Você está na página 1de 22

Riscos das Redes Sociais na Adolescência: um olhar sobre a saúde mental

Risks of Social Networks in Adolescence: a look at mental health

Riesgos de las Redes Sociales em la Adolescência: uma mirada a la salud mental

Eliziane Luz Bráulio


Concluinte do curso de Psicologia do Centro Universitário Una
elizianebraulio3@gmail.com

Gabriela Giovanna de Faria Avelar


Concluinte do curso de Psicologia do Centro Universitário Uma
avelargabriela20@gamil.com

Kaciane Rosa Silva


Concluinte do curso de Psicologia do Centro Universitário Uma
kacianesilva3270@gmail.com

Túlio Louchard Picinini Texeira, MSc.


Professor orientador
Centro Universitário UNA
tulio.texeira@prof.una.br

2023
Riscos das Redes Sociais na Adolescência: um olhar sobre a saúde mental

Risks of Social Networks in Adolescence: a look at mental health

Riesgos de las Redes Sociales em la Adolescência: uma mirada a la salud mental

Resumo

Este artigo é resultado de uma revisão bibliográfica de caráter exploratório cujo objeto de
estudo foi o impacto do uso das redes sociais pelos adolescentes em sua saúde mental e nas
suas relações interpessoais. As redes sociais se tornaram uma parte integrante da vida dos
adolescentes, e muitos deles passam horas navegando e interagindo com outros usuários nas
plataformas digitais. No entanto, o uso excessivo das telas e a interação digital tem sido
associado à uma série de consequências negativas para a saúde mental desses adolescentes,
como por exemplo ansiedade, baixa autoestima, depressão, entre outras. Além disso, as redes
sociais também afetam as relações interpessoais dos adolescentes com a família e com o meio
social em que estão inseridos, podendo até prejudicar o convívio social. Embora as redes
sociais ofereçam até benefícios, como a capacidade de compartilhar informações e se conectar
com outras pessoas, há também os riscos associados ao seu uso excessivo. Por isso, este artigo
aborda as consequências do uso excessivo das redes sociais pelos adolescentes e sugere
maneiras de mitigar esses impactos, por meio do apoio da família e da Psicologia, visando
melhorar a qualidade de vida dos adolescentes.

Palavras-chave: Adolescência, Redes Sociais, Saúde Mental, Dependência Tecnológica

Abstract

This article is the result of an exploratory bibliographic review whose object of study was the
impact of the use of social networks by adolescents on their mental health and interpersonal
relationships. Social networks have become an integral part of teenagers' lives, and many of
them spend hours browsing and interacting with other users on digital platforms. However,
excessive use of screens and digital interaction has been associated with a series of negative
consequences for the mental health of these adolescents, such as anxiety, low self-esteem,
depression, among others. In addition, social networks also affect the interpersonal
relationships of adolescents with the family and with the social environment in which they
are inserted and may even harm social interaction. While social media does offer benefits
such as the ability to share information and connect with others, there are also risks
associated with its overuse. Therefore, this article addresses the consequences of excessive
use of social networks by adolescents and suggests ways to mitigate these impacts, through
family and psychology support, aiming to improve the quality of life of adolescents.

Keywords: Adolescence, Social Networks, Mental Health, Technology Addiction

Resumen

Este artículo es el resultado de una revisión bibliográfica exploratoria cuyo objeto de estudio
fue el impacto del uso de las redes sociales por parte de los adolescentes en su salud mental y
sus relaciones interpersonales. Las redes sociales se han convertido en una parte integral de la
vida de los adolescentes, y muchos de ellos pasan horas navegando e interactuando con otros
usuarios en las plataformas digitales. Sin embargo, el uso excesivo de pantallas y la interacción
digital se ha asociado con una serie de consecuencias negativas para la salud mental de estos
adolescentes, como ansiedad, baja autoestima, depresión, entre otras. Además, las redes
sociales también afectan las relaciones interpersonales de los adolescentes con la familia y con
el entorno social en el que están insertos, pudiendo incluso perjudicar la interacción social. Si
bien las redes sociales ofrecen beneficios como la capacidad de compartir información y
conectarse con otros, también existen riesgos asociados con su uso excesivo. Por lo tanto, este
artículo aborda las consecuencias del uso excesivo de las redes sociales por parte de los
adolescentes y sugiere formas de mitigar esos impactos, a través del apoyo familiar y
psicológico, con el objetivo de mejorar la calidad de vida de los adolescentes.

Palabras clave: Adolescencia, Redes Sociales, Salud Mental, Adicción a la Tecnología

Introdução
Considerando a já conhecida e identificada capacidade de influência das redes sociais na

adolescência, principalmente os efeitos indesejados resultantes desse fenômeno, os presentes

autores se sentiram motivados a aprofundar seus conhecimentos sobre a temática, enfatizando

principalmente os seus impactos na saúde mental dos adolescentes. O objetivo principal deste

artigo é analisar os impactos psicológicos resultantes do uso frequente e intenso das redes

sociais. Como objetivos específicos, buscou-se compreender como esse uso afeta

especificamente a saúde mental desses jovens, avaliar quais as consequências advindas do

excesso de tempo gasto diante das telas e levantar qual seria a relevância da família e da

psicologia como elementos fundamentais na busca por soluções para mitigar esses danos.

