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Alberto José Berta Cardoso, Juma Ualala de Almeida, Rodrigues Agostinho

Marcos
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O PAPEL DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NO


DESENVOLVIMENTO SOCIAL E ECONÔMICO: UMA REVISÃO

THE ROLE OF PUBLIC ADMINISTRATION IN SOCIAL AND


ECONOMIC DEVELOPMENT: A REVIEW

EL PAPEL DE LA ADMINISTRACIÓN PÚBLICA EN EL


DESARROLLO SOCIAL Y ECONÓMICO: UNA REVISIÓN

Alberto José Berta Cardoso1


Juma Ualala de Almeida2
Rodrigues Agostinho Marcos3

DOI: 10.54751/revistafoco.v16n5-002
Recebido em: 06 de Abril de 2023
Aceito em: 02 de Maio de 2023

RESUMO
Este estudo teve como objetivo descrever o papel da administração pública no
desenvolvimento social e recuperar os conceitos de desenvolvimento econômico tendo
como o estado o garante da legalidade e do bem-estar social através da governança.
Assim para elaboração da presente revisão bibliográfica foram utilizados artigos,
dissertação, teses e livros sobre administração pública disponíveis em plataformas de
pesquisa acadêmica e incluído biblioteca. A administração pública visa garantir a
prestação de serviços básicos aos cidadãos, com base em políticas públicas traçadas
pelo estado enquanto o garante da legalidade e do bem-estar socioeconômico visando
à satisfação das necessidades coletivas, para satisfazer as necessidades de seus
cidadãos, o governo aprova políticas econômicas e monetárias capazes de responder
cabalmente os setores da sociedade provendo saúde eficiente, habitação segura,
alimentação de qualidade, paz e humanização de todos cidadãos residentes em seu
território enquanto espaço físico. Conclui-se que, a administração pública contribuí para
flexibilidade e eficiência de tarefas de empresas seja ela pública ou privada melhorando
a prestação dos serviços.

Palavras-chave: Administração pública; desenvolvimento; socioeconômico.

ABSTRACT
This study aimed to describe the role of public administration in social development and
recover the concepts of economic development with the state as the guarantor of legality
and social well-being through governance. Thus, for the preparation of this

1
Licenciado em História Política e Gestão Pública pela Universidade Pedagogica de Moçambique. Direção Provincial de
Saúde de Nampula- DPS/Nampula-Moçambique. Avenida das FPLM -Nampula. E-mail: cardosoalberto240@gmail.com
2
Licenciado em Ensino de Agropecuária pela Universidade Pedagogica de Mocambique. Direção Distrital de educação
Juventude e tecnologia de Nampula, Mestrando na Academia Militar Marechal Samora Machel-Departamento de
Psicopedagogia/Nampula-Moçambique. Avenida das FPLM -Nampula. E-mail: jumaualala@gmail.com
3
Mestrado em Desenvolvimento Rural. Universidade Federal do Espirito Santos. Centro-Guararema, Alegre-ES,
CEP: 29500-000. E-mail: rodamarcos0@gmail.com

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bibliographical review, articles, dissertations, theses and books on public administration


available on academic research platforms and including the library were used. Public
administration aims to guarantee the provision of basic services to citizens, based on
public policies drawn up by the state as the guarantor of legality and socioeconomic well-
being, aimed at satisfying collective needs, to satisfy the needs of its citizens, the
government approves economic and monetary policies capable of fully responding to the
sectors of society by providing efficient health, safe housing, quality food, peace and
humanization of all citizens residing in its territory as a physical space. It is concluded
that public administration contributes to the flexibility and efficiency of companies' tasks,
whether public or private, by improving the provision of services.

Keywords: Public administration; development; socioeconomic.

RESUMEN
Este estudio tuvo como objetivo describir el papel de la administración pública en el
desarrollo social y recuperar los conceptos de desarrollo económico con el Estado como
garante de la legalidad y el bienestar social a través de la gobernabilidad. Así, para la
elaboración de esta revisión bibliográfica se utilizaron artículos, disertaciones, tesis y
libros sobre administración pública disponibles en las plataformas de investigación
académica y entre ellas la biblioteca. La administración pública tiene como objetivo
garantizar la prestación de los servicios básicos a los ciudadanos, a partir de políticas
públicas elaboradas por el Estado como garante de la legalidad y el bienestar
socioeconómico, encaminadas a la satisfacción de las necesidades colectivas, para
satisfacer las necesidades de sus ciudadanos, aprueba el gobierno políticas
económicas y monetarias capaces de responder integralmente a los sectores de la
sociedad brindando salud eficiente, vivienda segura, alimentación de calidad, paz y
humanización de todos los ciudadanos que residen en su territorio como espacio físico.
Se concluye que la administración pública contribuye a la agilización y eficiencia de las
funciones de las empresas, sean públicas o privadas, al mejorar la prestación de los
servicios.

