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SEMANA I

-Psicologia
Card I: Os brinquedos podem ser aliados para neurodesenvolvimento infantil
Card II: Brinquedos utilizados na atividade lúdica desenvolvem e educam de maneira
agradável! Eles podem auxiliar funções neuropsicológicas, como aspectos cognitivos, da
memória, da atenção, planejamento e habilidades motoras.
Card III: Alguns brinquedos com desafios espaciais, como Cubo Mágico e Twister,
podem ser uma ótima opção para treinar visualização espacial e flexibilidade mental!
CARD IV: Alguns brinquedos já fazem parte da nossa infância, como Quebra-cabeça e
jogo da memória, podem envolver crianças ao exercitar sua memória de trabalho visual
e habilidades de planejamento!
Jogos em que as crianças precisam planejar estratégias exercitam a memória de
trabalho e promovem flexibilidade mental. Torre de Hanoi, Quebra-Cabeças, Tetris, Ludo
e demais jogos de estratégia são exemplos.
Card V: Além disso, permita que elas façam seus próprios materiais. Crianças devem
determinar o que precisam, guardar essa informação na mente e seguir evitando
distrações. Eles também exercitam atenção seletiva, memória de trabalho e
planejamento. Se o plano original não funcionar, elas precisam ajustar suas ideias e
tentar novamente, desafiando sua flexibilidade cognitiva

Legenda: Os brinquedos são mais que ferramentas que auxiliam o ato de brincar. Eles
podem, também, contribuir para o exercício dessa ação fundamental para o
desenvolvimento infantil! Ao brincar, os brinquedos podem ser mediadores para uma
investigação do espaço que mobiliza funções necessárias para aprendizagem e
neurodesenvolvimento infantil. Alguns desses brinquedos fizeram parte da nossa infância
e se reinventaram ao longo do tempo!

Assim, é fundamental que sejam disponibilizadas às crianças brinquedos (e/ou até


materiais para que elas possam criar brinquedos!) como uma forma potencializadora
para exercício da criatividade, cognição, memória…

Referência:
Enhancing and Practicing Executive Function Skills with Children from Infancy to
Adolescence. Center of Developing Child, Harvard University, 2020.

-Infância

Card: FRASE DE WINNICOTT

Legenda: Estudar a criança e o brincar é mergulhar nos enlaces interdisciplinares que


permeiam o cuidado infanto juvenil, como o encontro da psicologia com a pedagogia. É
talvez nessa ação fundamental da infância que encontramos a criança como sujeito ativo
que exercita no mundo sua criatividade, ludicidade e comunicação. Sobretudo, é no
brincar que a criança busca no outro e/ou em si mesma potencialidades para deixar um
pouco de si no espaço que ocupa!

Nessa frase do pediatra e psicanalista Winnicott, conferimos o brincar como linguagem


da criança atravessada de afetos que ajudam na sua construção subjetiva.
Que brincar seja sempre um ato valorizado e oferecido pela nossa sociedade

-Indicação
Card:BRINQUEDOS DO CHÃO: A Natureza, O Imaginário e o Brincar, Gandhy
Piorski

Legenda: A dica do livro de hoje é “Brinquedos do Chão: A Natureza, O


Imaginário E O Brincar”, do escritor maranhense Gandhy Piorski! O livro explora a
imaginação do brincar e sua relação com os quatro elementos da natureza: terra, fogo, água e
ar, além de revelar a voz livre e fluente da criança em sua trajetória de moldar a si própria. O
brinquedo e a brincadeira dialogam com o universo simbólico infantil nessa obra. Um livro para
ser lido por crianças e adultos.

SEMANA II
-Infância
Card: As trends na internet: as crianças inseridas nesses conteúdos e a
participação dos responsáveis

Legenda: Seja na nossa comunicação seja em outros comportamentos do dia a dia, a


internet está lá nos dando suporte de alguma forma.
Nesse meio digital que cresce cada vez, as famosas “trends”, isto é, conteúdos
considerados tendências na internet, convocam diferentes públicos a se lançarem em
interações “engraçadas e divertidas” para entrar na moda. Mas existe limites para essas
trends? E quanto falamos das nossas crianças, existe um limite para a participação
delas?
É fundamental que os responsáveis estejam presentes para mediar e monitorar o uso da
internet por crianças em qualquer situação, principalmente no uso das redes sociais.
Possibilitar um espaço de comunicação entre pais-filhos(as) para que seja dialogado e
refletindo sobre o que a criança consome na internet é um caminho para que os adultos
(re)conheçam os limites do que é visto. Assim, quando são construídos um olhar atento
e uma comunicação assertiva sobre o uso da internet, é possível o reconhecimento dos
pais e das crianças de trends que são nocivos e que são, de fato, divertidas para o
público infantil.
É certo que as trends na internet existem e que ressoam nas crianças. Portanto, acredito
que o mais importante não é privar a criança do uso digital, e sim se perguntar: o que
nós (pais, educadores, profissionais…) podemos fazer diante disso?!

