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UNIPLAN

CENTRO UNIVERSITÁRIO PLANALTO DO DISTRITO FEDERAL

JOGOS E BRINQUEDOS NA INFÂNCIA

Antonia Juciele Sousa Pessoa


Sala 7

Açailândia - MA
2020
SUMÁRIO
1. RESUMO
2. PALAVRAS-CHAVE
3. INTRODUÇÃO
4. DESENVOLVIMENTO
5. A CRIANÇA E O LÚDICO
6. O PROFESSOR NA EDUCAÇÃO INFANTIL
7. A LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS
9. REFERÊNCIAS

RESUMO

Este artigo tem como o objetivo debater sobre a importância do lúdico na educação
infantil. Estas atividades ajudam na construção do aprendizado e servem para que as
crianças possam demonstrar os seus sentimentos. As brincadeiras tendem a melhorar o
convívio entre as crianças, fazendo com que elas vivam situações de união, trabalho em
equipes, respeito e solidariedade. É preciso conceituar o importante papel do professor
nesse processo lúdico e também os benefícios que eles trazem para o desenvolvimento da
criança e , dessa forma, oferecer uma leitura mais eficaz sobre a importância do brincar na
vida da criança.

Palavras-chave: Educação Infantil, criança, lúdico, atividades lúdicas.

INTRODUÇÃO

Nossa inquietação está relacionada em verificar como as atividades lúdicas


influenciam no desenvolvimento e na aprendizagem dos alunos da Educação Infantil. As
brincadeiras e os jogos são essenciais durante o processo de aprendizagem na Educação
Infantil e seu uso permite uma ação pedagógica que possibilita a elaboração de atividades e
projetos de forma mais contextualizada no ambiente infantil.

As atividades lúdicas, se trabalhadas da forma correta, proporcionam melhores


condições para o desenvolvimento físico, emocional e social das crianças. São
consideradas lúdicas as atividades que propiciam experiências associadas ao pensamento
e sentimento, pois as crianças se expressam e assimilam melhor os conhecimentos quando
está praticando alguma atividade lúdica. Ornelas (2002) vem trazer uma relação entre o
lúdico e o brincar, onde esse brincar é o conjunto de ações lúdicas desenvolvidas pelo
homem, manifestada por meio do jogo ou da brincadeira, com o uso ou não do brinquedo
como suporte, ou seja, o lúdico abrange todas essas categorias, brincadeira, brinquedo e
jogo.

Embora hoje em dia sejam usados recursos tecnológicos modernos, como


computadores, tablets, jogos online, entre outros, é necessário a utilização do lúdico para
trabalhar o lado criativo das crianças, sem que haja desequilíbrio durante o aprendizado.
As atividades lúdicas são essenciais para a formação e desenvolvimento das
crianças, consideradas também grandes facilitadoras dos relacionamentos e experiências
durante a vida escolar. Elas promovem a imaginação e, principalmente, transformações em
relação processo de ensino e aprendizagem.

DESENVOLVIMENTO
A CRIANÇA E O LÚDICO

A criança em seus primeiros anos de vida experimentam desejos impossíveis de


serem realizados imediatamente. Para resolver essa situação, a criança envolve-se num
mundo imaginação em ação (Minestrina, 2006). Sendo assim, a criança tem um
desenvolvimento psicológico e cultural que se refere ao psíquico. Isso significa que ela se
constitui como um indivíduo de personalidade própria e como integrante de uma sociedade.

As brincadeiras estão presentes em todo desenvolvimento da criança em suas


diferentes formas de comportamento. Do ponto de vista sociológico, as brincadeiras são
vistas como uma forma sincera de inserção das crianças na sociedade; brincando, a criança
assimila costumes, regras, hábitos, padrões e crenças relacionadas ao meio em que vive.
Em relação ao pedagógico, as brincadeiras têm se mostrado uma estratégia poderosa para
a criança não só aprender como também desenvolvendo suas habilidades. (Falcão, 2002).
As atividades lúdicas fazem com que elas aprendem com mais prazer e alegria. A educação
lúdica é uma característica única na criança e aparece sempre como uma forma de adquirir
conhecimento. As brincadeiras e jogos se tornam cada vez mais necessárias na construção
do aprendizado, oportunizando prazer enquanto incorporar as informações e transforma as
situações da vida real (Falcão, 2002).

O PROFESSOR NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Segundo Severino (1991) os professores da educação em escolas infantis precisam


manter sempre um comportamento ético em relação às crianças, não permitindo que
passem por situações constrangedoras durante o desenvolvimento das atividades lúdicas.
Alguns adultos, na tentativa de fazer as crianças obedecerem às suas ordens, fazem com
que elas sintam insegurança e desamparo. Isso faz com que elas tenham medo de perder
afeto, proteção e confiança dos adultos.
Sendo assim, os professores têm o papel de ser um facilitador das brincadeiras e
atividades lúdicas. Sempre que possível, o professor deve participar e incentivar as
brincadeiras e aproveitar para questionar e debater com as crianças a importância das
mesmas.

É importante que os professores busquem conhecimentos sobre ludicidade antes de


fazer o uso desse método. É fundamental que ele observe a realidade do ambiente escolar
e use de criatividade para explorar as atividades lúdicas com as crianças. Schultz, Muller e
Domingues (2006, p.5) afirmam:

Uma proposta lúdico educativa torna-se um desafio à prática


do professor, pois além de selecionar, preparar, planejar e
aplicar os jogos precisam participar no decorrer do jogo, se
necessário jogar, brincar com as crianças, mas sempre
observando, no desenrolar, as interações e trocas de saberes
entre eles.

A LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Vygotsky (1984) atribui relevante papel ao ato de brincar na constituição do


pensamento infantil. É brincando que a criança revela seu estado cognitivo, visual, auditivo,
tátil, motor, seu modo de aprender e entrar em uma relação cognitiva com o mundo de
eventos, pessoas, coisas e símbolos.

As crianças, por meio dos jogos e brincadeiras, reproduzem o discurso externo e o


internalizam, construindo seus próprios pensamentos e vontades. A linguagem, segundo
Vygotsky (1984), tem um papel importante no desenvolvimento cognitivo delas à medida
que elas organizam suas experiências e vivÊncias. De acordo com Vygotsky (1984, p.97),
os jogos e brincadeiras criam para as crianças uma “zona de desenvolvimento proximal”, ou
seja, a distância entre o nível atual de desenvolvimento determinado pela capacidade de
resolver independentemente um problema, e o nível atual de desenvolvimento potencial
determinada através da resolução de um problema sob a orientação de um adulto ou com a
colaboração de um companheiro mais capaz.

Por meio das atividades lúdicas, as crianças reproduzem muitas situações vividas em
seus cotidianos. Essa representação do cotidiano se dá por meio da combinação entre
experiências vivenciadas no passado e novas possibilidades de interpretação e reprodução
do real, de acordo com suas necessidades e desejos.

Tanto para Vigotsky (1984) como Piaget (1975), o desenvolvimento não é linear,
mas evolutivo e, nesse trajeto, a imaginação de desenvolve. Uma vez que a criança brinca
e desenvolve a capacidade para determinado tipo de conhecimento, ela dificilmente perde.
É com a formação de conceitos que se dá a verdadeira aprendizagem e é no brincar que
está um dos maiores espaços para a formação de conceitos. Negrine (1994, p.19) sustenta
que as contribuições das atividades lúdicas indicam que elas contribuem poderosamente no
desenvolvimento da criança, vinculando inteligência, afetividade, motricidade e a
sociabilidade.

Brincar é sinônimo de aprender, pois as brincadeiras geram um espaço para pensar,


criar e desenvolver. Faz com que a criança avance no raciocínio, no desenvolvimento do
pensamento e nas relações sociais. As interações que as brincadeiras e jogos oportunizam
favorecem a superação do egoísmo e do egocentrismo, desenvolvendo a solidariedade e a
empatia, especialmente no compartilhamento de jogos e brinquedos, novos sentidos para a
posse e o consumo.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Na escola o professor da Educação Infantil pode trabalhar os jogos e brincadeiras


como forma de propagar conteúdos. Para que isso aconteça, os professores precisam
selecionar situações e conteúdos do dia a dia com as atividades lúdicas. Os jogos e os
brinquedos são hoje em dia itens essenciais para a formação das crianças, desde que
inseridos dentro de uma proposta educativa que se baseia na atividade e na interação
delas.

É buscando novas maneiras de educar por meio do lúdico que conseguiremos uma
educação de qualidade e que realmente consiga ir ao encontro dos interesses e
necessidades da criança. Cabe ressaltar que uma atitude lúdica não é somente a somatória
de atividades; é, antes de tudo, uma maneira de ser, de estar, de pensar e de encarar a
escola. É preciso que os professores saibam entrar no mundo das crianças, em seus
sonhos, jogos e, a partir daí, brincar com ela. Quanto mais espaço lúdico proporcionarmos,
mais alegre, espontânea, criativa e afetiva será o aprendizado das crianças.

Dessa forma, consideramos que a ludicidade é fundamental para o desenvolvimento


das habilidades motoras em crianças da Educação Infantil, pois através dos jogos e
brincadeiras elas se sentem estimuladas e incentivadas a aprender. Assim, a experiência da
aprendizagem tende a ser construída em um processo vivenciando prazerosamente.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ORNELAS, Maysa. O Lúdico na Educação: mais que um jogo de palavras. Brasília, s/d.
Mimeo, 2002.

FALCÃO, Ana Patrícia Bezerra. RAMOS, Rafaela de Oliveira. A importância do brinquedo e


do ato de. Brincar para o desenvolvimento psicológico de crianças de 5 a 6 anos. Belém,
2002.

SCHULTZ, S.; MULLER, Cristiane; DOMINGUES, A. A ludicidade e as suas contribuições


na escola. Jornada e Educação. Centro Universitário Franciscano. Disponível em:<
http://www. unifra. br/eventos/jornadaeducacao2006/2006/pdf/artigos/pedagogia/A%
20LUDICIDADE% 20E% 20SUAS% 20CONTRIBUI% C3, v. 87, p. C3, 2006.

SEVERINO, A. J. A formação profissional do Educador: pressupostos filosóficos e


implicações curriculares. ANDE, Ano10, nº17, 1991.
PIAGET, Jean. A formação simbólica da criança. Rio de Janeiro: Zhar, 1975.

NEGRINE, Airton. Aprendizagem e desenvolvimento infantil. Porto alegre: Propil, 1994.

VIGOTSKY, L. S. A formação sócia da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1984.

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