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A IMPORTÂNCIA DE BRINCAR NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA

BALBERINO, Matheus Marques1


TEIXEIRA, Romana de Oliveira2
GIESEL, Claudia Cristina Mendes 3

Resumo
A importância do brincar no desenvolvimento da criança surge da necessidade de
conscientizar as famílias sobre tal. É no brincar que a criança desenvolve vários aspectos da
sua vida social, afetivo, cognitivo, físico entre outros. É valido salientar que nunca uma
brincadeira será somente um tempo gasto na vida de uma criança, pois por mais simples
que seja, ela desperta vários sentidos, que é aí onde a criança através de uma atividade
prazerosa para ela também está inconscientemente se desenvolvendo. Através do brincar
que a criança desenvolve por exemplo seu social, onde ela se vê em atividades que é
necessário o trabalho em equipe para a realização das mesmas. Uma figura importantíssima
nesse processo é o professor pois ele através de uma didática vai desenvolver atividades
que desenvolvam de forma prazerosa aspectos diversos nas crianças. Esse artigo, tem em
seu objetivo através de pesquisas bibliográficas realizar uma reflexão e uma
problematização sobre o tema do brincar no desenvolvimento da criança, para isso, foram
utilizados autores que tiveram suas falas retiradas de sites, livros e artigos para
complementação da nossa fundamentação.

Palavras-chave: Brincar. Desenvolvimento. Brincadeira. Criança.

1.INTRODUÇÃO
O interesse pelo tema surgiu pelo gosto do assunto e de aprofundar mais
sobre ele nas observações feitas no estágio Supervisionado III, realizado no Centro
de Educação Infantil Rocilda de Souza Paiva, localizado no município de Lapão.
A importância de discutir esse tema vem da necessidade de conscientizar que
a criança adquire com o brincar não apenas prazer, como também desenvolvimento
e aprendizagem, através da ludicidade a criança desenvolve e demonstra vários
sentimentos, melhora a capacidade de socialização, pois em muitas atividades o
trabalho em grupo é essencial para acontecer, criança indiscutivelmente está
atrelada a jogos, brincadeiras e brinquedos.
Diante desse itinerário a gente deliberou por fazer referências bibliográficas,
tendo em vista tentar entender e compreender mais sobre o tema. Tendo como
1
Aluno do 4º ano de Licenciatura em Pedagogia na Fael.
2
Aluna do 4º ano de Licenciatura em Pedagogia na Fael
3
Doutora em Educação pela Iowa State University, professora do curso de pedagogia da FAEL.
principais fontes de pesquisas artigos científicos e sites que tem uma visão além a
respeito do assunto. Essa forma de pesquisa foi fundamental para se construir um
conhecimento a mais do que é o brincar para a criança.
Pensando em ressignificar o projeto subjetivamente. Tem como objetivo
conhecer o significado do brincar, conceituar os principais termos utilizados para
designar o ato de brincar, tornando-se também fundamental compreender o universo
lúdico, onde a criança através da brincadeira aprende mais sobre si, sobre a
convivência com o outro e sobre o mundo num todo.
Com isso, julga se necessário que o professor, como principal espelho para
os pais e crianças, ajude a quebrar esse estigma em muitas famílias que a criança
“brinca por brincar” e esteja sempre apto a buscar novos conhecimentos e
ferramentas capazes de envolver a família no processo do desenvolvimento físico,
afetivo e social na criança através da brincadeira.

