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ADOLESCÊNCIA
RESUMO
O presente trabalho teve como objetivo instruir adolescentes a como lidar com os problemas
resultantes das constantes mudanças e avanços da tecnologia, além de sensibilizá-los sobre os
impactos psicossociais da tecnologia e analisar esses impactos da tecnologia no desempenho
acadêmico. Trata-se de um projeto de extensão, de caráter exploratório. Para tanto,
formulou-se a seguinte questão norteadora: Como podemos mostrar a esses jovens que é
possível lidar com os problemas resultantes das constantes mudanças e avanços da
tecnologia? Assim, foi realizada uma pesquisa considerável sobre o tema. De acordo com
Paiva; Costa (2016), o uso indiscriminado das tecnologias digitais potencializa transtornos de
atenção, ansiedade, e dificuldades de comunicação, além de afetar a aprendizagem. Como
resultado foi possível compreender as dificuldades enfrentadas pelos adolescentes
dependentes dos aparelhos tecnológicos, as consequências desses impactos nas diversas áreas
da vida e as formas de lidar com esses fatores.
ABSTRACT
This extension project aimed to instruct teenagers on how to deal with problems resulting
from constant changes and advances in technology, in addition to raising awareness about the
psychosocial impacts of technology and analyzing these impacts of technology on academic
performance. This is an extension project, of an exploratory nature. To this end, the following
guiding question was formulated: How can we show these young people that it is possible to
deal with the problems resulting from constant changes and advances in technology? Thus,
considerable research was carried out on the topic. According to Paiva; Costa (2016), the
indiscriminate use of digital technologies increases attention disorders, anxiety, and
communication difficulties, in addition to affecting learning. As a result, it was possible to
understand the difficulties faced by teenagers dependent on technological devices, the
consequences of these impacts in different areas of life and ways to deal with these factors.
1 INTRODUÇÃO
A tecnologia digital trouxe diversos avanços em diversas áreas, seja ela da saúde,
acadêmica e até do entretenimento. De acordo com Castells (2013), seu uso moderado pode
proporcionar inúmeros benefícios devido o compartilhamento de informações, facilitando a
transmissão e o acessos de conhecimentos, que sem ela, seriam inacessíveis. Além disso, a
tecnologia facilitou a comunicação, tornando-a rápida e prática.
Portanto, este projeto teve como objetivos instruir adolescentes a como lidar com os
problemas resultantes das constantes mudanças e avanços da tecnologia. Além de sensibilizar
os adolescentes sobre os impactos psicossociais da tecnologia e analisar os impactos da
tecnologia no desempenho acadêmico.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
O uso da internet faz com que o adolescente consiga realizar interações mais
facilmente, por serem mais simples, seja seguindo em uma rede social, curtindo uma
postagem, isso já os torna “próximos”. Todavia, essas interações são efêmeras, de falsa
intimidade e nada realistas, podendo ser tão fáceis de construir quanto de dissolver.
Hanaver (2005), afirma que as pessoas estão deixando de sair de casa para se
encontrar com amigos para não sair das redes sociais. As tecnologias da comunicação e da
informação (TIC’s) estão sendo incluídas como um fator indispensável, a ponto de ser
inimaginável viver sem um aparato tecnológico.
Silva (2016), explica que com o avanço das tecnologias digitais a forma das pessoas
de interagir vêm alterando, de forma que inibe a interação física, gerando comodismo,
podendo causar diversos problemas sociais, desde sentimentos relacionados à solidão até
transtornos como depressão ou ansiedade.
De acordo com Cánovas (2015), como forma de preencher o vazio deixado pelo
isolamento social, os adolescentes tornam-se dependentes das redes sociais, pois possuem a
impressão de que nunca estão a sós ou infelizes. No entanto, a internet, embora apresente um
meio de comunicação significativo, não pode substituir ou simular completamente a riqueza e
a profundidade das interações pessoais.
Um estudo feito pelo Dr. Larry Rosen, em 2012, na Califórnia, que teve o
objetivo de observar o comportamento dos adolescentes que utilizam as
tecnologias digitais, de forma excessiva, mostrou que eles, podem
desenvolver características narcisistas, ter comportamento antissocial,
tendências agressivas, manias, distúrbios do sono, ansiedade, depressão,
problemas na linguagem escrita e transtornos de atenção e
aprendizagem, sendo estas, umas das disfunções mais comuns entre
esses adolescentes (Rosen, 2012 apud Silva, 2016)
Essa sensação de rapidez e facilidade faz com que o indivíduo permaneça cômodo e
na sua zona de conforto em frente às telas, culminando no afastamento social. Não obstante,
Azevedo, et al. (2016), ressaltam que essa inabilidade social, fruto do afastamento social e
marcada pela dificuldade de comunicação pessoal, e a constante ansiedade causada pelo
excesso de informação pode vir a gerar uma dependência das TIC’s.
