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Abstract: This article argues, in the pedagogical perspective, the relationships present
between playfulness and the child. The most frequent questions among preschool teachers
are: Can the child play and learn at the same time? In that context the child learns? What
games or games help children learn? Given these questions, we took as basis the view of
some authors, which address the issue properly, as saying that play is a fun and
spontaneous act for the child; so it should be part of their daily activities, learn through play is
more pleasurable. It is important that children's educator, know the stages of child
development, the different languages, the specific school knowledge of each age group and
add the playful in their school practice, in order to make their classes in moments of pleasure
with meaning. The play is a privileged form of learning, leading to complete its importance
and its applicability in the school context, emphasizing the psychological and social aspects
of the child as it is through play that children can express their feelings about the world. To
show the necessity of play in the development of children, and how the teacher can make
use of this feature to help you in your development.
Introdução
Este estudo tem como tema principal a criança e o brincar, o lúdico como
ferramenta facilitadora da aprendizagem, baseando-se nos estudos de alguns
teóricos que defendem o tema em questão, que vêem a brincadeira não como uma
dinâmica interna da criança, mas uma atividade lúdica dotada de um significado
social que necessita de aprendizagem. Compreende-se que a utilização dos jogos e
das brincadeiras como atividades simples e criativas tornam as salas de aula
prazerosas para as crianças e, consequentemente, trazem benefícios para a
aprendizagem.
Pensar a infância e a educação atualmente exige uma atenção especial e uma
profunda reflexão por parte da escola e da sociedade. No decorrer dos séculos, a
criança vem assumindo diferentes papéis de acordo com a época e a sociedade em
que está inserida. A concepção de infância é uma noção historicamente construída e
consequentemente vem mudando, não se manifestando de maneira singular nem
mesmo no interior de uma mesma sociedade e época. A criança desenvolve-se pela
experiência social, nas interações que estabelece, desde cedo, com a experiência
sócio-histórica dos adultos e do mundo por eles criado. Dessa forma, a brincadeira é
uma atividade humana, na qual as crianças são introduzidas constituindo-se em um
modo de assimilar e recriar a experiência sócio-cultural dos adultos.
Sabemos que a brincadeiras fazem parte das nossas vidas desde a antiguidade,
através das mesmas, as crianças desenvolvem com mais prazer e entusiasmo o seu
conhecimento. Diante do trabalho lúdico em sala de aula, as crianças irão de
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Concepção de criança
histórico” (RCNEI, 1998, p.21). Dessa forma, ela participa da construção histórica de
sua identidade social.
Por fazer parte de uma sociedade culturalmente organizada, ela interage com o
meio onde vive e ao mesmo tempo sofre influências externas e internas, as quais
poderão ser positivas ou negativas, podendo ou não interferir em seu
desenvolvimento global. As crianças aprendem com as relações, essas imbuídas de
valores e crenças, as quais caracterizam seu meio, gerando modificações de
comportamento. A experiência com o outro de alguma forma influencia diretamente
vida da criança. Interagindo com o meio, a criança torna-se um ser ativo, que
constrói mecanismos mentais, explora o ambiente, tem autonomia própria, e é capaz
de superar desafios para conquistar seu espaço.
Ao longo seu processo de desenvolvimento, a criança passa por fases
específicas em várias faixas etárias. O crescimento da criança é acompanhado por
etapas de desenvolvimento, caracterizadas por aspectos específicos e significativos,
tais como: físico, cognitivo, emocional e espiritual, passos importantes para a
formação integral. Autores como: Wallon, Piaget, Freud, Vygotsky, Winnicott,
defendem o tema exposto.
Esses aspectos tornam um ser que, nos primeiros anos de vida precisa de
cuidados, por vezes específicos. OLIVEIRA (2002, p. 135) relata com propriedade
que:
"... É importante a criança brincar, pois ela irá se desenvolver permeada por
relações cotidianas, e assim vai construindo sua identidade, a imagem de si
e do mundo que a cerca" (2003, p. 20).
