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SISTEMA DE ENSINO A DISTÂNCIA

CURSO DE PEDAGOGIA

DANIELA ADRIANE
RAFAELA SOUTO DIAS
GARCIA

RELATÓRIO DO
ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO III: GESTÃO
EDUCACIONAL E ESPAÇOS NÃO ESCOLARES

São Paulo
2022
DANIELA ADRIANE SOUTO DIAS

RELATÓRIO DO
ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO III: GESTÃO
EDUCACIONAL E ESPAÇOS NÃO ESCOLARES

Relatório apresentado à Anhanguera, como


requisito parcial para o aproveitamento das
disciplinas do 6° Semestre do Curso de
Pedagogia.

São Paulo
2022
SUMÁRIO

1 RELATO DAS LEITURAS OBRIGATÓRIAS..........................................................5


2 RELATO DA ANÁLISE DO REGIMENTO ESCOLAR...........................................8
3 RELATO DAS ENTREVISTAS COM A EQUIPE DIRETIVA................................10
4 RELATO DA OBSERVAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO E SUPERVISÃO.................12
5 ATA DE REUNIÃO PEDAGÓGICA E/OU ADMINISTRATIVA.............................14
6 PLANO DE AÇÃO.................................................................................................15
7 RELATO DA APRESENTAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO À DIREÇÃO.................20
CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................21
REFERÊNCIAS...........................................................................................................22
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INTRODUÇÃO

A formação inicial docente objetiva, sobretudo, proporcionar ao futuro/a


professor/a apreender os fundamentos e princípios básicos da profissão e fornecer
instrumentais científicos e pedagógicos para tomar decisões e assumir a tarefa
educativa em sua plenitude. Entende-se que o Estágio Supervisionado é elemento
de fundamental importância nesse processo de formação inicial, uma vez que
possibilita que teoria e prática se relacionem e culminem na práxis educativa.
Nesse sentido, especificamente ao que diz respeito ao curso de Pedagogia,
conforme a Resolução CNE/CP nº 1/2006 que define as Diretrizes Curriculares
Nacionais para o curso, a docência é concebida como a base da formação do
pedagogo, portanto o Estágio Supervisionado, em suas diferentes modalidades,
propicia ao estudante do Curso de Pedagogia o contato direto com a realidade
educacional e pressupõe as atividades que os estagiários deverão realizar durante
seu curso de formação inicial junto a uma de suas áreas de atuação, de forma a ter
a possibilidade de articular e associar com a prática elementos e saberes teóricos
explorados no Curso.
Dessa maneira, o Estágio Supervisionado pode ser considerado como uma
“[...] oportunidade de aprendizagem da profissão docente e da construção da
identidade profissional” (PIMENTA; LIMA, 2012, p.99-100). Sendo assim, não se
trata da mera aquisição de habilidades técnicas ou do “saber fazer”, mas a prática
do Estágio Supervisionado possibilitará ao acadêmico estagiário um espaço de
ação-reflexão-ação sobre a realidade escolar concreta e, por consequência, sobre a
construção e a afirmação de seu “ser” professor.
Portanto este estágio tem as seguintes etapas: Visita à escola, com a carta de
apresentação; Leitura obrigatória de artigo; Análise do Regimento Escolar com
destaque para as atribuições do Corpo Diretivo; Entrevistas com a Equipe diretiva –
Diretor, Coordenador Pedagógico; Observação da organização e supervisão da
escola; Observação de reunião pedagógica e/ou administrativa; Elaboração de ata
do que foi discutido na reunião e quais foram os encaminhamentos; Observação da
rotina do Supervisor/Orientador ou Pedagogo da escola; Elaboração de plano de
ação; Apresentação do plano de ação à Direção da escola.
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1 RELATO DAS LEITURAS OBRIGATÓRIAS