Com o fim de alcançar esse propósito, a metodologia adotada neste estudo foi a pesquisa

bibliográfica, de natureza exploratória, que consiste em uma busca por publicações que

abordam a adolescência e suas interações com as redes sociais e nas reflexões acerca das

consequências para a saúde mental dos adolescentes. A pesquisa foi realizada em fontes

confiáveis tais como as bases de dados Scielo, os Periódicos Científicos Estácio, os

Periódicos Grupo Tiradentes, a Enfermaría Global da Universidade de Múrcia (Espanha) e a

Biblioteca Digital de Periódicos da Universidade Federal do Paraná. Foram levantados textos

publicados em português que tratassem do tema de interesse da pesquisa.

Sabe-se que a era digital tem exercido um domínio crescente na sociedade contemporânea. O

uso frequente das redes sociais, em particular, tem alcançado milhares de pessoas, incluindo

os adolescentes. De acordo com Carvalho (2011), essas plataformas têm experimentado um

crescimento significativo nos últimos anos, proporcionando a conexão entre pessoas e

expandindo as relações sociais, além de oferecer acesso a informações diversas.


Segundo Rosado, Jager e Dias (2014), o uso da internet tem se expandido entre indivíduos de

diferentes faixas etárias e ambientes culturais, se tornando ferramenta popular de busca pela

informação, contato interpessoal e influências sociais. A população vem se apoderando da

internet e a utilizado cada vez mais com maior frequência.

No estudo realizado por Rosado, Jager e Dias (2014) os sites de redes sociais foram

identificados como os mais acessados pelos usuários de internet. Em geral, liderando o

ranking de acessos, o Google tem se destacado, logo em seguida as redes sociais e sites de

relacionamentos. Esses recursos têm concedido aos usuários facilidade e acesso à velocidade

da comunicação, permitindo compartilhar com outros informações sobre a rotina diária.

Cunha, Resende e Silva (2022) argumentam que o uso excessivo de internet modifica o

comportamento humano e altera rotinas e necessidades básicas, gerando problemas

emocionais, além de comportamentos agressivos e obsessão em conferir o smartfone

frequentemente.

Diante do cenário exposto, fica claro a importância do estudo ora proposto, pois a

compreensão de estratégias para minimizar os impactos negativos do uso excessivo das

tecnologias e a busca por estratégias que possam promover o equilíbrio necessário para a

saúde mental, o bem-estar e a segurança dos adolescentes é pertinente e urgente. É essencial

conhecer e compreender a importância e o significado do uso das tecnologias de acesso à

interação e comunicação para essa faixa etária para fornecer orientações adequadas aos pais e

informações aos psicólogos que atendem esse público.

A influência das redes sociais nas relações interpessoais dos adolescentes

Ferreira e colaboradores (2020 apud Cunha, Resende, Silva, 2022) esclarecem que, nas

últimas décadas, registrou-se uma constante e acelerada evolução das tecnologias de


comunicação de dados, sendo esta responsável pela transformação da vida das gerações

atuais, pois possibilitou meios novos de acesso a informações e de interações entre os

indivíduos. Vale ressaltar que houve uma completa aceitação dessas ferramentas e assim um

crescente envolvimento populacional com esses novos modelos de comunicação e interação.

Já é sabido que o aumento da relação humana com a internet e principalmente com as

plataformas de mídias sociais vem se tornando preocupante e exigindo reflexões sobre suas

possíveis vantagens e desvantagens.

Nesse sentido, cumpre destacar que uma parcela significativa da população tem acesso à

internet e usa as redes sociais. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatísticas (IBGE), em 2019, 78,3% da população com 10 anos ou mais (143,5 milhões de

pessoas) acessaram as redes sociais. Em 2016, esse número representava 64,7% da população

total, enquanto 69,8% em 2017 e 74,7% em 2018. (Cunha, Resende, Silva, 2022)

O uso das chamadas mídias sociais se tornou ainda mais frequente diante da pandemia da

COVID-19. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em março de 2020, a

COVID-19 foi identificada como uma pandemia caracterizada pela disseminação mundial,

como uma nova doença, criando um ambiente biomédico imprevisível e estressante à nível

global. O uso das redes sociais neste período de isolamento trouxe muitos benefícios, como

redução à exposição ao vírus, porém, o uso excessivo dessas tecnologias afeta diretamente a

saúde mental das pessoas. Durante a pandemia foram observados e analisados o sofrimento

emocional, as experiências traumáticas, o estresse, o alívio efetivo e principalmente os

transtornos mentais exacerbados pelo sofrimento psíquico provocado pelo isolamento social

(Brasil, 2021).
Assunção e Matos (2014) ressaltam que, com o avanço das tecnologias de comunicação e

interação estão ocorrendo mudanças na vida cotidiana, principalmente dos adolescentes,

trazendo implicações (negativas ou positivas) sociais e psicológicas.

