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5º MÓDULO – BRINCANDO NA ESCOLA

A importância do brincar para as crianças, especialmente na primeira infância,


está cada vez mais evidente. E, ainda bem, mais presente nas escolas também. Têm se
observado um movimento de valorização deste momento por parte dos professores,
que conseguem favorecer o aprendizado de seus alunos com atividades lúdicas e, ao
mesmo tempo, por parte dos pais, que têm apresentado uma preocupação maior em
inserir mais momentos de brincadeira no dia a dia com seus filhos.

Como vocês talvez já saibam, o brincar é a forma que a criança se relaciona com
o mundo, seja objetos ou pessoas. E também é a partir disso que ela entende quem ela
é, como se movimentar e se expressar. Levando isso em conta, diferentes locais e
pessoas trazem contribuições distintas e importantes. Nesse sentido a escola torna-se
um local extremamente rico para diversificar a exposição aos diferentes aspectos do
mundo. Lá o aprendizado também ocorre através da brincadeira (uma forma muito
poderosa de consolidar o que estão aprendendo), e vai além dos aspectos
pedagógicos, envolvendo todo o desenvolvimento motor e social, fornecendo
experiências que não tem em casa.

Mas o que o brincar na escola traz de benefício para as crianças?

Exploração de ambientes diferentes: a escola dá a possibilidade de


experimentar outros terrenos (areia, rampas, escadas…), instrumentos (balanços,

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escorregador…), objetos, móveis e trajetos que não tem em casa. Além disso, este
pode ser um ambiente mais amplo e com maior contato com a natureza do que ela
tem no dia a dia (muitas vezes moram em locais com espaço menor, como prédios,
sem parquinho). Assim ela consegue correr, extravasar, ampliar e testar sua gama de
movimentos.

Interação com outras crianças: brincando há um treino do relacionamento


social. Elas ensaiam quando pequenas para realizar no futuro. Cada uma tem seus
gostos, personalidades, vontades, e isso possibilita que tenham que expressar o que
querem, treinar o ouvir os outros, negociar (ou não rsrs) para chegar a um consenso e,
principalmente, lidar com as frustrações.

Estar com outras crianças possibilita que esse faz-de-conta e interação ocorra
de forma mais leve do que na relação com os adultos, elas se enxergam como iguais e
se sentem com maior liberdade de se expressar. Outro fator importante é que elas
provocam interferências e colocam novos elementos nas brincadeiras, o que é muito
diferente de brincar sozinho ou com o irmão. Isso aumenta a capacidade de
adaptação, aumenta e estimula ainda mais a criatividade (“quem conta um conto
aumenta um ponto”), e elas também pode contribuir com suas ideias: quem não gosta
de dar um pitaco?

Outros adultos de referência: cada um têm a sua vivência e transmite isso. Elas
vêem outros exemplos e outras fontes de informação. Aprendem como outros adultos
jogam, criam estratégias e se relacionam no momento da brincadeira, tanto entre eles
quanto com as crianças.

Brincadeiras diferentes: são expostos a outras brincadeiras propostas pelos


professores. O brincar é enriquecido pela intervenção adulta, permite que aprendam
novas formas, jogos, e isso aumenta o seu repertório. O brincar é inato, ou seja, é
natural para a criança, porém o aumento do acervo favorece a criatividade e uma
maior quantidade de informações levadas ao cérebro.

Para a criança o brincar acontece em qualquer momento, e na escola é uma


ótima oportunidade de criar ocasiões que potencializarão todo o aprendizado e
desenvolvimento. Vamos valorizar esse tempo e deixá-las curtir e se divertir que o
benefício vem naturalmente.

Por Ale Palazzin e Graziela Faelli, fisioterapeutas e autoras do blog Tempo Mágico
https://www.macetesdemae.com/brincar-na-escola-importancia/

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A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR NA ESCOLA

Atualmente o “brincar” tem sido muito valorizado pelos educadores. Talvez


nem todos os pais tenham consciência disso e esta matéria tem justamente o objetivo
de esclarecer a questão, que muitas vezes entra em contradição com as expectativas
em relação a uma boa escola.

Durante muito tempo, acreditou-se que em nome de um dia chegar a ser um


grande homem, ou um adulto bem formado, era importante, de certa forma, sacrificar
a infância, em busca de uma pré-escolarização. Acreditava-se que a criança, durante a
fase de 0 a 6 anos, precisaria ir sendo preparada para um dia ser alguém. Como se a
infância não tivesse tanta importância. Atualmente, sabe-se que a criança já é um
sujeito de direitos.