O objetivo da pedagogia é ensinar teoria e prática, aplicando o


conhecimento científico à vida. Conduz conhecimentos e práticas educativas em
diferentes ambientes e estuda comportamentos educacionais específicos que
ocorrem na sociedade. A educação é um processo de aprendizagem contínua que
pode ser realizado em qualquer momento da vida, seja profissional, social ou
pessoal.
Um dos aspectos que se quer ressaltar neste artigo é a importância da
formação do professor, e da compreensão que ele deve ter sobre sua importância
na vida de cada aluno que ali está, pois, não há como acontecer na escola uma
educação adequada às necessidades dos alunos sem contar com o
comprometimento ativo do professor no processo educativo. Fazendo uma
correlação com esse ponto de vista, não se pode deixar de destacar e valorizar os
fenômenos histórico-sociais presentes na atividade profissional do professor.
Nessa perspectiva, jamais poderá ser compreendido o trabalho individual do
professor desvinculado do seu papel social. São necessárias estratégias,
procedimentos, modos de fazer, além de uma sólida cultura geral, que ajudam a
melhor realizar o trabalho e melhorar a capacidade reflexiva sobre o que e como
mudar (LIBÂNEO, 2005, p. 76) Assim, se percebe que pensar sobre a formação de
professores é conceber que o professor nunca está acabado e que os estudos
teóricos e as pesquisas são fundamentais, no sentido de que é por intermédio
desses instrumentos que os professores terão condições de analisar criticamente os
contextos históricos, sociais, culturais e organizacionais, nos quais ocorrem as
atividades docentes, podendo assim intervir nessa realidade e transformá-la.
No decorrer do texto, é possível perceber o surgimento de práticas
educativas, que mudaram ao longo dos anos e se tornaram a Pedagogia atual. Com
a chegada dos portugueses ao Brasil, trouxe-se as práticas educacionais
tradicionais e conservadoras dos Jesuítas, que pouco tempo depois foram
questionados por seus métodos de ensino catequéticos, e os mesmos foram
afastados de seus cargos de professores.
Na reforma pombalina, as ideias religiosas foram substituídas por ideias
laicas. Com a criação da Associação Brasileira de Educação em 1924, também se
seguiu o Ministério da Educação e Saúde Pública, fundado em 1930 e defendendo a
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educação gratuita, pública, universal e laica. Prosseguindo, surge a formulação e


aplicação da Lei de Diretrizes e Bases, onde passou a se discutir a importância da
educação de professores e profissionais da área e motivou a criação dos cursos de
pedagogia em universidades. No início, a pedagogia recebeu o nome de “estudo da
forma de ensinar” e de “técnicos em educação” e era voltado a educação de
crianças nos anos iniciais e a gestão educacional. Estes não tinham práticas em sala
de aula, ficavam com funções administrativas, como a elaboração do currículo e
outras práticas.
Em seguida a pedagogia se dividiu em bacharelado e licenciatura, onde o
aluno do curso estudava 3 anos de teoria, para se tornar técnico, e se quisesse
atuar em sala de aula tinha que cursar mais um ano de formação prática. Após a
reforma universitária de 1968, as formações se unificaram e o curso passou a ter
duração de 4 anos e as atividades práticas já inseridas dentro dessa formação.
Com a lei 5.540, a faculdade de pedagogia ganha novos espaços de
atuação, esses profissionais poderiam, a partir dali, exercer docência na Educação
Infantil, nos anos iniciais do Ensino Fundamental, nos cursos de formação de
professores, na participação de planeja mento, gestão e avaliação de
estabelecimentos de ensino, sistemas educacionais e programas não escolares.
Entre 1970 e 1980, em um encontro nacional, houve a formulação de uma
base para a formação do graduando. Em 1986, numa reformulação, se estabeleceu
3 dimensões para a base comum nacional (profissional, política e epistemológica).
Essas dimensões deveriam estar ligadas para que o profissional estivesse
preparado para atuar na escola pública e outras áreas. Segundo os documentos que
norteavam a ação dos profissionais formados em pedagogia, na graduação o
pedagogo era preparado para atuar em áreas escolares e não escolares e na
especialização profissional saia preparado para atuar como educador do ensino de
terceiro grau.
Na época, isso foi proposto para minimizar o ensino tecnicista que
predominava. Em 1998, com o objetivo de diminuir conflitos gerados pela Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996, que tratava da possível extinção
do curso, cria-se a comissão especialista do curso de pedagogia. O Ministério da
Educação juntamente com essa comissão, definiu em 2001 um documento
norteador que reconhecia o curso de pedagogia e definiu como proposta de
Diretrizes curriculares nacionais para os cursos de formação de profissionais da
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educação.
Ficou evidente que o curso de pedagogia deveria ter caráter de graduação e
que seria uma licenciatura e um bacharelado ao mesmo tempo. Atualmente, o curso
de pedagogia tem uma visão voltada para o trabalho docente, porém o campo de
atuação do pedagogo é bastante extenso. São diversas as possibilidades da prática
e exercício da profissão, pois esse profissional pode assumir diversos papéis,
atuando em muitas áreas, tendo em vista que a educação faz parte da vida do
sujeito e que existe atividade pedagógica em locais diversos.
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2 RELATO DA ANÁLISE DO REGIMENTO ESCOLAR

