Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Há diferentes maneiras que uma criança pode brincar. Seja sozinha, com colegas
ou com adultos, as possibilidades de imaginar outra realidade e interagir com o mundo
real são múltiplas.
O importante é que haja tempo e estímulos ao ato de brincar. É por meio disso que
a criança se desenvolve, conhece a si e ao mundo, cria laços sociais e afetivos, expressa
emoções e sentimentos, aprende a lidar com o próprio corpo, reconhecer e respeitar seus
desejos e limites.
Assim, a brincadeira na infância é um processo fundamental, que articula diversas
outras esferas de formação e crescimento.
Ou seja, isso vai muito além da diversão infantil. Então, assim como a boa
alimentação, a saúde e a educação, o momento de brincar deve ser respeitado e
oportunizado, para que se garanta o desenvolvimento sadio.
Tudo isso reflete na saúde física e mental, que não se finaliza na infância, pois
mesmo na vida adulta, tudo aquilo que foi vivenciado e aprendido reflete e gera impactos.
Desenvolve a autonomia
As brincadeiras são formas adequadas da criança aprender sobre si e sobre as
outras pessoas. Isso, porque elas permitem que a criança se coloque como protagonista
da ação, criando regras, determinando pausas, escolhendo brinquedos e construindo
narrativas.
Esses fatores vão auxiliar na construção da autonomia da criança, de modo que, na
vida adulta, fica mais fácil reconhecer e respeitar as próprias vontades.
limites.
ENTENDENDO AS FORMAS DE BRINCAR
De forma geral, pode-se pensar em dois tipos de brincadeiras: as que pais ou mães
interagem mais intensamente com as crianças, tanto mental quanto fisicamente, e
aquelas em que as crianças interagem com colegas ou brinquedos.
Até os dois anos de idade, a primeira é a mais frequente. Nela, responsáveis
precisam apresentar o mundo ao bebê, estimular visual e sonoramente, manusear objetos
e alcançar brinquedos.
Nessa fase, a criança ainda tem maiores limitações físicas, tanto para caminhar
quanto para manusear objetos. Mas é exatamente por isso que esse estímulo intenso é
importante, pois a coordenação motora esta em pleno aperfeiçoamento.
O mundo todo é uma grande novidade, então, absolutamente qualquer coisa pode
ser bastante divertida para uma criança. Mas, além do mundo material, os bebês estão
conhecendo suas primeiras emoções, compreendendo a extensão de seus corpos e
estabelecendo seus primeiros laços afetivos (coisas promovidas também pelas
brincadeiras).
Depois dos dois anos de idade, as brincadeiras começam a ganhar mais
abrangência. Os pequenos interagem com mais autonomia com os objetos e com outras
crianças. Nessa hora, mesmo que o mundo ainda tenha muito para ser explorado, é a
imaginação que domina o ato de brincar.
Qualquer boneco pode ganhar vida, bem como qualquer objeto (estojo, caixas,
lápis) pode ajudar a compor um cenário bastante rico e detalhista. Basta entrar em cena a
criatividade e imaginação infantil.
E esse é uma habilidade muito comum às crianças, mas que tende a ser cada vez
menos presente nos adultos: a capacidade de imaginar, de criar um momento além de
tudo aquilo que é real, e poder de fato interagir com ele.
Pais e mães, bem como educadores e outras pessoas responsáveis têm uma tarefa
importante durante a infância: garantir que haja tempo e condições favoráveis às
brincadeiras.
pois assim as crianças despertam a curiosidade em relação ao mundo, aumentam
o repertório e o conhecimento para imaginar as coisas e interagem melhor, consigo
mesmas e com outras pessoas.
Algumas opções para proporcionar momentos assim incluem:
o Estimular os sentidos: mostrar cores, formas, texturas, cheiros diferentes;
o Estimular a autonomia: deixar que a criança decida os brinquedos, nomeie as
coisas, defina narrativas;
o Aumentar o repertório: ler, contar histórias, mostrar desenhos, apresentar músicas
e filmes são formas de estimular a imaginação;
o Dar tempo livre: é preciso haver tempo para que a criança se sinta livre e disposta
para brincar;
o Orientar para a diversão: dar estímulos iniciais pode ser essencial para algumas
crianças se sentirem confiantes e interessadas nas brincadeiras;
o Não desmotivá-las: fazer críticas à forma como a criança brinca pode ter efeitos
negativos para a sua confiança e autoestima. Por isso, o cuidado com as
intervenções é essencial.
No brincar não existem regras (ou estas são criadas pelos participantes da
brincadeira de forma livre), não existe um vencedor, nem uma competição. O foco do
brincar não está, portanto, na competição, nem em vencer. O foco do brincar está na
cooperação e, sobretudo, na diversão.
BOLINHAS DE SABÃO
LIVROS
Áreas estimuladas: nomear e identificar figuras (formas, objetos, lugares, animais, partes do
corpo, cores), comunicação receptiva na compreensão das histórias, atenção sustentada
(capacidade que a criança tem de manter a atenção nos trechos contados), atenção auditiva
(quando interpreta e realiza o que foi pedido).
BLOCOS, CAIXAS OU COPOS DE EMPILHAR
Áreas estimuladas: coordenação motora, troca de turnos (esperar a vez do outro), conceitos
espaciais (dentro/fora, em cima/embaixo, grande/pequeno), quantificação das peças,
pareamento por cores e/ou tamanhos, verbalização, iniciativa.
JOGOS DE ENCAIXE
Áreas estimuladas: atenção sustentada, coordenação motora fina, flexibilidade mental (mudar
a posição ou a peça para encaixar corretamente); interação social, noção de organização,
atenção compartilhada, consciência de imagem.
JOGOS DE TABULEIRO
BRINCADEIRAS DE PEGA-PEGA
JOGO DA MEMÓRIA
Opções de materiais: lousa magnética, quadro negro e giz, giz de cera grande, canetinhas,
adesivos para papel, papéis coloridos, massinhas de modelar e forminhas.
BRINQUEDOS SENSORIAIS
A estimulação sensorial é
importante porque é através dos
sentidos que as crianças
conhecem o mundo tal e qual
como é, adquirem ferramentas
que mais tarde ajudarão nas
competências como, a
preparação para a
aprendizagem da escrita, da
matemática, o desenvolvimento
da coordenação motora, da
atenção, do equilíbrio, da
memória, da criatividade e na
interação social.
Opções: caixas de areia, colocar a crianças em contato com diferentes materiais e texturas,
utilizar brinquedos enquanto toma banho, massagens e brincadeiras com o corpo, livros
(sonoros, com texturas, imagens, cores), brincar no parque (no escorrega, no balaço, no
trampolim).
O AMBIENTE DAS BRINCADEIRAS
Rayra Cavalcante.
REFERÊNCIAS