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Autoras: Ana Claudia Ferreira da silva, Claudia Otilia da Silva, Daniela Faustino dos Santos e Eduarda
Laureano Dantas, graduandas do Curso de Licenciatura em Pedagogia da Faculdade Metropolitana da
Grande Recife.
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Orientadora: Lucineide Inez da Silva Campos é professora da Faculdade Metropolitana, Pedagoga pela
UFPE (2016), Mestra em Educação pela Universidade Federal de Pernambuco (2019. Possui experiência
como pesquisadora na linha de pesquisa em política Educacional, planejamento e gestão da educação,
desenvolve pesquisas nas áreas de Legislação Educacional, Ensino Médio, Juventudes e Qualidade da
escola, do ensino e da educação.
desenvolvimento cognitivo, contudo muitas vezes não consegue criar essas
possibilidades diante do planejamento e do engessamento escolar.
ABSTRACT
The presentworkaims in a general waytoanalyzetheimpactsofdeprivationofplaying in
thelifeandeducationofchildrenfromtheopinionofeducationprofessionalsand in a
specificway it
seekstoidentifythemaincognitiveelementsdevelopedthroughtheactionofplaying,
toverifytheimportanceofplaying in thelearningprocessandreflectonthespaceof play in
teachers' planning. The researchisof a qualitative, exploratorynature, in whichthe data
collectioninstrumentusedwas a semi-structured interview appliedwith 8
Educationprofessionalsworking in themunicipalityof Jaboatão dos Guararapes. It
isconcludedthattheintervieweesrecognizeplaying as animportantaction in
thelivesofchildrenandthatthepossibilityofthisaction in a
freewaypositivelyinfluencescognitivedevelopment, however, many times they are
unabletocreatethesepossibilities in the face ofplanningandschoolimmobilization.
1. INTRODUÇÃO
A privação do brincar na infância é um tema de crescente preocupação na
atualidade, despertando o interesse de acadêmicos, profissionais da saúde e educadores.
O brincar é uma atividade essencial para o desenvolvimento saudável das crianças, e sua
privação pode ter impactos significativos em diversos aspectos de suas vidas. Neste
contexto, é pertinente explorar as visões de alguns autores renomados que discutem essa
questão e destacam a importância do brincar na infância.
Um autor importante nesse debate é Lev Vygotsky, psicólogo e educador russo do
século XX. Vygotsky acreditava que o brincar desempenha um papel fundamental no
desenvolvimento cognitivo, social e emocional das crianças. Segundo ele, por meio do
brincar, as crianças constroem significados, exploram diferentes papéis e interagem
como mundo ao seu redor. O brincar permite que elas experimentem e internalizem
conceitos, promovendo a imaginação, a criatividade e a resolução de problemas.
Jean Piaget, psicólogo suíço conhecido por suas teorias sobre o desenvolvimento
infantil. Piaget argumentava que o brincar é uma forma de atividade simbólica na qual
as crianças representam situações reais ou imaginárias. Ele destacava que o brincar
permite que as crianças experimentem diferentes papéis e compreendam o mundo de
maneira mais abstrata. Além disso, o brincar proporciona oportunidades para a criança
explorar a autonomia, a tomada de decisões e o desenvolvimento de habilidades sociais.
Ainda na área da psicologia, é relevante mencionar o trabalho de Donald Winnicott,
psicanalista britânico. Para Winnicott, o brincar é essencial para o desenvolvimento do
self e da criatividade das crianças. Ele enfatizava a importância do espaço transicional,
um espaço intermediário entre a realidade interna e externa, no qual as crianças
brincam. Esse espaço possibilita a experimentação, a expressão de sentimentos e a
construção da identidade. A privação desse espaço transicional pode levar a dificuldades
no desenvolvimento emocional e no estabelecimento de relações interpessoais
saudáveis.