-Psicologia
Card: A criança e a internet: atravessamentos neuropsicologicos

afirmam que o uso excessivo de tecnologias digitais nos primeiros anos de vida,
traz danos para a sociabilidade
Considera que esta fase seja a mais importante para o desenvolvimento
cerebral, cognitivo e mental da criança, sendo assim ela necessita de fontes
naturais de estímulos, como troca de olhares, carinho e interação direta com os
pais. De acordo com o Manual de Orientação da Saúde da Criança e do
Adolescente na Era Digital, é necessário desencorajar, evitar e até proibir a
exposição passiva em frente às telas digitais, com exposição aos conteúdos
inapropriados de filmes e vídeos, para crianças com menos de dois anos,
principalmente, durante as horas das refeições ou 1-2 h antes de dormir
(SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA, 2016).

Alguns estudos evidenciaram alterações estruturais e funcionais, bem como,


diferentes impactos dependendo da etapa do desenvolvimento e do conteúdo
apresentado, principalmente nas funções cognitivas de atenção em crianças e
adolescentes que fazem uso frequente de eletrônico

As atividades ligadas à tela, na infância, têm sido correlacionadas com declínio


de interação social (Boyd, 2015), pior qualidade de relacionamentos
interpessoais (Kowert, Domahidi, Festl, & Quandt, 2014) e pior competência
social (Griffiths, 2010; Lemmens et al., 2011). Também, assistir televisão por
mais de uma hora por dia antes dos dois anos de idade aumenta o risco de
atraso cognitivo e no desenvolvimento de habilidades linguísticas (Lin et al.,
2015). Uma pesquisa longitudinal realizada nos EUA (Christakes et al., 2004)
revelou que a exposição precoce à televisão está relacionada a dificuldades
atencionais em crianças. A análise estatística de modelo de regressão revelou
que o número de horas assistidas por dia em crianças entre um e três anos
resulta em problemas atencionais aos sete anos (Christakes et al., 2004).
Teorias da neurociência sugerem que as emoções podem influenciar no
processo de aprendizagem (Dolan, 2002), especialmente, no período de
consolidação da memória, de modo que o que é vivenciado pela criança
emocionalmente entre as horas após a aprendizagem é determinante (Dwork et
al., 2014). A influência do consumo de mídia interativa nas emoções já é bem
evidenciada em pesquisas.
Durante o período de desenvolvimento inicial e, ao longo da vida, em resposta
à exposição a estímulos ambientais, o cérebro pode se remodelar enquanto
estrutura e função (Singer, 1995). Essa capacidade do sistema nervoso, de se
reorganizar de forma dinâmica em resposta a estímulos externos ou internos, é
chamada de plasticidade cerebral (Cosenza & Malloy-Diniz, 2013). Estudos
epigenéticos já demonstram que as experiências pré-natais e pós-nascimento
modificam as redes neurais (Kolbi et al., 2013) e exercem importante influência
no desenvolvimento maturacional do cérebro. A exposição do cérebro a
estímulos sensoriais, estresse, lesões, drogas, relacionamentos, desnutrição e
mesmo às tecnologias, influenciarão a trajetória do desenvolvimento, que é
continuamente impactado de forma positiva e/ou negativa (Papalia & Feldman,
2013).
Apesar da responsividade do adolescente ao sistema de recompensa, a
tendência pela busca de gratificação imediata pode levar ao abuso na utilização
de telas, ocasionando a dependência. Nesse sentido, a Associação Americana de
Psiquiatria – APA, em sua mais recente versão do Manual Diagnóstico e
Estatístico de Transtornos Mentais – DSM-5 (2014), incluiu o Transtorno do
Jogo pela Internet, caracterizado por perda de controle sobre o jogo e sintomas
de abstinência (APA, 2014). A dependência de jogos eletrônicos em
adolescentes e os mecanismos e funções neuropsicológicas envolvidas tem sido
referidos em estudos recentes (Stavropoulos et al., 2017; Lukavská et al.,
2016; Na et al., 2017; Yen, 2017) e serão melhor discutidos no tópico seguinte,
assim como os impactos funcionais nas crianças.
Legenda:

-Indicação
Card: A fábrica de cretinos digitais: Os perigos das telas para nossas crianças
Nação dopamina
Legenda:

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