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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA

O “EFEITO PANDEMIA” NAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS


DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES

LETICIA SANTOS FREITAS

NAIHARA B. SALVINO DOS SANTOS

PAOLA MARTINS DA SILVA

SABRINA MEDEIROS DE LIMA

CUBATÃO
ABRIL-2022
Introdução

O surgimento do corona vírus e uma pandemia acarretaram em diversas mudanças no


mundo todo e algumas podem nunca mais voltar ao normal. É de total entendimento, e até
mesmo comprovado cientificamente que a melhor maneira para evitar a contaminação da covid-
19 é o distanciamento social, o que afetou diretamente as relações interpessoais, principalmente
entre os jovens, uma fase onde tudo se transforma, uma fase de transições.
Além do mais, nos relacionamentos entre pessoas, os grupos sociais que mais sofreram
com a mudança foram as crianças e adolescentes. Isso se deve porque experiências
fundamentais dessas faixas etárias foram excluídas, como por exemplo, o encontro frente a
frente com os colegas de classe. Essa fase que é fundamental para construir uma personalidade
não pôde ser moldada satisfatoriamente, pois a falta de vivências não conseguiu montar um
caráter ou amadurecer corretamente os jovens.
Especialmente pela falta do ambiente escolar, o qual o indivíduo necessita para o
desenvolvimento do seu intelecto e relações sociais. Tais consequências reverberaram em um
chamado “efeito pandemia” que é como um avanço no tempo, porém uma pausa na evolução
do caráter. Será que as crianças e os adolescentes sentem que entraram em uma cabine do tempo
e não adquiriram as devidas experiências até o futuro?
1. Fundamentação teórica

1.1 A relação escolar no desenvolvimento juvenil

Atualmente, deve-se considerar uma preocupação com a falta do ambiente escolar


durante a pandemia, e como citado anteriormente, o qual é primordial para o desenvolvimento
pessoal do intelecto e psíquico dessas crianças e adolescentes, como diz Dutra (2020):

O desenvolvimento humano é um processo de aprendizado que ocorre entre o


indivíduo e o ambiente sociocultural que o cerca, ou seja, para que sejamos
humanos necessitamos do auxílio de outro humano nessa jornada de
desenvolvimento e descobrimento. (DUTRA, 2020, p.294)

Nesse sentido, o ciclo estudantil é o ambiente sociocultural que os cercava e com a


pandemia isso foi lhes tirado, como por exemplo, a educação, o contato com os amigos e o lazer
mais liberal, desta forma, podendo desencadear um quadro de estresse emocional por essa
mudança repentina, tal que normalmente leva a transtornos mentais.

As crianças estão mais vulneráveis diante as mudanças e transformações que


ocorrem no ambiente a sua volta, causando alterações fisiológicas e
comportamentais, como alterações de humor, transtornos alimentares,
distúrbios do sono e problemas na comunicação e relação interpessoal.
(SANTOS, 2020, pp.3-4).

Tal afirmação que comprova, o quão prejudicial toda essa mudança e distanciamento
social foram e estão sendo prejudiciais ao desenvolvimento juvenil.
Entretanto, não somente as relações que se constrói na escola, mas também a falta da
educação em si, um aspecto complementa o outro, pois as práticas sociais são aplicadas aos
ensinamentos escolares. Desta maneira, ocorreu uma ruptura com a rotina, o ensino, recreação
e a preocupação com a família, a renda e a saúde estão deixando esses jovens irritadiços,
ansiosos e com medo do futuro. Tal quadro que é muito favorável para a evasão e abandono
escolar, sobre isso (Bezerra, 2022)
Decorrente ao período de pandemia as instituições de ensino tiveram que se remodelar
e desenvolver metodologias que viabilizasse o ensino, deste modo grande maioria
adotou o uso de sala de aulas virtuais, contudo o crescente número de evadidos
ocasiona-se principalmente por dificuldade de acesso a internet, falta de motivação,
dificuldade de acompanhamento familiar, é importante respaldar que a maior dos
evadidos são de renda familiar média ou baixa. (Bezerra, 2022, p. np) .

Além disso, segundo dados divulgados pelo IBGE e analisados pela ONG “Todos Pela
Educação”, a evasão escolar quase triplicou durante a pandemia, chegando a aumentar em
171% em relação ao levantamento anterior à pandemia, então, como consequências disto no
futuro, teremos adultos que não tiveram um desenvolvimento intelectual e muito menos
interpessoal adequado, já que muito disso se deve à escola.
Dado todo exposto, fica implícito a importância do papel da escola, não somente no
desenvolvimento intelectual do individuo, como também no interpessoal para o
aperfeiçoamento do caráter social da criança e do adolescente.

2. Objetivos
2.1. Objetivo geral

Mostrar o que o “efeito pandemia” causou nas relações interpessoais entre crianças e
adolescentes, durante e após a mesma.

2.2. Objetivos específicos

 Mostrar a atual situação psíquica de crianças e adolescentes durante e pós-pandemia.


 Citar os possíveis problemas futuros que tal experiência pode acarretar a estes jovens.
 Comparar a diferença do desenvolvimento interpessoal juvenil pandêmico e antes da
pandemia.
3. Metodologia

Para o desenvolvimento desta pesquisa faremos uma pesquisa bibliográfica da psique


infantil, uma pesquisa de campo com pessoas da faixa etária de acordo com o trabalho, uma
pesquisa com survey (Google Forms) para ter um alcance maior de indivíduos, levantamento
estatísticos e para complementar ainda mais, faremos uma entrevista com uma especialista da
área da Psicologia.
Bibliografia

DUTRA, J. L.C. et al. Os efeitos da pandemia de covid-19 na saúde mental das


crianças. Pedagogia em Ação, v. 13, n. 1, p. 293-301, 2020. Disponível em:
<encurtador.com.br/hCEG8> Acessado em 13/04/2022.

SANTOS, Luanny de Souza. et al. Saúde metal das crianças durante a pandemia da covid-
19: uma revisão a luz da literatura, 2020. Disponível em: <
https://doity.com.br/anais/vexpofamesc2020/trabalho/166094>. Acessado em 14/04/2022.

SANTOS, Cláudia Bezerra Dos et al.. Evasão escolar: causas e consequências. VII CONEDU
- Conedu em Casa... Campina Grande: Realize Editora, 2021. Disponível em:
<https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/80584> Acessado em 14/04/2022.

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