Em uma pesquisa realizada por Rosado, Jager e Dias (2014) com adolescentes entre 13 e 19

anos, em escolas públicas e privadas do Rio Grande do Sul, foi identificado que o principal

motivo para o uso das redes sociais era conhecer pessoas novas e conversar com amigos e

familiares.

Assunção e Matos (2014) ressaltam que com a comunicação virtual pode retirar dos

adolescentes situações que são autênticas, reais, privando-os de ter uma vida em que eles

possam participar de atividades sociais, seja de educação, cultura entre outras, inseridos

presencialmente em sua comunidade.

Também segundo Barros (2019) citado por Cunha, Resende e Silva (2022), os adolescentes

recorrem às redes sociais para preencher vazios deixados pelo isolamento social, pois tal

acesso lhes dá a sensação de jamais estarem sozinhos. Desconectados das redes sociais, eles

veem a realidade de forma alterada, como se as pessoas do seu entorno não fizessem parte de

seu cotidiano. Na visão do referido autor, o uso excessivo das redes pode também acabar

separando os adolescentes das pessoas da vida real, seja ela afetiva ou social.

Gonçalves e Nuemberg (2012 apud Souza & Cunha, 2020) complementam a reflexão da

temática afirmando que a internet acentua a falta de interação entre os adolescentes no mundo

real, pois as telas trazem certa segurança, tornando possível evitar frustrações, rejeições e

sentimentos que precisam ser enfrentados cotidianamente. Assim, segundo os autores seria

possível dizer que a internet serve como estratégia de fuga da realidade e pode trazer

inversões de valores sociais.


Vale lembrar que o acesso ao mundo virtual pode potencializar o uso de falsas referencias do

mundo real, o que já era percebido de forma mais leve na convivência em ambientes reais.

Em O Mal-estar na Civilização, Freud (1930-1936/2010, p. 14) afirma que “é impossível

fugir à impressão de que as pessoas comumente empregam falsos padrões de avaliação – isto

é, de que buscam poder, sucesso e riqueza para elas mesmas e os admiram nos outros,

subestimando tudo que verdadeiramente tem valor na vida.”

Compreender toda essa dinâmica da interação social não é tarefa fácil para os estudiosos que

se dedicam à temática, ainda mais quando se trata de adolescentes, fase do desenvolvimento

bastante complexa. De acordo com Dinah Martins (1987, apud Silva, Viana, Carneiro, 2011,

p. 1987, p. 28), “a caracterização da adolescência não constitui tarefa muito fácil, porque os

fatores biológicos específicos, atuantes na faixa etária, se somam a determinantes

socioculturais, advindos do ambiente onde o fenômeno da adolescência ocorre”.

Formigli, Costa e Porto (2000) lembram que, no período da adolescência ocorrem mudanças

corporais, desenvolvimento da personalidade e adaptações que são necessárias à convivência

com o mundo contemporâneo. Entre essas adaptações destacam-se o acesso à internet e a

interação com avanços tecnológicos compatíveis.

Farias e Crestani (2017) reforçam que é na adolescência que se busca e constrói a identidade

e por esse motivo é um momento para intensificar a inserção cultural e social. A internet

passou a representar uma possibilidade de interação e socialização para os adolescentes, um

espaço onde os mesmos buscam se identificar e pertencer a um grupo e por esta razão os

estudiosos precisam se debruçar sobre essa ferramenta.

Prioste (2013) também destacou o fenômeno da interação virtual ao afirmar que as redes

sociais ocupam constantemente o tempo dos adolescentes. Postar algo ou acessar as redes é

uma forma de provar sua existência, levando os adolescentes a se distanciarem da sua análise
interior, bloqueando a reflexão dos adolescentes, o que poderia prepará-los para tomar

decisões sobre sua vida.

Segundo Silva e Núcia (2014, apud Guimarães, Aleixo, Costa, 2020) houve muitas mudanças

e foram criados sistemas mais eficientes para o gerenciamento e otimização da comunicação.

O acesso fácil e rápido à internet trouxe aos usuários da tecnologia a oportunidade de usufruir

da propagação do conhecimento, mas nem sempre é o conhecimento o objeto de divulgação

ou propagação.

Franco e Prensky (2013) apud Costa, Duqueviz e Pedroza (2015) afirmam que os jovens que

nasceram em 1990, cresceram em um ambiente onde essas novas tecnologias estavam sendo

implantadas e talvez por esse motivo foram os que mais rapidamente se adaptaram a elas.

De acordo com Levy (1999, apud Rosado, Jager, Dias, 2014), as redes sociais possibilitam a

interação entre pessoas diferentes e ampliam círculos de relacionamentos sem que os

indivíduos precisem sair do local onde estão inseridos. Baseado nessa perspectiva, as redes

sociais se tornaram atraentes para os adolescentes que buscam relações sociais para o

desenvolvimento de suas identidades, podendo moldar e construir uma identidade que esteja

de acordo com suas necessidades e crenças.

Desta forma, vale lembrar que a infância é a etapa de vida em que o desenvolvimento da

moral e do caráter encontra-se em construção e esse processo se estende até a adolescência.