2. A RELAÇÃO ENTRE A CRIANÇA E O BRINCAR

2.1 A concepção de criança


O conceito de criança vem sofrendo várias transformações no percurso de
sua história, diversas concepções que traduzem os pequenos de formas distintas;
com tudo criança é um sujeito social, tem sua trajetória histórica, cultural e
econômica. Desempenha bem o papel de construção do próprio conhecimento,
possuem um temperamento, que as caracteriza como seres que sentem e pensam o
mundo de um jeito muito único. Nas interações que estabelecem desde cedo com as
pessoas que lhe são próximas e com o meio que as circunda, as crianças revelam
seu esforço para compreender o mundo em que vivem, as relações contraditórias
que presenciam e, por meio das brincadeiras, explicitam as condições de vida a que
estão submetidas e seus anseios e desejos. No processo de construção do
conhecimento, as crianças se utilizam das mais diferentes linguagens e exercem a
capacidade que possuem de terem ideias e hipóteses originais sobre aquilo que
buscam desvendar. Nessa perspectiva as crianças constroem o conhecimento a
partir das interações que estabelecem com as outras pessoas e com o meio em que
vivem.
Elas são sujeitos consagrados e de direitos, nas interações relações e
práticas cotidiana que vivencia, constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca,
imagina, deseja, aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constrói
sentidos. Cada criança é única, cada uma com suas individualidades e diferenças.

Faria e Salles (2007) corroboram com a concepção de Souza (2007) e


afirmam que:

Considerar a criança como sujeito é levar em conta, nas relações que com
ela estabelecemos, que tem desejos, ideias, opiniões, capacidades de
decidir, de inventar, que se manifestam, desde cedo, nos seus
movimentos, nas suas expressões, no seu olhar, nas suas vocalizações,
na sua fala. É considerar, portanto, que essas relações não devem ser
unilaterais – do adulto para a criança, mas relações dialógicas- entre
adultos e criança -, possibilitando a constituição da subjetividade da
criança como também contribuindo na contínua constituição do adulto
como sujeito.

Entendemos que é um período em a criança, nesta etapa da vida, depende


do outro para sobreviver e aprender e esta condição de dependência não deve ser
entendida como fragilidade ou incapacidade, mas como fator estimulante para o
desenvolvimento infantil. Portanto, a criança é sujeito social, que aprende e
desenvolve no processo das interações sociais, entretanto a infância passa a ocupar
um lugar na sociedade e confere a criança como cidadão de direitos, assegurado
pela lei.

De acordo com (KRAMER, 2005): (...) enfatizar que a criança é um ser social,
que possui história e que, além disso, é produtora e reprodutora do meio no qual
está inserida, atuando, portanto, como produtora de história e cultura.

Na verdade, não podemos negar a criança o direito de atuar como o indivíduo


no contexto histórico e social hábil a vivenciar e expressar sentimentos, emoções e
ideias. Essas reflexões nos fazem indagar que não devemos limitar a criança
apenas a condição de um ser ingênuo e incapaz de exercer qualquer função.

O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil – RCNEI destaca


que: A criança, como todo ser humano, é um sujeito social e histórico e faz parte de
uma organização familiar que está inserida em uma sociedade, com uma
determinada cultura, em um determinado momento histórico.
Podemos reparar que as formas de ver as crianças vêm se complementando
a cada reflexão e a cada novo discurso oficial, nos quais verificamos que a visão se
amplia em busca de melhor compreendê-las para melhor expressar ou, até mesmo,
traduzir de forma mais peculiar possível o que de fato a criança é.

De certa forma tudo está ligado a maneira em que a criança foi educada,
compondo diferentes comportamentos.

2.2 O que é brincar?


Segundo o Dicionário Aurélio, brincar significa: Divertir-se, recrear-se,
entreter-se, distrair-se. Se pudéssemos transformar a palavra brincar em um outro
nome com certeza esse nome seria “alegria”, ou se perguntássemos a uma criança
o que ela sente quando brinca, as expressões e as falas certamente seriam de
felicidade, mas há muito mais por trás do simples brincar. Brincar é um ato
espontâneo, e tem inúmeros benefícios, como físico, mental, cognitivo e social.

Brincar é uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento da


identidade e da autonomia. O fato de a criança, desde cedo, poder se
comunicar por meio de gestos, sons e mais tarde representar
determinado papel na brincadeira faz com que ela desenvolva sua
imaginação. (RECNEI, 1998, p.22, v.2)

O conceito de brincar muitas vezes está associado a jogos e brincadeiras,


os jogos e brincadeiras são as manifestações do lúdico, quando se pratica uma
atividade divertida, onde se pode acontecer a qualquer instante, bastando apenas
querer brincar.