O Colégio Antônio Villas Boas fica localizado na Av. São José, 227 - Ayrosa,
Osasco – SP.
O Colégio atende a Educação Infantil: Berçário; Maternal I, Maternal II e
Maternal III nos turnos Matutino das 8:00 às 12:00 horas e vespertino das 13:00 às
17:00 horas. A grande maioria das crianças que frequentam o CMEI são moradoras
de bairros próximos da escola.
No Colégio há professores de Educação Infantil, diretora, pedagoga, agente
administrativo e apoio administrativo, funcionários administrativo e de serviços
gerais.
A definição quanto ao atendimento que será priorizado em cada ano, em
relação à distribuição das turmas é tomado em conjunto pela Equipe Pedagógico-
administrativa do Colégio, Núcleo Regional da Educação e Secretaria Municipal da
Educação. O Colégio promove práticas integradas de educação e cuidados,
embasadas nos princípios éticos, políticos e estéticos previstos nas Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, bem como contempla em seu
cotidiano os princípios para a Educação Infantil Municipal. A educação infantil,
primeira etapa da educação básica, ofertada, tem como finalidade o
desenvolvimento integral da criança, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual
e social, complementando a ação da família e da comunidade. O currículo é
concebido como o conjunto de práticas que buscam articular as experiências e os
saberes das crianças com os conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural,
artístico, científico e tecnológico.
A gestão da educação infantil é o processo que rege o funcionamento,
compreendendo tomada de decisão, planejamento, execução, acompanhamento e
avaliação das questões pedagógicas, administrativas e financeiras, promovendo a
participação da comunidade educativa que compõe a instituição, numa ação
democrática.
A avaliação do trabalho educativo consiste em processo contínuo,
considerando a criança como referência dela própria. A avaliação deve subsidiar
permanentemente o trabalho do profissional da educação Infantil, permitindo,
através do acompanhamento do cotidiano, a observação sobre os processos e a
análise da ação educativa, visando a melhoria da qualidade e o desenvolvimento
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integral de cada criança. Os relatórios são apresentados aos pais ou responsáveis


semestralmente, ou sempre que são necessárias intervenções.
Quanto aos pais e responsáveis devem participar das discussões,
elaboração e implementação do Projeto Político-Pedagógico, de acordo com a
legislação vigente e em consonância com as diretrizes da Secretaria Municipal da
Educação. Ser informado sobre o desenvolvimento de seu filho, bem como dos
procedimentos de acompanhamento e registros de avaliação e freqüência. E ainda
participar do processo de acolhimento de seu filho, conforme disposto no Projeto
Político-Pedagógico.
A escola explícita a importância da participação de todos para construir uma
escola com educação de qualidade. A instituição apresenta uma gestão democrática
que possibilita uma interação entre família, docentes e discentes. Juntos unem
forças para propor um ambiente de formação, seja na escola, em casa ou na
comunidade. A proposta pedagógica têm como objetivo revelar as formas de
organização, planejamentos, avaliação, suas articulações, as dificuldades, os
problemas e a forma de superá-los, onde o cuidar e educar estão interligados para
atendimento educacional de qualidade proporcionando as crianças o aspecto às
diversidades na sociedade atual.
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3 RELATO DAS ENTREVISTAS COM A EQUIPE DIRETIVA