Tanto é, que na LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9.394/96) –


todas as definições em relação à educação da criança mudaram. A criança não é mais
encaminhada a uma Pré-Escola e sim a uma Escola de Educação Infantil. De acordo
com as mais atualizadas concepções mundiais de “infância” e “educação”, esta
definição, propõe que a criança não tem que deixar de viver a infância, em nome de
uma pré-escolarização precoce. Outro fato que contribuiu para este avanço, em
relação à defesa dos direitos da criança, foi o Estatuto da Criança e do Adolescente –
ECA – considerado um dos mais avançados do mundo.

Paralelamente a isso, o papel da mulher na sociedade também mudou. O


trabalho feminino, seja por necessidade, seja por opção, trouxe como conseqüência a
necessidade de tornar coletivo o cuidado e a educação da criança pequena.

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A criança sai de sua casa e passa grande parte do seu tempo, na escola. Além
disso, o crescimento das cidades trouxe uma urbanização desplanejada e muita
violência. Tudo isso pode ser considerado como um preço a ser pago pela
modernidade. Mas, infelizmente, neste caso, a conta foi paga pelas crianças. O preço
dessas mudanças refletiu na diminuição de seu tempo e de seus espaços para brincar.

A criança é um ser brincante, é através da brincadeira que ela entende o


mundo. Portanto, as Escolas de Educação Infantil têm hoje que dividir com os pais a
responsabilidade de incentivar a criança a tomar decisões, seguir regras, organizar-se,
suportar frustrações, elaborar construções e, principalmente, brincar. É verdade que,
através do lúdico se aprende muito mais, mas a brincadeira não pode ser apenas um
instrumento para que a aula seja mais eficiente. A brincadeira tem um sentido em si,
porque somos seres lúdicos, tanto quanto seres conscientes, intelectuais etc. Entenda
como brincadeira as tradicionais de roda, as de faz-de-conta, os momentos de parque
e os jogos de tabuleiro.

A ideia fundamental é que a sociedade, formada pela família e pela escola, dê


condições para que a criança viva como tal, que permita que ela tenha todas as
dimensões, ações, informações e vivências. Uma boa escola, para a criança pequena, é
aquela que garante o tempo de brincar “nutritivamente”.

Por Ângela R. Madeira – ludo-educadora e diretora da Academia de Brinquedos / Assessoria em


Marketing Cultural.
Fonte: http://www.portalguiaescolas.com.br/acontece-nas-escolas/espaco-educacional/a-importancia-
do-brincar-na-escola-angela-r-madeira/

A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR

O ato de brincar ainda não é visto pela população como algo fundamental ao
Desenvolvimento infantil, sendo considerado apenas mais uma forma de se divertir e
passar o tempo. Somente 19% dos brasileiros acreditam que brincar e passear são
atividades importantes para a criança de até 3 anos. E, para 26%, é o pai quem deve
assumir as brincadeiras de contato com a criança, como pega-pega e cavalinho.

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A essência da infância está nos momentos que a criança tem para a exploração:
o faz de conta, a brincadeira e o jogo. Por isso, a brincadeira é fundamental ao
desenvolvimento, um direito já previsto em lei[83] e tão importante quanto dormir e
se alimentar.

Muitos adultos consideram a brincadeira como atividade exclusiva da criança.


De fato, é a linguagem da infância. Mas é importante lembrar que é permitido (e até
esperado) que os adultos brinquem (sozinhos, com outros adultos e com

Nos momentos lúdicos, é possível aprender mais sobre as crianças do que se


imagina: o que elas sabem, como estão se sentindo, como reagem diante de um
desafio. Esses são aspectos, na maioria das vezes, não verbalizados por elas.

Durante o brincar, a criança adquire habilidades para se tornar capaz de


aprender a aprender, seja por meio de suas ações sobre os objetos e pessoas, seja por
suas reações a esses estímulos. Ou seja, ela é ativa em seu desenvolvimento.

Outros ganhos fundamentais do brincar – mesmo que por pouco tempo – são a
construção e o fortalecimento de vínculos, pois as crianças entendem que os adultos
se importam com elas.

Informação sem complicação

Procure mostrar, com exemplos ou depoimentos, que, por meio da brincadeira,


as crianças aprendem sobre o mundo à sua volta, os espaços, os objetos e as pessoas.
Elas fazem isso experimentando, errando, tentando de novo, acertando e descobrindo.

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Reforce que atividades como pintar, desenhar, inventar histórias, correr e saltar
são mais do que uma diversão, elas estimulam a mente e o corpo da criança.

