PROPOSTA DE PROJETO INTERDISCIPLINAR

PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO: INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA

Os impactos das redes sociais no desenvolvimento cognitivo,

afetivo e emocional de adolescentes
Discemtes: Eduardo Moreira, Erik Simionato, Fernando Brandão, Leonardo Rodrigues, Shirley Xavier

Professor orientador: Profa. Ma. Elenice Paulineli

Curso de Psicologia do Centro Universitário das Américas

Introdução
A explosiva ascensão das redes sociais marcou uma revolução significativa na maneira
como os adolescentes moldam e experimentam o mundo ao seu redor. O advento dessas
plataformas digitais trouxe consigo uma transformação fundamental na forma como os
jovens interagem, se comunicam e constroem suas identidades. Nesse contexto dinâmico e
interconectado, surge uma questão inescapável e de extrema relevância: qual é o verdadeiro
impacto das redes sociais no desenvolvimento cognitivo, afetivo e emocional dos
adolescentes?
Explorar essa interseção complexa entre a vida online e os estágios cruciais do
desenvolvimento dos adolescentes torna-se imperativo diante das rápidas mudanças sociais
e tecnológicas. As redes sociais não são apenas ferramentas de comunicação; tornaram-se
espaços virtuais onde as experiências, percepções e relações se entrelaçam de maneiras
intrincadas.
A proposta deste trabalho é de investigar e compreender, de maneira aprofundada, como as
redes sociais influenciam os aspectos emocionais, afetivos e cognitivos dos adolescentes,
delineando as nuances desse impacto em um cenário que transcende as fronteiras do virtual
e do real, bem como, o tecido complexo que constitui a relação entre os adolescentes e as
plataformas digitais.
Este estudo não apenas busca desvelar os efeitos visíveis das interações online, mas
também busca compreender as sutilezas subjacentes que moldam a percepção de si, as
habilidades sociais e o pensamento crítico dos jovens em formação.
Em última análise, investigar o impacto das redes sociais no desenvolvimento dos
adolescentes não é apenas uma tarefa acadêmica; é uma busca por insights que possam
apoiar em estratégias educacionais, políticas públicas e orientações parentais para enfrentar
os desafios e aproveitar as oportunidades inerentes a essa nova era de conexão digital.

Palavras-chaves: Redes Sociais, Desenvolvimento emocional, Desenvolvimento Afetivo,

Cognição, Adolescência
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Objetivos
Objetivo específico: Pesquisar e conhecer sobre a evolução da tecnologia e as causas do
crescimento do uso das redes sociais pelos adolescentes.
Objetivo geral: Analisar os impactos no desenvolvimento cognitivo, afetivo e emocional dos
adolescentes pelo uso excessivo das redes sociais.

Métodos
Foram realizadas pesquisas em sites de busca científica, como Scopus, Google Acadêmico
e ResearchGate, através de palavras-chave previamente definidas pelo grupo de trabalho e
que são relevantes e específicas para direcionar a busca. As palavras-chave serviram como
guias, conectando a pesquisa aos artigos e estudos pertinentes na área de interesse em
questão.
As palavras-chave mais utilizadas na pesquisa foram: Redes Sociais, Desenvolvimento
emocional, Desenvolvimento Afetivo, Cognição e Adolescência.
Em seguida, os resultados da pesquisa foram apresentados em uma lista organizada,
destacando títulos, autores, fontes e resumos. Nessa fase foi realizada a triagem e avaliação
crítica de cada artigo para a identificação dos trabalhos mais relevantes e confiáveis para
atender aos objetivos dessa pesquisa e com recência de publicação de até 5 anos.
Com os artigos selecionados em mãos, realizamos a extração e consolidação de textos,
referenciais teóricos e resultados das pesquisas.
Por fim, foi realizada a análise crítica e conclusão, observando as dimensões do
desenvolvimento cognitivo, afetivo e emocional dos adolescentes, que são objetos da
disciplina da psicologia do desenvolvimento, a qual este trabalho é orientado.

