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Gustavo Buzatto
- Direito Tributário I -
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1. DEFINIÇÃO DE TRIBUTO:
Por se tratar do principal objeto de estudo do Direito Tributário, sem o qual tal ramo não teria
razão de existir, bem como para que seja possível conhecer as espécies tributárias existentes, é
necessário se definir tributo. Nesse sentido, pela análise da disciplina constitucional tributária acerca do
Sistema Tributário Nacional, atinente às competências tributárias, às limitações ao poder de tributar e à
repartição de receitas tributárias, já seria possível extrair tal definição.
A par disso e dos diversos conceitos doutrinários, alguns dos quais, inclusive, mais adequados
e completos em relação à definição legal, o art. 3º do CTN traz a definição expressa de tributo,
representando sua definição oficial, devidamente recepcionada pela CF/88, segundo a qual:
Art. 3º. Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se
possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante
atividade administrativa plenamente vinculada.
complicada, haja vista a exigência de que não resulte em violação ao princípio da licitação. Talvez por
essa razão é que, em concursos públicos, continuam-se a considerar como formas de extinção do
crédito tributário apenas as hipóteses expressamente previstas no CTN (art. 156), dentre as quais não
está a dação em bens móveis.
A expressão “ou cujo valor nela se possa exprimir” também abrange a possibilidade de
permitir a fixação do valor dos tributos por meio de indexadores econômicos, pois mediante um mero
cálculo aritmético é possível extrair o exato valor em moeda.
Há discussões, também, sobre a (im)possibilidade de pagamento de tributo com títulos da
dívida pública ou em precatórios. A par da grande controvérsia que paira, tais hipóteses se apresentam
viáveis, pois resultam em operação de compensação tributária, que é hipótese de extinção do crédito
prevista no art. 156, II, do CTN. Nesse sentido, se o contribuinte possui um título que comprova um
crédito contra determinado ente e deve tributo a este mesmo ente, as obrigações se extinguem até o
ponto em que se compensarem (art. 170 do CTN – “lei”).
b) Prestação compulsória:
A relação tributária é de direito público, logo, regida pela lei. Desta decorrem as obrigações
objeto da referida relação. Ou seja, o tributo (e as demais obrigações tributárias de natureza não
pecuniária), é instituído/imposto por lei em face do particular, exigido pelo Estado no uso de seu poder
de império (de impor, de obrigar), com todas as prerrogativas que lhe decorrem. Nesse sentido, o dever
de cobrá-lo e de pagá-lo se dá independente da vontade e do conhecimento das partes. A regra, sem
exceção, é da compulsoriedade/obrigatoriedade e não da voluntariedade.
A cobrança de tributo se dá simplesmente porque o fato gerador descrito na lei que o institui
ocorreu, gerando a obrigação tributária. Destaca-se que o fato gerador sempre é um acontecimento
lícito, inexistindo fato gerador de um evento ilícito, abstraindo-se de sua interpretação a validade dos
atos efetivamente praticados (pecunia non olet).
Importante frisar que tanto o tributo quanto a multa tributária constituem obrigação tributária
principal (obrigação de pagar), porém, devido as suas respectivas naturezas, a multa não pode ser
considerada tributo, mesmo que decorra da relação tributária.
Desta característica decorre a proibição de instituição de tributo com efeito de confisco, o qual
só é reconhecido pelo art. 5º, XLVI, “b”, da CF como espécie de pena (“perda de bens”), de sanção
penal. Considerando que o tributo não pode se constituir em sanção por ato ilícito e que o confisco
somente é admitido no Brasil como pena, o tributo não pode ter caráter confiscatório.
2. ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS
fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la a denominação e demais
características formais adotadas pela lei e a destinação legal do produto da sua arrecadação.
Em que pese a disposição, que permanece vigente e que, cobrada em sua literalidade, deve ser
considerada correta, é imprescindível conhecer cada espécie, sua denominação e todas as
características próprias que as diferenciam.
2.1. IMPOSTOS:
Os impostos são tributos que incidem sobre revelações de riqueza do contribuinte, sendo os
fatos geradores situações sempre relacionadas ao contribuinte e não ao Estado, ou seja, fatos geradores
NÃO vinculados a qualquer atividade estatal (art. 16 do CTN).
Por esta razão são tributos meramente contributivos e não contraprestacionais (não
retributivos ou não comutativos), fundados sobre a ideia de solidariedade social, obrigando as pessoas
que manifestem alguma riqueza e, logo, capacidade contributiva, a contribuir com o Estado para a
consecução do bem comum.
