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QUESTÃO 7 (FCC - PROC PGE RN/PGE RN/2014) Segundo o Código Tributário Nacional, a
definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se da validade jurídica dos atos
efetivamente praticados, da natureza do seu objeto e seus efeitos, bem como dos efeitos dos
fatos efetivamente ocorridos. Diante disso,
(A) somente os negócios juridicamente válidos podem ser definidos como fato gerador de
tributos.
(B) a hipótese de incidência pode ter em seu aspecto material fatos ilícitos, desde que
compatíveis com a regra-matriz de incidência prevista na Constituição Federal.
(C) somente os negócios jurídicos com agente capaz, objeto lícito e forma prevista ou não
proibida em lei serão fatos geradores de tributos.
(D) a circulação de mercadoria objeto de contrabando não pode ser fato gerador do ICMS,
tendo em vista que o objeto do negócio, qual seja, a mercadoria, é ilícita.
(E) o recolhimento de ITCD incidente sobre doação de bem imóvel em fraude contra credores
é válido, mesmo diante de anulação do negócio jurídico por decisão judicial irrecorrível.
De acordo com a jurisprudência majoritária do STJ, em relação a tributos e multas devidos pela
empresa Y e referentes a fatos geradores ocorridos até a data da sucessão, a empresa X
responderá
(A) apenas pelos tributos devidos, e não pelas multas moratórias ou punitivas.
(B) pelos tributos devidos e pelas multas moratórias, mas não pelas multas punitivas.
(C) pelos tributos devidos e pelas multas moratórias ou punitivas.
(D) apenas pelas multas moratórias ou punitivas, e não pelos tributos devidos
(A) O sócio-gerente não responde por simples inadimplemento, devendo-lhe ser imputado,
para que haja a sua responsabilização, excesso de poderes ou infração de lei, contrato social
ou estatutos, sendo incabível a sua responsabilização no caso em questão.
(B) Os sócios, administradores ou não, só respondem solidariamente no caso de liquidação
irregular de pessoa jurídica, sendo incabível a sua responsabilização na situação em apreço.
(C) O sócio-gerente será responsável pelo crédito tributário apenas nos casos em que praticar
ilícitos penais ou agir com dolo específico.
(D) No caso de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo
contribuinte, os sócios, apenas com base nessa condição, respondem solidariamente pelo
crédito tributário da pessoa jurídica, estando correta a responsabilização do sócio-gerente no
caso em questão.
QUESTÃO 21 (FCC - AFTE SEFAZ PE/SEFAZ PE/2014) O Município de Recife-PE lavrou auto de
infração em desfavor da empresa de plano de saúde Medida, exigindo-lhe a título de ISSQN o
NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO
PRIMEIRA UNIDADE – 02/03/2023
RESOLUÇÃO DE QUESTÕES
IV LISTA
valor correspondente a 5% sobre o total das mensalidades pagas pelos usuários do plano de
saúde, deduzidas despesas incorridas pela operadora com os prestadores de serviços de saúde
conveniados, tais como hospitais, clínicas, laboratórios e médicos, sob o argumento de que a
empresa não teria recolhido o imposto incidente sobre o montante recebido pela prestação de
serviços. Notificado pela autoridade fiscal, a Medida efetuou o pagamento do débito no
período compreendido para sua defesa com o benefício de redução das penalidades.
Posteriormente, o superior hierárquico do agente fazendário responsável pela formalização do
lançamento tributário procedeu à revisão de ofício do lançamento tributário, alegando que,
nos serviços de plano de saúde, a base de cálculo do ISSQN é o valor bruto recebido pela
operadora, ou seja, o valor total pago pelos consumidores. O valor pago pela Medida foi
imputado ao total do débito apurado por ocasião da revisão de ofício. A Medida foi notificada
da revisão de ofício, tendo-lhe sido concedido prazo para defesa ou pagamento com redução
das penalidades, conforme legislação vigente. Em sua defesa, alegou impossibilidade de
revisão de ofício. Em julgamento administrativo, o Auto de Infração objeto da revisão de ofício
foi mantido inalterado.
A situação hipotética está em
(A) conformidade com o CTN, pois o lançamento é passível de alteração de ofício a qualquer
tempo, desde que não tenha havido a decadência do direito à constituição do crédito
tributário.
(B) conformidade com o CTN, pois ocorreu um erro de fato, o que autoriza a revisão do
lançamento, mesmo após a notificação do sujeito passivo da relação jurídico-tributária
originalmente constituída.
(C) conformidade com o CTN, pois ocorreu um erro de direito, o que autoriza a revisão do
lançamento, mesmo após a notificação do sujeito passivo da relação jurídico-tributária.
(D) desconformidade com o CTN, pois o lançamento, após a notificação do sujeito passivo da
relação jurídico-tributária, não pode ser revisado em virtude de erro de direito.
(E) desconformidade com o CTN, pois o lançamento, após a notificação do sujeito passivo da
relação jurídico-tributária, não pode ser revisado por erro de fato.
QUESTÃO 25 (OAB/XI EXAME/2013) No ano de 2012, Caio doou um bem móvel no valor de R$
100.000,00 para Tício, sem que tenha sido recolhido qualquer tributo. No ano seguinte, Tício,
aconselhado por um amigo, antes de qualquer fiscalização por parte da Fazenda do Estado “X”,
declarou e recolheu o Imposto sobre Transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens
ou direitos (ITCD) devido, acompanhado de juros de mora e correção monetária. Ao tomar
ciência do fato gerador do ITCD e verificar que não houve recolhimento da multa moratória, a
Fazenda autuou Caio, visando à cobrança da multa. Considerando o caso descrito e que a lei
estadual previa que o doador é o contribuinte do ITD, responda aos itens a seguir,
fundamentadamente.
(A) Está correta a exclusão da multa moratória?
QUESTÃO 26 (OAB/VII EXAME/2012) Até o ano de 2007, o Sr. José da Silva exerceu a função
de sócio com poderes de gestão da “Acampados Turismo S.A.”, tendo, posteriormente, se
desligado da sociedade. Em fevereiro de 2011, é surpreendido ao ser citado em execução fiscal
para responder por débitos fiscais pendentes relativos ao IRPJ, e pela falta de recolhimento de
contribuições previdenciárias dos funcionários as quais foram devidamente descontadas,
ambos referentes a período de apuração em que José administrava a empresa. Considerando a
situação acima, responda aos itens a seguir:
(A) É possível a cobrança integral do ex-sócio dos montantes tributários e previdenciários
devidos e não recolhidos pela companhia, quando ele já não exercia mais atos de
administração da S.A.?
(B) Houve infração legal imputável a José da Silva?