Para brincar nem sempre é necessário os jogos e brincadeiras dirigidas,


mas para que aconteçam os jogos e as brincadeiras é necessário que as crianças
estejam brincando. Isso porque, através do brincar a criança pode usar da
ludicidade e da imaginação, sem necessariamente precisar de regras e imposições,
fazendo com que ela usufrua e desenvolva toda a sua imaginação e criatividade,
onde esse brincar pode ser de maneira coletiva ou individual.

O momento do brincar é um momento de aprendizagem e deleite. Segundo


Bettelheim, “brincar é muito importante porque, enquanto estimula o
desenvolvimento intelectual da criança, também ensina, sem que ela perceba, os
hábitos necessários a esse crescimento.” (1988, p. 168).
2.3 A importância do brincar no desenvolvimento infantil
O brincar tornou-se uma atividade que atinge os conceitos mais necessários
da infância com relação ao desenvolvimento infantil. A criança procura assim
conhecer o mundo e conhecer-se a si mesma, através da brincadeira, a criança tem
oportunidade de simular situações e conflitos da sua vida familiar e social, o que lhe
permite a expressão das suas emoções.

Importante ressaltar que o brincar é fundamental não apenas para divertir a


criança, mais também para torná-la mais criativa, ter bom convívio, que desenvolve
o lado cognitivo da criança.

Para Vygotsky (1991), é por meio da brincadeira que o sujeito pode


apresentar significados sociais historicamente produzidos, como também novos,
apropriados nas interações estabelecidas com seus pares e com os adultos.

O conhecimento da criança acontece por meio da imitação do adulto ou de


algo conhecido, de uma experiência vivida na família ou em outros ambientes do
relato, de um colega ou de cenas assistidas na televisão em livros entre outros. O
brincar oferece vários níveis de organização, dentre elas a linguagem oral e gestual
favorecendo nos conteúdos sociais, situações de valores e atitudes que se referem
forma de como o universo social dos mesmos se constroem.

A brincadeira desenvolve vários aspectos da criança, desde o cognitivo, o


lúdico, o motor e o social, já que através da brincadeira elas expressam as suas
vontades e necessidades. Ela é de grande importância no desenvolvimento e na
aprendizagem das crianças que fazem parte desse espaço.

Piaget (1978) diz que a atividade lúdica é o berço obrigatório das atividades
intelectuais da criança. Estas não são apenas uma forma de desafogo ou
entretenimento para gastar energia das crianças, mas meios que contribuem e
enriquecem o desenvolvimento intelectual.

Brincar desenvolve algumas habilidades importantes; e esse processo é


essencial para todos caminhos que elas trilarem.

O brincar desenvolve:

 Coordenação motora
 Noção de espaço
 Equilíbrio
 Atenção
 Concentração
 Pensamento estratégico
 Criatividade
 Oralidade
 Autoconfiança
 Estabilidade emocional.

Assim como o desenvolvimento do raciocínio, da atenção, da imaginação e da


criatividade, na medida em que as brincadeiras trazem novas linguagem e ajudam a
criança a pensar, se quisermos, a pensar a realidade de forma criativa. É brincando
que a criança se desenvolve, porque, brincando, a criança tem toda riqueza do
aprender fazendo, naturalmente, sem pressão ou medo de errar, e com prazer pelo
poder do conhecimento.

Afirma Queiros, Martins(2002):

Nos jogos e brincadeiras a criança age como se fosse maior que a realidade,
é isto inegavelmente contribui de forma intensa e especial para o seu
desenvolvimento.

O brincar desempenha um papel igualmente importante na socialização da


criança, permitindo-lhe aprender a partilhar, a cooperar, a comunicar e a relacionar-
se, desenvolvendo a noção de respeito por si e pelo outro, bem como sua auto-
imagem e auto- estima.

De acordo com Vygotsky:

Ao brincar, a criança assume papéis e aceita as regras próprias da


brincadeira, executando, imaginariamente, tarefas para as quais ainda não está apta
ou não sente como agradáveis na realidade.

