendo questões sociais que não deveriam ser tratadas
com uma criança, uma vez que ela não possui discernimento de compreender o efeito e as
consequências desse processo.
“A criança é estimulada a imitar a sexualidade adulta, sem amadurecimento
psicológico para isso. Como consequência, estudos indicam que o excesso de excitação pode
diminuir o interesse e a capacidade para se concentrar, refletir, para se sentir capaz, e
desenvolver saudavelmente a sua identidade. Este estímulo impedirá a criança de vivenciar
experiências lúdicas fundamentais para o progresso da imaginação e formação no convívio
afetivo entre outras crianças (SBORQUIA, 2002)”, exemplos dessa sexualização são
facilmente notados ao observarmos crianças de 5 anos falando que namoram, ou algumas um
pouco mais velhas fazendo danças sensuais e postando na internet.
Em síntese, o processo de erotização e adultização precoce é acarretado por uma
variedade de fatores mas, especialmente, pela mídia e pela propaganda. Assim sendo, é
gerado um impacto expressivo no desenvolvimento da identidade das crianças ao serem
ignoradas importantes etapas do desenvolvimento infantil, as colocando num lugar de
vulnerabilidade e perigo, além das questões psicológicas que podem tornar-se explícitas.
ANÁLISE CRÍTICA
Dessa maneira, torna-se nítido como os infantes são explorados pelo mundo
publicitário, o que acarreta uma série de padrões e comportamentos em detrimento de seu
desenvolvimento cognitivo devido a ausência de um julgamento moral nessa faixa etária no
que se refere a distinção entre o que é certo ou errado, o que deve ser reproduzido ou
descartado. A respeito desta questão, a psicóloga infantil cita:
CONSIDERAÇÕES FINAIS