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UNIVERSIDADE PITÁGORAS

UNOPAR

SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO


PEDAGOGIA

AUREA ROSA ALVES

A IMPORTÂNCIA DA LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO


INFANTIL COMO FERRAMENTA QUE PROMOVE O
DESENVOLVIMENTO INTEGRAL DA CRIANÇA

Projeto de Ensino apresentado à Universidade Pitágoras


UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção do
título de graduado em Pedagogia.

Orientadora: Prof. Natalia Gomes dos Santos.

Macaúbas
2018
AUREA ROSA ALVES

A IMPORTÂNCIA DA LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL COMO


FERRAMENTA QUE PROMOVE O DESENVOLVIMENTO INTEGRAL DA
CRIANÇA

Macaúbas
2018
ALVES, Aurea Rosa. A importância da ludicidade na Educação Infantil como
ferramenta que promove o desenvolvimento integral da criança. 2018. 25
folhas. Projeto de Ensino em Educação (Graduação em Pedagogia – Centro de
Ciências Exatas e Tecnologia. Universidade Norte do Paraná, Macaúbas, 2018.

RESUMO

Este Projeto de Ensino tem como objetivo destacar a compreensão e a


importância da ludicidade como procedimento metodológico que colabora e motiva
a aprendizagem e promove o desenvolvimento integral no processo de
aprendizagem da criança na etapa da Educação Infantil. Tem-se como objeto de
estudo a ludicidade como elemento que motiva a aprendizagem. A problemática
aponta para a compreensão de que escola, assim como a própria família precisam
compreender a fase de desenvolvimento da criança. Logo, o objetivo principal é
entender acerca da importância do lúdico no desenvolvimento da aprendizagem da
criança. Essa pesquisa se justifica pela necessidade de se trabalhar dando ênfase
às atividades que explorem as brincadeiras, pois, criança aprende brincando. Os
recursos utilizados serão humanos e materiais e a avaliação se dará por meio de
análise da aplicação do projeto em observância quanto à sua utilidade para o
trabalho a ser desenvolvido pelo docente em sala de aula. Em relação ao
referencial teórico, registra-se a participação de autores como Luckesi (2000),
Pereira (2002), Piaget (1976), Vigotsky (1994), Soares (2012), Kishimoto (1994),
entre outros.

Palavras-chave: Educação Infantil. Ludicidade. Aprendizagem. Criança. Escola.


SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 04

REFERENCIAL TEÓRICO ....................................................................................... 06

PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE ENSINO .......................17

Tema ..........................................................................................................................17

Justificativa .................................................................................................................17

Problematização .........................................................................................................17

Objetivos .....................................................................................................................18

Conteúdos ..................................................................................................................18

Sequência didática .....................................................................................................18

Cronograma .............................................................................................................. 21

Recursos Humanos e Materiais .................................................................................21

Avaliação ...................................................................................................................22

CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................... 23

REFERÊNCIAS .........................................................................................................24
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INTRODUÇÃO

Este estudo busca compreender a importância da ludicidade como práxis


pedagógica interativa no processo de ensino aprendizagem da Educação Infantil.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a LDBEN, aponta que a
Educação Infantil, constitui a primeira etapa da Educação Básica. Esta acontece
em creches e pré-escola, e tem como objetivo o desenvolvimento integral das
crianças em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, para essa etapa
da Educação a faixa etária são de crianças de 0 a 5 anos. Para tanto, nessa fase
de 0 a 5 anos de idade é propicio do ser humano brincar, pois o mesmo
proporciona alegria e prazer. Através de atividades lúdicas que envolvem
brinquedo, brincadeiras e jogos a criança aprende brincando, pois ao realizá-la
sente prazer em participar, esse simples ato promove o desenvolvimento dos
aspectos cognitivo, motor e afetivo.
Nesse sentido, compreende-se que a ludicidade é a atividade que está
relacionada ao ato de brincar, sua origem faz referência à ideia de jogos, contudo,
com o passar d o tempo esse conceito foi mudando, e hoje, a ludicidade como
elemento da Educação, também é passível de demonstrar a evolução humana
com base em suas interações sociais, culturais e motoras, pois o homem sempre
teve em seu repertório as linguagens do brincar. Neste sentido, observa-se que o
contexto escolar vigente é preciso mais conhecimento sobre a importância do
lúdico que promova a boa relação interpessoal.
Assim, este Projeto de Ensino pretende subsidiar o professor a trabalhar de
modo a perceber que a criança, como todo ser humano, é alguém que nasce com
capacidades cognitivas, afetivas e sociais, possuindo uma natureza singular, com
desejos de estarem próximas às pessoas e aptas para interagir e aprender com
elas. Assim, o lúdico na Educação inicial aponta o desafio de compreender a riqueza
do mundo infantil e isso requer a expansão sobre as concepções de criança, onde
todos possam entendê-las diante de suas originais, peculiares e múltiplas
linguagens.
O referido projeto será composto por itens fundamentais para a compreensão
quanto aos objetivos do mesmo. De início, a exposição da revisão bibliográfica,
parte em que se aborda o embasamento teórico do trabalho por meio das
colocações de estudiosos e entendidos acerca do assunto. Na sequência, a
5

