Você está na página 1de 6

NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO

PRIMEIRA UNIDADE – 14/03/2023


RESOLUÇÃO DE QUESTÕES

Aluno (a): _____________________________________________________________________

1ª PARTE – QUESTÕES OBJETIVAS

DISPOSIÇÕES GERAIS DA LEGISLAÇÃO (ARTS. 96 A 100 DO CTN)

QUESTÃO 1 (FCC - PROC JUD RECIFE/PREF RECIFE/2014) Considere as seguintes afirmações:


I. O contribuinte recifense que observar as decisões colegiadas de órgãos de jurisdição
administrativa municipal, com ou sem eficácia normativa, não deve ser penalizado por infração
à legislação tributária do Município.
II. A obediência às práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas
municipais recifenses serve de motivação para a exclusão dos juros de mora em eventuais
cobranças por atrasos no pagamento dos tributos municipais.
III. Eventual convênio celebrado entre o Estado de Pernambuco e o Município do Recife é
considerado norma complementar das leis municipais, sendo que sua observância obsta a
eventual imposição de penalidades.
Está correto o que consta APENAS em
(A) II e III.
(B) I.
(C) II.
(D) III.
(E) I e III.

VIGÊNCIA E APLICAÇÃO DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA (ARTS. 101 A 106 DO CTN)

QUESTÃO 2 (CEBRASPE - JF TRF5/TRF 5/2017) Sob a vigência de determinada norma


tributária, contribuintes deixaram de recolher o tributo devido, do que resultou a autuação do
fisco e a impugnação dos contribuintes. Antes mesmo do fim do processo administrativo fiscal,
foi aprovada e entrou em vigor legislação tributária que concedeu isenção parcial, reduzindo
em
50% o referido tributo, para as mesmas operações. Com relação a essa situação hipotética,
assinale a opção correta, conforme as normas a respeito da aplicação e vigência da lei
tributária dispostas no Código Tributário Nacional (CTN).
(A) Os contribuintes inadimplentes não poderão recolher os 50% do tributo devido, dada a
impossibilidade de retroação no caso de a lei nova ser interpretativa, o que
ocorreu na situação hipotética apresentada.
(B) Os contribuintes inadimplentes terão o direito de recolher o valor do tributo em 50%, já
que o ato ainda não se encontra definitivamente julgado.
(C) A irretroatividade da lei tributária não alcança algumas exceções previstas no Código
Tributário Nacional (CTN), como é o caso da concessão da isenção parcial
prevista na situação hipotética apresentada, uma vez que a exceção busca aplicação do
princípio da segurança jurídica.
(D) Os contribuintes inadimplentes não poderão se beneficiar do recolhimento com base na
nova lei, já que ela passou a viger após o nascimento da obrigação tributária e não há
fundamento legal para desconsiderá-la.
NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO
PRIMEIRA UNIDADE – 14/03/2023
RESOLUÇÃO DE QUESTÕES

(E) Os contribuintes inadimplentes terão o direito de recolher 50% a título de tributo devido,
pois a lei retroage para beneficiá-los, mesmo antes do fim do processo administrativo fiscal,
dado o princípio da lei mais benigna.

INTERPRETAÇÃO E INTEGRAÇÃO DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA (ARTS. 107 A 112 DO CTN)

QUESTÃO 3 (CEBRASPE - AFRE SEFAZ RS/SEFAZ RS/2019) O Código Tributário Nacional (CTN)
disciplina o que a autoridade competente pode fazer para interpretar a norma tributária, a fim
de resolver dúvidas e solucionar casos de ausência de disposição expressa acerca de
determinada questão. Com relação à interpretação e à integração da legislação tributária, é
correto afirmar que
(A) os princípios gerais de direito público precedem os de direito tributário.
(B) a equidade pode ser utilizada para estender a isenção de tributos a outros sujeitos
passivos.
(C) é vedado o uso da analogia para instituir contribuições sociais não previstas em lei.
(D) não se admite a interpretação literal de norma que trate de suspensão ou exclusão do
crédito tributário.
(E) devem ser interpretadas em favor do fisco as questões que envolvam imputabilidade e
circunstâncias materiais do fato