Ademais, impostos são tributos de arrecadação não vinculada, pois as receitas auferidas não
estão, nem podem estar, por ordem constitucional, vinculadas a órgão, fundo ou despesa (art. 167, IV),
sendo aplicadas em qualquer despesa autorizada na lei orçamentária, relacionada às atividades gerais
do Estado.
A competência para a instituição de impostos é atribuída pela CF de maneira enumerada e
privativa a cada ente tributante. Nesse sentido, no art. 153, a CF estabelece os impostos de
competência da União (II, IE, IR, IPI, IOF, ITR e IGF); no art. 155, os impostos de competência dos Estados
(ITCMD, ICMS e IPVA); e, no art. 156, os impostos de competência dos Municípios (IPTU, ITBI e ISS); ao
Distrito Federal são atribuídas as competências tributárias afetas aos Estados e aos Municípios,
cumulativamente; por fim, o art. 147 prevê a possibilidade de instituição de impostos estaduais e
municipais pela União, no caso de criação de Território Federal. Em regra, os róis dos impostos são
taxativos, com exceção da União, que pode, ainda, exercer a competência tributária residual para
instituir, por lei complementar, novos impostos (art. 154, I), e a competência extraordinária para
instituir Impostos Extraordinários de Guerra (art. 154, II).
Como decorrência de o imposto ter por fato gerador uma riqueza do contribuinte, o valor do
crédito tributário terá de ser calculado com referência a tais riquezas, com vistas a, tanto quanto
possível, evidenciar a capacidade contributiva do devedor (art. 145, § 1º, CF). Nesse contexto, os
impostos podem ser classificados como reais ou pessoais. Reais são os impostos que recaem
objetivamente sobre determinada base econômica (bem, serviço, operação), sem levar em consideração
aspectos pessoais do sujeito passivo, como o que ocorre com o IPTU, o IPVA, o IPI, o ICMS, etc.; e
pessoais são os impostos que incidem de forma subjetiva, considerando aspectos pessoais do
contribuinte, como no caso do IR, em que são considerados aspectos como o número de dependentes,
gastos comprovados com saúde, educação, previdência social, etc.
2.2. TAXAS:
As taxas são tributos retributivos a uma atividade estatal, pois têm como fato gerador um fato
do Estado, consistente no exercício regular do poder de polícia (taxa de polícia – art. 78 CTN) ou na
utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou
posto à sua disposição (taxa de serviço – art. 145, II, CF e art. 77 do CTN).
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Por essa razão, são também chamados de tributos contraprestacionais, já que exigem, para
sua incidência, uma atividade estatal prestada ao contribuinte, de forma que o tributo apresenta-se
como contraprestação à prestação estatal. Essa vinculação a uma ação estatal determina a classificação
das taxas como tributos vinculados. As taxas pressupõem, portanto, atuação administrativa do Estado
diretamente relacionada ao contribuinte e indicada pelo legislador como fato gerador da obrigação
tributária, sem a qual não podem ser instituídas e cobradas.
As taxas podem ser instituídas por qualquer ente tributante, sendo a competência
determinada pela prestação, ou seja, caberá ao Município, por exemplo, instituir a taxa, se for ele o
ente prestador do serviço ou que exerça o poder de polícia que fundamenta a instituição.
As taxas de polícia têm por fato gerador o efetivo exercício regular do poder de polícia, o qual
é conceituado no art. 78 do CTN e fundado no princípio da supremacia do interesse público sobre o
privado, que justifica a imposição de limitações ao exercício de direitos individuais, mormente
relacionados à liberdade e à propriedade. Em que pese a amplitude dos interesses públicos cuja
proteção pode requerer o exercício do poder de polícia, o rol do art. 78 é considerado exemplificativo.
Ex: Taxa de licença de funcionamento (alvará); taxa de licenciamento ambiental (LP, LI e LO); taxa de
fiscalização dos mercados de títulos e valores mobiliários (Súmula 665 do STF); taxa de fiscalização e
controle dos serviços públicos delegados (taxa de regulação); etc.
As taxas de serviço, consoante art. 145, II, da CF e art. 77 do CTN, para terem instituição e
cobrança válidas, devem observar os seguintes elementos mínimos: 1) O serviço público deve ser
específico e divisível; 2) O destinatário do serviço deve utilizá-lo efetiva ou potencialmente; e 3) O
serviço deve ser prestado ou posto à disposição do contribuinte.