apresentação do processo de desenvolvimento com relato da justificativa, onde se


externará a importância do tema proposto, como o projeto será trabalhado, a
problematização, com o levantamento de questões pertinentes acerca da escolha do
tema acompanhados da mostra dos objetivos geral e específicos e a descrição do
cronograma seguido das considerações finais.
O objetivo principal que se pretende alcançar com a elaboração e execução
deste Projeto de Ensino é propiciar por meio da ludicidade a facilitação do processo
de aprendizagem e também proporcionar à criança prazer pelo ambiente escolar.
Esta pesquisa se justifica pela necessidade de se compreender a
importância da fase de desenvolvimento da criança em seus primeiros anos de vida
estudantil.
Quanto à problematização desse projeto, observa-se a importância de se
tornar público a necessidade da compreensão de práxis pedagógicas que façam uso
da ludicidade no processo de aprendizagem dos alunos da Educação Infantil.
Para o sucesso do Projeto, os recursos utilizados serão humanos e
materiais, sendo o primeiro de muita relevância, pois a participação da gestão
escolar e professores será muito significativa.
A avaliação consistirá em reflexão, percepção e análise da aplicação do
projeto em observância quanto à sua utilidade para o ensino da Pedagogia.
Para efetivar esses objetivos e responder as inquirições desse estudo,
optou-se pela metodologia da pesquisa científica tendo como ponto de partida a
pesquisa bibliográfica a partir da análise de matérias publicadas em livros, sites,
entre outros, o que proporcionou maior validade e possibilitou uma visão mais
precisa da realidade, tendo em vista o maior conhecimento sobre o tema.
Em relação ao referencial teórico, a escolha de estudiosos se fez
considerando a dedicação dos mesmos à abordagem do tema, cabendo descartar
a participação de autores como Luckesi (2000), Pereira (2002), Piaget (1976),
Vigotsky (1994), Soares (2012), Kishimoto (1994), entre outros.
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1 REFERENCIAL TEÓRICO

Conforme rege o documento das Diretrizes Curriculares Nacionais da


Educação Infantil – DCNEI (BRASIL/MEC, 1996), a Educação Infantil diz respeito a
uma etapa escolar que atua no processo de desenvolvimento da criança em todas
as dimensões humanas que envolvem a parte afetiva, motora, cognitiva, social,
linguística e política, propiciando a ela conhecer e aprender sobre o mundo que a
abraça com afeto, prazer e/ou desprazer; que se apresenta por meio da fantasia,
literatura, música e artes; das ciências naturais e sociais e da matemática,
possibilitando seu desenvolvimento e crescimento.
Para a lei maior na esfera educacional, a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional – LDBEN (BRASIL/MEC, 1996) a Educação Infantil:

Constitui-se igualmente na primeira etapa da Educação Básica, sendo


um direito humano e social de todas as crianças até seis anos de idade,
sem distinção alguma decorrente de origem geográfica, caracteres do
fenótipo - cor da pele, traços de rosto e cabelo, da etnia, nacionalidade,
sexo, de deficiência física ou mental, nível socioeconômico ou classe
social (BRASIL/MEC, 1998, p. 18).

Ainda, segundo a Resolução CNE/CEB Nº 5 (BRASIL/MEC, 2009) art. 5º,


§ 2º, é obrigatória a matrícula na Educação Infantil de crianças que completam 4
ou 5 anos até 31 de março do ano em que ocorrer a matrícula. Segundo a Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (BRASIL/MEC, 1996) em seu art. 29 a
Educação Infantil é a primeira etapa da Educação Básica tem como finalidade “o
desenvolvimento integral da criança até 6 anos de idade, em seus aspectos físico,
psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da
comunidade” (BRASIL/MEC, 1996, p. 27). Assim, a Educação Infantil, conforme
abordagem feita pelo documento dúvidas mais frequentes em relação à Educação
Infantil (BRASIL/MEC, 2013), os componentes curriculares da Educação Infantil
compreendem áreas como independência e autonomia, respeito à diversidade,
interação, jogos e brincadeiras, conhecimentos de mundo, equilíbrio e
coordenação, música, artes, linguagem oral e escrita, natureza e sociedade,
linguagem matemática.
Como dever do Estado é ofertada em instituições próprias – creches para
crianças até 3 anos e pré-escolas para crianças de 4 e 5 anos – em jornada parcial
ou integral, por meio de práticas pedagógicas cotidianas. (BRASIL/MEC, 2013).
7

Ainda, as DCNEI (BRASIL/MEC, 2010) também apontam os objetivos propostos


para a Educação Infantil ressaltando a integração dos conteúdos onde estes eles
devem estar ligados ao grau de significado que têm para as crianças e para o
professor:

Desenvolver uma imagem positiva de si (independência e confiança);


Descobrir e conhecer progressivamente seu próprio corpo, suas
potencialidades e seus limites (hábitos de cuidado com a saúde e o bem-
estar); Estabelecer vínculos afetivos e de troca com adultos e crianças
(comunicação e interação social); Estabelecer e ampliar as relações
sociais (atitudes de ajuda e colaboração); Observar e explorar o ambiente
com atitude de curiosidade (participante ativo do ambiente); Brincar,
expressando emoções, sentimentos, pensamentos, desejos e
necessidades; Desenvolver e utilizar suas diferentes linguagens (corporal,
musical, plástica, oral e escrita); Conhecer manifestações culturais
demonstrando interesse, respeito e participação, valorizando a
diversidade. (BRASIL/MEC, 2010, p. 32).