Exemplos práticos de brincadeiras que divertem adultos e crianças também


podem ajudar. Que tal mostrar atividades com balões ou bolinhas de sabão? Há muitas
opções e as sugestões devem levar em conta diversos fatores, como os diferentes
contextos e regiões. Lembre-se de destacar que não é necessário ter muito tempo ou
dinheiro para as brincadeiras.

Evite associar o brincar à aquisição de brinquedos (em geral, caros). Mostre que
brincar de faz de conta ou com objetos simples, do dia a dia da família, pode ser tão
(ou mais) divertido e estimulante. Pense nisso na hora de escolher os exemplos. Eles
devem servir para o maior número de pessoas e de realidades possíveis.

Mostre cenas de crianças brincando com caixas, panelas, roupas e outros


objetos do cotidiano para reforçar a ideia de que não é preciso ter muito dinheiro para
proporcionar às crianças momentos lúdicos.

Fonte: https://www.primeirainfanciaempauta.org.br/a-crianca-e-a-aprendizagem-a-importancia-do-
brincar.html

É BRINCANDO QUE SE APRENDE: A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR PARA O


DESENVOLVIMENTO INFANTIL

Brincar é uma das maneiras mais naturais e divertidas de formar conhecimento.


Até mesmo na adolescência e na fase adulta, é preciso nos sujeitarmos a novas
experiências, dramatizações e a muita sujeira para testarmos ideias e aprendermos
novas lições. Contudo, muitos pais ainda têm dúvidas ao lidar com as brincadeiras da
criançada: o que é saudável para cada fase? Quando ter contato com a tecnologia?
Para responder a essas e outras questões sobre o desenvolvimento infantil, leia o que
trouxemos para você!

Qual é a importância das brincadeiras para o desenvolvimento infantil?

É por meio das brincadeiras que a criança emerge no processo de


aprendizagem, facilitando a construção da autonomia, reflexão e criatividade. Dessa

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forma, a criança se desenvolve integralmente, abrangendo os âmbitos sociais, afetivos,
culturais, cognitivos, emocionais e físicos. Portanto, as brincadeiras são vitais para o
desenvolvimento infantil.

Mas se você pensa que brincar se restringe à diversão, é hora de rever seus
conceitos! Brincar vai além da recreação. Trata-se de uma dinâmica complexa, na qual
a criança comunica-se consigo mesma e com o mundo ao seu redor. Assim, o
desenvolvimento ocorre com as trocas recíprocas. Além de brincar e se divertir, a
criança desenvolve a memória, a atenção, a imitação e a imaginação, bem como a sua
personalidade, inteligência e afetividade.

Vygotsky, um dos maiores representantes da psicologia histórico-cultural,


afirmava que o sujeito se constitui ao se relacionar com os outros em atividades
“caracteristicamente humanas”. A brincadeira infantil, nesse sentido, é uma maneira
de a criança se expressar e formar sentidos sobre o mundo. Por meio da brincadeira e
de atividades lúdicas, a criança atua simbolicamente nas diferentes situações vividas
por ela, elaborando conhecimentos, significados e sentimentos.

Quando as crianças brincam, assumem diferentes papéis. Assim, elas criam


mecanismos para agir diante da realidade, substituindo ações cotidianas pelas ações
cumpridas pelo papel assumido. É por meio das brincadeiras que a criança estabelece
contato com o mundo físico e social.

Quais são as 3 etapas fundamentais da brincadeira, segundo o desenvolvimento da


criança?

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De 0 a 2 anos de idade, a criança participa do que chamamos de Jogos de
Exercício. Nessa etapa, a criança está adquirindo suas competências motoras e
desenvolvendo autonomia. Ela demonstra alegria ao imitar a fala e demanda que os
adultos a coloquem no chão. Também revela prazer ao descobrir seu corpo através
dos sentidos. E assim, as brincadeiras da criança se desenvolvem em torno da
exploração dos objetos através dos sentidos _ e é essencial ter cuidado com artefatos
pequeninos, que as crianças tendem a inserir nas narinas, na boca e nos ouvidos! Com
os chamados “jogos de manipulação”, a criança fortalece a autoestima.

Entre os 2 e os 7 anos de idade, a simbologia passa a exercer um papel


fundamental nas brincadeiras da criança. Daí a preferência por fantoches, desenhos,
histórias e “faz de conta”. Nessa fase, a criança já é capaz de produzir imagens mentais
e, com a fala, substitui objetos por símbolos. Através desta simbologia, a criança
compreende os papéis sociais que integram sua cultura, como o do pai, da mãe,
professores, irmãos, entre outros.

