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Índice
Introdução.......................................................................................................................................... 3
1. Sistema eleitoral ............................................................................................................................. 4
2. Tipos de Sistema eleitoral ............................................................................................................... 4
3. O sistema eleitoral moçambicano ................................................................................................... 5
4. Vantagens e desvantagens do Sistema de Representação Proporcional.......................................... 6
4. Princípios a serem respeitados pelos Sistemas Eleitorais ................................................................ 6
5. Considerações finais ...................................................................................................................... 7
5. Bibliografia .................................................................................................................................... 8
Introdução
Após quase duas décadas de guerra civil, Moçambique teve as suas primeiras eleições
democráticas em 1994. Reconhecidas como livres, justas e bem-sucedidas, as eleições
ilustraram a medida em que as duas maiores forças políticas se comprometeram a trazer a paz
e a introduzir o sistema multipartidário. A escolha de um sistema eleitoral é uma das decisões
institucionais mais importantes para qualquer democracia. Na maioria dos casos, a escolha de
um sistema eleitoral em particular tem um profundo efeito na futura vida política do país em
questão, e os sistemas eleitorais, uma vez escolhidos, frequentemente se mantêm
relativamente constantes enquanto os interesses políticos se solidificam ao seu redor e
respondem aos incentivos apresentados por eles. As escolhas que são feitas podem ter
consequências imprevistas, bem como efeitos previsíveis. Portanto, pretende-se com este
trabalho debruçar em torno do sistema eleitoral moçambicano. Para a realização do presente
trabalho, efectuou-se uma pesquisa meramente bibliográfica.
1. Sistema eleitoral
O sistema eleitoral diz respeito aos múltiplos aspectos da legislação eleitoral. O sistema
eleitoral é caracterizado pela estrutura do boletim do voto a qual determinando como os
votantes podem exprimir as suas escolhas, a barreira eleitoral ou o mínimo de votos
necessários por um partido para assegurar a representação, a fórmula eleitoral a qual
determina como os votos são convertidos em mandatos, e a magnitude do círculo eleitoral a
qual é determinada pelo número de assentos parlamentares por cada círculo eleitoral.
O sistema eleitoral influência a composição dos parlamentos mas também determina, até certo
ponto, o sistema partidário e o sistema de governo. O estudo dos sistemas eleitorais e as suas
consequências permite conhecer a engenharia eleitoral, ou seja, as regras eleitorais como
também o comportamento eleitoral daqueles que exercem o direito do voto, neste caso os
cidadãos ou votantes.
De acordo com IDEA (2005), a escolha de um sistema eleitoral é uma das decisões
institucionais mais imporantes para qualquer democracia. Na maioria dos caso, a escolha de
um sistema eleitoral em particular tem um profundo efeito na futura vidapolítica do país em
questão, e os sistemas eleitorais, uma vez escolhidos,frequentemente se mantêm relativa
mente constantes enquanto os interessespolíticos se solidificam ao seu redor e respondem aos
incentivos apresentadospor eles. As escolhas que são feitas podem ter consequências imprevis
tas, bemcomo efeitos previsíveis
1. Maioritários – de maioria simples (o partido que obtém mais votos ganha todos os
mandatos); ou, maioria absoluta (os lugares são ganhos com 50% dos votos mais um).
Este sistema favorece a formação de maiorias parlamentares e a estabilidade
governamental; favorece os grandes partidos em detrimento dos mais pequenos e a
representação tende a ser personalizada e local.
5. Considerações finais
A grande vantagem do sistema adoptado em Moçambique foi a sua capacidade para
assegurar um processo de pacificação e reconciliação nacional. Isto se deveu a uma
conjugação de três elementos principais. Por um lado, o envolvimento directo do sistema das
Nações Unidas em quase todas as fases do processo eleitoral – na prática funcionando como
a terceira parte garante da implementação dos acordos conseguidos - foi crítica. Por outro
lado, a de facto bipolarismo político assumido pelas duas principais forças políticas na
constituição e funcionamento dos órgãos eleitorais também contribuiu para amenizar o
ambiente de desconfiança e serviu de garantia de uma certo grau de competição política
dentro de limites não destrutivos do processo de reconciliação nacional. Finalmente, mas não
menos importantes, a força das organizações da sociedade civil também desempenharam um
papel crucial durante este período. Com efeito, o fenómeno do cansaço da guerra e o desejo
de encontrar um novo começo para o país levou a que várias entidades da sociedade civil
tomassem inúmeras iniciativas com vista a garantir que eleições consolidassem em vez de
travar o processo de paz. Em Moçambique, a escolha do sistema eleitoral, feita no contexto
das negociações de Paz de Roma, ao envolver as principais forças políticas, representou o
compromisso político possível.
6. Bibliografia