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Modelos de Comunicação
Para Lasswell, descrever um acto de comunicar é responder a cinco questões: “Quem / Diz
o quê / Através de que meio / A quem / Com que efeito.”
É um processo assimétrico, com um emissor activo que produz o estímulo para um público
(receptores) passivo;
É um processo comunicativo intencional, tendo por objectivo obter um determinado efeito
observável e susceptível de ser avaliado;
É um processo em que os papéis do emissor e do receptor surgem isolados,
independentemente das relações sociais, culturais e situacionais em que se realiza o acto
comunicativo.
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Pós-Graduação em Tecnologias da Informação e Comunicação – 2009/2010
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No modelo de Shannon e Weaver, a palavra informação não quer significar uma notícia ou
mesmo mensagem. A ela está associado um sentido técnico relativa à idéia de coisas sinalizáveis,
igualmente determináveis fisicamente.
Os estudos destes dois autores, concebidos para representar essencialmente aspectos
técnicos das telecomunicações, exprimem, através de um esquema linear matemático
unidireccional, um modelo linear de comunicação com seis elementos.
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De acordo com seus criadores, este modelo foi concebido, para permitir a transmissão de um
conjunto de informações quantificáveis de um lugar para outro, tendo em conta a presença de
perturbações aleatórias, como o ruído, a entropia e a redundância que impedissem a relação
biunívoca entre os dois pólos. A informação, uma vez codificada em sinais por um emissor, seria
transmitida através de um canal (a mídia) para um receptor que processaria a sua decodificação.
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O campo experiencial é comum aos seus elementos constituintes. Ambos são capazes de
codificar e descodificar a mensagem, com faculdade mútua de interpretação.
Quando um elemento recebe a mensagem, ele reage e vai codificar a sua própria mensagem
em função daquilo que recebeu, emitindo o feedback - corrige a sua própria mensagem no momento
em que a emite. Existe uma espécie de feedback que provém da própria mensagem, da inflexão de
voz, dos gestos, da mímica, da postura corporal ou da comunicação não verbal.
Jean Cloutier foi considerado o autor mais representativo desta corrente comunicativa. O seu
pensamento está expressamente difundido na sua obra "A Era de EMEREC". Este autor confere à
palavra EMEREC o sentido de “indivíduo”. O vocábulo foi criado a partir das primeiras letras das
palavras francesas – “émetteur-récepteur” (em português, emissor-receptor) e pretende dar a ideia
de da ambivalência do homo communicans. Conforme sublinha Bento Duarte Silva, o "homo
communicans" situa-se alternadamente em cada um dos pólos da comunicação e, até mesmo, em
ambos os pólos simultaneamente.
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O esquema não é estático, está em constante movimento e varia de acordo com os tipos de
comunicação estabelecida.
O processo de comunicação não é linear, mas concêntrico. O seu ponto de partida é sempre
o seu ponto de chegada. O feedback, em vez de acrescentado e supérfluo, é inerente ao ciclo da
informação.
O Emerec personifica o carácter de emissor e receptor do homo communicans.
A linguagem e a mensagem são noções indissociáveis. A linguagem engloba a mensagem;
por tal razão, o símbolo gráfico da linguagem é o contorno do losango, sendo a mensagem
esquematicamente representada pela área plana do losango delimitada por esse contorno.
Fica clarificada a distinção entre mensagem emitida e recebida e só é considerada completa
quando for percebida por outro EMEREC, ou por um MEDIUM que a transmite, amplifica ou
conserva.
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Pela ilustração do exemplo, as mensagens emitidas podem ser múltiplas, mas idênticas. A
mensagem original é ampliada e emitida a vários receptores, que a descodificam, interpretam e
codificam/reagem. O processo continua, pois como cada receptor integra o seu grupo, as mensagens
difundidas pelos mass media vão prosseguir o seu caminho através desses grupos.
A este modelo, o mais complexo de todos, darei especial ênfase por considerar o que melhor
se adequa ao processo de comunicação no ensino-aprendizagem.
A partir dos elementos tradicionais, emissor, mensagem, meio e receptor, Maletzke,
acrescentou ao seu modelo de comunicação, a pressão ou constrangimento causado pelo meio e a
imagem que o receptor tem desse mesmo meio.
Estas duas novas componentes do processo comunicativo serão a seguir exploradas nas
ópticas do comunicador e do receptor.
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Perspectiva do receptor:
Facilmente se aceita e compreende que a acção do receptor pode ser influenciada pelas
capacidades e limitações que diferenciam o meio envolvente. Por exemplo, a nossa vivência de um
jogo de futebol não é exactamente a mesma quando ele é relatado na rádio ou, por nós, visionado na
televisão.
A imagem que o receptor tem do meio pode gerar expectativas em relação ao conteúdo,
assim como influencia a sua vivência e reacção relativamente a ele. Por exemplo, o prestígio e a
credibilidade do meio são fundamentais para a imagem do receptor.
Auto - imagem
A percepção que cada um tem de si próprio, dos seus valores, objectivos e papeis no tecido
social, cria uma propensão para receber ou rejeitar determinada informação.
Estruturação da personalidade
Há indivíduos que são mais vulneráveis a influências. Estudos sociológicos concluíram que
os indivíduos com baixa auto - estima revelam-se alvos fáceis de persuasão.
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Perspectiva do comunicador
Neste segundo acto, compete ao comunicador estruturar e formatar a mensagem. Por vezes,
neste campo, as suas opções colidem com os factores até então omissos em modelos de
comunicação:
A “pressão” ou constrangimento
- Na mensagem:
- No meio:
Auto – imagem:
É importante que o comunicador entenda que, à sua identidade se sobrepõe a sua função
enquanto intérprete dos acontecimentos e adeqúe os seus ideais aos limites da sua actividade
profissional.
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O acto de comunicar envolve uma sequência que se pretende, cíclica e que se decompõe nas
seguintes fases:
9 Da apresentação à exposição
9 Processamento
O processamento de um item por parte de um receptor pode ser quantificado através do grau
da sua probabilidade. Quanto mais estimulante e atractivo, relevante ou interessante se revelar,
maior probabilidade terá de ser processado.
O registo interpretativo de um item pode ser nulo se não despertar interesse na audiência. Os
itens não processados não serão compreendidos e por consequência não se transformarão em
conhecimento.
9 Compreensão
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Por outro lado, muitas variáveis inerentes ao receptor têm a sua influência na compreensão
do conteúdo, mas é de realçar, o “interesse prévio e o conhecimento do tópico”, acrescido do
“potencial de comunicação” que a educação e o meio social determinaram no indivíduo.
Ao contexto de recepção é-lhe atribuída menos importância, mas o que afecta a
concentração e atenção implicitamente prejudica a compreensão.
9 Recordação
9 Conhecimento
4. Modelos culturais
O modelo cultural de Edgar Morin é, segundo Mauro Wolf o “estudo da cultura de massas
distinguindo os seus elementos antropológicos mais relevantes e a relação entre o consumidor e o
objecto de consumo”.
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FIM
Bibliografia
Vaz Freixo, M. João, Teorias e Modelos de Comunicação, Lisboa: Instituto Piaget, 2006.
Duarte da Silva, Bento, Implicações dos modelos de comunicação na educação, Univ. do Minho
2006.
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