Por essa razão, o art. 79 do CTN preocupou-se em conceituar tais elementos. Nesses termos,
específico é o serviço o qual o contribuinte sabe por que está sendo cobrado e pagando a taxa; divisível
é o serviço o qual é possível ao ente tributante identificar os usuários que o financiarão (serviços
públicos uti singuli – usuários identificados ou identificáveis, de utilização individual e mensurável); de
utilização efetiva é o serviço prestado pelo ente que o contribuinte usufrui, utiliza, efetivamente se
beneficia; e de utilização potencial é o serviço que a lei define como de utilização compulsória, por isso
prestado e posto à disposição do contribuinte, e que enseja a cobrança da taxa independente de sua
efetiva utilização.
Exemplos de taxas de serviço são: taxa pelo serviço de coleta domiciliar do lixo (taxa de lixo);
taxas pelo serviço de emissão de passaportes; taxas judiciárias (custas judiciais); etc.
Como visto, as taxas possuem como fundamentos instituidores o exercício regular do poder de
polícia e a utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao
contribuinte ou postos à sua disposição.
Ocorre que os serviços públicos também podem ensejar cobrança pelo Estado de outra
natureza, não tributária, mas também em contraprestação àqueles, o que acaba por gerar dúvida
quanto a se tratar de cobrança tributária (taxa) ou cobrança administrativa (tarifa ou preço público).
Apesar das semelhanças, contudo, há elementos que claramente as diferenciam.
Nesse sentido, as tarifas ou preços públicos são exações de natureza administrativa (não
tributária), decorrem de relação contratual (não legal), sujeita a normas de direito privado (não público);
da qual decorre a percepção de receita originária (não derivada, pois se dá pela exploração do
patrimônio do próprio Estado); de prestação facultativa, pois requer a prévia manifestação de vontade
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do particular para que se dê a relação obrigacional (não compulsória); passível de rescisão, pois regime
contratual; que somente pode ser cobrada em virtude de utilização efetiva (não potencial) do serviço; e
que permite figurar no polo ativo da relação uma pessoa jurídica de direito privado, como ocorre nos
serviços públicos delegados. Ex: Tarifas pelos serviços de água e esgoto; tarifas pelo serviço de telefonia;
tarifa de pedágio.
Súmula Vinculante 19: A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de
coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis, não viola o
artigo 145, II, da Constituição Federal.
Súmula Vinculante 41: O serviço de iluminação pública não pode ser remunerado mediante
taxa.
Por fim, nos termos do parágrafo único do art. 148, os empréstimos compulsórios são tributos
de arrecadação vinculada, pois a aplicação dos recursos provenientes será vinculada à despesa que
fundamentou sua instituição.
a) Contribuições Sociais
Previstas no art. 149 da CF, as contribuições sociais são tributos instituídos com vistas à
obtenção de recursos para investimento pela União na área social (direitos sociais).
Além das contribuições supra, a CF/88 reservou à União o direito de instituir novas fontes de
custeio para a manutenção ou expansão da Seguridade Social, ou seja, novas contribuições sociais, no
exercício, portanto, de competência residual, exigindo-se, para tanto, lei complementar (art. 154, I, CF),
modalidade que não se exigiu das contribuições previamente previstas nos incisos do art. 195.
Todas as contribuições supra referidas competem exclusivamente à União instituir, consoante
art. 149 da CF. Todavia, o § 1º do mesmo dispositivo excepciona da regra as contribuições
previdenciárias dos servidores públicos vinculados a RPPS, cuja instituição compete a cada ente federado
relativo a seus respectivos servidores.
Por fim, quanto às contribuições para financiamento da Seguridade Social, por força do § 6º do
art. 195, estas somente devem obediência à anterioridade nonagesimal (noventena), podendo ser
exigidas no mesmo exercício financeiro em que instituídas ou majoradas.
3.1. Quanto à competência para a instituição (ou quanto à discriminação por competência):
a) Tributos Federais: Instituição de competência da União. Ex: arts. 148, 149, 153 e 154 da CF.
b) Tributos Estaduais: Instituição de competência dos Estados-membros. Ex: art. 155 CF.
c) Tributos Municipais: Instituição de competência dos Municípios. Ex: arts. 149-A e 156 da CF.
Obs.: Quanto ao Distrito Federal, este possui competência cumulativa, para instituir/tributar
todos os tributos estaduais e municipais, em decorrência da previsão do art. 32, § 1º, da CF c/c art. 18,
II, do CTN.