Palabras clave: Administración pública; desarrollo; socioeconómico.

1. Introdução
A administração pública em seu fundamental significado, representa o
aparelhamento do Estado e funciona como o instrumento do governo para
organizar, planejar, dirigir e controlar todas as ações administrativas (SANTOS
et al., 2022). A administração recebeu influência da filosofia, desde os tempos
da antiguidade, o filósofo grego Sócrates (470 a.C. 399 a.C.), expos o seu ponto
de vista sobre a administração afirmando que qualquer coisa que um homem
possa presidir, uma família, cidade ou um exército terá que ter uma habilidade
de direção. No entanto, Platão (429 a.C. 347 a.C.), discípulo de Sócrates,
preocupou-se profundamente com os problemas políticos inerentes ao
desenvolvimento social e cultural do povo grego. Em sua obra, “A República”,

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contribuiu na formação do funcionamento do estado ao estruturar de forma


democrática a administração dos negócios públicos liderado pelo governo.
Aristóteles, discípulo de Platão, foi o criador da lógica, no seu livro política,
estudou a organização do estado e distingue três formas de administração
pública: Monarquia, aristocracia e democracia (CORRÊA & CORRÊA, 2007).
Francis Bacon (1561-1626), filósofo e estadista inglês, baseada no
método experimental e indutivo, mostrou a preocupação de separar
experimentalmente o que é essencial, do que é acidental ou acessório.
Antecipou-se ao anunciar um princípio conhecido em administração, como
princípio da prevalência do principal sobre o acessório. René Descartes (1596-
1650), um filósofo, matemático e físico francês, descreve os preceitos do seu
método filosófico, hoje denominado de método cartesiano, serviu de fundamento
para a tradição científica do ocidente (CORRÊA & CORRÊA, 2007).
Thomas Hobbes (1588-1679), filósofo político inglês, acreditava que, na
ausência do estado, os indivíduos tendem a viver em guerra permanente para a
obtenção de meios de subsistência. Desenvolveu a teoria da origem contratual
do estado, segundo o qual o homem primitivo, vivendo em estado selvagem,
passou lentamente à vida social, através de um pacto entre todos. Jean-Jacques
Rousseau (1712-1778), desenvolveu a teoria do contrato social segundo a qual
o estado surge de um acordo de vontades, ele, acreditava que o homem é por
natureza bom e afável e a vida em sociedade o deturpa. Karl Marx (1818-1883)
e seu parceiro Friedrich Engels (1820-1895) propõem uma teoria da origem
econômica do estado. No manifesto comunista, afirmam que a história da
humanidade é uma luta de classes. Homens livres e escravos, patrícios e
plebeus, nobres e servos, mestres e artesãos, exploradores e explorados. O
surgimento do poder político e do estado nada mais é do que o fruto da
dominação econômica do homem pelo homem (SOUZA, 2015).
Referências pré-históricas demostram aplicação prática de fundamentos
de administração como é o caso das magníficas construções erguidas durante a
antiguidade no Egito, na Mesopotâmia, testemunharam a existência em épocas
remotas de dirigentes capazes de planejar e guiar os esforços de milhares de
trabalhadores em monumentais obras que perduram até nossos dias, como as

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pirâmides do Egito. Os papiros egípcios atribuídos à época de 1300 a.C. já