Young e Abreu (2011), indicam que dependências atreladas à internet, comida, jogos
de azar, compras, entres outras, estão relacionadas de forma direta aos processos
dopaminérgicos. Ele afirma também que, a estimulação excessiva dessensibiliza os receptores
de dopamina, gerando a necessidade de maior exposição para obter satisfação.
Todo esse estresse causado pelas TIC’s ganhou a denominação de tecnoestresse, que
segundo Abreu, et al. (2013), é entendido como desejo incontrolável de estar constantemente
conectado, sem sequer relevar as necessidades fisiológicas, podendo causar dores,
dificuldades de relaxar, cansaço crônico, além de problemas posturais, auditivos e outras
complicações ao desenvolvimento físico, mental e social.
O tecnoestresse não se limita apenas aos aspectos psicológicos, mas também pode
culminar em transtornos mentais, incluindo a depressão. O isolamento social, a comparação
constante com outros usuários online e a necessidade compulsiva de estar sempre conectado
são fatores que são destacados para essa condição. Além disso, a dependência excessiva dos
dispositivos pode levar ao desenvolvimento de fobias, como o medo de ficar sem o celular,
revelando uma profunda necessidade de estar constantemente online.
O plano de ação foi realizado no colégio Educandário Cristo, localizado na rua Major
Antônio Albino, 523, centro, Piripiri-PI, tendo como dirigente a diretora Maria do Carmo
Amaral Brito. Esse plano de ação teve como público-alvo a turma do 1º ano com 16 alunos
entre 15 e 16 anos. Foi dividido em duas etapas, onde na primeira ocorreu uma entrevista com
a diretora e a coordenadora do colégio e na segunda foi realizada uma visita com o
público-alvo.
Etapa 1 – Entrevista
- Dinâmica
“Indo para a casa de um amigo, para fazer um trabalho, à pé e focado no celular, vocês
escutaram um estrondo, de repente sentem frio e prestam atenção ao caminho, percebem o
que houve, vocês se perderam na rota, pois estavam muito focados nos celulares. Percebem
também que foram parar em um lugar estranho…”
A partir disso, a turma foi dividida em 3 grupos formados por pessoas que
normalmente não se relacionam, e cada grupo deveria continuar a história da sua maneira. Foi
lhes dado 1 minuto para escrever e logo após a passagem desse tempo deveriam passar o
papel adiante, para o próximo grupo continuar a história do grupo anterior, até o papel voltar
ao seu grupo de origem, para a conclusão das histórias. Ao final da dinâmica as histórias
foram lidas e gerando um momento bastante divertido. A dinâmica teve como objetivo
fomentar a interação e fortalecer vínculos, além de trabalhar a criatividade.
Na segunda visita à escola Cristo, foram abordados diversos tópicos explicativos sobre
os aspectos negativos e positivos da tecnologia. Durante toda a apresentação os adolescentes
se mostraram ansiosos, mesmo estando atentos a apresentação, isso foi apontado pelos
próprios alunos, que relataram estar ansiosos pela falta dos celulares. Mas apesar disso, toda a
apresentação foi interativa, os jovens se mostraram interessados pelo tema e fizeram
comentários.
Logo após falarmos sobre maneiras de como desvincular-se da tecnologia, foi dado
início à dinâmica, onde os alunos deveriam continuar a história com um contexto já explicado
a eles. Entretanto, para a dinâmica ficar mais desafiadora para a turma, os separamos de seus
grupos habituais, ou seja, para gerar uma maior interação, fizemos com que eles formassem
grupos com pessoas que eles não tinham costume de interagir. De início, tentaram burlar essa
regra, mas com auxílio da professora presente os grupos foram misturados, ao final, todos se
relacionaram muito bem e criaram histórias engraçadas e criativas. A dinâmica tornou o
momento acolhedor e divertido, onde todos puderam interagir com maior leveza.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Dessarte, conclui-se que a partir desse projeto, foi possível ter a convicção de que os
adolescentes sentem-se mais acomodados pelo meio virtual, assim, passando a serem
dependentes desse refúgio. Contudo, apesar de se sentirem confortáveis nesse meio, pois
evitam relações físicas, acabam prejudicando seu desenvolvimento e habilidades sociais. Por
fim, foi possível compreender os impactos da tecnologia nos diversos âmbitos da vida e
formas de evitar maiores danos e distúrbios.
REFERÊNCIAS
CÁNOVAS, G. Cariño he conectado a los niños. Bilbão, España: Ed. Mensajero, 2015.
Disponível em:
https://www.casadellibro.com/libro-carino-he-conectado-a-los-ninos/9788427137653/266467.
Acesso em: 27 nov 2023.
CAPOBIANCO, L. A. Revolução em curso: internet, sociedade da informação e
cibercultura. Estudos em Comunicação, v. 2, n. 7, p. 175-193, 2010. Disponível em:
http://www.ec.ubi.pt/ec/07/vol2/capobianco.pdf. Acesso em: 24 out 2023
HANAVER, F. J. Impacto da informática nas relações humanas. 2005. Acesso em: 27 nov
2023
Figura 1
Figura 3
TÍTULO: BRINDES