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Introdução...................................................................................................................................3
Revisão da Literatura..................................................................................................................4
Discussão da Literatura...............................................................................................................6
Conclusão..................................................................................................................................10
Referências Bibliográficas........................................................................................................11
Introdução
O presente trabalho tem como tema O papel da Administração Pública Comparada e sua
relação com os interesses sociais. Ele surge no contexto dos trabalhos de campo. Ele justifica-
se numa constatação, onde a existência de uma profunda diversidade cultural, regimes
políticos diferentes e formações históricas específicas que existem de país para país imprime
em cada um deles uma feição única, o que explica as variações sobre os objectivos, estilos
administrativos, funções e papel da administração pública no mundo. Observa-se ainda que na
administração empresarial busca-se de forma incessante, modelos considerados
universalmente válidos, enquanto no estudo da administração pública ocorre, em geral, uma
perspectiva comparada. Desde o parlamentarismo ao presidencialismo, dos modelos de
funcionários de confiança aos modelos de burocracia plena e permanente, culturas e
sociedades diferentes propiciam opções e estratégias institucionais diferenciadas de
organização política e de acção pública.
Objectivo Geral:
Objectivos Específicos
Freitas do Amaral (2006), define a Administração Pública em sentido orgânico como sendo
“um sistema de órgãos, serviços e agentes do Estado bem como das demais pessoas colectivas
públicas, que asseguram em nome da colectividade a satisfação regular e continua das
necessidades colectivas de segurança, cultura e bem-estar”
Segundo o mesmo autor, Administração Pública é a actividade típica dos serviços públicos e
agentes administrativos no interesse geral da colectividade, com vista a satisfação regular e
continua das necessidades colectivas de segurança, cultura e bem-estar, obtendo para o efeito
os recursos mais adequados e utilizando as formas mais convenientes”.
A administração pública comparada deve ser entendida aqui como o domínio do saber que
compara padrões de administração pública entre diferentes Estados-nação. Os teóricos da
administração pública, no passado, se preocupavam em focar os seus estudos nos fenômenos
administrativos dentro do seu próprio país, no quadro do seu sistema político-administrativo
específico. Esse contexto foi profundamente alterado com a globalização, que trouxe no seu
bojo uma maior discussão dos problemas administrativos e das soluções encontradas, bem
como uma ampla difusão dos estudos sobre o tema, em especial, os relatórios e trabalhos
elaborados pela OCDE, FMI, BIRD, American Society for Public Administration e European
Group for Public Administration. A globalização fomentou as mudanças na teoria e na prática
da administração pública, abandonando as tendências paroquiais que têm permeado a ciência
da administração nos diferentes países (Khator & Garcia-Zamor, 1994:10 apud Matias-
Pereira, p. 64).
Reformas Administrativas
Conjugando Bresser-Pereira (1997) e de Paes de Paula (2005), Coutinho (2014, p. 101) faz
perceber que os modelos conhecidos na administração pública são o patrimonial, o
burocrático, o gerencial e um modelo ainda em construção, o societal. Cada um desses
modelos possui características distintas dos demais, porém eles se desenvolvem e criam
formas próprias ao serem implantados em determinado Estado, configurações essas que
passam pelos filtros das diferenças históricas, culturais, sociais e políticas de cada nação.
Discussão da Literatura
De uma forma resumida percebe-se que a administração pública comparada surgiu
praticamente na década de 1980 como resultado de um desenvolvimento que se via e que por
consequência do mesmo, alguns governos já não conseguiam dar conta, ou seja, responder
com eficácia as necessidades que se instalavam no dia-a-dia e, portanto, houve a necessidade
de se adoptar uma nova estratégia que se constitui na busca de soluções através de
comparações entre certas formas de administração adoptadas em outros países com o
objectivo de achar as diferenças que os constitui.