indicam a importância da organização e da administração da burocracia pública
no Antigo Egito. Na China, as parábolas de Confúcio sugerem práticas para a
boa administração pública (SOUZA, 2015).
A história da administração iniciou-se num tempo muito remoto, mais
precisamente no ano 5000 a.C., na Suméria, quando os antigos sumerianos
procuravam melhorar a maneira de resolver seus problemas práticos,
exercitando assim a arte de administrar. Depois, no Egito, Ptolomeu
dimensionou um sistema econômico planejado que não poderia ter-se
operacionalizado sem uma administração pública sistemática e organizada
(MAXIMIANO, 2007; SOUZA, 2015). Em uma época em que a administração
não era conhecida, esses filósofos já conseguiram criar o que hoje é considerado
a base da administração moderna. Com o surgimento da filosofia moderna, deixa
a administração de receber contribuições e influências, uma vez que o campo de
estudo filosófico se afasta enormemente dos problemas organizacionais. Per si
o ato de “administrar”, por si só, está intimamente relacionado à cooperação
humana, desde sua existência. Isso porque todos os grandes feitos da
humanidade, tiveram, minimamente, grupos de pessoas envolvidas, cooperando
umas com as outras, como uma força tarefa, sendo orientadas por alguém
(JUNQUILHO, 2010). Diante do exposto, este trabalho tem como objetivo
descrever o papel da administração pública no desenvolvimento social e
econômico e diferenciar as formas de administração do estado.

2. Referencial Teorico
Segundo Chiavenato (2004) refere que administração moderna é recente,
um produto típico do século XX, na verdade, a administração tem pouco mais de
cem anos e constitui o resultado histórico e integrado da contribuição cumulativa
de vários precursores, filósofos, físicos, economistas, estadistas e empresários
que, no decorrer dos tempos, foram, cada qual em seu campo de atividades,
desenvolvendo e divulgando suas obras e teorias. Por isso, a moderna
administração utiliza conceitos e princípios empregados nas Ciências
Matemáticas (inclusive a Estatística), nas Ciências Humanas (como Psicologia,

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Sociologia, Biologia, Educação etc.), nas Ciências Físicas (como Física, Química
etc.), como também no Direito, na Engenharia, na Tecnologia da Informação etc.
De acordo com Souza (2015) no início do século XX foi conhecida como
escola de administração clássica, nele dois filósofos revolucionaram o modelo
de administração, o primeiro era um americano, chamado Frederick Winslow
Taylor (1856-1915), iniciou a chamada escola da administração científica,
preocupada em aumentar a eficiência da indústria por meio da racionalização do
trabalho do operário, a preocupação básica era aumentar a produtividade da
empresa por meio do aumento de eficiência no nível operacional, isto é, no nível
dos operários. Daí a ênfase na análise e na divisão do trabalho do operário, uma
vez que as tarefas do cargo e o ocupante constituem a unidade fundamental da
organização. Nesse sentido, a abordagem da administração científica é uma
abordagem de baixo para cima (do operário para o supervisor e gerente) e das
partes (operário e seus cargos) para o todo (organização empresarial). O outro
era europeu, Henri Fayol (1841-1925), que desenvolveu a chamada teoria
clássica, preocupada em aumentar a eficiência da empresa por meio de sua
organização e da aplicação de princípios gerais da administração como
planejamento, organização, comando, coordenação e controle.
Estes princípios corroboram com Chiavenato (2008) segundo a qual os
conceitos de administração abordados podem-se compreender que as funções
administrativas estão ligadas diretamente à administração. Estes princípios são
utilizados nos dias de hoje na administração de empresas públicas e privadas.
Ambas teorias surgiram no auge da revolução industrial, caraterizado pelo
número maior de empresas e com necessidade de maior aprofundamento da
estrutura organizacional.
Segundo Chiavenato (2004) revolução industrial ocasionou dois fatos
genéricos, a saber: Crescimento acelerado e desorganizado das empresas,
ocasionando uma gradativa complexidade em sua administração e exigindo uma
abordagem científica e mais apurada que substituísse o empirismo e a
improvisação até então dominantes. O aumento do tamanho das empresas leva
à substituição das teorias de caráter totalizante e global por teorias micro
industriais de alcance médio e parcial com a grande empresa com dimensões

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mais amplas surgem as condições iniciais de planejamento da produção,


reduzindo a improvisação. O segundo fato genérico se prendeu com a
necessidade de aumentar a eficiência e a competência das organizações, no
sentido de se obter o melhor rendimento possível dos recursos e fazer face à
concorrência e à competição que se avolumavam entre as empresas. Com a
substituição do capitalismo liberal pelos monopólios, instala-se nos Estados
Unidos, entre 1880 e 1890, a produção em massa, aumentando o número de
assalariados nas indústrias e sua especialização através da divisão de trabalho
entre os gerentes e os trabalhadores (CHIAVENATO, 2004).