Em complemento ao descrito acima, a LDBEN (BRASIL/MEC, 1996)


externa que, para a Educação Infantil, as dimensões de cuidar e educar devem ter
o brincar como um dos processos de suporte. As Diretrizes Curriculares Nacionais
para a Educação Infantil- DCNEI (BRASIL/MEC, 2010) definem princípios
norteadores que permitem o processo de formação ética, política e estética da
criança, em que a ludicidade é prescrita como um dos fatores para a integração
entre os aspectos físicos, emocionais, afetivos, cognitivos/lingüísticos e sociais
desta e as instituições de Educação Infantil deverão regular suas Propostas
Pedagógicas, práticas de Educação e cuidados, tendo em vista as disposições no
referido documento.
Outro documento importante que norteia especificamente a Educação
Infantil é o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil – RCNEI
(BRASIL/MEC, 1998). Este se divide em três importantes volumes que objetiva
instrumentalizar os professores na prática educativa cotidiana com as crianças em
creches e pré-escolas brasileiras, respeitando- se a diversidade cultural do país e
os estilos pedagógicos dos profissionais.

O âmbito social oferece, portanto, ocasiões únicas para elaborar


estratégias de pensamento e de ação, possibilitando a ampliação das
hipóteses infantis. Pode-se estabelecer, nesse processo, uma rede de
reflexão e construção de conhecimentos na qual tanto parceiros mais
experientes quanto os menos experientes têm seu papel na interpretação
e ensaios de soluções. A interação permite que se crie uma situação de
ajuda na qual as crianças avancem no seu processo de aprendizagem.
8

(BRASIL/MEC, 1998, pp. 31-32).

Quanto ao que se refere ao Ensino Fundamental, implementado pela Lei n.º


11.274 (BRASIL/MEC/ BNCC, 2006), organizado em 9 anos e ofertado para a faixa
etária de 6 a 14 anos, é dividido em anos iniciais (duração de 5 anos), para a faixa
etária de 6 a 10 anos, correspondendo, no sistema de oferta em séries anuais, ao
período que vai do 1º ao 5º ano; e anos finais (duração de 4 anos), para a faixa
etária de 11 a 14 anos, correspondendo, no sistema de oferta em séries anuais, ao
período que vai do 6º ao 9º ano. Os três primeiros anos do Ensino Fundamental
constituir-se-ão no período de alfabetização e letramento, mantendo no 1º ano sua
identidade pedagógica e de instalações, muito mais próxima dos últimos anos da
Educação Infantil do que dos quatro anos iniciais do Ensino Fundamental. As
propostas curriculares do Ensino Fundamental versam desenvolver o aluno,
assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e
fornecer-lhe os meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores, mediante
os objetivos previstos para esta etapa da escolarização.
No tocante às series iniciais do Ensino Fundamental I, a saber, o ciclo que
compreende entre o 1º ao 3º ano (BRASIL/MEC, 2013), os objetivos desta etapa de
ensino seguem pautados nas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica
(BRASIL/EMC, 2013), são eles:

Possibilitar as aprendizagens, a partir da democratização de saberes, em


uma perspectiva de inclusão considerando os eixos transversais:
Educação para a Diversidade, Cidadania e Educação em e para os
Direitos Humanos e Educação para a Sustentabilidade; - Promover as
aprendizagens tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da
escrita e do cálculo e a formação de atitudes e valores, permitindo
vivências de diversos letramentos; - Oportunizar a compreensão do
ambiente natural e social, dos processos histórico-geográficos, da
diversidade étnico-cultural, do sistema político, da economia, da
tecnologia, das artes e da cultura, dos direitos humanos, e de princípios
em que se fundamentam a sociedade brasileira, latino-americana e
mundial; - Fortalecer vínculos da escola com a família, no sentido de
proporcionar diálogos éticos e corresponsabilização de papéis distintos,
com vistas à garantia de acesso, permanência e formação integral dos
estudantes; - Compreender o estudante como sujeito central do processo
de ensino, capaz de atitudes éticas, críticas e reflexivas, comprometido
com suas aprendizagens, na perspectiva do protagonismo infanto-juvenil.
(BRASIL/MEC, 2013, p.48).

O primeiro ciclo do Ensino Fundamental I tem caráter obrigatório e se


traduz como um direito público subjetivo de cada um e como dever do Estado e da
família na sua oferta a todos. Os objetivos dessa etapa de ensino, segundo as
9

Diretrizes Curriculares Nacionais, (BRASIL/MEC, 2010) devem assegurar aos


estudantes o acesso ao conhecimento e aos elementos da cultura imprescindíveis
para a vida em sociedade e os benefícios de uma formação comum,
independentemente da grande diversidade da população escolar.
Constituem-se como componentes curriculares desta etapa de ensino Linguagens,
Língua Portuguesa; Língua Estrangeira moderna; Arte; Educação Física;
Matemática; Ciências da Natureza; Ciências Humanas: História e Geografia.
Luckesi (2000) conceitua ludicidade como um ato que se estabelece por
meio de atividades que propiciam experiência de plenitude e envolvimento por
inteiro, dentro de padrões flexíveis e saudáveis onde se assimila valores, adquire
conhecimento em diversas áreas do conhecimento, desenvolve o comportamento
e aprimora as habilidades motoras. E Santos (1999) complementa que apesar da
origem do termo fazer referência a jogo, o termo ‘atividades lúdicas’ com o
decorrer do tempo passou a ser reconhecido como movimento espontâneo da
criança, brincadeira, uma espécie de atitude característica do comportamento
infantil necessária para seu desenvolvimento, não ficando restrita apenas ao ato
de jogar ou brincar, deixando dessa forma, de ser o simples sinônimo de jogo. A
autora também define a ludicidade como uma maneira que o indivíduo tem de
expressar- se e integrar-se ao ambiente que o cerca.
No que se refere à questão educacional, no tocante ao processo de
ensino e aprendizagem, Sant’anna e Nascimento (2011) pontuam as atividades
lúdicas como algo que ajuda a construir uma práxis emancipadora e interativa,
funcionando como elementos contribuidores para a aprendizagem da criança,
sendo a ludicidade uma atividade que tem valor educacional intrínseco que deve
ser utilizada como recurso pedagógico. Os autores também relatam que no
contexto escolar, a ludicidade pode promover o desenvolvimento humano,
mediante a utilização de jogos e músicas, atrelados ao desejo de brincar da
criança. Na concepção de Sant’anna e Nascimento (2011):

