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Internet, redes sociais,


escola e adolescência.
Apresentação
Luis Pereira (CRP 05/50347)
Psicólogo. Mestrando em Psicologia pela Universidade Federal Rural do Rio de
janeiro - UFRRJ.

Atuou como coordenador pedagógico no Projeto Jovem Montanhista, que


visava sensibilizar e mobilizar os adolescentes para questões socioemocionais.

Atuou como Psicólogo na Associação Singulares, que realizou


oficinas/palestras com adolescentes em 30 municípios de 3 estados
brasileiros.

Atua como Psicólogo Clínico e Social


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Justificativa:
Compreendemos que o mal maior não é a internet, nem
tampouco as redes sociais. A questão principal é a
relação que estabelecemos com esses meios digitais, e
oque percebemos por intermédio de pesquisas de
instituições como a Organização Mundial da Saúde é que
há um aumento desenfreado no uso dessas tecnologias,
principalmente por parte dos adolescentes.

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Justificativa:

A relação da pessoa com as tecnologias de computação e


telefonia altera e influencia o comportamento ambiental,
familiar, social e individual. Por isso devemos tratar este
assunto com a seriedade que merece, ofertando locais para
que os adolescentes possam compartilhar, ouvir e (re)pensar
seus própios usos das redes sociais e da internet.

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Justificativa:

Sean Parker, um dos fundadores do Napster e ex-


presidente do Facebook, admitiu que a rede social funciona
“explorando uma vulnerabilidade na psicologia humana”.
Devido ao fato, devemos trabalhar as relações entre o uso
dos adolescentes e o "mundo real" através de suas próprias
experimentações.

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Devemos então nos atentar ao tipo de uso das tecnologias,


qual a forma que nos relacionamos com ela e como não se
ver preso e dependentes física e emocionalmente de
aparelhos celulares e afins. Podemos pensar em dois tipos
de dependência: "Normal e Patológica"

"Dependência Normal"

"Considera-se dependência normal aquela que nos


permite aproveitar todas essas inovações tecnológicas
para os relacionamentos sociais, trabalho, crescimento
pessoal, entre outros. Embora o uso do computador
e/ou do telefone celular seja diário e por várias horas,
não se configura dependência patológica"
(KING et al., 2014 apud MAZIERO, 2016, p. 7)
"Dependência patológica"

A dependência patológica se manifesta em indivíduos que,


quando ficam sem seu objeto de dependência, no caso, o
telefone celular ou o computador, para poderem se
comunicar, acabam apresentando sintomas e alterações
emocionais e comportamentais, como: angústia,
ansiedade, nervosismo, tremores, suor, entre outros.

(KING et al., 2014 apud MAZIERO, 2016, p. 7)


nomofobia
O termo nomofobia se originou a partir da expressão no-
mobile, que significa sem celular à união da palavra fobos, do
grego fobia, medo. A associação das palavras resultou no
termo nomofobia. Ela fala sobre o desconforto ou a angústia
causados pelo medo de ficar incomunicável ou pela
impossibilidade de comunicação por intermédio do telefone
celular, computador ou internet (medo de ficar off-line).
Apresentando os sintomas citados anteriormente.
nomofobia
O uso da internet e a facilitação deste uso a partir dos
smartphones produziu mudanças no mundo e na forma de
vivencia-lo e como estas mudanças são relativamente novas
devemos problematizar seu uso e ofertar aos adolescentes
ferramentas para que eles possam fazer um uso consciente
deste universo. O mundo virtual é uma extensão do mundo real,
não há dois mundos diferentes mas notamos através de
pesquisas como há por parte dos adolescentes uma
diferenciação e até mesmo um não saber lidar com a realidade.
mundo real x mundo virtual
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Objetivo Geral:

Oferecer e criar com os alunos um espaço grupal de cuidado à


saúde mental e ao uso consciente da internet e suas redes
sociais através de diálogos respeitosos para gerar
compartilhamento de experiências, dores e anseios buscando
às resoluções e encaminhamentos práticos, possibilitando
assim, uma melhor interação entre os adolescentes e as
tecnologias.

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Objetivos específicos:
Prevenir o adoecimento mental de modo a evitar nomofobia, ansiedade , depressão,
autolesão e outras patologias psicossociais.

Incentivar o uso consciente de aparelhos celulares, computadores, videogames e


outras tecnologias.

Proporcionar mudanças de atitude dos adolescentes frente ao uso da internet e as


redes sociais;

Estimular e promover o autoconhecimento e o autocuidado nos diversos aspectos


críticos do adolescer;

conectados
Metodologia:

Turmas Fechadas Duração de 1h30 / 2h por encontro

Sessões no espaço da escola no Avaliação dos alunos sobre o trabalho


turno ou contra turno das aulas realizado , através de questionários

Um encontro por Mês Relatório Final para o colégio

Encontros
Os encontros serão pensados e executados a partir de
três grandes eixos para que sejam criadas ferramentas
visando um bom uso da internet e as tecnologias.