DISPOSIÇÕES GERAIS SOBRE OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA

QUESTÃO 4 (CEBRASPE - AFRE SEFAZ RS/SEFAZ RS/2019) A atividade estatal de arrecadação


de tributos depende do cumprimento de obrigações de naturezas distintas pelo contribuinte e
pelo não contribuinte, para que se materialize todo o percurso de lançamento, cobrança e
fiscalização do crédito tributário. Com relação a esse assunto, é correto afirmar que
(A) as relações contributivas dispensam a atuação do fisco.
(B) presume-se por facultativa a obrigação que vise auxiliar a fiscalização tributária atribuída a
terceiro não contribuinte.
(C) obrigação acessória, quando descumprida por terceiro não contribuinte, converte-se em
principal, exceto quanto às penalidades pecuniárias.
(D) o contribuinte que usufrui de imunidade deve cumprir as obrigações acessórias relativas ao
benefício fiscal.
(E) obrigações acessórias extinguem-se com a ocorrência do fato gerador em relação a terceiro
não contribuinte.

FATO GERADOR (ARTS. 114 A 118 DO CTN)

QUESTÃO 5 (FCC - AFRE SC/SEF SC/GESTÃO TRIBUTÁRIA/2018) O Código Tributário Nacional


estabelece que a “autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos
praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a
natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária”. De acordo com o referido
Código, a norma retrotranscrita
(A) não poderá ser aplicada, sem prévia autorização judicial.
NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO
PRIMEIRA UNIDADE – 14/03/2023
RESOLUÇÃO DE QUESTÕES

(B) poderá ser aplicada, desde que sejam observados os procedimentos a serem estabelecidos
em lei ordinária.
(C) é autoaplicável, independentemente da observância de qualquer procedimento.
(D) poderá ser aplicada, desde que sejam observados os procedimentos a serem estabelecidos
em lei complementar.
(E) poderá ser aplicada, nos termos de disciplina a ser estabelecida pelo Poder Executivo.

SUJEITO: ATIVO E PASSIVO (ARTS. 119 A 123 DO CTN)

QUESTÃO 6 (FCC - PROC JUD RECIFE/PREF RECIFE/2014) José das Pindaíbas, residente em
bairro modesto do Recife, com muita alegria, recebeu a visita de seu velho amigo de infância,
Félix Feliciano, rico dono de resort na região de Porto de Galinhas. Em reservada conversa
regada a generosos goles de boa cachaça servida antes, durante e após o jantar, José das
Pindaíbas confidenciou a seu amigo Félix que estava com problemas financeiros e que,
inclusive, não conseguiria honrar com o pagamento do IPTU no ano de 2014. Imediatamente,
com largo sorriso, Félix sacou de papel e caneta e firmou sério compromisso por escrito de
pagar em nome de José o tributo municipal a ser cobrado em 2014. Inclusive fez questão de
destacar um alerta, também por escrito, ao fisco municipal, para que fizesse a cobrança direta
na sua residência em Porto de Galinhas, pois ele, agora, seria o sujeito passivo contribuinte e
não mais seu amigo José. Os dois amigos despediram-se com muitos abraços e
agradecimentos por parte de José pela generosidade demonstrada pelo amigo. É correto
afirmar que o
(A) documento firmado pode ser levado em consideração pelo fisco recifense, quanto à
modificação da definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes
desde que haja lei ordinária municipal permitindo este tipo de tratativa particular.
(B) documento firmado deve ser levado em consideração pelo fisco recifense, tendo em vista
que fora feito por escrito e de comum acordo pelos dois amigos.
(C) fisco recifense não deve levar em consideração o documento firmado porque as
convenções particulares, relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos, de forma
alguma podem ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição legal do sujeito
passivo das obrigações tributárias correspondentes, mesmo se lei municipal dispuser em
sentido diverso.
(D) documento firmado não deve ser levado em consideração pelo fisco recifense, tendo em
vista que, apesar de ter sido firmado por escrito e de comum acordo pelos dois amigos, não
fora registrado em cartório, condição essencial em face de tratar-se de matéria tributária.
(E) fisco recifense deve levar em consideração o documento firmado porque as convenções
particulares, relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos podem ser opostas à
Fazenda Pública, para modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias
correspondentes.