Há indícios de que desde muito tempo, o ato de brincar é


desenvolvido pela família das crianças, inclusive, quando os mais
velhos ensinavam seus ofícios para elas. Geralmente, esses
momentos eram períodos prazerosos e envolventes, tantos para os
mestres quanto para os aprendizes. Desta forma, atividades
divertidas com intuito de promover a aprendizagem, aparecem como
instrumentos de caráter educativo desde a antiguidade (SANT’ANNA;
NASCIMENTO, 2011, p. 20).
10

Entende-se pela afirmação acima que por meio da ludicidade a práxis


pedagógica promove a prática de atividades que estimulam o raciocínio lógico, a
criatividade e o crescimento pedagógico de modo espontâneo e atraente. Logo,
Santos (1999) reforça a ideia de que a atividade lúdica se constitui num
instrumento que possibilita às crianças o entendimento de como devem se
relacionar com os outros, além de promover maior desenvolvimento cognitivo, e
até mesmo na esfera social e afetiva.
Mediante a brincadeira a criança adquire inúmeras habilidades que
proporcionam o estímulo da criatividade, da autoconfiança, da curiosidade e da
autonomia. Segundo o autor, ela proporciona o desenvolvimento da linguagem, do
pensamento e da concentração. Pereira (2002) corrobora reforçando o que Santos
(1999) descreve enfatizando que a ludicidade também promove o
desenvolvimento das várias dimensões do ser humano - cognição, afetividade e
motricidade, possibilitando-lhe o encontro consigo mesmo e com o outro. As
atividades lúdicas permitem, assim, que o indivíduo vivencie sua inteireza,
portanto sua corporeidade. Explorando a energia e vontade das crianças pelo
desejo em brincar, o docente pode direcionar tais desejos e vontades para a
realidade que cerca a criança, fazendo com que desse modo ela aprenda e
assimile melhor o mundo à sua volta.
Na concepção de Paiva (2009), o brincar oportuniza o surgimento de
comportamentos, padrões e normas espontâneas que fazem com que a criança
perceba os limites, adquira capacidade de discernir entre escolhas certas e
erradas, o que consequentemente fará com a mesma perceba os padrões
comportamentais em sala de aula, a forma de se dirigir e posicionar diante do
professor e dos coleguinhas.
De acordo Luckesi (2000), a quando a criança brinca, ela expressa seus
sentimentos, pode interpretar mediante a ação tudo aquilo que teria dificuldade
numa apresentação oral. Para ele, na fase escolar inicial, é onde a criança está
aprendendo habilidades novas, como a aprendizagem social. Para Luckesi (op.
cit.), o lúdico, neste sentido, coopera significativamente, pois, ainda na infância, a
questão da formação da personalidade deve ser trabalhada por meio do
desenvolvimento de brincadeiras que visem a inserção da socialização de grupo,
formação de caráter pessoal, entre outros. Desta forma, discutir sobre as
11

atividades lúdicas, recreativas e cooperativas dentro da escola é fundamental.


No tocante à compreensão quanto à importância de entender a relação
entre infância, brincadeiras e escola, Horn (2004) ressalta que é necessário
resgatar o ato de brincar enquanto experiência lúdica. Para a autora, o lúdico,
como instrumento que pode ser utilizado no processo formativo de estudo, busca
o papel do brincar, o acesso à cultura, a incorporação dos valores e apropriação
de novos conhecimentos. E na concepção de Piaget (1976) a inserção das
atividades lúdicas no desenvolvimento da criança é importante para que ela
possa alcançar seus objetivos no contexto da educação infantil.

A escola e o educador juntos a fim de direcionar as atividades com a


intenção de desmontar a brincadeira de uma ideia livre e focar em um
aspecto pedagógico, de modo que incentivem a interação social entre os
educando e desenvolva habilidades de aspecto intelectual que respaldem
o seu percurso escolar. (PIAGET, 1976, p.17).

Percebe-se na colocação do autor que o brincar também envolve atividades


físicas, mentais, sociais, comunicativas e emocionais para o desenvolvimento da
criança sendo um fenômeno da cultura que se configura em um conjunto de
práticas. Neste sentido, Miranda (2001) revela que é preciso se destacar no
ambiente escolar a forma de convivência da criança com as pessoas que a cercam,
logo, a utilização do lúdico se faz necessária, pois o jogo pressupõe uma regra, o
brinquedo é o objeto manipulável e a brincadeira nada mais é que o ato de brincar
com o brinquedo ou mesmo com o jogo. Por meio da brincadeira a criança constrói
seu próprio mundo e se projeta no mundo real, pois o brincar promove a construção
do conhecimento apresentando uma função social.
Analisando tal pensamento, Vigotsky (1994) reitera que mediante uma
prática vinculada à ludicidade, a criança com suas potencialidades e necessidades e
o educador com suas qualificações profissionais poderão estabelecer relações de
afeto e atenção que irão transformar a prática pedagógica em situações de
aprendizagem significativa.
A ludicidade na Educação possibilita situações de aprendizagem que
contribuem para o desenvolvimento integral da criança, mas deve haver uma
dosagem entre a utilização do lúdico instrumental, isto é, a brincadeira com a
finalidade de atingir objetivos escolares, e também a forma de brincar
espontaneamente, envolvendo o prazer e o entretenimento, neste último, o lúdico
essencial. Santin (apud JÚNIOR , 2005) nos diz que o significado de ludicidade
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surge da própria palavra relacionada à liberdade, criatividade, imaginação,