A partir dos 7 anos de idade, a criança passa a ter um entendimento melhor


sobre seguir regras. Daí a importância de brincadeiras e jogos nos quais a criança
desenvolva estratégias para tomar decisões. Desse modo, as crianças interagem
socialmente, descobrindo que não são os únicos sujeitos envolvidos nas ações,
desenvolvendo a empatia e a capacidade de entender os objetivos de outras pessoas.

Através de jogos com regras, as crianças aprendem também a controlar o


comportamento impulsivo. Portanto, de acordo com cada jogo, a criança desenvolve
competências para adaptar seu comportamento. Dados os objetivos e a estrutura do
jogo, a criança desenvolve sua capacidade de pensar e refletir sobre seus próprios
atos, fazendo uma autoavaliação de seu progresso, habilidades e de seu
comportamento moral.

Qual é o papel dos adultos para estimular o desenvolvimento infantil?

Diante de tantas ofertas de brinquedos pedagógicos e materiais educativos, é


comum que os pais se sintam desorientados sobre o que é mais saudável para os
pequenos.

Porém, não há fórmula mágica: cada criança possui um desenvolvimento


singular. Cabe aos adultos estimularem a imaginação dos pequeninos, questionando-
os e incentivando-os a encontrar soluções para os problemas que surgirão. Por isso,
procure instigar seu filho a trilhar seu próprio caminho e se envolver nas brincadeiras!
Brincar com alguém reforça laços afetivos, e quando um adulto se dispõe a brincar
com as crianças, ele demonstra afeto e eleva o nível de interesse dos pequenos.
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Como tornar a tecnologia uma aliada nesse processo?

Para diversos pedagogos, o papel da tecnologia no desenvolvimento infantil


ainda é dúbio. Smartphones, tablets e outros artefatos tecnológicos estão por toda
parte, e o contato entre as crianças e essas tecnologias acontece cada vez mais cedo.
Para pais sobrecarregados, garantir o acesso dos pequenos a smartphones e tablets é
uma forma de garantir um pouco de liberdade, deixando as crianças mais calmas.
Além disso, muitos pais acreditam que tornar os filhos hábeis com o universo
tecnológico logo cedo é uma forma de prepará-los para o mundo.

Segundo a Pedagogia Waldorf, a utilização precoce e sem limites da tecnologia


pode ser altamente nociva para o desenvolvimento infantil. Isso porque as atividades
virtuais têm ocupado um espaço maior na vida infantil, fazendo com que um grande
grupo de crianças esteja se exercitando cada vez menos, sofrendo com dificuldades
para lidar com o próprio corpo e com a obesidade.

Principalmente na primeira infância, é importante que a criança tenha contato


sensorial tridimensional com o mundo ao seu redor. Na tela plana dos eletrônicos, o
contato sensorial da criança é bastante limitado, o que prejudica o desenvolvimento
motor, a linguagem, o aprendizado e a capacidade de lidar com as emoções e com
outras pessoas.

Diante desse cenário, como proceder? É importante lembrar que as crianças


aprendem pelo exemplo. Pais que vivem conectados o tempo todo devem repensar
seus hábitos, incentivando os filhos a adotarem práticas mais benéficas, que
incentivem a interação com o mundo real. Antes de presentear seus filhos com tablets
e smartphones, busque estimular o uso de bolas, livros, materiais de desenho, bonecas
e petecas. Assim, ela estará mais madura acerca dos próprios sentidos e emoções
antes de lidar com esses aspectos no mundo virtual.

Brincar não significa apenas ter recreação. Trata-se da forma mais complexa de
uma criança se comunicar com o mundo e consigo mesma. Por isso, uma das melhores
formas de acompanhar e incentivar o desenvolvimento infantil é proporcionar um
ambiente rico para brincadeiras, tanto no âmbito escolar quanto familiar, fazendo com
que as crianças explorem diferentes linguagens e desenvolvam sua criatividade,
imaginação e uma grande diversidade de habilidades cognitivas.

Brinque com o seu filho e fique atento às atividades oferecidas pela escola! Se
você gostou deste artigo, leia também sobre o que é brincar na contemporaneidade e
não perca a chance de entender ainda mais sobre os desafios dos novos tempos para a
educação do seu filho.

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Fonte: https://novosalunos.com.br/e-brincando-que-se-aprende-a-importancia-do-brincar-para-o-
desenvolvimento-infantil/

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