Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
O objetivo do material não é só resolver as questões, mas também fazer uma revisão do Direito
Tributário através das mesmas, possibilitando ao candidato conhecer exatamente como o
conhecimento teórico adquirido tem sido cobrado em concursos nos quais é exigido esse ramo
do Direito.
Abaixo de cada questão consta a base legal que leva à resposta e o gabarito está no final de
cada módulo com alguns comentários necessários.
02- Sobre os sujeitos ativo e passivo da obrigação tributária, assinale a opção incorreta.
a) O sujeito ativo será a pessoa jurídica de direito público, titular do direito subjetivo de exigir a
prestação pecuniária (tributo ou penalidade).
b) Compõem a obrigação tributária, nascida com a ocorrência do fato gerador, um sujeito ativo
e um sujeito passivo.
c) A pessoa natural ou jurídica, privada ou pública, de quem se exige o cumprimento da
prestação pecuniária (tributo ou penalidade) denomina-se sujeito passivo.
d) Segundo o Código Tributário Nacional, existem dois tipos de sujeito passivo da obrigação
tributária principal: o contribuinte, também conhecido como sujeito passivo direto, e o
responsável, também chamado de sujeito passivo indireto.
MATERIAL PARA CURSO PRÁTICO DE DIREITO TRIBUTÁRIO
MAIO 2014 – EVP – PROF. CLAUDIO BORBA
03- A lei que veicula a norma tributária impositiva deverá conter os aspectos
indispensáveis para que se possa determinar o surgimento e o conteúdo da obrigação
tributária. Sobre esta, analise os itens a seguir, classificando-os como falsos ou
verdadeiros. Depois escolha a opção que seja adequada às suas respostas.
I. O aspecto material da norma tributária diz respeito à situação geradora da obrigação
tributária;
II. O aspecto espacial da norma tributária corresponde ao território da pessoa política
tributante;
III. O aspecto temporal da norma tributária diz respeito ao momento em que se deve
considerar ocorrida a situação geradora da obrigação tributária;
IV. O aspecto pessoal da norma tributária diz respeito à pessoa em favor de quem a
obrigação tributária deva ser cumprida; e
V. O aspecto quantitativo da norma tributária se refere ao montante devido na obrigação
tributária.
a) Todos os itens estão corretos.
b) Estão corretos apenas os itens I, II e IV.
c) Estão corretos apenas os itens I, II, IV e V.
d) Estão corretos apenas os itens II, IV e V.
e) Estão corretos apenas os itens III, IV e V.
Doutrina
04- A lei é a fonte da obrigação tributária, que surge com a sua incidência, e não por
força de acordo de vontades. Por isso, diz-se que se trata de uma obrigação ex lege. Há
que se distinguir, porém, a legalidade geral (segundo a qual ninguém será obrigado a
fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei) da legalidade tributária,
que implica no fato de que a instituição dos tributos se dê não apenas com base legal,
mas diretamente por meio da lei. São consectários lógicos do princípio da legalidade
tributária, exceto:
a) o aspecto espacial da incidência tributária nem sempre corresponderá ao território da
pessoa política tributante, já que a extraterritorialidade da tributação estadual e municipal não
necessariamente implica invasão de idêntica competência dos demais Estados e Municípios.
b) a lei deve esgotar, como preceito geral e abstrato, os dados necessários à identificação do
fato gerador da obrigação tributária e à quantificação do tributo, sem que restem à autoridade
poderes para, discricionariamente, se ‘A’ irá ou não pagar tributo, em face de determinada
situação.
c) não há a possibilidade de delegação de competência tributária ao Executivo, para que
institua tributo, qualquer que seja, tampouco para que integre a norma tributária impositiva,
ressalvadas apenas as atenuações por meio das quais a própria Constituição, de modo
excepcional, autoriza a graduação de alíquotas pelo Executivo.
d) o sujeito ativo, na ausência de disposição em contrário, será a própria pessoa política de que
a lei impositiva constitui manifestação, pois a delegação da condição de sujeito ativo a outra
pessoa jurídica de direito público não se presume.