3. Material e Métodos
A metodologia adotada para elaboração deste trabalho baseou-se em um
levantamento bibliográfico que segundo Santos e Parra Filho (2012) é o trabalho
com informações já escritas em livros, jornais, revistas, entre outros existentes.
O tipo de pesquisa desenvolvido foi a conclusiva descritiva, pois descreve um
fenômeno ou situação mediante o seu estudo realizado em determinado espaço-
tempo, que conforme Andrade (1999) neste tipo de pesquisa, os fatos são
observados, registrados, analisados e interpretados, sem que o pesquisador
interfira neles.
O método qualitativo foi utilizado em virtude da qualificação do universo
estudado por meio de abordagens que envolvem a percepção da atitude,
comportamento, ambiente nos quais os agentes públicos estão inseridos e que
por este ângulo constituem aspectos qualitativos(VIERA et al., 2014). Para o
efeito baseou-se em trabalhos disponíveis em plataformas de pesquisas
principalmente Scielo, Scopus e Google Acadêmico, bancos de dissertações e
teses em programas de pós-graduação na área de administração pública,
econômico e social. Para a confecção do trabalho foi priorizado materiais dos
últimos dez anos, adicionando-se referências clássicas e indispensáveis sobre a
administração pública.

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4. Analise e Discussão dos Resultados


Segundo Figueira & Eduardo (2015) fundamentam que, nos tempos atuais
a administração é estruturada pelo conjunto de normas pelas quais o governo
implementa as políticas sociais. Na percepção de Bandeira de Mello (2015);
Pietro (2017) também designadas de princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência.
Historicamente, administração pública sofreu grandes mudanças em sua
forma de gestão, tendo como base os modelos patrimonialista, burocrático e
gerencial, tem objetivo de suprir uma deficiência do modelo anteriores,
introduzindo novos conceitos ou mudando conceitos ineficientes ou nocivos ao
aparelhamento do estado (SILVA, 2015). A Administração pública é o
aparelhamento do estado, organizado para a realização de seus serviços,
visando à satisfação das necessidades coletivas, o estudo da Administração
Pública em geral, “compreendendo a sua estrutura e as suas atividades, deve
partir do conceito de estado, sobre o qual repousa toda a concepção moderna
de organização e funcionamento dos serviços públicos a serem prestados aos
administrados”. No sentido amplo, refere-se ao conjunto de órgãos de governo
com função política e de órgãos administrativos, com função administrativa. Em
sentido estrito, define-se a administração pública como o conjunto de órgãos,
entidades e agentes públicos que desempenham a função administrativa do
estado (SILVA, 2017). A intervenção do Estado, assim, mostra-se imprescindível
para a implementação dos mecanismos capazes de ensejar a pacificação, com
base em seu poder de editar e aplicar normas de cunho geral e abstrato – o que
se legitima pela certeza disseminada na sociedade de que uma decisão
presumivelmente harmonizadora surgirá. (SOUZA, 2017).
O governo é responsável por tomar as decisões políticas a estrutura
administrativa, bem como à administração que executa essas decisões. O
mesmo autor refere que administração compreende todo o aparato existente
(estrutura e recursos; órgãos e agentes; serviços e atividades) à disposição dos
governos para a realização de seus objetivos políticos e do objetivo maior e
primordial do estado é a promoção do bem comum da coletividade (PALUDO,
2012). A administração pública pode ser definida como a atividade que

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desenvolvem os órgãos que compõem o Poder Executivo tendo em vista à


consecução da finalidade do Estado, traduzida na satisfação do interesse social
e no cumprimento de suas obrigações fundamentais de estado. Os fins da
administração se realizam quando atende aos interesses do povo de forma
convincente (MEIRELLES, 1994).
O entendimento desses autores até aqui referenciados leva a considerar
a administração pública como o conjunto de todos os órgãos que executam os
serviços tutelados ou controlados do estado e que integram o seu aparelho
administrativo e suas funções. Ou seja, não somente no sentido formal, por meio
de seus órgãos, mas também como atividade, dada as tarefas orientadas para a
movimentação das engrenagens de funcionamento de governos. A
administração pública é composta por dois setores nomeadamente (ALKIRE &
DENEULIN, 2009).