participação, interação, autonomia além de outras qualificações que podem ser
atribuídas a uma infinita riqueza que há nela mesma.
Para Vigotsky (1994), o lúdico está relacionado às brincadeiras, a ter
divertimento e prazer como princípio no que se faz. O autor relata que na primeira
infância, o lúdico se representa no faz de conta, no brincar, na magia que as coisas
têm; com o passar dos anos, está mais relacionado ao jogo, de uma forma ou de
outra, está presente durante toda a vida das pessoas, tendo um valor essencial na
infância, e, justamente por isso, fundamental a ser trabalhado na educação. De
acordo com Vygotsky (op. cit.), já na primeira infância é possível identificar nas
crianças processos de criação que se expressam melhor em suas brincadeiras:

A criança que monta um cabo de vassoura e imagina-se cavalgando um


cavalo; a menina que brinca de boneca imagina-se mãe [...] É claro que
em suas brincadeiras,elas reproduzem muito do que viram [...] No entanto,
esses elementos da experiência anterior nunca se reproduzem, na
brincadeira, exatamente como ocorrem na realidade. A brincadeira da
criança não é uma simples recordação do que vivenciou, mas uma
reelaboração criativa de impressões vivenciadas. Assim, pode-se dizer que
é nas brincadeiras que a criança demonstra o que pensa e entende da
realidade que a cerca. Ao imitar o mundo real, a criança coloca em prática
a sua imaginação, evidenciando suas dúvidas, incômodos e expectativas.
(VIGOTSKY, 1994, p. 21).

O ato de brincar, que a princípio se pode confundir com algo que não é
sério, pois muitos pensam que é banal, sem importância, pelo contrário, tem
contribuições importantes durante toda a vida, mas principalmente na infância.
Nessa lógica, Almeida (1992) explica que o conceito de brincar que perpassa no
cotidiano é bastante moralista. Aqui e acolá diz-se ou ouvi dizer, agora, acabou a
brincadeira; aqui não é lugar de brincadeira; isso não é uma brincadeira. Essas e
outras expressões não fazem jus ao conceito de brincar. Ao contrário,
desqualificam-no. Esse juízo moralista cotidiano infantiliza o ato humano de brincar,
tipicamente criativo, ao mesmo tempo em que desqualifica a infância, no sentido de
dizer que o que se faz nessa fase da vida não tem uma importância significativa.
Para Luckesi (2005) supor que a infância é a fase da vida de menor
importância é um erro grotesco e de extrema ignorância, pois é justamente na
infância que se desenvolvem capacidades e potencialidades (físicas, cognitivas,
etc.) as quais acompanharão a pessoa em sua fase adulta e até o fim da vida,
assim, a aprendizagem significativa, tão comentada e buscada na atualidade, está
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presente nas brincadeiras.


Atualmente, muitas pesquisas como as de Santos (2001), Moura (2001),
Luckesi (2005a, 2005b), Sena, Macedo e Soares (2012) revelam a importância que
o brincar tem para o desenvolvimento da criança em seus aspectos cognitivo,
emocional, intelectual e até mesmo social e para a aprendizagem dela “a criança
que brinca tem mais facilidade para desenvolver a sua inteligência e também
consegue se socializar melhor, além de assimilar tudo que aprendeu e transmitir
esse conhecimento para os outros com muita simplicidade.” (SENA; MACEDO;
SOARES, 2012, p. 10). Entende-se que todo o professor deveria ter claro que
proporcionar brincadeiras significativas, ou seja, harmonizar conteúdos com
brincadeiras é extremamente significativo para o aprendizado. Se brincar é
prazeroso, assim também pode ser o aprender. Nessa lógica, o RCNEI
(BRASIL/MEC, 1998) pontua que:

Ao docente compete organizar situações para que as brincadeiras ocorram


de maneira diversificada para propiciar às crianças a possibilidade de
escolherem os temas, papéis, objetos e companheiros com quem brincar ou
os jogos de regras e de construção, e assim elaborarem de forma pessoal e
independente suas emoções, sentimentos, conhecimentos e regras sociais.
(BRASIL/MEC, 1998, p.29).