MATERIAL PARA CURSO PRÁTICO DE DIREITO TRIBUTÁRIO
MAIO 2014 – EVP – PROF. CLAUDIO BORBA
e) em se tratando de tributos com fato gerador instantâneo, estará determinado pelo momento
mesmo da ocorrência do ato, fato ou situação que configura o aspecto material da incidência
tributária.
Art. 102, CTN
06- Sobre a obrigação tributária principal e acessória e sobre o fato gerador do tributo,
assinale a opção correta.
a) Segundo o Código Tributário Nacional, a obrigação de pagar multas e juros tributários
constitui-se como obrigação acessória.
b) A obrigação acessória, quando não observada, converte-se em obrigação principal somente
em relação à penalidade pecuniária.
c) A existência de uma obrigação tributária acessória pressupõe a existência de uma obrigação
tributária principal.
d) A instituição de obrigação acessória, com a finalidade de dar cumprimento à obrigação
principal, deve atenção ao princípio da estrita legalidade.
e) No Sistema Tributário Nacional, admite-se que a obrigação de fazer, em situações
específicas, seja considerada obrigação tributária principal.
Art. 113, § 3º, CTN
08- Sobre a disciplina conferida ao domicílio tributário, pelo Código Tributário Nacional,
assinale a opção correta.
a) O domicílio do contribuinte ou responsável, em regra, será estabelecido por eleição.
b) O domicílio da pessoa jurídica de direito privado será o lugar em que estiver localizada sua
sede.
c) O domicílio da pessoa jurídica de direito público será o lugar em que estiver localizada sua
sede.
d) O lugar eleito pelo contribuinte como domicílio tributário não poderá ser recusado pela
autoridade tributária, sob a alegação de prejuízo à atividade fiscalizatória.
e) Caso a autoridade fiscal não consiga notificar a pessoa jurídica de direito privado em sua
sede, poderá fazê-lo em qualquer de suas unidades.
Art. 127 e §§, CTN
b) Pode o poder público exigir o pagamento do IPTU tanto do proprietário como do locatário do
imóvel, tendo em vista se tratar de obrigação de direito real.
c) Considerando que duas pessoas detenham a propriedade de um veículo, o fisco não pode
exigir apenas de um dos contribuintes o pagamento integral da exação.
d) Como efeito da solidariedade, tem-se que a isenção ou remissão de crédito tributário
exonera todos os obrigados, mesmo se outorgada pessoalmente a um deles.
e) Na situação em que um pai detenha 60% de um imóvel e o filho, absolutamente incapaz,
possua outros 40% do bem, optando o fisco em cobrar de apenas um, deve preferir o pai ao
filho, em atenção ao benefício de ordem previsto no CTN.
Arts. 124 e 125, CTN
16- Avalie o acerto das formulações adiante e marque com V as verdadeiras e com F as
falsas. Em seguida, marque a resposta correta.
( ) O sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro são pessoalmente responsáveis
pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da partilha ou adjudicação, limitada esta
responsabilidade ao montante do quinhão do legado ou da meação.
( ) Mesmo no caso de ser possível a exigência do cumprimento da obrigação principal
pelo contribuinte, respondem solidariamente com este, nos atos em que intervierem ou
pelas omissões de que forem responsáveis, os tutores e curadores, pelos tributos
devidos por seus tutelados ou curatelados.
( ) A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou
incorporação de outra ou em outra é responsável pelos tributos devidos até à data do
ato pelas pessoas jurídicas de direito privado fusionadas, transformadas ou
incorporadas.
a) V, F, F
b) V, F, V
c) V, V, V
d) F, F, V
e) F, V, V
Arts. 131, 134 e 132, CTN
18- Tendo em conta as disposições do Código Tributário Nacional, em relação aos temas
capacidade tributária passiva e solidariedade, é correto afirmar que
a) a capacidade tributária passiva das pessoas naturais depende da capacidade civil.
b) a capacidade tributária passiva depende da pessoa jurídica estar regularmente constituída.
c) podem valer-se do benefício de ordem os devedores solidários, que são assim considerados
por deterem interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal.
d) a isenção subjetiva concedida a um não exonera os demais coobrigados.
e) a isenção objetiva não exonera todos os coobrigados.