Se o adolescente receber de seus educadores uma boa orientação, no futuro, quando adulto,

poderá se tornar um indivíduo com boas relações afetivas, crescimento profissional e pessoal.

(Costa, 2010, apud Guimarães, Aleixo, Costa, 2020)


Taborda (2019) também ressalta que, na infância e adolescência os sujeitos ainda estão em

fase de formação da sua maturidade emocional, suscetíveis de sofrer influências que podem

contribuir positivamente ou não para o desenvolvimento emocional e cognitivo

Guimarães, Aleixo e Costa (2020) descrevem que a adolescência é a fase em que é construída

a subjetividade e assim os adolescentes devem ser instruídos pelos seus familiares, pois nessa

fase, como afirmaram os outros autores citados, se dá a construção da sua personalidade, de

suas características, e que os jovens também são norteados para saber lidar com as

dificuldades e ter boa saúde mental.

Guattari (1992) também reforça que a subjetividade é uma construção resultante de

influências individuais, coletivas e institucionais. Ela é moldada pela família, pelo ambiente

social, pela linguagem e pela educação. Portanto, a subjetividade é um fenômeno complexo

que resulta da interação entre fatores individuais e sociais.

Dada a relevância dos ambientes sociais para a construção da identidade e da importância da

fase da adolescência neste processo, realmente fica claro a importância de investigar e

compreender o papel das redes sociais nesse processo. Para Prioste (2013), durante algum

tempo as redes sociais eram voltadas e vinculadas à possibilidade de aprendizagem para essa

faixa etária. Mas, nas proximidades do ano de 2000, com seu olhar de psicóloga clínica, a

autora percebeu que as redes sociais se tornaram um problema para muitos adolescentes,

principalmente considerando-se o uso cada vez mais intensivo do ambiente virtual nas

interações socais.

De acordo com Silva e Silva (2017) o uso excessivo da tecnologia mudou a forma de

relacionamento entre os sujeitos contemporâneos, tornando o isolamento real cada vez mais

constante e relevante. A rede social pode representar um meio de refúgio para a carência

afetiva. Usando as redes sociais virtuais os adolescentes tendem a se referenciar nelas,


buscando uma identidade que não é natural, criando uma ilusão de si mesmo e até do

ambiente social.

Consequências Psicológicas do uso excessivo das redes sociais

Pereira de Barros e colaboradores (2019 apud Cunha, Resende, Silva, 2022) também

demonstram que o público adolescente é mais suscetível à dependência da internet. Nessa

fase do desenvolvimento humano, a imaturidade dos sistemas cerebrais, a falta de controle

decisório sobre o tempo de uso, a dificuldade de discernimento entre o que é bom e o que é

ruim entre os conteúdos disponibilizados na internet e nas redes sociais, são fatores que

podem aumentar a probabilidade do uso excessivo e da adesão cega e incondicional a

qualquer ideia divulgada. Essa exposição pode provocar danos à saúde psíquica e física

desses adolescentes.

Para Eisenstein e Estefenon (2011), o uso doentio do computador na fase da adolescência

pode agravar problemas mentais, assim como gerar o aumento de angústias, frustrações e

decepções, podendo facilitar a dependência com o mundo virtual, além de fazer com que se

comece a viver em uma realidade paralela se afastando do contato social real e concreto.

Estas mesmas autoras ainda afirmam que, além da dependência do mundo virtual, o uso

contínuo das telas pode incentivar ou reforçar transtornos de ansiedade; distúrbios de

comportamento ou condutas antissociais, além de depressão e suicídio.

Duarte e Oliveira (2020) complementam a temática afirmando que usar as redes sociais de

forma indiscriminada pode causar o desequilíbrio cognitivo do ser, desenvolvendo

transtornos de atenção, transtornos obsessivos, ansiedade ou até mesmo dificuldade na

linguagem e comunicação. Além disso, outros impactos psicossociais podem também ser
lembrados: dificuldades de se relacionar com o outro, depressão, problemas interpessoais e

solidão.

Silva e Silva (2017) predizem que o uso excessivo da tecnologia pelos adolescentes pode

fazer com que eles apresentem características narcisistas, comportamentos antissociais,

tendências agressivas, distúrbios do sono e ansiedade.

Um levantamento por amostragem realizado por Oliveira, Cintra, Bedoin, Nascimento, Ferré

e Silva (2017) composto por 60 adolescentes, 34 do sexo masculino (57%) e 26 do sexo

feminino (43%), com idade média de 15 anos mostrou que apenas 5% dos pesquisados

disseram não ter usado a Internet nos últimos 12 meses. Complementando esses dados

relacionados ao uso da Internet, os autores apresentam os seguintes resultados: a maioria dos

entrevistados tem e-mail (96,5%), Facebook (94,7%) e MSN (86%), sendo que apenas uma

menina da amostra não tinha o aplicativo. Cerca de metade possui também Twitter (54,4%) e

um quinto possui um blog (19,3%). As atividades mais citadas realizadas na Internet em

ordem decrescente são: entrar nas redes sociais (96,5%); baixar músicas (91,2%); estudar

(86%); compartilhar fotos ou vídeos (84,2%); enviar e receber e-mails (84,2%); visualizar

filmes e séries (84,2%); procura de informações ou notícias (78,9%).