Esta classificação leva em consideração o fato de que alguns tributos são de competência
exclusiva para instituição de determinado ente, enquanto outras espécies tributárias são comumente
instituídas por todos os entes, a depender de quem exerça o fundamento de validação da referida
instituição (quem faça a obra, quem preste o serviço público, quem exerça o poder de polícia). Ainda,
nessa classificação está a atribuição da competência residual de novos impostos e contribuições sociais
além das já existentes. Dessa forma, tem-se:
b) Tributos Comuns: São aqueles cuja competência para instituição é atribuída pela CF
indiscriminadamente a todos os entes tributantes. Ex: Taxas e contribuições de melhoria (tributos
contraprestacionais). Estes devem ser instituídos por quem exerça a atividade estatal que justifica a
cobrança (serviço específico ou exercício do poder de polícia, no caso das taxas; e obra pública da qual
decorra a valorização imobiliária, no caso das contribuições de melhoria).
c) Tributos Residuais: São os novos impostos (art. 154, I, CF) e as novas contribuições sociais
para a Seguridade Social (art. 195, § 4º, CF), que podem vir a ser criadas pela União, por permissão
expressa atribuída pela CF. Como se verifica, os tributos residuais são atribuídos à competência
exclusiva da União, podendo ser enquadrados, portanto, como tributos privativos.
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a) Tributos de Finalidade Fiscal: O tributo possui finalidade fiscal quando visa, principalmente,
a arrecadação, ou seja, captar recursos para os cofres públicos. Ex: Imposto de renda (IR), ISS (imposto
sobre serviços), ICMS (imposto sobre circulação de mercadorias e serviços), etc.
Todo tributo possui, em princípio, finalidade fiscal. Por sinal, na maioria dos casos, esta é sua
finalidade eminente; em alguns casos, contudo, pode-se, inclusive, abrir mão da arrecadação para
atender precipuamente outra finalidade, ficando a finalidade fiscal em segundo plano.
contraprestação à prestação estatal. Ex: Contribuições de melhoria: o sujeito ativo precisa realizar uma
obra da qual decorra valorização em imóvel dos sujeitos passivos; taxas: é necessária a prestação de um
serviço público específico e divisível ou o exercício do poder de polícia.
b) Tributos Não Vinculados ou meramente Contributivos: Tributos que têm por fato gerador
um “fato do contribuinte”, o qual é chamado a contribuir com os fins do Estado, independente de
qualquer atividade específica que legitime a cobrança. Ex: Todos os impostos: os fatos geradores são
manifestações de riqueza dos contribuintes (renda, patrimônio, consumo, serviços, operações),
independentes de atividade estatal.
a) Tributos de Arrecadação Vinculada: São aqueles em que a receita obtida deve ser destinada
exclusivamente a determinada atividade e/ou finalidade, já estando previamente previsto tal destino
antes da própria arrecadação. Ex: Contribuições sociais para financiamento da Seguridade Social (Ex:
COFINS, CSLL), como a própria denominação evidencia, têm suas receitas vinculadas às despesas com a
Seguridade Social; empréstimos compulsórios, que têm como destino o atendimento das circunstâncias
que fundamentam sua instituição.
Em relação às taxas, faz-se a ressalva acerca das taxas judiciárias (custas e emolumentos), que,
segundo o art. 98, § 2º, CF, são “destinados exclusivamente ao custeio dos serviços afetos às atividades
específicas da Justiça”.
Atenção!!
NÃO confundir esta classificação com a anterior. Na anterior, o fator essencial é se a situação
definida em lei que enseja o surgimento da obrigação de pagar tributo é uma atividade do Estado ou
um fato do contribuinte. Nesta classificação, o fator determinante é o destino/aplicação do produto
da arrecadação, se já previamente previsto/vinculado ou não.
Esta classificação adota como critério o fato de a hipótese de incidência tributária recair
objetivamente sobre coisas ou considerar aspectos pessoais do contribuinte. Assim, tem-se:
a) Tributos Reais: São reais os tributos que, em sua incidência, não levam em consideração
aspectos pessoais, subjetivos do contribuinte, incidindo objetivamente sobre coisas. Ex: Se duas pessoas
possuem veículos idênticos, devem pagar o mesmo valor de IPVA, independentemente das
características pessoais dos contribuintes, já que a base de cálculo recai sobre o valor do bem; outros
tributos considerados reais são o IPTU, o IPI, o ICMS, o ITR, etc.
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REFERÊNCIAS:
PAULSEN, Leandro. Curso de Direito Tributário Completo. 8. ed. São Paulo: Saraiva, 2017.
SABBAG, Eduardo. Manual de Direito Tributário. 10. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2018.