Ainda conforme o RCNEI (BRASIL/MEC, 1998, p. 27) “a brincadeira


favorece a autoestima das crianças, auxiliando-as a superar progressivamente
suas aquisições de forma criativa. Brincar contribui, assim, para a interiorização de
determinados modelos de adulto, no âmbito de grupos sociais diversos.” A
contribuição da ludicidade na aprendizagem é perceptível, as crianças utilizam a
brincadeira para se comunicar com o meio, é uma forma de se expressar, de
aprender. Ao planejar atividades lúdicas, é fundamental que o professor tenha
como ponto de partida a realidade, os interesses e as necessidades da criança que
faz parte da Educação Infantil. Nessa perspectiva, Almeida (1992) afirma que é
necessário que o educador se conscientize de que ao desenvolver o conteúdo
programático, por intermédio do ato de brincar, não significa que está ocorrendo um
descaso ou desleixo com a aprendizagem do conteúdo formal.
De acordo a ideia de Almeida (op. cit.), Santos (2001) corrobora explicando
que todo o professor deveria ter a presença do lúdico em sua sala de aula, como um
caminho para se chegar ao verdadeiro aprendizado. Mas, primeiramente, deve
pesquisar e estudar sobre o assunto, para realmente saber o que estará fazendo.
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Não se deve brincar somente para preencher um tempo vago. De igual modo, os
Parâmetros Curriculares Nacionais de Educação Física- PCNEF (BRASIL/MEC,
1998) enfatizam a importância de respeitar o universo cultural dos alunos e de se
explorar a gama múltipla de possibilidades educativas de sua atividade lúdica e,
gradativamente, desafiá-los através de tarefas cada vez mais complexas com vista à
construção do conhecimento.
De acordo com o Coletivo de Autores (1992), quando a criança joga, ela
opera com o significado das suas ações, o que a faz desenvolver sua vontade e ao
mesmo tempo tornar-se consciente das suas escolhas e decisões. Por isso, o jogo
apresenta-se como elemento básico para a mudança das necessidades e da
consciência. Nesse contexto, de jogos e brincadeiras, é importante refletirmos sobre
duas possibilidades de entendimento do fenômeno lúdico: o instrumental e o
essencial. Conforme reforça Soares (2012), através da brincadeira, o professor pode
criar laços afetivos com a criança, tornando mais leve o aprendizado, e também
poderá conhecê-la melhor e ajudá-la em sua formação social. Em consonância com
as ideias dos autores, compreende-se a necessidade de se recuperar o lúdico no
universo dos adultos para que faça uso das brincadeiras como atividade
fundamental em creches e pré- escolas com o desígnio de brincar e aprender de
forma interativa e significativa.
Para Horn e Barbosa (2008) a aprendizagem e a ludicidade não possui
objetivos diferentes, pois é através da brincadeira e do jogo que evidenciamos a
aprendizagem das crianças. Além de ser uma forma de comunicação, o brincar
constitui-se como uma necessidade básica da criança, e, por isso, deve ser
contemplada na proposta curricular da Educação Infantil. Faz-se necessário,
portanto, que o professor considere a importância de boas mediações relacionando
o jogo, o brinquedo e a brincadeira com a prática educativa. Para os autores:

O professor deve estar sempre atento, analisando o momento de diversão,


das brincadeiras, do que elas mais gostam de fazer, das brincadeiras
que mais se identificam, do lugar em que gostam mais, observar quando
elas estão mais cal mas ou mais agitadas, com isso deve ter uma boa
relação entre professor e aluno, assim terá um bom resultado tanto para
professor quanto para os alunos. O educador tem que ter um cuidado
especial com as crianças, pois sabemos que são seres em processo
de crescimento e desenvolvimento. Deve também tratar todas as crianças
com igualdade, com carinho e atenção, assim não causa constrangimento
á ninguém. (HORN & BARBOSA, 2008, p.95).

E ainda, Horn e Basbosa (op. cit., p. 32) constatam que “o profissional da


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Educação Infantil deve tratar a todas com igual distinção. Isto implica não elogiar
apenas uma criança (a mais simpática, a mais cheirosa, por exemplo), em
detrimento das outras, que podem se sentir rejeitadas, caso não recebam o mesmo
tratamento”. Os autores esclarecem que os professores devem estar aptos para
repassar para os alunos tudo que seja necessário conforme definição de
proposta curricular para a Educação Infantil, para que eles se desenvolvam com
êxito e adquiram o conhecimento de autonomia e perspectiva de vida. Os
conteúdos da Educação Infantil por meio dos jogos e das brincadeiras tendem a
proporcionar às crianças as mais diversas experiências no interior da sala de aula.
O currículo contribui para o desenvolvimento integral do aluno, quando
elaborado a fim de atender seus interesses, através de distintas possibilidades de
aprendizagem por meio dos jogos e das brincadeiras. Para Kishimoto (1994):

Compreender esse universo lúdico torna-se indispensável para o bom


desenvolvimento do trabalho pedagógico efetivado pelo professor, que
é um mediador destas ações. O jogo educativo é essencial, pois
possibilita a criança uma aprendizagem através das vivências, por meio das
quais podem experimentar sensações e explorar as possibilidades de
movimento do seu corpo e do espaço, adquirindo um saber globalizado a
partir de situações concretas. (KISHIMOTO, 1994, p. 33).

Compreende-se, portanto, segundo o excerto acima que o principal objetivo


mediante a inserção dos jogos e brincadeiras na Educação Infantil é o auxilio à
criança de forma que ela obtenha um melhor desempenho na aprendizagem
através da utilização de uma metodologia espontânea, divertida e recreativa.
Segundo Paiva (2009):

A respeito da infância, este período está diminuindo cada vez mais, e ao


mesmo tempo em que a sociedade roga pelos direitos da criança, em
brincar e viver conforme seus direitos, entra uma contradição quando os
adultos não fazem a passagem ao ato para tal idealização. A criança
quando privada do brincar, dificilmente produzirá vínculos significados com o
outro e com o meio ao qual está inserida. A criança necessita de
experimentação acerca de conhecimentos, sendo esta a melhor forma de
incorporação dos mesmos. (PAIVA, 2009, p. 25).

Para Vygotsky (1984) os jogos são cruciais para o desenvolvimento


cognitivo, pois é o processo de criar situações imaginárias, leva ao desenvolvimento
do pensamento abstrato. Isso acontece porque novos relacionamentos são criados
no jogo entre significados de objetos e ações. De acordo com os teóricos citados
acima, é possível considerar que o desenvolvimento da criança na Educação Infantil
está diretamente atrelado à utilização dos jogos e das brincadeiras, passando assim
16

por etapas diferentes uma das outras. Estudiosos como Kishimoto (1994), Vygotsky
(1989) e Gomes (2000) relatam em suas pesquisas a importância de tais atividades
(jogos e brincadeiras), sejam de regras ou brincadeiras livres para a infância.
17

2. PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE ENSINO

2.1Tema

O projeto de pesquisa tem como tema: “A importância da ludicidade na


Educação Infantil como ferramenta que promove o desenvolvimento integral da
criança”.