O ato de brincar para o público infantil estimula a imaginação, permitindo que


os mesmos possam ter uma maior interação. O lúdico, permite que a criança se
construção enquanto sujeito autêntico (Vygotsky, 1993). Para Freire (2002), a forma
de espontaneidade da imaginação que vai constituindo o desenvolvimento infantil. O
autor afirma que “Tudo no jogo aponta para o mundo interior do sujeito, invisível aos
nossos olhos, e a tradução exterior dessa atividade, no plano da nossa razão,
confunde-se com expressões de qualquer outra atividade (2002, p.67).”

A brincadeira em si é um ato social e livre, é uma atividade de certa forma


predominante no período infantil. Essa ferramenta lúdica é de grande importância
para ampliar o desenvolvimento infantil. Para uma maior exploração do exposto,
Vygotsky complementa que:

No brinquedo, a criança sempre se comporta além do comportamento


habitual de sua idade, além do seu comportamento diário; no brinquedo é como se
ela fosse maior do que ela é na realidade. Como no foco de uma lente de aumento,
o brinquedo contém todas as tendências do desenvolvimento sob forma
condensada, sendo ele mesmo uma grande fonte de desenvolvimento.

A brincadeira infantil é um espaço que faz com que a criança interage com
diferentes pessoais, ampliando suas relações. A brincar inserido na Educação
Infantil amplia os relacionamentos do público infantil, pode fazer com que a criança
respeite a si mesma e o mundo. A brincadeira inserida nesse contexto torna-se
essencial. Para uma melhor compreensão da importância do brincar na vida de uma
criança, Santos afirma que:

Para a criança nada é mais importante do que os brinquedos, pois estes


proporcionam um mundo do tamanho de sua imaginação. Para que uma criança se
torne um adulto saudável e bem ajustado é necessário que seu corpo esteja
constantemente ativo, sua mente alerta e curiosa, seu ambiente dotado de materiais
atrativos e sua inter-relação com as outras pessoas se efetive de modo natural e
efetivamente bem estruturado. (SANTOS; CRUZ, 2010, p. 68).

Compreende- se a partir do exposto que a brincadeira é transformadora a


partir do olhar da criança. Quando a criança utiliza dos meios lúdicos, ela se prepara
para situações da vida (Zanluchi, 2005). É a partir dessa ludicidade inserida na
Educação Infantil que a criança adquire novos conhecimentos. Para o autor
Vigotsky, entende-se:
O brincar é uma atividade humana criadora, na qual imaginação, fantasia e
realidade interagem na produção de novas possibilidades de interpretação, de
expressão e de ação pelas crianças, assim como de novas formas de construir
relações sociais com outros sujeitos, crianças e adultos. (1987. p.35).

Através da brincadeira a criança se prepara para aprender. Brincando ela


aprende conceitos novos, tem crescimento saudável e adquire informações.

Portanto, que se faz necessário avaliar e implementar a ludicidade no


contexto da criança, para promoção da autonomia da mesma. Dessa forma, que é
necessária uma maior exploração em torno dos tipos de atividades lúdicas e seus
benefícios, nas esferas psicológicas, biológicas e sociais.

Em conclusão, diante das indagações com relação a inserção da ludicidade


no contexto da criança, e os benefícios do mesmo para uma ampliação no
desenvolvimento infantil que se faz necessário uma maior exploração do tema.
Nesse sentido algumas atividades lúdicas proporcionam uma vivência significativa,
simbólica de uma autodescoberta, uma assimilação com o mundo por meio de
vivências, fazendo com que a criança construa sua própria história, como sujeito
atuante da mesma.

2.4 Escola e família, aliados no processo do desenvolvimento através do


brincar
Há tempos percebe-se a necessidade da união entre a família e a escola.
Essa parceria já é mais que comprovada que é fundamental para crescimento e
desenvolvimento do estudante, principalmente no início da sua vida escolar. Ainda
na educação infantil (uma etapa importantíssima para o desenvolvimento da criança)
a criança é ensinada a aprender brincando, através de tarefas lúdicas, contos, jogos
e brincadeiras. Infelizmente, muitas famílias ainda tem a educação infantil como um
passatempo, onde as professoras são vistas apenas como cuidadoras,
desvalorizando assim, todo um trabalho pedagógico, pensado e planejado para
melhor aprendizagem das crianças.

