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Nos meados dos anos 80, um grupo de teóricos especialisados em crescimento económico liderados por
Paul Romer (1986) ficava cada vez mais insatisfeito com a explicação do crescimento da produtividade a
longo prazo com base em variaveis exógenas.
Essa insatisfação motivou a construção de uma classe de modelos de crescimento em que as principais
determinantes do crescimento eram endógenas ao modelo. A determinação do crescimento económico no
longo prazo, devia ser explicada por fatores como a taxa de poupança, e não por variáveis exógenamente
como o progresso tecnológico inexplicado, e esta constitui a razão para o nome de Modelo de
Crescimento Endógeno.
2. A origem do crescimento endógeno: Paul Romer (1994) fornece uma explicação das
razões que levaram ao desenvolvimento da teoria do crescimento endógeno na década de
1980. Estas razões podem ser atribuídas ao debate da hipótese da convergência e à
análise de como os mercados operam.
1
Alano SICATO is an Economist, PhD Candidates in Development Studies at ISEG - Lisbon School of
Economics & Management | ULisboa; Research Areas: International Trade and Economic Development
(2019). alano.sicato@phd.iseg.ulisboa.pt ou alano.sicato@hotmail.com.
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O debate sobre a Hipótese da Convergência: na década de 1980, as evidências disponíveis
apontavam para uma rejeição da hipótese de convergência e os estudos do economista
destacaram as fraquezas das previsões do modelo de crescimento de Solow e Romer
sugeriu uma teoria alternativa para explicar o crescimento e falta convergência entre os
países.
A tecnologia é um bem não-rival e se espalha por toda sociedade: uma nova idéia pode
ser usada por muitas pessoas ao mesmo tempo e o conhecimento introduzido por um
indivíduo rapidamente escapa para o resto da economia.
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Conhecimento e Complementariedade: novos conhecimentos complementam o
conhecimento existente. Quanto mais conhecimentos uma sociedade tiver mais ela
valoriza novas ideias.
À medida que uma sociedade adquire idéias cada vez mais produtivas, cada idéia
adicional contribui com mais e mais produção adicional. Se o este investimento
em conhecimento transferir-se para todo mundo, então este investimento no
conhecimento aumentará a produtividade de toda economia. Se a dessiminação
deste conhecimento criado for suficientemente forte, isto anulará o
processo normal da tendencia de retornos decrescentes. Isto reforça a
Ideia de que quanto mais conhecimento existir, maior será o retorno a cada
nova “unidade” de conhecimento. Quanto maior o retorno a cada cada nova
“unidade” conhecimento, mais forte é o incentivo para investir mais ainda
no conhecimento.
Reconhecer que a intervenção do governo pode ser necessária para tirar uma
economia de uma armadilha.
O sector público poderia tirar a economia da armadilha da pobreza subsidiando
o investimento para novos conhecimentos para aumentar o retorno ao
investimento em conhecimento.
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A intervenção do governo não deve criar incentivos negativos: no caso a
tributação do conhecimento.
Função de produção para uma única empresa: assume-se que cada empresa
individualmente na economia produz de acordo com a função de produção de Cobb-
Douglas padrão:
Y BK L1 (1)
1
B A K (2)
L
Esta expressão simplesmente capta a idéia de que um subproduto acidental da
acumulação de capital per capita por cada empresa individual na economia é a
melhoria da tecnologia que todas as empresas usam para produzir. Uma empresa
individualmente não reconhece esse efeito quando acumula capital porque é pequena
em relação à economia. Este é o sentido em que o progresso tecnológico é externo à
empresa. O termo A nesta expressão é simplesmente um parâmetro constante.
I
t sYt
Investmentin new Capital Savings
K t 1 K t sY t K t
New Stockof Capital ExistingStockof Capital Investmentin New Capital Depreciatoi nof Capital
8
Sabemos que a produção Yt é dada pela função de produção da economia Yt AK t .
Se substituirmos esta função de produção por Yt na expressão de acumulação de
capital acima obteremos:
K t 1 K t sAK t K t
New Stockof Capital ExistingStockof Capital Investmentin New Capital Depreciatoi nof Capital
BIBLIOGRAFIA
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