EU COMIGO

EU COM O OUTRO

EU COM O MUNDO

EU COMIGO
Um eixo que possibilitará aos adolescentes trabalharem suas
questões intrapessoais que estão ligadas ao
autoconhecimento, autodomínio, autoafirmação e ao
cuidado de si.
As atividades deste eixo tem por objetivo trazer um olhar
para si e para construção de sua própria vida, para que sejam
criadas ferramentas que oportunizem as melhores escolhas,
tendo por base a própria existência e experiência dos
adolescentes.

EU COM o outro
Um eixo que possibilitará aos adolescentes trabalharem suas
questões interpessoais que dizem respeito a relação entre
duas ou mais pessoas dentro de um determinado contexto.
Tem-se por objetivo criar uma aproximação entre os
adolescentes, em um espaço de respeito mutuo onde possa
haver trocas e aprendizados com as experiências coletivas.
Trabalharemos questões relacionadas a comunicação não-
violenta, grupos, amizade e questões afetivas relacionadas a
timidez e ansiedade.

EU COM o mundo
Um eixo que possibilitará aos adolescentes trabalharem
questões relacionadas ao mundo que os rodeia, as
instituições que estão inseridos e como estão se relacionando
com elas. É um eixo formado pela junção das relações
intrapessoais e interpessoais.
Neste eixo trabalharemos questões relacionadas a escola,
ao trabalho, ao meio ambiente e as relações que ocorem
nesses lugares.

EU COmigo, com o outro e com o mundo

A partir destes eixos trabalharemos de forma


biopsicossocial propiciando assim uma melhor absorção e
compreensão dos adolescentes acerca da temática
tecnológica e conectiva, problematizando sua relação
interpessoal, intrapessoal e social, trabalhando então de
maneira global e a partir das experiencias vividas pelos
próprios adolescentes.

Conectados

Este é um trabalho pautado na transdiciplinaridade, então é


embasado pela psicologia, filosofia, ética, antropologia, arte,
sociologia e pelos documentos normativos escolares,
principalmente a Base Nacional Comum Curricular (BNCC)
com suas competências gerais da educação.

Competências
Conhecimento:

Valorizar e utilizar os conhecimentos sobre o mundo físico,


social, afetivo, cultural e digital. Com o intuito de
compreender a realidade ao qual o adolescente está
inserido.
Competências
Comunicação:

Percepção e interação com os diversos tipos de linguagem.


Expressar-se, partilhar informações, experiências, ideias,
sentimentos, comunicar-se de forma assertiva por
intermédio da comunicação não violenta. Propiciar melhora
nas interações sociais.

Competências

Trabalho e Projeto de Vida:

Percepções sobre o futuro, o trabalho, as possibilidades de


caminhos e as relações com as escolhas.

(Auxilio complementar a disciplina ofertada pela escola)


Competências
Argumentação:

Argumentar com base em fatos, dados e informações


confiáveis. Formular e defender ideias, decisões comuns
com base nos direitos humanos, consciência
socioambiental, consumo responsável e ética.

Competências
Autoconhecimento e autocuidado :

Compreender-se na diversidade humana e nas mudanças


que ocorrerão durante a vida. Ampliar a noção de cuidado de
si física e emocionalmente, reconhecendo a relação afetiva
para consigo e para com os outros criando ferramentas para
auxiliar em suas vivências.

Competências

Responsabilidade e cidadania :

Agir pessoal e coletivamente com autonomia,


responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação.
Tomar decisões com base em principio éticos, democráticos
inclusivos, sustentáveis e solidários.

Referencial Bibliográfico
BAUMAN, Z. Modernidade Líquida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editora, 1997.

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular, BNCC. Disponível em:


http://portal.mec.gov.br/conselho-nacional-de-educacao/base-nacional-comumcurricular-
bncc.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDB. 9394/1996. Disponível em:
https://presrepublica.jusbrasil.com.br/legislacao/109224/lei-dediretrizes-e-bases-lei-9394-
96.

BENEVIDES, R. Grupo: a afirmação de um simulacro, Porto Alegre: Sulina/Editora da UFRGS,


2013.

COUTINHO, L.G. Adolescência e errância: Destinos do laço Social Contemporâneo. Rio de


Janeiro, Nau, 2009.

Referencial Bibliográfico
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Diretrizes nacionais para a atenção integral à saúde de
adolescentes e jovens na promoção, proteção e recuperação da saúde. Brasília, DF:
Ministério da Saúde, 2010.

SIBILIA, P. Redes ou paredes: a escola em tempos de dispersão. Contraponto, Rio de


Janeiro. 2012.

KING, A. L. S.; NARDI, A. E.; CARDOSO, A. O que é Nomofobia? Histórico e Conceito. In: KING,
A. L. S.; NARDI, A. E.; CARDOSO, A. (Org.). Nomofobia: dependência do computador,
internet, redes sociais? Dependência do celular? 1. ed. São Paulo: Atheneu Editora, 2015.

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