A criança é então, um ser sociável que se relaciona com o mundo que a cerca
de acordo com sua compreensão e potencialidades e, brinca espontaneamente,
independentemente do seu ambiente e contexto. Por isso, quanto maior o número
de atividades lúdicas inseridas nas atividades pedagógicas, maior será o
envolvimento da criança com o conhecimento trabalhado.
mais além do seu comportamento habitual. Para Vygotsky, o brincar também libera a
criança das limitações do mundo real, permitindo que ela crie situações imaginárias.
Ao mesmo tempo é uma ação simbólica essencialmente social, que depende das
expectativas e convenções presentes na cultura.
O brincar também permite que a criança tome certa distância daquilo que a faz
sofrer, possibilitando-lhe explorar, reviver e elaborar situações que muitas vezes são
difíceis de enfrentar. Autores clássicos da psicanálise, como Freud (1908) e Melanie
Klein (1932, 1955), ressaltam a importância do brincar como um meio de expressão
da criança, contexto no qual ela elabora seus conflitos e demonstra seus
sentimentos, ansiedades desejos e fantasias.
Já Winnicott (1975), pediatra e psicanalista inglês, faz referência à dimensão de
criação presente no brincar. Segundo esse autor, é muito mais importante o uso que
se faz de um objeto e o tipo de relação que se estabelece com ele do que
propriamente o objeto usado. A ênfase está no significado da experiência para a
criança. Brincando, ela aprende a transformar e a usar os objetos, ao mesmo tempo
em que os investe e os “colore” conforme sua subjetividade e suas fantasias. Isso
explica por que, muitas vezes, um urso de pelúcia velho e esfarrapado tem mais
importância para uma criança do que um brinquedo novo e repleto de recursos,
como luzes, cores, sons e movimento.
Assim, percebe-se como o brincar é algo essencial para o desenvolvimento
infantil. Uma criança que não consegue brincar deve ser objeto de preocupação.
Disponibilizar espaço e tempo para brincadeiras, portanto, significa contribuir para
um desenvolvimento saudável. É importante também que os adultos resgatem sua
capacidade de brincar, tornando-se, assim, mais disponíveis para as crianças
enquanto parceiros e incentivadores de brincadeiras.
Nesse processo o professor deve ser mediador, para que a afirmação citado
de Dewey proceda. E, para tanto, o educador deve estar capacitado em sua
formação profissional e pedagógica. Propondo, como afirma Freire uma pedagogia
da autonomia onde o sujeito é autor do seu próprio conhecimento e o educador é o
mediador do processo de ensino aprendizagem. No que diz respeito à relevância do
conhecimento na formação do professor Isabel Alarcão (2003, p. 15) relata que
nesta era chamada de sociedade da informação e do conhecimento “o
conhecimento tornou-se e tem de ser um bem comum. A aprendizagem ao longo da
vida, um direito e uma necessidade.” Enfatizando com esta afirmação o quanto o
conhecimento se tornou indispensável perante as exigências deste novo tipo de
sociedade. E, este fator nos leva a refletir o quanto o educador deve buscar
atualizar-se para que possa atender as demandas desta sociedade inovada,
ressaltando também, que o conhecimento é um processo contínuo que acontece por
toda a vida e que nunca acaba.
Tendo o conhecimento desta necessidade de atualizar-se e admitindo a
ludicidade como uma das ferramentas da atualidade, para que se alcance a criança
em sua plenitude, cabe ao educador fazer uso deste instrumento para que possa
potencializar sua prática pedagógica e com isso, desempenhar seu papel no
desenvolvimento das aprendizagens. Contudo, conforme afirma Cardoso (2008), a
ludicidade na formação profissional do professor não é algo novo:
Considerações Finais
reconhecido assim como o seu tempo e o seu espaço sejam respeitados e ganhem
também sua devida importância.
Contudo, a criança com suas potencialidades e necessidades e o educador com
suas qualificações profissionais poderão estabelecer relações de afeto e atenção
que irão transformar a prática pedagógica em situações de aprendizagem
significativa e prazerosa, contribuindo assim para a formação integral da criança
integrando-a na sociedade globalizada de forma lúdica e significativa.
Referências bibliográficas:
ROSSINI, M. A. S. Aprender tem que ser gostoso. Petrópolis, RJ: Vozes, 2003.
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