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Universidade Save – Extensão Maxixe

Licenciatura em Ensino de História com Habilitações em Geografia

Cadeira: Economia Política

Docente: Ma. Melordino Simbine

Nome: Ressimae Mutemba

Algumas Considerações Sobre a História da Economia

As primeiras manifestações de um pensamento económico aparecem em textos legais e


religiosos. Inicialmente nos textos legislativos, como a constituição de Sólon (VI A.C.), que
testemunha o conflito entre a classe comercial ascendente e a aristocracia agrária. Mais tarde
em livros dedicados, destacando-se o "Económico" de Xenofonte.

Platão foi o primeiro pensador que se refere largamente à divisão social do trabalho e à
origem e organização real, e ideal, da cidade estado. Os cidadãos estarão divididos em três
classes: a dos "guardiões filósofos", a dos "guerreiros" e a dos "produtores". Por sua vez,
Aristóteles criticava a crematística por ela desviar a moeda da sua função de medida comum
dos valores. Pois ele dizia que ao acumular moeda permitia adquirir quaisquer bens em
qualquer momento. Ao ganhar a categoria de "capital", a moeda abandonava a sua função
"natural".

Com o fim da Civilização Grega, o desenvolvimento da ciência económica por parte dos
romanos é consequência do sistema jurídico: sistema de contratos, afirmação da propriedade
individual, garantia jurídica do direito de testar, distinção ente direito público e privado, ente
o regime jurídico das pessoas e os direitos reais, a instituição da propriedade individual,
perpétua e absoluta, a liberdade contratual. Estes também condenavam o desenvolvimento
económico à moda dos gregos, pois ele era responsável pelas desigualdades sociais.

Na seguinte idade média, o pensamento económico foi dominado pelo clero e a autoridade,
onde começaram a formular-se concepções de justeza, como forma de nivelar o desnível que
houve na idade antiga, onde o desenvolvimento económico era denotado de forma negativa.
Neste contexto, foram proibidas os juros nos empréstimos.
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Na idade moderna começaram a surgir teorias mercantis como o bulionismo que preconizava
a acumulação de metais preciosos como o verdadeiro sinónimo de riqueza, sendo a Espanha,
França e Inglaterra alcançando espaços de pódio neste desígnio de ideias. É desta época que
deriva o papel-moeda que hoje é tão vulgar, também a balança comercial. Os fisiocratas iriam
surgir como contradição ao mercantilismo. Para eles, a terra era sinónimo de riqueza, e não os
metais, pois todas as actividades dependiam da única que era capaz de produzir a partir do
nada, a agricultura. Com seu expoente Quesnay, esta teoria inspirou Adam Smith, o pai da
Economia Política e mais tarde os ideais da Revolução Francesa.

Na entrada da idade contemporânea, inaugura-se a chamada escola clássica da Economia com


a publicação da obra A Riqueza das Nações de Adam Smith (1750) com a introdução de
conceitos económicos como valor de uso e valor de troca dos bens, onde mith

Designa por valor de uso a utilidade que um qualquer objecto possui. O valor
de troca depende das variações da oferta e da procura do mercado. Aumenta
com o aumento da procura e diminui com o aumento da oferta. Este
mecanismo equilibra-se espontaneamente.

Nesta linha encontra-se também David Ricardo com a sua teoria de renda de terra, onde
afirma que a o crescimento populacional afecta directamente nos preços dos produtos, pois
em virtude desse aumento, foram primeiro as terras férteis ocupadas e depois as menos férteis
e desse modo, encarecendo-se os produtos. No mesmo contexto, Malthus aparece com a
limitação dos nascimentos para garantir uma melhor distribuição entre outros, porém
ressaltamos Stuart Mill na sua teoria das leis que regem o comportamento do homo
economicus. Para Stuart Mill, a industrialização é um caminho meio andado para o sucesso,
porém um país pouco industrializado pode ganhar mais com a importação e perder mais se
optar pela sua industrialização, porém não se deixa de lado o papel industrialização.

As reacções contra o liberalismo não tardaram e com elas ideias de uma economia mais
humanizadora que mais tarde viria desembocar o socialismo que era totalmente contrário ao
liberalismo, seja na sua vertente utópica, seja na sua vertente científica com Karl Marx ao
defender que o final da sociedade era um comunismo pois o capitalismo já mostrava-se uma
doutrina não muito segura, apresentando crises internas e incapaz de as controlar, aliás porque
ela era uma doutrina constituída por crises. Para ele, o comunismo era uma forma final da
evolução do homem sem crises, pois o homem já teria atingido a plena consciência.

No contexto das reacções, ainda teria surgido a escola Histórica da economia na Alemanha,
que considerava os fenómenos económicos como determinados pelo comportamento
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psicológico dos indivíduos, os institucionalistas são mais intuitivos do que lógicos;


sociologicamente inclinam-se para o predomínio do colectivo sobre o individual; e concebem
a evolução do direito como sendo o factor estrutural básico das transformações da realidade
económica. Para a determinação do valor, os institucionalistas preocupam-se, sobretudo, com
o efeito da produção no mercado. A sua ideia original reside na convicção de que as
instituições orientam e limitam a actividade económica, que não deve ser encarada,
consequentemente, como o puro produto de um cálculo individual e racional.

Para esta escola, os mecanismos do mercado devem ser definidos tendo como base o passado
ou legado de uma determinada comunidade. As doutrinas inspiradas no cristianismo foram
uma tentativa de ajustar a sociedade à moda do socialismo.

Após tentativas como o socialismo, ressurgiu o neoliberalismo, que é uma nova forma do
liberalismo clássico. Ele buscou a ideia liberal de ausência do Estado nos negócios dos
empresários, porém como já se disse, foi uma nova forma, onde o Estado era agora permitido,
mas apenas como supervisor de modo a garantir que os principais serviços sociais como
educação, saúde e obras públicas sejam garantidos a sua manutenção.

O neoliberalismo surgiu na década de 1970, como uma forma de resgate dos valores de
desenvolvimento económico, uma vez que o socialismo que se mostrava promissor a poucas
décadas começa a entrar em decadência. O seu caminho foi preparado por teorias como o
Taylorismo, o Toyotismo nos séculos precedentes.

Em sua essência o neoliberalismo limita o avanço de sectores como educação e saúde, pois a
sua tendência é acumular o lucro e quanto mais o terceiro estado sofre com a pobreza, este
primeiro Estado segundo vai crescendo a sua economia.

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