Entrevista com a Diretora

A diretora é a senhora Celia Regina Villas Boas graduada em Pedagogia 07


de agosto de 2009. É especializada em Neuropedagogia, Educação Especial e
Psicomotricidade, com experiência escolar de 13 anos. Participa de cursos de
capacitação e formação continuada, os últimos cursos realizados foram sobre
Autismo/Nova BNCC.
O ambiente em que trabalha ela o vê como ambiente saudável, receptivo e
acolhedor, As crianças são atendidas nas suas especificidades e as famílias
participam do desenvolvimento escolar do seu filho (a).
A rotina de trabalho na escola é bem corrida. Por se tratar de educação
infantil à 10 anos na função atendendo até o momento muitas crianças temos uma
rotina super agitada em todos os setores procuramos atender cada criança nas suas
necessidades isso demanda tempo e material humano.
Em relação ao Projeto político pedagógico (PPP) da escola foi em ação
conjunta participação da comunidade escolar Pais responsáveis, Direção equipe
pedagógica. professores e funcionários se reuniram pra aprovar ações que
permanecem a realidade da escola e está em processo de renovação. A escola
desenvolve projetos, juntos aos professores, para o avanço na aprendizagem dos
alunos e esses cursos de capacitação ocorrem durante o período do ano letivo. Os
conselhos de classe são organizados Trimestralmente com a participação do
professor e pedagoga da escola. A escola preocupa-se com a gestão democrática e
com a participação da comunidade. A participação dos pais no ambiente escolar
acontece em reuniões pedagógicas apresentações escolares visitas a escola em
comemoração de datas comemorativas.
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Entrevista com a Pedagoga

A Pedagoga da escola é Mariza Maria de Freitas. Graduada em Pedagogia


conclusão 20/12/2013. Tem especialização em Educação Infantil Práticas na sala de
aula, Educação Especial Atendimento às necessidade especiais, atua como
professora há 09 anos e pedagoga há 2 anos. Participa de cursos de capacitação,
ou formação continuada, como a Semana pedagógica.
Em relação ao ambiente em que trabalha considera-o acolhedor já atuava
como Professora de Educação infantil e teve a honra de ser Pedagoga trabalhando
com profissionais capacitadas sempre visando o bem do ambiente e dos alunos.
A rotina como pedagoga é muito agitada já que Educação infantil é um
trabalho minucioso diário e atende acima de 100 crianças na escola, procura sempre
dar o melhor como pedagoga para atender os alunos conforme suas necessidades.
O PPP está em processo de renovação e foi elaborado em ação conjunta
com os participantes da Comunidade escolar, Pais responsável, direção e equipe
pedagógica.
A escola desenvolve projetos que oferecem aos professores estagiários
cursos de capacitação durante o ano letivo. Os conselhos de classe acontecem
Trimestralmente com a participação dos Professores e Pedagoga da escola.
A escola preocupa-se com a gestão democrática e com a participação da
comunidade. Os pais são participativos no ambiente escolar e sempre estão
presentes em reuniões e apresentações de datas comemorativas.
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4 RELATO DA OBSERVAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO E SUPERVISÃO

O Colégio Antônio Villas Boas oferece todos os níveis de ensino na


Educação Infantil:de 04 meses á 05 anos. Os pais podem optar pelo Meio Período
ou o Período Integral. A unidade funciona em prédio exclusivo e adaptado para as
necessidades das crianças desta faixa etária. É em um universo divertido e
acolhedor que os alunos desenvolvem suas habilidades desde os primeiros anos de
vida escolar.
Na Educação Infantil, Período Integral, todas as atividades obedecem o
planejamento estratégico visando o pleno aproveitamento do tempo no ambiente
escolar.  As atividades propostas pela equipe pedagógica ajudam a criança a
construir sua identidade, autonomia e cooperação.
Para que todos os objetivos sejam alcançados, além de uma equipe
preparada, a escola proporciona à criança um ambiente propício ao seu
desenvolvimento global,  integrando-a ao seu meio social e estimulando-a à
descoberta do meio ambiente, através da garantia da liberdade de ação para realizar
experiências que facilitem a compreensão desse meio.
Por se tratar da educação infantil não registra-se notas, apenas são
registrados conteúdos e frequência os quais são realizados pelos professores a
documentação escolar é feita pelo pedagogo e os demais pela secretária.
Em relação ao atendimento ao público é feito das 8:00 às 11:00 e 13:00 às
16:30.
O Sistema utilizado na escola são os livros e registros online RCO. A
secretária atua à vários anos e está quase pra se aposentar. Ela alimenta o sistema
SERE e todos as outras atividades relacionadas a função.
Quanto a Organização dos serviços de limpeza e manutenção a escola tem
8 salas de aulas; 1 pátio; 1 secretaria; 5 banheiros fora da sala de aula; 2 refeitórios;
1 sala hora atividade; 1 cozinha; 1 lavanderia e 1 despensa, sendo que cada
funcionário é responsável por cuidar do seu trabalho de acordo com sua função as
tarefas são distribuídas desde do começo do ano e assim é seguida.
A rotina dos funcionários com o serviço da limpeza é realizada todos os dias.
Semanalmente os funcionários da limpeza ficam responsáveis por manter o
ambiente sempre limpo e arejado, é feita a limpeza nas salas de aulas como retirar o
pó, lavar os banheiros, varrer passar pano no ambiente, retirar o lixo e manter
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sempre limpo os cobertores dos alunos para o momento do sono. Os funcionários da