4.1 Administração Direta do Estado


A Administração direta do estado integra todos os órgãos, serviços e
agentes integrados na pessoa coletiva estado que, de modo direto e imediato e
sob dependência hierárquica do governo, desenvolvem uma atividade tendente
à satisfação das necessidades coletivas (ALKIRE & DENEULIN, 2009). Assim a
administração direta do Estado concentra em si as seguintes características de
que, as pessoas coletivas, publicas menores, não dispõem:
✓ Unidade: o Estado é único ente do género das pessoas coletivas
públicas, que existe por direito próprio e com multiplicidade de atribuições
baseando no artigo da Constituição da República de Moçambique;
✓ Caráter originário: o Estado nasce por direito próprio
diferentemente das outras pessoas coletivas, publica que são criadas por
este reconhecidas por lei no caso das autarquias locais;
✓ Territorialidade: o estado é única entidade que exerce os seus
poderes em todo território nacional abrangendo das autarquias locais
(BITTENCOURT, 2017).

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4.2 Administração Indireta do Estado


A administração indireta do estado compreende o conjunto das
instituições pública, dotadas de personalidade jurídica própria, criadas por
iniciativas dos órgãos centrais do estado para desenvolver atividades
administrativas destinada a realização dos fins estabelecidos no ato da sua
criação. Em sentido amplo, compreende tanto a função política, que estabelece
as diretrizes governamentais, quanto a função administrativa, que as executa.
administração pública, como atividade desenvolvida pelo Estado (SANTOS et
al., 2021).
A administração indireta do Estado é o conjunto de pessoas
administrativas que, vinculadas para administração direta, tem objetivo de
desempenhar as atividades administrativas de forma descentralizada, o seu
objetivo é a execução de algumas tarefas de interesse do Estado por outras
pessoas jurídicas. Quando não pretende executar certa atividade através do seu
próprio órgão, o poder público transfere a sua titularidade ou execução a outras
entidades. Regras gerais, as pessoas coletivas criadas no âmbito da
administração indireta do estado podem gozar de autonomia administrativa,
financeira e patrimonial, devendo para o efeito, o ato de sua criação fazer tal
menção (BITTENCOURT, 2017).

4.3 Administração Pública e o Desenvolvimento Social e Económico


O conceito de desenvolvimento social refere-se ao capital humano e
capital social de uma sociedade, significa e inclui a evolução ou mudança
positiva das relações entre indivíduos, grupos e instituições da sociedade. O
desenvolvimento econômico é um método amplo caracterizado pela melhoria
dos padrões de vida de um país ou região. O desenvolvimento pode adicionar
variáveis quantitativas ou qualitativas (SANTOS et al 2021).
De acordo com Mendonça & Holanda (2016) a lei estabelece as diretrizes
e bases do planejamento do desenvolvimento nacional equilibrado, o qual
incorporará e compatibilizará os planos nacionais e regionais de
desenvolvimento”. Portanto, uma atuação do Estado dependerá, nesse caso, de
manifestação do Poder Legislativo, custeada com os recursos advindos da

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cobrança de impostos. A administração pública, além de fomentar a criação de


condições para o crescimento económico e a ampliação dos aspectos sociais,
os atos executados possibilitam a criação de “políticas públicas fomentando o
impulso e a execução de atividades em prol da economia e da captação de
benefícios, da oferta de empregos e da ampliação de investimentos. A
administração pública apresenta aspectos de grande impacto económico e social
porque exerce a função de subsidiar elementos indispensáveis aos anseios da
sociedade, ou de modo restrito, ao atendimento das comunidades de seus
respectivos estados, vilas e municípios (CHIAVENATO, 2011; MENDONÇA &
HOLANDA, 2016).
Segundo (COSTA, 2008) administração pública facilita o
desenvolvimento económico e social porque seus atos convergem,
indiscutivelmente, para a adopção de medidas públicas centradas em objetivos
adequados para determinados fins e extremamente úteis das áreas vitais como
saúde, agricultura e educação.

5. Considerações Finais
Conclui-se que, a administração tem contribuído na flexibilidade e
eficiência de tarefas da empresa seja ela pública ou privada, ajuda a participação
da sociedade nas ações governamentais que se dá através de exposições de
necessidades, avaliações, reivindicações ou sugestões de melhorias na
prestação dos serviços públicos.
Administração pública, além de fomentar a criação de condições para o
crescimento económico e a ampliação dos aspetos sociais, os atos executados
possibilitam a criação de políticas públicas fomentando o impulso e a execução
de atividades em prol da economia e da captação de investimentos para criar o
bem-estar da sociedade em geral.

Agradecimentos

Os autores agradecem à Universidade Pedagógica de Moçambique, Academia


Militar Marechal Samora Machel e a Universidade Federal do Espírito Santo pela

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oportunidade no processo de ensino, também se estendem à Coordenação de


Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) pela concessão de
bolsa de estudos.

REFERÊNCIAS

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