Freitas, Oliveira, Melo, Silva, Melo e Fernandes (2021) também realizaram uma pesquisa

com adolescentes, e de acordo com a coleta de dados acerca do uso das redes sociais, todos

responderam que utilizam as redes sociais com frequência, e a maioria deles disseram acessar

por mais de 5 dias na semana e em torno de 8 horas diárias. Apenas uma pequena parte relata

que o acesso é de 1 hora diária.

Os autores acima ainda ressaltam que o uso contínuo e intenso das tecnologias e mídias

sociais pode causar dependência e até o vício para seus usuários, já que na pesquisa realizada

pelos mesmos, os adolescentes afirmam usar as redes sociais constantemente, e em variados


locais, interagindo virtualmente com outras pessoas, o que acaba afastando os adolescentes

do contexto em sua volta. Esse distanciamento reflete-se em problemas sociais, pessoais e

educativos; interfere no rendimento do aprendizado e em outros aspectos relacionados à

rotina (Freitas et al., 2021).

Freitas e colaboradores (2021) ainda atentam para o desenvolvimento de alguns riscos como

o cyberbullying, depressão, suicídio, alterações de humor e comportamento, vulnerabilidade

afetiva, entre outros problemas emocionais e mentais. Tais riscos favorecem o surgimento de

problemas psicológicos, como a timidez, pânico, fobia social, isolamento social e transtorno

afetivo, pois é na adolescência que se iniciam os relacionamentos afetivos. Os adolescentes

estão em um processo de mudança e assim correm o risco de se tornarem adultos inseguros.

Além disso, o uso das redes sociais pode trazer consequências como o uso compulsivo,

quando não é possível controlá-los, o que acaba causando dependência e ocasionando

problemas psíquicos, sociais e biológicos, como a ansiedade, depressão e, em casos extremos,

pode levar ao suicídio.

Família e Psicologia na Gestão do Uso das Redes Sociais

Silva e Silva (2017) descrevem que é na família que o referencial de costumes, crenças e

valores é formado, se tornando um momento em que o sujeito inicia sua jornada de vida e

assim evolui de um estado de dependência para uma condição de autonomia pessoal. Este

ambiente, os sujeitos elaboram suas escolhas, a internalização do que é certo e errado e até

sua localização no espaço social.

Laranjeiras, Neves, Alencar e Lopes (2021) demonstram que a Psicologia tem acompanhado

esse crescimento do acesso às redes sociais trazendo possibilidades de orientação e

atendimento psicológico para as pessoas que utilizam tecnologias de modo excessivo,


principalmente no que se refere ao acolhimento ao sujeito, observando as razões que

influenciam o acesso intenso aos meios tecnológicos e os sintomas que esses sujeitos

apresentam, como ansiedade, depressão por exemplo.

O psicólogo auxilia os sujeitos levando-os a refletir sobre seu modo de reconsiderar, seu

modo de se conectar, permitindo um processo de reflexão sobre os prejuízos que o uso

excessivo ocasiona, promovendo uma melhoria na qualidade de vida dos sujeitos.

Santos, Lourença, Nascimento, Costa e Henriques (2016) afirmam que a mediação de

conflitos pode ser crucial para o acompanhamento dos adolescentes que dependem da

tecnologia, permitindo que os mesmos construam suas identidades e os processos de

autonomia, fazendo com que os adolescentes entendam a extensão dos danos que a

dependência pode causar a si mesmos e a importância da interação social, buscando mostrar

ao adolescente o problema e fazer com que ele tente solucioná-lo, pois ele é o construtor do

seu próprio conflito O psicólogo é um mediador, ele deve ser um guia, não sendo o

determinador ou controlador do conflito, mas condutor, para que o adolescente perceba e

questione os pontos que o levaram a chegar ao uso excessivo das telas e construir

possibilidades para solucionar os seus conflitos.

Souza e Cunha (2020) realizaram uma pesquisa exploratória com psicólogos que atendiam o

público infanto-juvenil para compreender os impactos do uso excessivo das redes sociais, e

estes, quando questionados se receberam adolescentes no consultório com problemas dessa

natureza, destacaram que não é muito comum e que esse tipo de queixa vem mais

frequentemente da parte dos pais ou responsáveis. Os pais reclamam principalmente da falta

de concentração, do baixo rendimento escolar e da irritabilidade.

Ainda de acordo com a pesquisa citada acima, os psicólogos afirmam que o uso das mídias só

pode ser considerado saudável quando não afeta o convívio social real. A partir do momento
em que o adolescente permite que as telas interfiram em sua rotina, estudos, trabalho,

relações sociais, ela começa a se tornar um usuário de risco, se tornando mais suscetível aos

problemas decorrentes do uso excessivo das redes sociais (Souza & Cunha, 2020).

Vale ressaltar que os próprios psicólogos ainda atribuem a responsabilidade pela exposição

excessiva e dependente das redes aos pais e/ou responsáveis. São eles quem deveriam fazer o

monitoramento do acesso à internet e a moderação do tempo gasto na internet pelos filhos

(Souza & Cunha, 2020).