2.2 Justificativa

A presente pesquisa se justifica pela necessidade de mostrar a importância


tanto do conceito e definição referente ao tema ludicidade na Educação Infantil, bem
como de sua prática, evidenciando que se trata de um mecanismo altamente
relevante para a prática pedagógica fazendo com que a criança desenvolva suas
potencialidades e necessidades onde o educador certamente contemplará os
objetivos propostos a serem alcançados. Trabalhar através do lúdico consiste em
significativo êxito como práxis pedagógica interativa na Educação Infantil.
Assim, esta pesquisa tende a esclarecer que a ludicidade na Educação
possibilita inúmeras situações de aprendizagem que cooperam positivamente para o
desenvolvimento integral da criança, ressaltando que cabe ao educador analisar
cautelosamente e estrategicamente no que se refere à utilização de tais práticas.

2.3 Problematização

O problema desse estudo advém em tornar público que é necessário associar


a educação da criança na escola infantil às atividades lúdicas. Faz-se necessário
buscar responder a inquirições que tratam desta temática de modo a esclarecer
como os jogos e brincadeiras podem contribuir para com o aprendizado das crianças
na Educação Infantil, como as brincadeiras contribuem para o aprendizado sendo
utilizadas como práxis pedagógicas e ainda entender que as brincadeiras são
atividades que possibilitam a aprendizagem de diversas maneiras, sendo, portanto,
necessário que a criança desfrute desse desenvolvimento prazeroso que consiste
18

num importante recurso pedagógico.

2.4 Objetivos

O objetivo geral deste projeto é evidenciar como a ludicidade pode facilitar


o processo de aprendizagem e também proporcionar à criança uma aprendizagem
significativa. De acordo esse objetivo geral apresentam-se os objetivos
específicos, que são: cooperar para a mudança de comportamento da criança em
prol de aprender a relacionar de forma harmoniosa com os colegas, analisar como
tem ocorrido a mediação da aprendizagem em sala de aula por parte do professor
de Educação Infantil, compreender o papel da ludicidade como instrumento que
facilita a aprendizagem e a relação interpessoal ou socializadora.

2.5 Conteúdos

Atividades com a temática: Um mundo de brincadeiras.

2.6 Sequência Didática

 Tema: Um mundo de brincadeiras


 Objetivos: Manipular, explorar e jogar diferentes jogos, criar e refletir a
respeito de regras e obter estratégias para a resolução de problemas;
 Recursos instrucionais: papel cartão e carmim de diversas cores, cola,
tesoura, durex, papel contact, giz de quadro, giz de cera, palito de sorvete,
EVA, corda, garrafa pet, tinta guache, papel bobina e software do
Kidsmart.

1. Aula 1: O jogo da tartaruga.


Desenvolvimento: Três crianças por jogada, estas deverão escolher uma cor (azul,
amarelo e vermelho) para colocar a tartaruga na linha de saída. Em seguida deverá
jogar o dado das cores e depois o das quantidades, por exemplo, no dado das cores
saiu azul e o das quantidades quatro, a criança que está com a tartaruga na cor azul
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deverá avançar quatro casas, assim sucessivamente até chegar a casa número 10.
Neste jogo é possível combinar as regras com as crianças, se haverá ou não
perdedores, se optarem por não haver, todas as crianças deverão jogar até que a
sua tartaruga chegue na casa dez.

2. Aula 2: Jogando boliche


Desenvolvimento: Explicar as regras do jogo e entregar uma bola à criança que
deverá derrubar o maior número de garrafas. Feito isso deverão fazer a contagem
das garrafas. Este jogo será confeccionado com garrafas pet. Após a contagem, as
crianças poderão fazer o registro do seu nome e da quantidade no quadro,
explorando desta forma, as noções de quantidade, e comparando os pontos de cada
um.

3. Aula 3: O jogo da velha


Desenvolvimento: Este jogo será confeccionado com papel cartão colorido.
Inicialmente explicar as regras do jogo, em seguida as crianças irão escolher o seu
companheiro de partida.

4. Aula 4: Brincando de amarelinha


Desenvolvimento: Desenhar no chão, juntamente com as crianças, duas amarelinha,
explicar as regras do jogo e iniciar a jogada. Para realizar este jogo as crianças
serão divididas em pequenos, para diminuir o tempo de espera.

5. Aula 5: Cabo de guerra


Desenvolvimento: Deixar as crianças separarem a quantidade de jogadores de cada
lado. Em seguida refletir com elas como foi chegar a esta solução, o que foi preciso
para isto e aproveitar outras questões que surgirem. Após estas considerações,
combinar as regras do jogo e iniciar a partida.

6. Aula 6: Jogo do varal

Desenvolvimento: Dividir as crianças em duas equipes e explicar as regras do jogo.


No jogo há três dados: um das peças de roupa (calça, blusa e saia), outro dos
tamanhos (pequeno, médio e grande) e outro das cores (amarelo, azul e vermelho).
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Após a criança jogar os dados deverá se encaminhar até as roupas para escolher a
peça correspondente, por exemplo, blusa, azul, pequena. Depois deve pendurá-la
no varal. Vence a equipe que pendurar o maior número de peças. Este jogo será
confeccionado com papel cartão colorido.

