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SERGIO SCHNEIDER
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Figura 1
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Conversão
Diversificada
4 ,
3 Agroecologia
V OLUME
4 Pluriatividade
|
Agroindústrias, Cooperativas
5
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PMEs locais
Fonte: Ploeg (2010), adaptado por Sergio Schneider.
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Figura 2
Integração
DIVERSIFICAÇÃO
Migrações Agroindustrial
Agrícola Não-Agrícola
Av. João Pessoa, 31 – Fone/Fax: (51) 3308.3281 – Porto Alegre – RS – 90040.000- pgdr@ufrgs.br www.ufrgs.br/pgdr
Choques Vulnerabilidades
Riscos
Doenças Diversas
Clima
AMBIENTE HOSTIL
“condicionantes”
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Figura 3 – Organograma de tipificação das rendas
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4 ,
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Fonte: Schneider e Anjos (2003), versão modificada Schneider (2006).
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...
1960
Modernização Agrícola:
Processo seletivo que
privilegiou produtivismo
≠ Os “esquecidos e excluídos”
do processo: pequenos, pobres
e marginalizados
to
Outros Rurais:
Sem-terra;
- “Rentistas” Agricultura Agricultura Pequenos proprietários;
- Agricultura Familiar Familiar migrantes;
desempregados rurais;
Patronal Empresarial Camponesa etc, etc
Inseridos
Inseridos na
na cadeias
cadeias de de produção
produção agrícolas agrícolas
Produção agrícola FORA das
Produção agrícola das cadeias
cadeias
Agricultura Produção
Produção para para autoabastecimento,
autoabastecimento,
Agricultura de
de exportação
exportação -“Agronegócio”
-“Agronegócio” mercados
mercados locais
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regionais
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10 Trabalho mais
recente de Bollinger e
Isso significa que a maior fatia do total da produção
Oliveira (2010), com agropecuária brasileira é realizada por cerca de 20% dos
base nos dados do Censo
Agropecuário de 2006, estabelecimentos (grandes áreas e patronais e pequenas áreas
mostra que há um estrato
de estabelecimentos e familiares, segunda e terceira categoria, respectivamente),
familiares e outros
patronais, que, malgrado
que, juntos, detêm pouco mais de um terço da área total de
as diferenças de área que terra disponível para a produção agropecuária do Brasil.10
possuem (uns são grande
e outros pequenos Malgrado essa diversidade de categorias sociais presentes no
proprietários), ambos
auferem rendimentos meio rural do Brasil, a distribuição da terra e a participação na
baixos de sua atividade.
Quando se classifica produção mantêm-se quase inalteradas desde a década de 1970,
os estabelecimentos
agropecuários por classes
indicando que a modernização agrícola lançou raízes profundas.
de rendimento agrícola, Os dados do último Censo Agropecuário (realizado em 2006
93% dos que recebem
abaixo de 10 mil dólares/ e divulgado em 2009) mostram que não houve mudanças
ano são familiares e
6,7% são não familiares. expressivas na concentração da propriedade da terra (o Gini
No estrato superior de
rendimento acima de
Index se mantém estável em torno de 0,85 desde 1975), malgrado
250 mil dólares/ano,
64,3% são familiares e
a criação de unidades de conservação ambiental (que ocupam
35,7% patronais. quase 20% do território) e a ampliação dos assentamentos por
via de reforma agrária (entre 1990 e 2008, foram assentadas
874.123 mil famílias em 80 milhões de hectares).11 Estudo recente
11 Maiores informações de Hoffmann e Ney (2010) utilizando medidas de concentração
sobre a estrutura
fundiária da agricultura com base nos dados do Censo Agropecuário e da PNAD mostra
brasileira podem ser
obtidas em França et al. que, entre 1975 e 2006, a proporção da área de terra ocupada
(2009) e Hoffmann e Ney
(2010). pelos 50% dos estabelecimentos menores permaneceu em torno
de 2,3% sobre o total, ao passo que os 5% dos estabelecimentos
de maior tamanho concentram quase 70% da área total.
O aspecto mais relevante a ser destacado, contudo, é
que a transformação estrutural que a modernização agrícola
produziu no meio rural brasileiro asseverou e aprofundou as
desigualdades sociais e econômicas existentes. Os grupos sociais
formados pelos pequenos proprietários, agricultores com pouca
terra ou apenas moradores do meio rural, que constituem a
base da sociedade rural brasileira, foram absolutamente alijados
desse processo. José de Souza Martins (1981, 1999, 2004), em
seus vários trabalhos sobre as relações sociais no meio rural,
salienta que, desde o período imperial (século XVII até XX),
passando pela industrialização iniciada na década de 1930 e
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agricultura familiar no Brasil era quase inexistente, uma vez que (2010).
15 Artigo recente de
Navarro e Pedroso (2010)
termos, há notáveis interesses políticos, sendo necessário que
discute em profundidade os estudiosos e analistas sejam capazes de distinguir entre
essa temática. Para além
de sua crítica ao próprio o que é propriamente uma construção política com sentido
estatuto conceitual da
agricultura familiar, os ideológico daquilo que é um sinal da existência de uma nova
autores sugerem que
a análise deveria se
categoria na estratificação social do meio rural brasileiro.15
centrar na discussão da Para entender as formas familiares de trabalho e suas
formação das hierarquias
sociais no meio rural. estratégias de reprodução ao longo da história, a primeira
questão que se apresenta refere-se à comparação entre a
configuração atual da agricultura familiar (ou dos grupos
sociais assim identificados) em relação àquelas formas
sociais que se implantaram no passado, através dos processos
de ocupação e colonização. Segundo o entendimento aqui
adotado, embora trabalhem sobre um pequeno lote de terra,
mobilizando e utilizando basicamente a força trabalho do
grupo doméstico, os distintos grupos sociais espalhadas pelo
Brasil formados pelas diversas categorias de habitantes do
espaço rural podem ser denominados de agricultores familiares.
O que lhes confere essa identidade está no fato de que
constituem um vasto contingente social que possui acesso
precário aos meios de produção, como terra e capital produtivo,
assim como informações parciais e insuficientes sobre os canais
de escoamento de sua produção. A força de trabalho da família
é seu principal fator produtivo abundante, mas enquanto um
núcleo familiar, trabalho e produção fazem parte de um todo
indivisível em que as relações de consanguinidade e parentesco
funcionam como cimento e fator de coesão do grupo social.
Embora produzam excedentes destinados aos consumidores dos
núcleos urbanos mais próximos ou mesmo aos mercados mais
longínquos, essas famílias de agricultores raramente abandonam
a produção para o autoaprovisionamento ou autoconsumo, o
que lhes permite um jogo permanente entre vender, trocar
ou consumir, que é o fator preponderante de sua autonomia
cultural, social e econômica em relação à sociedade capitalista
em que estão inseridos.
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Quadro 1
Diferentes formas de produção de mercadorias
Resultado
da - + + +
produção
Outros - - + +
recursos
Força de - - - +
trabalho
Objetivo Autoabastecimento sobrevivência renda mais-valia
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