cozinha ficam responsáveis pela merenda, o café, o almoço e a janta do berçário,
ficam responsáveis na preparação dos alimentos, na higienização das mamadeiras,
pratos e talheres e copos, também são responsáveis em servir esses alimentos no
refeitório.
A organização da alimentação escolar é a seguinte: possuí cozinha e
refeitório e é oferecido merenda, sendo que 2 funcionários são responsáveis pela
produção da merenda escolar. O cardápio é elaborado pela nutricionista: 8:00 café
da manhã e mamadeira; almoço sobremesa são servidos de acordo com a turma é
feita em duas salas por vez, lanche da tarde e mamadeira de acordo com a turma é
feita em duas salas por vez mamadeira e janta para o berçário.
Os gêneros alimentícios recebidos para produção da merenda escolar vem
dos mercados, empresas e distribuidoras (Legumes frutas cereais e derivados).
Materiais pedagógicos disponíveis na escola são (livros didáticos, vídeos,
CDs, acervo bibliográfico, periódicos) que são utilizados todos os dias em
consonância com as aulas planejadas e acordo com a nova BNCC. O
acompanhamento das atividades pedagógicas é realizado no dia a dia e no período
da hora atividade do professor.
Há uma rotina de acompanhamento pedagógico do aluno e acontece
semanalmente para tratar de assuntos como: baixa frequência; notas baixas;
dificuldades de aprendizagem; indisciplina etc. O acompanhamento das atividades
pedagógicas pela equipe diretiva é constante e de acordo com as necessidades do
cotidiano escolar. Atuação do diretor da escola nas ações pedagógicas e supervisão
do trabalho da equipe pedagógica e dos docentes é diário.
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5 ATA DE REUNIÃO PEDAGÓGICA E/OU ADMINISTRATIVA

ATA DA REUNIÃO PEDAGÓGICA


Aos quinze dias do mês de setembro do ano de dois mil e vinte e dois, às
treze horas, reuniram nas dependências do Colégio Antônio Villas Boas a diretora
Célia, professoras, equipe pedagógica da escola, para discutir sobre o acolhimento
dos alunos. A reunião foi conduzida pela diretora, que iniciou contextualizando a
necessidade de planejar atividades e melhor forma de acolher os alunos que estão
iniciando na escola, pois tem ocorrido muitas situações de choro mesmo já fazendo
alguns dias que estão vindo e não se adaptaram ainda e solicitou aos professores
que apresentassem sugestões para melhorar esse momento de acolhimento,
realizou leitura de artigo que trata do assunto facilitando a criatividade de medidas a
serem tomadas. Cada professor apresentou uma ideia de organização e confecção
de materiais e um trabalho conjunto com os pais para que esse acolhimento
aconteça e as crianças possam ter momentos tranqüilos na chegada à escola. Após
consenso geral de buscar a melhor forma de receber os alunos novos, decidiu-se
que farão reunião posterior marcada o quanto antes para os professores
apresentarem projetos para solucionar o problema, e assim preparar os pedidos de
materiais necessários para que o projeto eleito seja praticado. Foi decidido que,
cada professor será responsável por sua turma e pelo desenvolvimento de seu
acolhimento. Nada mais havendo a tratar, a reunião foi encerrada.
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6 PLANO DE AÇÃO

1. Tema
Adaptação Escolar
Esse tema foi escolhido pois a escola está com dificuldades por haver um
grande número de crianças com dificuldades na adaptação escolar.