Antes de tudo, é necessário que estejam previstos na rotina escolar


períodos de tempo consideráveis destinados ao jogo livre, permitindo,
assim, que as crianças interajam entre si e com os objetos de forma
espontânea. (CRAIDY & KAERCHER, 2001, p. 97)
Por falta de conhecimento, muitas famílias ainda veem o brincar livre como
pura distração, e gasto de tempo para criança, e já sabemos que nunca uma criança
brinca por brincar. Pois sempre por meio do brincar ela aprende e desenvolve em
diversas áreas da sua vida. Como por exemplo, em uma contação de história, ela
está desenvolvendo sua capacidade crítica de pensar e imaginar, em brincadeiras
como “Segue o Líder”, a criança aprende desenvolve sua capacidade social, onde
ela vai aprender a hora de liderar e ser liderada, essas são apenas algumas das
habilidades que podem ser desenvolvidas com o auxílio do lúdico.

No entanto, muitas famílias já tem despertado para realidade onde se é


necessário estar lado a lado a escola, participando ativamente na vida estudantil de
seus filhos.

“Costuma-se dizer que a família educa e a escola ensina, ou seja, à família


cabe oferecer à criança e ao adolescente a pauta ética para a vida em
sociedade e a escola instruí-lo, para que possam fazer frente às
exigências competitivas do mundo na luta pela sobrevivência” (OSORIO,
1996, p.82).

As famílias, comprometidas com o desenvolvimento social e cognitivo de


seus filhos, tem que buscar a comunicação com a escola, suscitando,
questionando, propondo e interagindo de forma que a escola possa crescer e
melhorar ainda mais suas estratégias de ensino visando sempre atender melhor às
necessidades dos alunos.

Uma ligação estreita e continuada entre os professores e os pais leva,


pois, a muita coisa mais que a uma informação mutua: este intercâmbio
acaba resultando em ajuda recíproca e, frequentemente, em
aperfeiçoamento real dos métodos. Ao aproximar a escola da vida ou das
preocupações profissionais dos pais, e ao proporcionar, reciprocamente,
aos pais um interesse pelas coisas da escola, chega-se até mesmo a uma
divisão de responsabilidades... (PIAGET, 1972 Apud JARDIM, 2006, p.50)

Outra figura importante no desenvolvimento da criança é o professor, esse


que trabalha incansavelmente, para fomentar nos alunos desejo de aprender, bem
como para desenvolver diversos campos como social, cognitivo, motor, físico entre
outros.

No processo da educação infantil, o papel do professor é primordial, pois


é aquele que cria espaços, oferece os materiais e participa das
brincadeiras, ou seja, media a construção do conhecimento. O professor
é mediador, fazendo parte da brincadeira, ele terá oportunidade de
transmitir valores e a cultura da sociedade. O professor estará
possibilitando a aprendizagem da maneira mais criativa e social possível.
(ALMEIDA & CASARIN, 2002, s/p.)

Sendo assim julga-se necessário o professor estar também em uma constate


busca de ferramentas e atividades que proporcionarão a crianças momentos de
gozo e aprendizagem. Nunca antes se viu tanta necessidade de se reinventar
quanto agora, principalmente nessa era tecnológica onde os professores que não
se reinventaram acabaram ficando um passo atrás daqueles que estão em
constante busca por novidades. E o mundo hoje pede isso, inovação, pois o acesso
a informação está na palma das mãos dos alunos, mesmo aqueles mais novinhos.
Entretanto é primordial saber manter o equilíbrio entre o real e o tecnológico.

Uma coisa preocupante nos dias atuais, em muitas famílias que não tem
assistido seus filhos corretamente é o uso excessivo de crianças com aparelhos
eletrônicos. Uma criança até os seus 06 anos de idade ela ainda não desenvolveu
completamente seu tônus muscular, que seria a fortaleza para sustentação dessa
coordenação motora fina, e quando ela, deixa de correr, pular, se desafiar para ficar
o dia praticamente inteiro frente a aparelhos tecnológicos ela não vai desenvolver o
seu físico, então as tecnologias são ruins? Não! Pois as crianças aprendem
também com elas, porem elas devem ser limitadas o tempo de seu uso, fazendo
com que a criança também usufrua do seu tempo para outras atividades. Sendo
assim, um ponto que a família deveria imitar a escola é em uma ferramenta
chamada: rotina. A criança tem que ter, mesmo em casa seu tempo de alimentar-
se, dormir, da higienização, do brincar e do estudar, mantendo assim o equilíbrio,
fazendo com que ela cresça uma criança saudável e desenvolvida em todos os
âmbitos de sua vida.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Desse modo, com o término desse trabalho, conclui se que, a concepção de


