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Trabalho de campo 1
Tema: Identificar os procedimentos para organizar uma rede de extensão
Qualificação em Agropecuária
2º Ano
Quelimane
Junho de 2021
Índice
Introdução ....................................................................................................................................... 3
1.3. Demonstrar compreensão dos diferentes aspetos na gestão da equipe de extensão ............. 7
Conclusão ........................................................................................................................................ 9
Introdução
Este trabalho procura responder questões relacionadas com Identificação dos procedimentos para
organizar uma rede de extensão descritos a partir de uma estrutura que parte da introdução,
desenvolvimento, conclusão e referencias bibliográficas.
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A liderança tem sido um dos temas organizacionais mais estudados nas últimas décadas, tornar-se
cada vez mais importante na vida de todas as organizações pelo facto de, por um lado, o mundo
organizacional requerer líderes eficazes para a condução bem-sucedida das organizações e, por
outro lado, a liderança representar o processo mais eficaz de renovar e revitalizar as organizações
e impulsioná-las rumo ao sucesso e à competitividade (Chiavenato, 2005 apud Bento, s/d).
“[….] são necessários dois aspetos para utilizar a teoria da contingência de Fiedler:
primeiro, o líder deve conhecer qual o seu estilo – orientado para a tarefa ou para
os relacionamentos; segundo, o líder deve saber diagnosticar a situação e
determinar se as relações com os seus membros, estrutura da tarefa e poder de
posição são favoráveis ou desfavoráveis (Fiedler & Garcia, 1987). Adequando o
estilo de liderança à situação, o líder pode aumentar a eficiência e eficácia do
grupo”.
Por outras palavras, uma pessoa torna-se líder não apenas devido aos atributos da sua
personalidade, mas, também, em virtude da coexistência de vários fatores situacionais da interação
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entre o líder e os seus subordinados. De acordo com esta teoria, são três os principais fatores que
determinam se uma dada situação é favorável ou desfavorável ao líder:
Conforme o Plano Diretor de Extensão Agrária (2007-2016), Moçambique está aberto a várias
metodologias de extensão agrária, como forma de acolher a prática de vários intervenientes e
adequar-se aos sistemas socioeconómicos e agrogeológicos predominantes (DNEA, 2007). A
seguir será descrito a metodologia de extensão, designadamente, a Escola na Machamba do
Camponês apesar de o país possuir o Programa Integrado de Transferência de Tecnologias
Agrárias. Alage (2017)
A escolha deste método de extensão aplicado em Moçambique deve a sua familiarização, onde
tive a oportunidade de trabalhar com as EMCs de 25 de junho e do povoado de muloguiua ambos
no distrito de Nicoadala.
A metodologia Farmer Field School (FFS) traduzida em Moçambique como (EMC), surgiu no
mundo em resposta à busca de métodos participativos de difusão de tecnologias aos agricultores.
Desde a sua origem, a EMC tem sido palco de debates acesos entre académicos e políticos, tendo
sido usada de três formas seguintes (Waddington e White, 2014 apud Alage, 2017): como um tipo
de extensão, como uma maneira de educação de adultos ou ainda e como uma forma atrativa de
difusão de tecnologias.
Analisando várias intervenções numerosos economistas (Feder, et al., 2004) citado por Alage
(2017) questionam a opção pela EMC por a considerarem onerosa, facto que, por conseguinte,
possa comprometer a sua sustentabilidade. Assim como lamentando, entretanto, ser uma lacuna a
ausência de dados de base para a sua comparação na avaliação.
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Perante esses debates sobre a sustentabilidade das EMC e seus impactos, Eicher (2007) citado por
Alage (2017) considerou prematuro considerar a EMC como sendo uma metodologia apropriada
para os países em vias de desenvolvimento e por isso recomendou o aprofundamento de estudos
das mesmas em função das condições agro-ecológicas.
Moçambique introduziu o modelo de Treino e Visita em 1988, com apoio do Banco Mundial, um
modelo completamente “top-down” baseado em pressupostos não realísticos em Moçambique,
sobretudo na altura, como por exemplo uma forte capacidade de investigação e existência de
tecnologias a espera de serem adotadas (DNEA, 2007). Em 1992 este modelo foi modificado,
dando origem ao Treino e Visita Modificado que era mais participativo e flexível na periodicidade
das suas ações como formações. Em 2004 foi introduzida a metodologia Escola na Machamba do
Camponês e mais tarde, em 2011, foi criado o Programa Integrado de Transferência de Tecnologias
Agrárias (PITTA). Alage (2017)
Segundo (Maunder, 1973: 3) citado por Alage (2017) definem a extensão rural como um serviço
ou sistema que usando processos educativos, ajuda a população rural, através de processos
educativos a melhorar os métodos e técnicas de produção agrícola, a aumentar a eficiência da
produção e as receitas, a melhorar os seus níveis de vida e a elevar os padrões sociais e culturais
da vida rural.
Alage (2007) saliente que a comunicação, nesse processo, deve ser multifacetada para que os
serviços de extensão possam satisfazer os produtores e permitir que os investigadores estejam
informados sobre o desempenho das tecnologias, suas adaptações e resultados no aumento da
produção e da produtividade.
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Ainda nesse contexto o autor acima citado acrescenta que apesar de se reconhecer que a extensão
rural é importante também são feitas críticas ao seu processo. Uma das razões para essas críticas
está associada a exclusão de certos grupos acima referidos. Para além disso outras razões que
determinam os estilos de liderança numa organização de extensão são atribuídas aos seguintes
fatores:
Para concluir Scholz (2014) resume afirmando que a extensão rural não exercita nenhum
planejamento estratégico. Trabalha em programas e projetos demandados das comunidades, os
quais constituem planos operacionais de trabalho, normalmente orientados para a produção e
focados no componente técnico (ASBRAER, 2006, p.81).
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Conclusão
A metodologia Farmer Field School (FFS) traduzida em Moçambique como (EMC), surgiu no
mundo em resposta à busca de métodos participativos de difusão de tecnologias aos agricultores.
Apresentando-se como um tipo de extensão, como uma maneira de educação de adultos ou ainda
e como uma forma atrativa de difusão de tecnologias.
extensão rural é comunicação orientada para educação de adultos, de adesão voluntária e pressupõe
a existência de uma inovação a ser partilhada pelos extensionistas.
Também, a extensão rural não exercita nenhum planejamento estratégico. Trabalha em programas
e projetos demandados das comunidades, os quais constituem planos operacionais de trabalho,
normalmente orientados para a produção e focados no componente técnico, com isso conclui-se
que:
Condições para organização do serviço de extensão incluem aspetos como comunicação,
informação, adaptação a ambiente de mudanças, motivação dos trabalhadores,
flexibilidade, número de agricultores e recursos disponíveis e;
Aspetos de gestão de equipa de extensão referem-se a treinamento, compensação para bom
desempenho, motivação e satisfação profissional, composição/formação da equipe
(generalistas e especialistas), resolução de conflitos, aspetos de género.
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Referencias bibliográficas
3. Nhancale, Inácio Tiago (2011). Conceitos básicos sobre extensão rural e o papel do
extensionistas. Direção nacional de extensão agraria, Maputo.