Resultados
Os resultados desta pesquisa revelam uma realidade marcante: a predominância de
adolescentes imersos no mundo digital, com a maioria deles dedicando mais de 10 horas
diárias à navegação online, frequentemente utilizando dispositivos móveis, especialmente
smartphones, como principal meio de conexão. Esta dimensão temporal do uso intensivo da
tecnologia destaca não apenas a ubiquidade da mesma, mas também ressalta a intensidade
da presença online na vida desses jovens.
É notável que a internet, para muitos adolescentes, se tornou o portal de acesso privilegiado
às redes sociais. O fenômeno é acentuado pela dimensão social, evidenciada pela ausência
frequente de orientação parental ou escolar durante essas interações virtuais. Este cenário
suscita questões pertinentes sobre o papel da supervisão e a necessidade de promover uma
abordagem educativa e responsável para o uso da internet nessa faixa etária crucial.
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De acordo com (SOUZA, Karlla; CUNHA, Mônica, 2022), a análise das respostas indicou
que muitos adolescentes não percebem o uso excessivo como um problema, pois veem as
redes sociais como uma solução para se adaptarem aos padrões da sociedade virtual. A
pesquisa revelou que o uso intenso das redes sociais transforma momentos de lazer em
horas de distanciamento social, com 54% dos respondentes admitindo passar mais tempo
online do que o planejado. Comparando com estudos anteriores, 40% dos jovens
apresentam sintomas semelhantes aos de dependência química, ressaltando a necessidade
de monitoramento.
As descobertas também destacam discrepâncias entre o comportamento declarado e real
dos adolescentes em relação ao uso de dispositivos móveis em contextos escolares. O
índice de tempo conectado foi 42% acima das cinco horas em relação a uma pesquisa
anterior. A pesquisa alerta para os excessos e destaca a importância de evitar
consequências graves decorrentes do uso inadequado das redes sociais.
A constatação de que os adolescentes, em sua maioria, estão engajados em atividades
online por longos períodos e, predominantemente, sem uma orientação ativa, destaca a
urgência de uma análise mais aprofundada sobre os potenciais impactos dessas práticas no
desenvolvimento cognitivo, afetivo e emocional. A dimensão cognitiva é especialmente
relevante, considerando a influência do ambiente digital na forma como os jovens processam
informações e desenvolvem habilidades críticas.
A compreensão desses padrões de comportamento não apenas informa sobre a recência
dessas dinâmicas, mas também ressalta a importância de estratégias educativas e
direcionadas para garantir uma experiência online mais saudável e equilibrada para os
adolescentes. A dimensão emocional e afetiva desse contexto digital torna-se evidente,
destacando a necessidade de abordagens que considerem não apenas o tempo de
exposição, mas também o impacto emocional dessas interações online na saúde mental e
no bem-estar dos adolescentes.

Conclusão
Embora as redes sociais ofereçam oportunidades de aprendizado e conexão social, elas
também trazem riscos, como comparações corporativas, inseguranças sobre a autoimagem
e relacionamentos superficiais. O uso excessivo pode levar à dependência, afastando os
usuários dos relacionamentos no mundo real e expondo-os a conteúdos sensíveis.
É essencial que os pais, instituições de ensino, governo e mercado de trabalho, promovam
a conscientização sobre a importância do controle do tempo online dos adolescentes e
incentivem uma maior interação social como forma de prevenção para os problemas de
saúde física e mental nesse contexto.
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Referências
BISSONI, Daiane et al. A influência das redes sociais no comportamento dos jovens. 2022
BRÁULIO, Eliziane; AVELAR, Gabriela; SILVA, Kaciane. Riscos das redes sociais na
adolescência: um olhar sobre a saúde mental. 2023.
RASHID, Jamaluddin & Abdul Aziz, Ahlam & Rahman, Aris & Saaid, Shahnil & Ahmad, Zaiha.
(2020). The Influence of Mobile Phone Addiction on Academic Performance Among
Teenagers. Jurnal Komunikasi: Malaysian Journal of Communication. 36. 408-424.
10.17576/JKMJC-2020-3603-25.
SOUZA, Karlla; CUNHA, Mônica. Impactos das redes sociais digitais na saúde mental de
adolescentes e jovens. In: Anais do I Workshop sobre as Implicações da Computação na
Sociedade. SBC, 2020. p. 49-60 BISSONI, Daiane et al. A influência das redes sociais no
comportamento dos jovens. 2022.