Através dessa diferença percebe-se que o intento é implementar algumas inovações, seguindo
não obstante a lógica do Neoliberalismo que vem se acoplando cada vez mais à inovação
tecnológica e a integração social dos indivíduos, torna-se necessário que haja uma
planificação mais eficiente de modo a contemplar por exemplo a mão-de-obra existente, bem
como criar uma perspectiva que dos serviços de que o Estado possa necessitar ao longo de um
tempo próximo.
Como podemos notar através Baptista (2017, p. 1), que a partir dos anos 80 do século
passado, isto é, do século XX, em virtude da era do Estado “mínimo” 1 nos EUA e no Reino
Unido, tornou-se patente a modificação do papel do Estado, atendendo à necessidade dos
governos considerarem as consequências sociais da crise económica e tomarem medidas de
ajuste estrutural, bem como, ao aumento da participação popular que exigiu maior
transparência e responsabilidade dos governantes.
1
O Estado mínimo é um tipo de estado que procura intervir o mínimo possível principalmente na economia do
país, mas também em questões sociais, dando mais poder às autoridades regionais (locais) em detrimento do
poder central. Esta posição é largamente difundida por um autor contemporâneo Robert Nozick conhecido pela
sua obra Anarquia, Estado e Utopia.
comparar modelos de administração tais como o modelo gerencial, o burocrático, o
patrimonialista.
Este tipo de administração se baseia em criar reformas administrativas tal como foi descrito
na revisão da literatura. Essas reformas se voltam a melhorar, ou seja, dar eficácia aos
serviços que são prestados à comumidade, daí a sua relação com os interesses sociais.
De acordo com Capobiango et al (2013) citados em Junior (2019, p. 3), o que se tem
compreendido é que as reformas administrativas são conduzidas de forma a adaptar a máquina
pública ao ambiente, sempre em mudança, no qual se insere. Os mesmos autores ressaltam,
ainda, a importância de considerar as peculiaridades de cada país para, dessa forma, permitir
uma melhor compreensão da trajetória da administração pública.
O que se pode perceber é que um sistema de administração comparado tem como objectivo os
interesses sociais, partindo do objectivo da administração que é gerir os bens públicos de uma
forma eficiente. Neste contexto, a administração comparada tem como objectivo comparar as
diferentes formas de administração com o objectivo de oferecer aos cidadãos uma melhor
forma de aceder aos benefícios, ou seja, oferecer um melhor acesso aos direitos fundamentais
aos indivíduos.
A evolução da Administração Pública moçambicana, busca os seus alicerces nas várias fases
da presença Portuguesa e do jugo colonial iniciada nos finais de século XV (1498). Importa
destacar a descoberta de Vasco da Gama e a sua posterior fixação no litoral de Moçambique,
inicialmente como mercadores (efectuando trocas comerciais) e mais tarde como efectivos
colonizadores.
Segundo Nyakada (2008) a lógica da Administração Pública apresenta-se disposta da seguinte
forma:
A Agenda 2025 é categórica ao considerar que “as instituições devem ser estruturadas para
que a mudança de titulares de órgãos governamentais não crie rupturas nem impeçam a
prossecução de políticas, projectos e acções em curso”, e advoga a favor da promoção da
“cultura de Estado e despersonalização das instituições públicas”
A não definição clara do papel do sector público em relação ao sector privado e à sociedade
civil, designadamente no que respeita às definições de políticas públicas, à regulamentação e
regulação das relações na sociedade, bem como à resolução de conflitos decorrentes do seu
próprio funcionamento. A institucionalização incompleta das responsabilidades e dos
mecanismos e formas de participação das organizações e representantes da sociedade civil,
designadamente das comunidades locam, bem como do sector privado na gestão de questões
de interesse público.
Para fazer face a esta situação o Governo aprovou uma estratégia de longo prazo, a Estratégia
de Reforma e Desenvolvimento da Administração Pública 2012-2025 (ERDAP), com
objectivo fundamental de continuar com as reformas, de forma mais integrada nas actividades
do sector público.
Referências Bibliográficas
Amaral, DF. (2006). Curso de Direito administrativo. Volume I.3ª Ed. Coimbra, Portugal.