2. Dados de identificação Nome da Escola:


Colégio Antônio Villas Boas
Diretora Celia Regina Vilas Boas

3. Realidade social e educacional da comunidade escolar


O Colégio atende crianças de 0 à 4 anos, distribuídas em turmas: Berçário; Maternal
I, Maternal II, Maternal III. Nos turnos Matutino das 8:00 às 12:00 horas e vespertino
das 13:00 às 17:00 horas. A grande maioria das crianças que frequentam o Colégio
são de bairros próximos a escola.

4. Descrição da situação-problema
A adaptação dos alunos que ali se encontram tem sido muito difícil, pois ainda
choram muito pela falta dos pais nesse período que ali ficam.

5. Objetivos do plano de ação


 Proporcionar um ambiente agradável e acolhedor, visando o bem-estar do
educando;
 Criar um ambiente acolhedor como um indivíduo se integrando á dinâmica do
grupo.
 Desenvolver atividades que permitam que as crianças e pais conheçam e
interajam entre si, professores e funcionários.
 Familiarizar a criança ao espaço escolar e sua rotina;
 Oferecer aos pais sugestões, dicas e idéias que facilitem este momento de
separação e conquista;
 Propiciar um ambiente seguro para que a criança possa manifestar suas
emoções e necessidades;
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 Estabelecer uma comunicação entre pais e membros da escola com a


participação da criança.

6. Abordagem teórico-metodológica
Independente da faixa etária, todas as crianças passam por um
período de adaptação. Na Educação Infantil onde as crianças têm o primeiro
contato com o ambiente escolar é ainda mais importante a integração com as
professoras e os colegas, proporcionando um ambiente seguro e acolhedor,
pois até o momento o seu lar era o seu único convívio social e ao entrar na
escola ele terá um mundo de possibilidades onde irá conviver e interagir com
outras pessoas em um ambiente novo e rico em conhecimento.
No primeiro dia da criança na instituição, a atenção do professor
deve estar voltada para ela de maneira especial. Este dia deve ser
muito bem planejado para que a criança possa ser bem acolhida. É
recomendável receber poucas crianças por vez para que se possa
atendê-las de forma individualizada. Com os bebês muito pequenos,
o principal cuidado será preparar o seu lugar no ambiente, o seu
berço, identificá-lo com o nome, providenciar os alimentos que irá
receber, e principalmente tranqüilizar os pais. A permanência na
instituição de alguns objetos de transição, como a chupeta, a fralda
que ele usa para cheirar, um mordedor, ou mesmo o bico da
mamadeira a que ele está acostumado, ajudará neste processo.
(RCNEIS, Vol.2, 1998, p.79)

Sabemos que o choro é a primeira forma de manifestação do


bebê/criança para demonstrar o seu descontentamento com algo, e na
adaptação isso não será diferente, é esperado que isso ocorra, e no papel de
professoras necessitamos ter a sensibilidade para entender esse choro e
assim procurar estratégias para sanar esse desconforto.
O choro da criança, durante o processo de inserção, parece ser o
fator que mais provoca ansiedade tanto nos pais quanto nos
professores. Mas parece haver, também, uma crença de que o choro
é inevitável e que a criança acabará se acostumando, vencida pelo
esgotamento físico ou emocional, parando de chorar. Alguns
acreditam que, se derem muita atenção e as pegarem no colo, as
crianças se tornarão manhosas, deixando-as chorar. Essa
experiência deve ser evitada. Deve ser dada uma atenção especial
às crianças, nesses momentos de choro, pegando no colo ou
sugerindo-lhes atividades interessantes. (RCNEIS, vol.1, 1998, p.81)
Para isso, um dos meios é criar vínculo com essa criança (bebê), bem
como tentar trazer algo para a escola que seja pessoal e o faça lembrar da
sua família, para que dessa  forma o mesmo possa sentir-se bem no
ambiente escolar para fazer novas descobertas.
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Proporcionar um ambiente seguro e acolhedor para que assim, os


bebês possam se adaptar ao novo meio, permitindo-se fazer novas
aprendizagens e descobertas que contribuam para o seu pleno
desenvolvimento físico, emocional e social.
As crianças desta fase estão se constituindo subjetivamente e
possuem formas específicas de se apropriar do mundo e da
realidade que as cerca. São ávidas exploradoras e inicialmente
fazem isso através da ação física, sugando, tocando, apertando,
cheirando, mordendo, engatinhando e experimentando diferentes
sensações. (CAIRUGA; CASTRO; COSTA, 2014, p. 10

