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JOGOS, BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS

Aula 1

Somos sinestésicos e precisamos viver com todos o nosso corpo, todos os nossos sentidos.

- As crianças têm deixado de brincar para ficar passivas em frente a telas. Então,
neste momento, é importante existir políticas de incentivo às brincadeiras para
mostrar a importância disso no desenvolvimento infantil.

Perguntas feitas em aula: o que fazer para distanciar os filhos da tela? É um problema
mundial. A forma como nos organizamos socialmente fez com que recorrêssemos às telas,
como falta de segurança, mulheres trabalhando fora… Então, é preciso buscar formas para
as crianças de hoje terem as mesmas experiências de antigamente. Da mesma forma, uma
criança que brinca aprende a lidar melhor com derrotas e frustrações na vida adulta.

- Desafios da disciplina: compreendê-la como conteúdo e como organizá-la como


material de trabalho.

- Esse conteúdo é tão importante e tão rico de possibilidades que antes de tratarmos
dele devemos nos fazer algumas perguntas como: “quais são os meus valores?” e
“qual metodologia de trabalho seria mais coerente com os meus valores?”

Pergunta feita em aula: qual objetivo teríamos em trabalhar esse tema no espaço escolar?
Porque é um dos lugares mais possíveis de trabalhar esses conteúdos, já que há muitas
crianças da mesma faixa etária.

Pergunta feita em aula: qual objetivo teríamos em trabalhar esse tema no espaço hotel,
clube, academia, acampamento? para promover momentos produtivos de entretenimento,
reunir as crianças e, consequentemente, as famílias.
O nosso objetivo central é valorizar a cultura infantil, entre outros aspectos,
ampliando o repertório das crianças. Muitas crianças não têm repertório de brincadeiras,
então tudo o que for ensinado será novidade. Dessa forma, o profissional de educação física
precisa se comprometer a valorizar a criatividade, a liberdade e a imaginação e despertar
nelas o desejo de brincar.

Qual a metodologia você acredita ser mais adequada para trabalharmos esse
conteúdo? Para qualquer prática, em especial a educacional, devemos fundamentar nossos
conhecimentos através de livros, artigos, documentários, até mesmo vídeos que tenham
compromisso sério com a educação e o conhecimento.

Isso serve para quebrar argumentos preconceituosos de que a área da educação é a mais
fácil por ser “só brincar”. É necessário saber o que se brinca e por que se brincar, ter
explicação científica e objetivo para justificar a presença no espaço escolar, já que a
educação física tem perdido espaço por falta de comprovar a importância de experiências
lúdicas no espaço escolar.

- A história do brinquedo, do jogo e da brincadeira é tão antiga quanto possamos ter


acesso ao registro da história da humanidade.

- Essas manifestações humanas se modificam e se adaptam conforme o local e tempo


em que se desenvolvem, as condições materiais dadas, a cultura ali produzida e
vivenciada. Ou seja, em outros locais do Brasil, espaços não urbanos, as crianças
ainda brincam.

Todos brincavam: era normal adulto brincar. Isso foi mudando com a organização social
em que se entendeu que adultos precisam assumir papel sério.

Proibição dos jogos: qualquer coisa relacionada ao corpo passou a ser visto como pecado.

Jesuítas: a mesma igreja que proibiu os jogos séculos atrás passou a promover seu
potencial educativo, mas de forma supervisionada e controlada.
Aula 2

“O recreio, nos dias em que não há Educação Física, tornou-se o único momento que as
crianças possuem para se movimentar. Por isso, ao saírem das salas de aula [...] elas
‘explodem’ em movimento.”

- Refletir sobre o tempo do recreio, já que as crianças ainda têm que comer
-
- Atualmente, brincar de pique-esconde com uma criança, por exemplo, pode ser
novidade para uma criança. O repertório delas de brincadeiras da nova geração é
muito inferior ao das anteriores devido ao modelo de organização social em que
estão inseridas.
Educação Infantil: é a base do desenvolvimento. Quanto mais experiências a gente
proporcionar, melhores serão as aquisições e vivências.

Ensino Médio: adolescentes precisam vivenciar o movimento, até pela fase em que vivem,
de pressão e dúvida.

Conceitos e classificações

Em muitas línguas, o conceito de jogo e brincadeira é utilizado no mesmo sentido. Em


inglês, por exemplo, play pode ser traduzido como jogar, brincar e tocar (algum instrumento
musical).

Jogo

No jogo, os movimentos são espontâneos. No esporte, os movimentos são treinados.


Podem até não ser esperados pelo adversário, mas foram treinados.

Desorganização: é para quem está de fora, não para quem está dentro. Quem assiste a um
esporte pela TV, sabe exatamente o que vai acontecer por conhecer as regras. No jogo,
não. No entanto, essas regras devem estar bem claras para os participantes.

Liberdade: a criança deve ter o direito de parar de brincar quando quiser.

Distanciamento da seriedade: brincar, e não necessariamente ganhar.


Existe uma afinidade entre o jogo e a arte. Na modernidade, não existem constituições
evoluídas de jogo entre os adultos, elas foram substituídas pelas inúmeras formas de arte ou
pelos diferentes esportes. Por outro lado, na infância, o jogo de papéis persiste, ocorre nas
mais diversas esferas na contemporaneidade.

Diferença entre jogo e brinquedo: “o jogo tem como eixo central as relações humanas e
não os objetos, pois são as relações com o adulto que motivam o jogo em si e não o
artefato que a criança tem acesso”.
Aula 3

Durante o brincar, a criança formula hipóteses para que possa compreender os problemas
que lhe são propostos pelas pessoas e pela realidade com a qual interage.

Ou seja: o momento do brincar é o momento de reelaborar e compreender o dia a dia.

A cultura lúdica e a atualidade

O brincar e jogar no espaço urbano: quais são os espaços disponíveis para que as
crianças brinquem umas com as outras, num espaço seguro e com tempo de qualidade?
Falamos do espaço urbano porque é onde a maioria da população está. Por mais que o
espaço rural seja carente de equipamentos de lazer, é favorável ao brincar de forma livre.

A cultura lúdica nas diferentes infâncias: em cada região, o desejo do brincar é diferente.
Por exemplo, um único modelo de parquinho não serve para todas as praças públicas do
país. Isso porque, em muitas regiões, um determinado tipo de lazer pode não fazer sentido e
nem ter proximidade com a cultura local. A infância não é um padrão, por mais que a
indústria tenda a criar um produto e direcionar ao máximo de crianças.
- Agôn: tudo o que depende de desempenho e habilidade
- Ilinx: movimentos, como pular e rodar etc
- Mimicry: imitação, assumir personagens
- Alea: como par ou ímpar

O mesmo jogo pode estar dentro de mais de um desses elementos.

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