criança foi sofrendo alterações ao longo dos anos. São sujeitos que tem que ter por
garantia direitos e deveres, sendo eles o brincar como um dos principais, pois com
esse trabalho podemos concluir que através da brincadeira a criança tem momentos
de prazer e principalmente muito desenvolvimento e aprendizagem.

Com o brincar as crianças se desenvolvem nas diversas esferas da sua vida


física, social e psicológica. Ao longo desse trabalho buscou se entender o contexto
histórico da criança e do brincar, a importância do brincar para o desenvolvimento da
criança, onde pudemos ver que são inúmeros e até pontuamos alguns deles, e
também ressaltamos duas entidades que são fundamentais no desenvolvimento da
criança através do brincar que é a escola e a família, onde pode se concluir que com
a afinidade e cumplicidade delas no processo, a criança desenvolve muito mais.

Com a elaboração desse trabalho podemos ressaltar também que alguns


estigmas tem que ser quebrados e finalizados, como por exemplo, que a criança
somente brinca por brincar, que para ela é somente um momento de diversão,
sendo que, há muito mais do que simplesmente isso, a criança aprende e muito
brincando. Outra ponto que vale salientar é o trabalho dos professores da educação
infantil que desenvolvem atividades importantíssimas no desenvolvimento da
criança, e que infelizmente são visto por algumas famílias como apenas cuidadores
das crianças, desvalorizando todo um trabalho pedagógico pensado através de
atividades lúdicas e até mesmo do desenvolvimento da criança através do cuidar e
do afeto oferecido pelos professores.

Esperamos que esse trabalho, sirva para reflexão e conscientização de


famílias e professores na busca por ferramentas que viabilizem meios de
crescimento e desenvolvimento das crianças através do brincar. É importante que
professores busquem meios de inovação através da pratica de suas atividades
lúdicas, utilizando assim todas as ferramentas e criatividade que estiverem a sua
disposição para que as crianças continuem desenvolvendo da forma que elas mais
amam fazer: Que é Brincar!.
REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Damiana; CASARIN, Melânia. A importância do brincar para a construção do


conhecimento na Educação Infantil. Revista do Centro de Educação n° 19, Santa
Maria: UFSM, 2002. Disponível em: http://coralx.ufsm.br/revce/ceesp/2002/01/a6.htm

BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO. SECRETARIA DE


EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL. Referencial curricular nacional para a educação
infantil: formação pessoal e social. Brasília: MEC/SEF, v.01 e 02.1998. 85p

BETTELHEIM, Bruno - Uma vida para seu filho. Rio de Janeiro: Campus, 1988.

CRAIDY, Carmem; KAERCHER, Gládis E. Educação Infantil – Pra que te


quero?. Porto Alegre: Artmed, 2001.

https://www.editorarealize.com.br/editora/anais/conedu/2019/
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outubro de 2021.

https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/pedagogia/a-importancia-das-brincadeiras-
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de 2021.

https://www.ninhosdobrasil.com.br/por-que-brincar-e-essencial?
gclid=Cj0KCQjw5JSLBhCxARIsAHgO2Sd8MludSIciB2gD6G71d3j7Coo2-
WXXDCNOVhE4GmKffCH8KfIOorAaAj5jEALw_wcB Acesso em 12 de outubro de
2021.

OSORIO, Luiz Carlos. Família Hoje. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996


https://www.partes.com.br/2016/04/29/concepcoes-de-crianca-e-infancia-a-partir-da-
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PIAGET, J. Para onde vai a Educação. Rio de Janeiro: Jose Olympio, 1972-2000.

https://www.psicologia.pt/artigos/ver_opiniao.php?a-importancia-do-brincar-no-
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