Este processo pode ser muito doloroso se não tratado com paciência
e respeito tanto da escola e professores, quanto das famílias, pois a
separação da família pode trazer inúmeras reações como o choro a recusa a
comer ou dormir o silêncio ou até mesmo o isolamento. Essas reações são
comuns, mas atrapalham todo o processo de adaptação. Cada criança reage
de uma maneira e fica difícil ter uma previsão de quanto tempo irá durar a
adaptação. Alguns pais até reclamam quando a adaptação demora um pouco
mais, mas é fundamental que a criança não sofra durante este período e não
fique traumatizada.

7. Síntese dos procedimentos

A adaptação escolar começa em casa, peça aos pais para conversar


com seus filhos sobre a mudança, e informar por que estão indo para a
escola, e que irão busca-lo no final da aula, não esqueça dizer para serem
bem transparentes e explicarem tudo aos seus filhos sobre os novos
coleguinhas que irão fazer, qual o papel dos professores…Peça também para
os pais preencherem uma ficha informando se a criança tem alguma alergia,
o que ela gosta de fazer o que a irrita completamente, reformule da melhor
maneira possível para que melhor possa lhe atender as necessidades do dia
a dia com os alunos.

 1ª Etapa: Pedir fotos em que a criança apareça com familiares e animais de


estimação. Solicitar também os objetos de apego de cada um. Tudo deverá
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ser devidamente identificado como o nome da criança e ficará na creche para


permitir que os pequenos usem o material sempre que sentirem necessidade;
 2ª Etapa: Aproveitar os momentos de permanência dos pais na creche para
colher informações sobre a rotina caseira. Exemplo: dicas de acalanto, banho,
etc;
  3ª Etapa: Confeccionar uma caixa que ficará conhecida por conter pertences
trazidos de casa. Sempre que surgir um objeto novo, as crianças serão
reunidas para que este seja apresentado. As crianças serão estimuladas a
manipular/explorar o novo objeto, introduzindo a ideia de que os pertences
podem ser emprestados. Com o tempo, as fotos também poderão ser
socializadas de maneira a descrever os integrantes de cada família e
estimular que cada criança reconheça a sua. Observar as reações e registrá-
las por meio de fotos.
 4ª Etapa: Fixar as fotos trazidas pelas famílias no chão do espaço em que as
crianças permanecem a maior parte do tempo. As fotos deverão ser
protegidas com contact que preserva as imagens e facilita a limpeza do local.
Dessa forma, ao engatinhar, as crianças terão acesso ao “mural de fotos”
com imagens de todo o grupo e poderão matar as saudades de seus
familiares. Essa atividade ainda contribuirá para o desenvolvimento da noção
de identidade (ao reconhecer-se nas fotos) e também da ideia de coletividade
(ao reconhecer, da mesma forma, seus colegas).

8. Recursos
Caixas, objetos trazidos de casa pelos pais, fotos, fita contact.

9. Considerações finais

A entrada da criança na escola, em qualquer época do ano, é um


processo que pressupõe adaptação a uma situação nova por parte do aluno,
da família e da instituição. Cabe à escola propiciar condições para que esse
processo transcorra da forma a mais tranquila e natural possível. É importante
ressaltar que a adaptação não é somente uma questão de tempo, mas
principalmente de investimento e de planejamento cuidadoso.
Cada criança tem seu ritmo e suas manifestações individuais de
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adaptação. É importante que a escola se organize de maneira tal que possa


acolher as crianças em suas diferentes maneiras de adaptar-se ao novo
ambiente. Assim, se para uma criança a entrada na escola é tranquila e
transcorre de forma mais natural, para outra talvez sejam necessárias
algumas modificações organizativas (como uma mudança de horários, ou a
permissão, por um período, do acompanhamento da mãe ou de outra pessoa
da família ,etc.). O acolhimento oferecido às crianças e familiares é fator
fundamental para a efetivação de um processo de adaptação no qual todos
os envolvidos possam sentir-se bem recebidos, seguros, confortáveis e
queridos.
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7 RELATO DA APRESENTAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO À DIREÇÃO ESCOLAR