Eisenstein e Estefenon (2011) listaram algumas dicas saudáveis para o gerenciamento sobre o

uso das telas: utilizar o computador, o celular e todos os recursos tecnológicos com

responsabilidade, não abusar e nem se tornar dependente, mas aprender a viver e a controlar

os hábitos, sempre conversar sobre sites apropriados de acordo com a maturidade de cada um,

entre outras.

Fonte (2008 apud Farias & Crestani, 2017) afirma que é de extrema importância que os pais

procurem fazer o acompanhamento sobre os conhecimentos dos filhos, buscando informações

e acesso à essas novas tecnologias a fim de estarem cientes sobre o funcionamento do mundo

virtual, sendo assim capazes de conduzir e regular o uso excessivo.

A Sociedade Brasileira de Pediatria (2019) atualizou um manual de orientação “#Menos telas

#Mais saúde”, criado em 2016, com mais algumas recomendações sobre a saúde dos

adolescentes na era digital. No referido documento é recomendado oferecer alternativas para

atividades esportivas, como exercícios ao ar livre ou em contato direto com a natureza. Além

disso, é importante estabelecer regras saudáveis para o uso de equipamentos e aplicativos

digitais. Outra medida crucial é identificar, avaliar e diagnosticar precocemente o uso

inadequado, excessivo, prolongado, problemático ou tóxico de crianças e adolescentes, a fim

de possibilitar tratamento e intervenções imediatas, além de prevenir a epidemia de


transtornos físicos, mentais e comportamentais associados ao uso problemático e à

dependência digital, entre outras recomendações.

Fim e Pezzi (2019) ressaltam que muitos desafios serão impostos aos profissionais que

estudam o comportamento humano, bem como aos pais, pois enquanto o ser humano estiver

em constante evolução, a tecnologia evoluirá também. O ciclo é infinito. Uma estratégia

importante é o diálogo e a criação de momentos de reflexão a fim de estabelecer uma relação

saudável entre o ser humano e a tecnologia.

Considerações Finais

Durante a jornada que culminou na elaboração do presente ensaio, foi possível observar que

as referências bibliográficas escolhidas exploram em detalhes a fase da adolescência em si,

incluindo a construção da identidade e subjetividade e o desenvolvimento intelectual e

comportamental. Os autores do presente texto também ficaram convencidos de que o acesso

frequente a determinados conteúdos nas redes sociais expõe os adolescentes aos riscos, tanto

pelo acesso a conjuntos inapropriados de informações quanto pela divulgação de pesquisas

sensíveis nas plataformas digitais, quanto pelo tempo dedicado e até a exclusividade de tal

conduta.

A partir do estudo exploratório ora proposto é possível perceber que as redes sociais são

elementos que influenciam o comportamento dos adolescentes pois se tornaram uma

realidade muito presente no cotidiano e proporcionam formas de interação social rápida e

eficiente. Esta interação possibilita a construção de novos ciclos de amizade e o

compartilhamento de experiências. As telas podem trazer desafios para os adolescentes, pois,

o uso excessivo das redes sociais é uma questão cada vez mais preocupante na atualidade.

Embora as redes sociais tenham o potencial de conectar as pessoas e oferecer informações e


recursos, o uso excessivo dessas plataformas podem ter efeitos negativos na saúde mental e

física dos jovens.

A utilização exagerada das redes sociais tem a capacidade de gerar conflitos no meio familiar,

criando um afastamento entre os membros das famílias, mudando as relações entre pais e

filhos, reproduzindo uma realidade em que ambos vivem em mundos totalmente diferentes. O

uso excessivo das redes sociais também pode levar a problemas como depressão, ansiedade,

isolamento social, insônia e até mesmo baixo desempenho acadêmico. Além disso, o uso

excessivo das redes sociais pode expor os adolescentes a conteúdos inapropriados e até

mesmo perigosos, como cyberbullying e outros perigos da internet. Além disso, as redes

sociais podem ser uma fonte de pressão social e podem contribuir para a formação de uma

imagem idealizada de si mesmo, levando a sentimentos de inadequação e insegurança em

adolescentes que estão tentando descobrir quem são e onde se encaixam na sociedade.

O impacto negativo do uso excessivo das telas na vida dos adolescentes envolve a criação da

sua autoimagem e a idealização de um mundo virtual ao qual deseja-se pertencer. Tudo isso

em uma fase em que existe a necessidade de criar uma identidade para pertencimento de um

determinado grupo, de nutrir a importância de se ter uma influência social vasta. Daí se pode

deduzir que o uso excessivo de telas pode gerar uma dependência viciante e até outros danos

à saúde mental dos adolescentes.

É primordial que os responsáveis façam o controle do uso das redes sociais, criem momentos

em que a família se reúne. Vale destacar que há muitos pais e responsáveis que não se

atentam a isso, não dialogam e não impõem limites em determinadas situações.

Ainda no que se refere à cena familiar, cabe ressaltar que os pais também aderiram à internet

e às redes sociais como ferramenta para facilitar algumas atividades diárias e isso pode

impedi-los de cumprir sua função.