Além desses autores, há uma extensa literatura que aborda a privação do brincar na
infância. Estudos científicos têm mostrado que a falta de oportunidades de brincar
livremente pode ter consequências negativas para o desenvolvimento cognitivo,
emocional e social das crianças. A sobrecarga de atividades estruturadas, o uso
excessivo de tecnologia e a diminuição dos espaços e tempos dedicados ao brincar têm
contribuído para essa privação.
Portanto, com base nas visões de autores como Vygotsky, Piaget e Winnicott, e na
pesquisa atual sobre o assunto, é possível afirmar que a privação do brincar na infância
é uma questão de grande relevância e preocupação. O brincar desempenha um papel
fundamental no desenvolvimento global das crianças, contribuindo para o aprendizado,
a imaginação, a socialização e a construção da identidade.
É nesse contexto que este estudo objetiva de modo geral analisar os impactos da
privação do brincar na vida e educação das crianças a partir da opinião de profissionais
da educação e de forma específica busca identificar os principais elementos cognitivos
desenvolvidos através da ação do brincar, verificar a importância da brincadeira no
processo de aprendizagem e refletir sobre o espaço da brincadeira no planejamento dos
professores. O problema de Pesquisa que norteia este estudo é: Quais os impactos da
privação do brincar na vida e educação das crianças na opinião de profissionais de
Educação?
1. REFERENCIAL TEÓRICO
A privação do brincar na infância é uma questão que está relacionada aos direitos
das crianças e ao seu desenvolvimento saudável. Embora não exista uma legislação
específica que trate diretamente da privação do brincar, existem bases legais e
documentos internacionais que respaldam o direito das crianças ao brincar e ao lazer.
Alguns deles incluem: Convenção sobre os Direitos da Criança (CDC): Adotada pela
Assembleia Geral das Nações Unidas em 1989, a CDC estabelece uma série de
direitos fundamentais para as crianças. O Artigo 31 da convenção reconhece o direito
das crianças ao descanso, ao lazer, ao jogo e às atividades recreativas, afirmando que
os Estados Partes devem respeitar e promover esse direito.
Em 1959, é divulgada a declaração Universal dos Direitos da Criança: Aprovada
pela Assembleia Geral das Nações Unidas, essa declaração estabelece princípios
básicos para a proteção dos direitos das crianças. O princípio 7 reconhece o direito da
criança ao jogo e à recreação.
Um marco no direito das crianças e adolescentes é o Estatuto da Criança e do
Adolescente (ECA). No contexto Brasileiro, o ECA é a legislação que estabelece os
direitos das crianças e dos adolescentes. Embora não aborde especificamente a
privação do brincar, o ECA reconhece o direito da criança à liberdade, ao respeito e à
dignidade, bem como o direito ao lazer e à cultura, que inclui o direito de brincar.
Além dessas bases legais, é importante observar que vários estudos e
organizações internacionais, como a Unicef, têm destacado a importância do brincar
para o desenvolvimento físico, cognitivo, emocional e social das crianças. Essas
evidências científicas e as diretrizes internacionais podem ser utilizadas para embasar
argumentos e ações em defesa do direito ao brincar na infância.
Destarte, a privação da infância pode ocasionar vários problemas no decorrer dos
estágios da vida desta criança, podendo refletir no seu psicossocial, em sua
aprendizagem e no seu cognitivo.
1.3 Desenvolvimento cognitivo e sua relação com o brincar
3. METODOLOGIA
4. ANÁLISE E RESULTADOS
REFERÊNCIAS
blogbabyherois. Crianças que não brincam: quais são as consequências? Disponível em:
https://babyherois.com.br/criancas-que-nao-brincam/. Acesso em 13 out.
RIBEIRO, Efrém. Garimpeiros voltam a invadir área ianomani. Folha de São Paulo,
São Paulo, p. 1-10, 18 jun. 1991.
ROGÉRIA APARECIDA CAMARGO LIMA BELLIA.FALANDO SOBRE
PESQUISA. Disponível em:
http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/producoes_pde/
md_neide_regina_usso_barreto.pdf. Acesso em 28 nov. 2022
3. Qual o espaço que a brincadeira tem em seu planejamento? Em seu dia a dia na
escola e na sala de aula?