O plano de ação foi apresentado a pedagoga, ela gostou pois tiveram


uma reunião com os professores para que eles elaborassem projetos com
tema nessa área já que a escola está com dificuldade de adaptação por parte
de alguns alunos que no momento da acolhida choram e acaba por deixar
toda a comunidade escolar com dificuldade, outros alunos choram, os pais
ficam aflitos e os professores por mais que tenham a boa intenção não
conseguem acalmá-los facilmente. Pensando nisso na reunião foi solicitado
que os professores apresentassem tais projetos.
O plano de ação apresentado é muito relevante, é preciso trabalhar
em conjunto com a família e toda a comunidade escolar, esta questão de
trazer objetos de casa é muito interessante para a criança sentir que está em
“casa”. O trabalho com os pais é de suma importância para o êxito da
adaptação dos alunos, sendo assim acredita ser importante utilizar mais a
presença dos pais.
O ano letivo já iniciou há algum tempo e sendo assim as crianças já
tem certos traumas, é preciso pensar nesta questão também.
Em suma o plano de ação é muito bom e a pedagoga disse que em
próxima reunião com os professores, pretende apresentá-lo para que possam
ver as várias idéias dos professores e faze o melhor para que as crianças
sintam-se bem acolhidas no ambiente que será como sua “segunda casa” por
muito tempo.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Consideramos que esta experiência de Estágio representou um


momento de elaboração e reflexão acerca da prática pedagógica, através da
qual estabelecemos contatos com muitas teorias e idéias sobre gestão
escolar e pudemos experienciar, na vivência com todos os envolvidos no
processo de funcionamento da unidade escolar.
O trabalho do pedagogo não se limita ao exercício de atividades
isoladas, é um trabalho diversificado que exige competência e
comprometimento para eficiência em sua execução. Durante o estágio em
gestão escolar, pudemos acompanhar um pouco do dia-a-dia da coordenação
pedagógica e ainda, desenvolver um trabalho de intervenção por meio da
elaboração de um plano de ação voltado aos grupos de estudo do colégio e
as dificuldades que impediam o bom desenvolvimento do trabalho coletivo.
Esta ação nos permitiu conhecer uma das muitas ações do pedagogo.
A disciplina de Estágio supervisionado na Gestão Escolar
proporcionou uma experiência muito válida, nos permitiu pensar e repensar a
prática pedagógica. Parece-nos clara a contribuição que essa experiência de
estágio nos proporcionou, pois por meio dele o aluno pode identificar novas
estratégias para solucionar problemas que talvez não imaginasse que fosse
encontrar na área profissional. É pelo estágio que se desenvolve de uma
maneira mais eficaz o raciocínio, a capacidade e o espírito crítico, além da
autonomia para investigação das atividades desenvolvidas no campo de
trabalho, sendo uma oportunidade para a escolha da área de atuação dos
futuros profissionais.
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REFERÊNCIAS
ALVAREZ, Adrian; RIGO, Mariana. Pedagogia em ação: o papel do pedagogo e
suas diversas atuações. Boletim Técnico do Senac, Rio de Janeiro, v. 44, n.2,
maio/ago 2018.
Brasil. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação
Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil /
Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. —
Brasília: MEC/SEF, 1998. 3v.: il. Volume 1: Introdução; volume 2: Formação pessoal
e social; volume 3: Conhecimento de mundo. Disponível em :<
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/rcnei_vol1.pdf> Acesso em 13 de setembro
de 2022.
CAIRUGA, Rosana Rego; CASTRO, Marilene Costa de; COSTA, Márcia Rosa da
(Orgs). BEBÊS NA ESCOLA: observação, sensibilidade, e experiências essenciais.
Porto Alegre: Mediação, 2014.
PIMENTA, Selma Garrido; LIMA, Maria Socorro Lucena. Estágio e docência. 7.ed.
São Paulo: Cortez, 2012.

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