Abre-se então espaço para um paradoxo: já que pais e filhos estão mais inseridos no meio

virtual, ainda é papel da família orientá-los a fim de promover uma visão crítica sobre essa

ferramenta? Trata-se de uma boa sugestão para pesquisas futuras!

Nas escolas, o professor também deve acompanhar as evoluções que vão surgindo, buscando

inserir esses adolescentes dentro do ambiente escolar.

A leitura feita até o momento sugere que é realmente importante que os pais e educadores

fiquem atentos ao uso das redes sociais pelos adolescentes, estabelecendo limites de tempo e

incentivando o uso consciente e responsável dessas plataformas. Também é essencial que os

adolescentes sejam educados sobre os riscos do uso excessivo das redes sociais e sejam

incentivados a buscar outras formas de interação social e lazer, como atividades esportivas,

culturais e recreativas. Dessa forma poderão evitar os possíveis danos causados pelo uso

excessivo das redes sociais e aproveitar os benefícios que essas plataformas têm a oferecer.

A Psicologia pode desempenhar um papel fundamental no tratamento de problemas

decorrentes do uso excessivo das redes sociais, ajudando os pacientes a entenderem e

gerenciarem seus comportamentos e emoções relacionados às redes sociais, como também na

avaliação da frequência e da gravidade do uso das redes sociais. Os psicólogos podem

identificar quais as emoções e pensamentos estão associados a esses comportamentos;

orientar os pacientes sobre os riscos decorrentes do uso excessivo das telas e sobre o uso

equilibrado; aconselhar e apoiar emocionalmente os pacientes a superarem os sentimentos de

inadequação, isolamento social, e outros problemas relacionados ao uso inadequado. Só este

profissional é capaz de auxiliar o paciente na exploração das questões emocionais implícitas

que contribuem para o uso intenso das telas.


Com o tempo e o investimento adequado, ao serem ajudados, os adolescentes serão capazes

de desenvolver uma relação saudável e positiva com as redes sociais e a utilizar essas

ferramentas para melhorar suas vidas e suas conexões com o mundo ao seu redor.

Referências

Assunção, R. S.; Matos, P. M. (2014). Perspectivas dos adolescentes sobre o uso do


Facebook: um estudo qualitativo. Psicol. Estud. 19 (3). https://doi.org/10.1590/1413-
73722133716

Brasil. Ministério da Saúde. (2021). Saúde mental e a pandemia de Covid-19. Biblioteca


Virtual de Saúde. Recuperado de https://bvsms.saude.gov.br/saude-mental-e-a-pandemia-
de-covid-19/

Carvalho, J. H.D. (2011). A publicidade nas redes sociais e a geração y: a emergência de


novas formas de comunicação publicitária. Revista Negócios em Projeção, 2(2), 91-105.
Recuperado de
https://revista.faculdadeprojecao.edu.br/index.php/Projecao1/article/view/101

Costa, S. R. S., Duqueviz, B. C., & Pedroza, R. L. S. (2015). Tecnologias digitais como
instrumentos mediadores da aprendizagem dos nativos digitais. Psicol. Esc. Educ. 19 (3),
603-610. http://dx.doi.org/10.1590/2175-3539/2015/0193912

Cunha, A. B. P., Resende, I. L. S., & Silva, J. G. M. (2022). A relação entre o uso das redes
sociais e a saúde mental dos adolescentes. (Trabalho de conclusão do curso de
Psicologia). Centro universitário Uma/Barreiro. Recuperado de
https://repositorio.animaeducacao.com.br/bitstream/ANIMA/30898/1/A%20rela%C3%A7
%C3%A3o%20entre%20o%20uso%20das%20redes%20sociais%20e%20a%20sa%C3%B
Ade%20mental%20dos%20adolescentes.pdf

Duarte, A. O., & Oliveira, T. M. (2020). As influências do uso indevido das redes sociais na
vida dos adolescentes. (Monografia do Trabalho de Conclusão do curso de Psicologia).
Centro Universitário de Anápolis. Recuperado de
http://repositorio.aee.edu.br/bitstream/aee/11308/1/AS%20INFLU%C3%8ANCIAS%20D
O%20USO%20INDEVIDO%20DAS%20REDES%20SOCIAIS%20NA%20VIDA%20D
OS%20ADOLESCENTES.pdf

Eisenstein, E., & Estefenon, S. B. (2011). Geração digital: riscos das novas tecnologias para
crianças e adolescentes. Revista Hospital Universitário Pedro Ernesto- UERJ, ano 10,
ago. Recuperado de https://bjhbs.hupe.uerj.br/WebRoot/pdf/105_pt.pdf

Farias, C. A., & Crestani, P. (2017). A influência das redes sociais no comportamento social
dos adolescentes. Revista Ciência e Sociedade, Amapá, 2, 52-69. Recuperado de
http://periodicos.estacio.br/index.php/cienciaesociedade/article/view/2646/1628

Fim, T. R., & Pezzi, F. A. S. (2019). Internet e adolescência: uma intervenção com os
adolescentes, pais e professores. Psicologia em Revista, 25(3), 942-959.
https://dx.doi.org/10.5752/P.1677-1168.2019v25n3p942-959