CAPACIDADE TRIBUTÁRIA (ART. 126 DO CTN)

QUESTÃO 7 (ESAF - PFN/PGFN/2015) Não tem capacidade ou sujeição tributária passiva


(A) o menor impúbere.
NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO
PRIMEIRA UNIDADE – 14/03/2023
RESOLUÇÃO DE QUESTÕES

(B) o louco de todo gênero.


(C) o interdito.
(D) o ente despersonalizado.
(E) a pessoa alheia ao fato gerador, mas obrigada pela Administração Tributária ao pagamento
de tributo ou penalidade pecuniária.

DOMICÍLIO TRIBUTÁRIO (ART. 127 DO CTN)

QUESTÃO 8 (FCC - PROC CAMPINAS/PREF CAMPINAS/2016) É correto afirmar que a regra


vigente no Direito Tributário brasileiro é a do domicílio
(A) legal, que, para pessoa natural, é o lugar onde estabelece sua residência com ânimo
definitivo.
(B) legal, ou seja, aquele definido em lei como sendo o lugar do fato gerador.
(C) de eleição, salvo se este domicílio impossibilitar ou dificultar a arrecadação ou fiscalização
do tributo, hipótese em que será o local da situação dos bens ou da ocorrência do fato
gerador.
(D) de eleição, salvo se houver dificuldade do Fisco para fiscalizar ou arrecadar os tributos,
hipótese em que será aplicado como domicílio tributário o domicílio civil.
(E) de eleição ou legal dependendo do tributo, ou seja, para taxas e contribuições é o domicílio
legal da ocorrência do fato gerador e para impostos é o domicílio eleito pelo sujeito passivo.

RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA (ARTS. 128 A 138 DO CTN)

QUESTÃO 9 (CEBRASPE - JE TJPR/TJ PR/2017) A empresa ABC declarou regularmente débito


de ICMS no valor de R$ 6.000, referente ao mês de junho de 2012, e não o pagou.
Posteriormente, a empresa ABC recebeu notícia de que haveria fiscalização em seu setor e, por
isso, realizou denúncia espontânea de seu débito ao fisco para eximir-se do pagamento da
multa moratória. Acerca dessa situação hipotética e de aspectos legais a ela pertinentes,
assinale a opção correta.
(A) O contribuinte pode, por declaração, constituir o crédito tributário, confessando-o, mas
isso não o impede de realizar denúncia espontânea.
(B) No caso de tributo por homologação e com declaração regular, não cabe a denúncia
espontânea, não sendo, portanto, válido o ato praticado pelo contribuinte.
(C) Apenas o lançamento constitui o crédito tributário, podendo sempre o contribuinte, antes
do início de ação de cobrança, realizar a denúncia espontânea, o que, no
caso, leva à exclusão da multa de mora.
(D) Na hipótese considerada, a mera notícia de fiscalização não é início de ação fiscal, de modo
que a empresa ABC poderia proceder à denúncia espontânea, que, no entanto, não excluiria a
multa moratória.

LANÇAMENTO E CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO (ARTS. 142 A 150 DO CTN)


NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO
PRIMEIRA UNIDADE – 14/03/2023
RESOLUÇÃO DE QUESTÕES

QUESTÃO 10 (FCC - AFTE SEFAZ PE/SEFAZ PE/2014) O Município de Recife-PE lavrou auto de
infração em desfavor da empresa de plano de saúde Medida, exigindo-lhe a título de ISSQN o
valor correspondente a 5% sobre o total das mensalidades pagas pelos usuários do plano de
saúde, deduzidas despesas incorridas pela operadora com os prestadores de serviços de saúde
conveniados, tais como hospitais, clínicas, laboratórios e médicos, sob o argumento de que a
empresa não teria recolhido o imposto incidente sobre o montante recebido pela prestação de
serviços. Notificado pela autoridade fiscal, a Medida efetuou o pagamento do débito no
período compreendido para sua defesa com o benefício de redução das penalidades.
Posteriormente, o superior hierárquico do agente fazendário responsável pela formalização do
lançamento tributário procedeu à revisão de ofício do lançamento tributário, alegando que,
nos serviços de plano de saúde, a base de cálculo do ISSQN é o valor bruto recebido pela
operadora, ou seja, o valor total pago pelos consumidores. O valor pago pela Medida foi
imputado ao total do débito apurado por ocasião da revisão de ofício. A Medida foi notificada
da revisão de ofício, tendo-lhe sido concedido prazo para defesa ou pagamento com redução
das penalidades, conforme legislação vigente. Em sua defesa, alegou impossibilidade de
revisão de ofício. Em julgamento administrativo, o Auto de Infração objeto da revisão de ofício
foi mantido inalterado.
A situação hipotética está em
(A) conformidade com o CTN, pois o lançamento é passível de alteração de ofício a qualquer
tempo, desde que não tenha havido a decadência do direito à constituição do crédito
tributário.
(B) conformidade com o CTN, pois ocorreu um erro de fato, o que autoriza a revisão do
lançamento, mesmo após a notificação do sujeito passivo da relação jurídico-tributária
originalmente constituída.
(C) conformidade com o CTN, pois ocorreu um erro de direito, o que autoriza a revisão do
lançamento, mesmo após a notificação do sujeito passivo da relação jurídico-tributária.
(D) desconformidade com o CTN, pois o lançamento, após a notificação do sujeito passivo da
relação jurídico-tributária, não pode ser revisado em virtude de erro de direito.
(E) desconformidade com o CTN, pois o lançamento, após a notificação do sujeito passivo da
relação jurídico-tributária, não pode ser revisado por erro de fato.

2ª PARTE – QUESTÕES DISCURSIVAS – OAB

QUESTÃO 11 (OAB/XXV EXAME/2018) Eduardo arrematou em hasta pública um imóvel


situado no Município Alfa, no ano de 2013. Eduardo não efetuou o pagamento referente ao
IPTU do imóvel nos anos de 2014 e 2015. Em 2016, surpreende-se com a sua citação, em sede
de execução fiscal, para o pagamento do imposto referente aos anos de 2012, 2014 e 2015.
Em seus Embargos à Execução Fiscal alegou que não deveria pagar o imposto referente a 2012
porque arrematou o imóvel em hasta pública. Com relação aos anos de 2014 e 2015,
argumentou ter alugado o imóvel a Fernando e com ele realizado contrato por meio do qual o
locatário seria o responsável pelo recolhimento do IPTU. Baseando-se na situação acima,
responda aos itens a seguir.
(A) Eduardo está correto com relação ao argumento utilizado para se esquivar do pagamento
do imposto referente a 2012? Justifique.
NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO
PRIMEIRA UNIDADE – 14/03/2023
RESOLUÇÃO DE QUESTÕES

(B) Eduardo está correto com relação ao argumento de que Fernando seria o responsável pelo
IPTU?

QUESTÃO 12 (OAB/XXV EXAME/2018) A sociedade empresária ABC Ltda., devedora de


tributos não pagos no prazo devido e de multas tributárias punitivas não pagas, foi
incorporada pela sociedade XYZ Ltda. A sociedade XYZ resolveu pagar os tributos atrasados da
sociedade incorporada, mas foi informada pela Administração Tributária que também era
responsável pelas multas tributárias moratórias e punitivas devidas pela sociedade ABC Ltda.,
ainda que referentes a fatos anteriores à incorporação. Diante desse quadro, responda aos
itens a seguir.
(A) A Administração Tributária está correta em exigir da sociedade empresária XYZ Ltda. as
multas tributárias moratórias e punitivas a que não deu causa, por serem anteriores à
incorporação?
(B) Os sócios-administradores da sociedade incorporadora podem ser pessoalmente
responsabilizados pelo pagamento das multas tributárias punitivas da sociedade incorporada
antes da incorporação?

3ª PARTE – QUESTÕES DISCURSIVAS – CONCURSOS

QUESTÃO 13 (COM. EXAM. TRF 2 - JUIZ FEDERAL TRF 2ª REGIÃO/2014/XV) Em que consiste o
instituto da denúncia espontânea? Explique os requisitos de sua configuração, bem como sua
aplicabilidade às obrigações tributárias principal e acessória, e aos tributos sujeitos ao
lançamento de ofício, declaração e homologação?

Você também pode gostar