Arts. 126, 124, parágrafo único e 125, II, CTN
19- Tendo em conta as disposições do Código Tributário Nacional é correto afirmar que
a responsabilidade do sucessor pelos créditos tributários incidentes sobre os bens
adquiridos é excluída
a) mediante cláusula contratual firmada entre o alienante e o adquirente.
b) quando o alienante cessar a exploração da atividade.
c) quando o alienante continuar na exploração da atividade.
d) apenas quanto à metade, se o alienante continuar na exploração da atividade.
e) quando a alienação ocorrer por hasta pública.
Art. 130, parágrafo único, CTN
20- Leia cada um dos assertos abaixo e assinale (V) ou (F), conforme seja verdadeiro ou
falso. Depois, marque a opção que contenha a exata sequência.
( ) A situação definida em lei, desde que necessária para o nascimento da obrigação
tributária principal é o seu fato gerador.
( ) Qualquer situação que, na forma da legislação aplicável, impõe a prática de um ato
que não tenha por objeto o pagamento de tributo ou multa, é obrigação tributária
acessória.
( ) Atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de encobrir a ocorrência do
fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação
tributária, desde que legítimos perante a legislação civil, não podem ser
desconsiderados pela autoridade tributária.
a) V V V
b) F V V
c) F F F
d) F F V
e) V F V
Arts. 114, 113, § 2º e 116, parágrafo único, CTN
24- Sobre os diversos aspectos da norma tributária impositiva, julgue os itens a seguir,
classificando-os como corretos ou incorretos, para, a seguir, assinalar a assertiva que
corresponda à sua opção.
I. Ainda que se trate de um ato jurídico, no sentido dessa expressão no Código Civil, o
fato gerador da obrigação tributária há de ser sempre considerado como um fato.
II. O aspecto temporal é a indicação das circunstâncias de tempo importantes para a
configuração dos fatos imponíveis, que necessariamente será explícita.
MATERIAL PARA CURSO PRÁTICO DE DIREITO TRIBUTÁRIO
MAIO 2014 – EVP – PROF. CLAUDIO BORBA
GABARITO
01. C;
02. E;
Lembrete:
Constituição Federal
MATERIAL PARA CURSO PRÁTICO DE DIREITO TRIBUTÁRIO
MAIO 2014 – EVP – PROF. CLAUDIO BORBA
Na elusão fiscal (ou elisão ineficaz), o contribuinte simula determinado negócio jurídico
com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador. Trata-se de um ardil
caracterizado primordialmente pelo que a doutrina denomina de abuso das formas, pois o
sujeito passivo adota uma forma jurídica atípica, a rigor lícita, com escopo de escapar
artificiosamente da tributação”.
Exemplos:
a) elisão fiscal (lícita): planejamento tributário, no que concerne ao aproveitamento
créditos de PIS/COFINS;
b) evasão fiscal (ilícita): escrituração de notas fiscais por valor inferior ao da operação de
circulação de mercadorias ou de prestação de serviços;
c) elusão fiscal (ilícita): alguém realiza, de fato, uma doação (ITCMD estadual); mas o
contribuinte confere ao negócio forma jurídica de uma compra-e-venda (ITBI municipal)
por saber que alíquota deste (municipal) é menor do que a daquele (estadual).
24. B;
a) Aspecto material - Como bem define o art. 114 do CTN, é a situação definida em lei
como necessária e suficiente para o surgimento da obrigação tributária.
b) Aspecto temporal - É o momento no qual se considera o fato gerador realizado. A
determinação precisa deste momento é fundamental, pois estabelece qual a legislação a
ser aplicada na constituição do crédito tributário.
c) Aspecto espacial - É o local em que se considera ocorrido o fato gerador. Sua
importância decorre de a determinação do ente competente para exigir o tributo depender
da identificação do local da ocorrência do fato gerador.
d) Aspecto pessoal - Determina os sujeitos ativo e passivo da obrigação tributária, sem
os quais se torna impossível a exigência tributária.
e) Aspecto quantitativo - Também chamado de aspecto valorativo, diz respeito ao
cálculo do quanto será exigido, partindo dos valores da base de cálculo e da alíquota
aplicável.
25. A;
26. D;