Formigli, V. L. A., Costa, M. C. O., & Porto, L. A. (2000). Evaluation of a comprehensive


adolescent health care service. Cadernos de Saúde Pública, 16 (3), 831-841. doi:
10.1590/s0102-311x2000000300031

Freitas, R. J. M., Oliveira, T. N. C., Melo, J. A. L., Silva, J. V. E., Melo, K. C. O., &
Fernandes, S. F. (2021). Percepções dos adolescentes sobre o uso das redes sociais e sua
influência na saúde mental. Enfermeria Global, 64, 338-351.
https://doi.org/10.6018/eglobal.462631

Freud, S. (1930-1936/2010). O mal-estar na civilização. Novas conferências introdutórias à


psicanálise e outros textos (1930-1936). Trad. Paulo César de Souza. Obras Completas de
Sigmund Freud. (vol.18). São Paulo, SP: Companhia das Letras.

Guattari, F. (1992). Caosmose: um novo paradigma estético (A. L. Oliveira e L. C. Leão,


Trad.). São Paulo, SP: Editora 34.

Guimarães, A. M., Aleixo, L. S. & Costa, M. S. A. (2020). Influências na construção da


identidade dos adolescentes. Recuperado de
http://dspace.doctum.edu.br:8080/xmlui/bitstream/handle/123456789/3577/REDES%20S
OCIAIS%20INFLU%c3%8aNCIAS%20NA%20CONSTRU%c3%87%c3%83O%20DA
%20IDENTIDADE%20DOS%20ADOLESCENTES.pdf?sequence=1&isAllowed=y
Laranjeiras, A. L. C., Neves, R. W. S., Alencar, V. V., & Lopes, A. P. (2021). O uso excessivo
das tecnologias digitais e seus impactos nas relações psicossociais em diferentes fases do
desenvolvimento humano. Cadernos de Graduação - Ciências Biológicas e de Saúde Unit,
6 (3), 166-176. Recuperado de
https://periodicos.set.edu.br/fitsbiosaude/article/view/8964/4532

Oliveira, M. P. M. T., Cintra, L. A. D., Bedoin, G., Nascimento, R., Ferré, R. R. & Silva, M.
T. A. (2017). Uso de internet e de jogos eletrônicos entre adolescentes em situação de
vulnerabilidade social. Trends in Psychology, 25 (3), 1167-1183.
https://doi.org/10.9788/TP2017.3-13Pt

Prioste, C. D. (2013). O adolescente e a internet: laços e embaraços no mundo virtual. (Tese


do doutoramento em educação). Faculdade de Educação. Universidade de São Paulo.
Recuperado de https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-21052013-
113556/publico/CLAUDIA_DIAS_PRIOSTE_rev.pdf

Rosado, J. S., Jager, M. E. & Dias, A. C. G. (2014). Padrões de uso e motivos para
envolvimento em redes sociais virtuais na adolescência. Interação Psicol. , Curitiba, 18
(1), 13-23. Recuperado de https://revistas.ufpr.br/psicologia/article/view/28029/26178

Santos, I. A., Lourenço, L. B., Nascimento, A. V., Costa, C. E. S. P., & Henriques, H. I. B.
(2016). Mediação de conflitos junto a adolescentes com adoecimento psíquico pela
dependência de internet na atenção básica. Congresso Brasileiro de Ciências da Saúde –
UNiFAVIP. Recuperado de https://docplayer.com.br/49380069-Mediacao-de-conflitos-
junto-a-adolescentes-com-adoecimento-psiquico-pela-dependencia-de-internet-na-
atencao-basica.html

Silva, P. S.M., Viana, M. N. & Carneiro, S. N. V. (2011). O desenvolvimento da adolescência


na teoria de Piaget. Recuperado de https://www.psicologia.pt/artigos/textos/TL0250.pdf

Silva, T.O. & Silva, L.T.G. (2017). Os impactos sociais, cognitivos e afetivos sobre a geração
de adolescentes conectados às tecnologias digitais. Revista Psicopedagogia, 34(103), 87-
97. Recuperado http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-
84862017000100009
Sociedade Brasileira de Pediatria. (2019). #Menos Tela # Mais saúde. Manual de Orientação
produzido pelo Grupo de trabalho saúde na era digital. Recuperado de
https://www.sbp.com.br/imprensa/detalhe/nid/menos-telas-mais-saude/

Souza, K., & Cunha, M. (2020). Impactos das redes sociais digitais na saúde mental de
adolescentes e jovens. In Anais do I Workshop sobre as Implicações da Computação na
Sociedade, (pp. 49-60). Porto Alegre: SBC. doi:10.5753/wics.2020.11036. Recuperado de
https://sol.sbc.org.br/index.php/wics/article/view/11036

Taborda, L. S. (2019). A influência da tecnologia no desenvolvimento da criança. Rev.


UNINGÁ Review, Maringá, 34 (1), 40-48. Recuperado de
https://1library.org/document/yro5dopy-a-influencia-da-tecnologia-no-desenvolvimento-
da-crianca.html

Você também pode gostar