7. Aula 7: Jogo do Pega palitos e a Escolha do par de sapatos


Desenvolvimento: Apresentar o jogo no computador. Neste jogo as crianças de uma
em uma, deverão atender aos pedidos dos mascotes que são pequeno, médio e
grande e pedem um par de sapatos correspondente ao seu tamanho. Para construir
o jogo do Pega Palitos as crianças irão pintar palitos de sorvete das cores azul,
amarelo, vermelho e verde e o tabuleiro das mesmas cores.

8. Aula 8: Jogo do Pega Palitos


Desenvolvimento: Separar as crianças em equipe de quatro, cada grupo receberá
um tabuleiro dividido em quatro cores: azul, amarelo, vermelho e verde e dez palitos
das mesmas cores. Estes deverão ser colocados lado a lado em cima da cor
correspondente. A professora joga o dado das quantidades e em seguida o das
cores, ex: verde, dois. A criança que escolheu a cor verde recolhe dois palitos.
Vence o jogo quem juntar primeiro os dez palitos.

9. Aula 9: Lista de jogos preferidos


Desenvolvimento: Fazer uma lista dos jogos realizados durante esta sequência
didática e propor às crianças a seleção dos preferidos pela turma. Depois de pronta
fixar na parede da sala. Os jogos, após serem explorados, permanecerão
disponíveis nos cantos para que as crianças continuem jogando.

10. Aula 10: Jogo: A fábrica de biscoito


Desenvolvimento: Apresentar, no canto do computador, o jogo Fábrica de biscoito.
Neste jogo as crianças, de uma em uma, deverão atender aos pedidos do cavalo
que pede para colocar determinadas quantidades de balas de goma no seu biscoito.
21

2.7 Cronograma (Tempo para a realização do projeto)

ATIVIDADES DATA / PERÍODO


Levantamento de material científico. 06 a 10/08 de 2018.
Elaboração dos objetivos e problema. 13 a 17/08 de 2018.
Construção da fundamentação teórica. 20/08 a 24/08 de 2018
Ajuste do referencial teórico, revisão 27/08/ a 31/08 de 2018.
bibliográfica e considerações finais.
Coleta de informações na Unidade Escolar / 03 a 06/09 de 2018.
Contato com a turma / Entrevista com o
professor.
Construção da sequência didática proposta. 10 a 14/09 de 2018.
Aplicação da sequência didática.
17 a 21/09 de 2018.
Coleta de informações finais, organização e 24 a 28/09 de 2018.
finalização do Projeto.

2.8 Recursos humanos e materiais


 Humano (direção, professores, alunos, comunidade).

 Materiais:
 Giz,
 Lousa,
 Esponja,
 Papel,
 Piloto,
 Lápis,
 Borracha,
 Lápis de cores,
 Livro didático,
 Caneta,
 Papel madeira,
 Internet,
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 Textos,
 DVD.

2.9 Avaliação

A avaliação deste projeto se dará por meio da promoção da reflexão a


respeito do tema proposto. Pretende-se por meio da aplicação de atividades
lúdicas perceber as hipóteses e estratégias que as crianças utilizam e obter um
rendimento considerável referente ao aprendizado das mesmas.
23

2 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Através das ações propostas neste Projeto de Ensino direcionado para


turmas da Educação Infantil tendo como base o uso de atividades lúdicas, espera-se
que as crianças possam desenvolver suas habilidades cognitivas, aprendizado de
valores importantes e aquisição de conhecimento de mundo. A vivência mediante o
“mundo das brincadeiras” e o contato com as professoras, mediante a manipulação
dos objetos, jogos, deslocamento no espaço e diversas situações lúdicas,
proporciona à criança a elaboração de conhecimentos diversos e troca de
experiências com outras crianças.
Conforme apresentado por este Projeto de Ensino é possível constatar que
compete ao professor de Educação Infantil propiciar à criança um ambiente e
atividades lúdicas visando seu aprendizado de forma significativa. Observa-se que a
escola é um instrumento de transformação da sociedade, assim, sua função é
contribuir, para que essas transformações se efetivem.
Nesse sentido, o trabalho da escola deve considerar as crianças como seres
sociais e trabalhar com elas no sentido de que sua integração na sociedade seja
construtiva, e a ludicidade é aspecto importante para se alcançar esse objetivo.
Ao longo da pesquisa pode-se perceber que a ludicidade é de grande
importância para o desenvolvimento do ser humano, que se trata de algo que
desempenha um papel eficaz na aprendizagem das crianças.
Finalmente, diante dos desafios encontrados, não se pode dizer que o
trabalho do pedagogo consiste em uma tarefa fácil, contudo, ela é compensatória,
onde se oferece a oportunidade de perceber que a ludicidade propicia à criança a
possibilidade de desenvolvimento de sua cognição e socialização, contribuindo
também para que demonstrem através das brincadeiras como se constrói o
mundo, além de poder expressar nas brincadeiras as suas dificuldades.
24

REFERÊNCIAS

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pedagógica construtivista. Prefeitura Municipal de Monte Mor, Departamento de
Educação, 1992.

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DF. 1988.

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PAIVA, Flavio. Eu era assim: infância, cultura e consumismo. São Paulo:


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Graduação em Educação. 2002.

PIAGET, Jean. A equilibração das estruturas cognitivas. Rio de Janeiro, Zahar,


1976.

SANTOS, Santa Marli Pires dos. Brinquedoteca – o lúdico em diferentes


contextos; São Paulo: ed. Vozes; 4a edição, 1999.
25

SANTOS, S. M. P. dos (Org.). O lúdico na educação. Petrópolis: Vozes, 2001.

SOARES, M.; SENA, C. C. B. A contribuição do psicopedagogo no contexto


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VIGOTSKY, L.S. Aprendizagem, desenvolvimento e linguagem. 2. ed.São Paulo:


1994.

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